LIÇÃO 176
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
1. (161) Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
2. (162) Eu sou como Deus me criou.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 176
"Deus é só Amor e, por isto, eu também."
Esta ideia é a que deve envolver, em nossas práticas de hoje, as ideias que revisamos: Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus e Eu sou como Deus me criou. Duas ideias de grande importância para chegarmos ao aprendizado da percepção correta: a do Espírito Santo em nós.
A quem podemos imaginar que pedimos a bênção A quem, senão a cada uma das pessoas que povoam nosso mundo? Mas acreditamos que elas nos podem abençoar? Somos capazes de vê-las como o Filho santo de Deus, depois de todas as características, qualidades e defeitos, que lhes atribuímos, acreditando de maneira equivocada no falso eu - o ego do Curso - e em seus conselhos baseados na crença em uma separação que, na verdade, nunca existiu?
A segunda ideia que revisamos talvez se revele o melhor caminho para voltarmos a ver cada uma das pessoas que povoam nosso mundo como o Filho santo de Deus. Pois, se acreditarmos que ainda somos como Deus nos criou, vai ser impossível vê-las de modo diferente. Não acham?
Rubem Alves, em uma de suas crônicas, diz que, no ego, nosso desejo é sempre o de "engaiolar o outro e levá-lo pelos caminhos que são nossos. Isso vale para tudo: marido-mulher, pai-filha, mãe-filho, patrão-empregado, professor-aluno...". Mas há uma saída, ainda de acordo com ele, "que sugere a possibilidade de uma relação sem gaiolas", está em "um pequeno poema de [Fritz] Perls":
Eu sou eu.
Você é você.
Eu não estou neste mundo para atender
às suas expectativas.
E você não está neste mundo para atender
às minhas expectativas.
Eu faço a minha coisa.
Você faz a sua.
E quando nos encontramos.
É muito bom.
As práticas das ideias que revisamos hoje, envoltas na ideia de que também somos amor porque Deus é só Amor, podem nos levar à compreensão de que, de fato, ainda somos como Deus nos criou e de que todas as pessoas que se apresentam a nós em qualquer ocasião de nossas vidas são o Filho santo de Deus que veio para nos abençoar. Mesmo que de uma forma que ainda não somos capazes de compreender.
Lembram-se da primeira lei espiritual que se ensina na Índia: "a pessoa que vem [sempre, em qualquer circunstância, em qualquer situação] é a certa"?
Este comentário, até aqui, há de lembrar os que seguem o blogue há algum tempo, é praticamente o mesmo que fiz para esta mesma lição nos últimos anos.
Vou acrescentar apenas uma observação a respeito da necessidade de abandonarmos qualquer impressão que tenhamos de conhecer alguém, se o conhecemos somente a partir da aparências, se não formos capazes de olhar para o que está além do corpo, como ensina o Curso.
Quem, além do Curso, chama a atenção para isso é Joel Goldsmith, que diz:
"Até agora conheceste a teus amigos, parentes, pacientes e alunos como seres humanos, alguns bons e outros maus. De hoje em diante não deverás mais conhecê-los como bons nem maus; deverás conhecê-los como seres espirituais. É tão errado conhecer um homem como sendo bom, quanto conhecê-lo como sendo mau. É tão errado considerar um homem rico, quanto considerá-lo pobre. Não deves conhecer a nenhuma pessoa como boa ou má, segundo a carne [a forma, o corpo]. Doravante deves conhecê-la como a Cristo."
Às práticas?
Moises, perfeito quando diz que não é o curso que eleva nosso nível vibratório mas, somos nós ao entrar em contato com suas mensagens trazendo-as para experienciá-las em nossas vidas. Percebo, também ,como é importante observar nossas mudanças ao longo do curso pois ,assim, vamos certificando-nos sobre sua validade. Essa questão de ficarmos neutros quanto aos valores mais humanos( bom ou mau; bonito ou feio )assinala progressos em nosso caminhar. Nem se fala quanto à dependencia do outro para satisfazer nossos pontos de vista. Estamos na metade do Curso e muitas mudanças têm ocorrido comigo. Sempre grata aos seus comentários.
ResponderExcluirSim, sim, Cida...
ResponderExcluirE é muito importante também nos mantermos vigilantes em relação a nossa capacidade de entregar, deixando que o espírito assuma as decisões que não sabemos tomar e deixando o ego calado, quando ele ainda insiste em julgar, em comparar, em lutar e buscar nos mostrar alguma coisa a partir da percepção dos sentidos.
Como diz Goldsmith, é preciso que cheguemos a um estado que nos coloque na condição de espectadores da vida. Isto é, precisamos aprender a observar apenas o que se passa a nossa volta no mundo, para ver Deus em ação.
Ele diz que "quando nos tornamos 'espectadores', não olhamos a vida com ansiedade pelo que esteja para acontecer. Contemplamos o que Deus está fazendo. No caminho espiritual, ao acordar pela manhã o 'espectador' se conscientiza de que 'este é o dia de Deus, este é o dia que o Senhor fez', e pergunta a si mesmo: 'que experiências me trará hoje a atividade de Deus?'"
É para chegar a esta condição que praticamos, não é mesmo, Cida.
Obrigado por compartilhar e por continuar conosco trazendo suas contribuições.
Abraços.