terça-feira, 18 de junho de 2013

É só a graça de Deus que nos pode libertar


LIÇÃO 169

Vivo pela graça. Pela graça me liberto.

1. A graça é um aspecto do Amor de Deus que é o mais parecido ao estado predominante na unidade da verdade. É a aspiração mais elevada do mundo, pois conduz para além do mundo inteiramente. Está além do aprendizado embora seja a meta do aprendizado, pois a graça não pode vir até que a mente se prepare para a aceitação verdadeira. A graça vem a ser imediatamente inevitável naqueles que preparam uma mesa em que ele possa ser disposta de forma benigna e aceita com boa vontade; um altar puro e sagrado para a dádiva.

2. A graça é a aceitação do Amor de Deus em um mundo de ódio e medo aparentes. Apenas pela graça o ódio e o medo acabam, pois a graça representa um estado tão contrário a tudo o que o mundo contém que aqueles cujas mentes são iluminadas pela dádiva da graça não podem acreditar que o mundo do medo seja real.

3. Não se aprende a graça. O último passo deve ir além de todo o aprendizado. A graça não é a meta que este curso aspira alcançar. No entanto, nós nos preparamos para a graça, uma vez que uma mente aberta pode ouvir o Chamado para despertar. Ela não está hermeticamente fechada à Voz de Deus. Ela se torna consciente de que há coisas que não conhece e, desta forma, fica pronta para aceitar um estado completamente diferente da experiência com a qual está habitualmente familiarizada.

4. Talvez pareça que contradizemos a afirmação de que a revelação do Pai e do Filho como um só já está estabelecida. Mas dissemos também que a mente decide quando será este momento e que já o decidiu. E, não obstante, insistimos para que tu dês testemunho da Palavra de Deus para apressar a experiência da verdade e acelerar seu advento em cada mente que reconhecer os efeitos da verdade em ti.

5. A unidade é apenas a ideia de que Deus é. E, em Seu Ser, Ele abrange todas as coisas. Nenhuma mente contém nada a não ser Ele. Dizemos "Deus é" e, então, paramos de falar, pois neste conhecimento as palavras não têm sentido. Não há lábios para pronunciá-las e nenhuma parte da mente suficientemente distinta para perceber que agora ela está consciente de alguma coisa que não seja ela mesma. Ela se uniu a sua Fonte. E, como sua Própria Fonte, ela simplesmente é.

6. Não podemos em absoluto falar, nem escrever e nem mesmo pensar a respeito disto. Ele vem a cada mente quando o total reconhecimento de que sua vontade é a Vontade de Deus se der por completo e for recebido de forma completa. Ele devolve a mente ao presente infinito, no qual não se pode conceber passado e futuro. Ele está adiante da salvação; depois de qualquer ideia de tempo, de perdão e da face sagrada do Cristo. O Filho de Deus simplesmente desaparece em seu Pai, assim como seu Pai nele. O mundo absolutamente nunca existiu. A eternidade continua a ser um estado permanente.

7. Isto está além da experiência que tentamos apressar. Entretanto, o perdão, ensinado e aprendido, traz consigo as experiências que dão testemunho de que está próximo o momento que a própria mente estabeleceu para abandonar tudo, menos isto. Nós não a apressamos porque o que vais oferecer estava escondido d'Aquele Que ensina o que o perdão significa.

8. Todo o aprendizado estava na Mente d'Ele, realizado e completo. Ele reconheceu tudo o que o tempo contém e o deu a todas as mentes a fim de que cada uma pudesse decidir, a partir de um ponto de vista no qual o tempo acabara, quando ela seria liberada para a revelação e para a eternidade. Repetimos várias vezes antes que tu apenas fazes uma jornada que já terminou.

9. Pois a unidade tem de estar aqui. Qualquer que seja o momento que a mente estabelece para a revelação, ele é inteiramente alheio àquilo que tem de ser um estado permanente, que é eternamente como sempre foi e que deve permanecer para sempre como é agora. Nós apenas assumimos o papel há muito tempo atribuído e reconhecido plenamente como realizado por completo por Aquele Que escreveu o roteido da salvação em Nome de Seu Criador e em Nome do Filho de Seu Criador.

10. Não há mais nenhuma necessidade de esclarecer o que ninguém no mundo pode compreender. Quando a revelação de tua unidade vier, ela será conhecida e compreendida plenamente. Agora temos trabalho a fazer, pois os que estão no tempo podem falar de coisas distantes e ouvir as palavras que explicam que o que está por vir já está vindo. Porém, que significado as palavras podem transmitir para aqueles que ainda contam as horas e se levantam e trabalham e vão dormir obedecendo ao ritmo delas?

11. Basta, então, que tenhas trabalho para fazer para, de fato, cumprires teu papel. O fim deve permanecer oculto para ti até que se cumpra teu papel. Não importa. Pois teu papel ainda é aquele do qual todos os outros dependem. Quando assumes o papel que te foi designado, a salvação chega um pouco mais perto de cada coração inseguro que ainda não pulsa em sintonia com Deus.

12. O perdão é o tema principal que perpassa toda a salvação, mantendo todas as suas parte em ligações significativas, seu curso orientado e seu resultado seguro. E agora pedimos a graça, a última dádiva que a salvação pode conceder. A experiência que a graça oferece terá fim no tempo, pois a graça prenuncia o Ceú, embora não substitua a ideia do tempo senão por um breve instante.

13. O intervalo é suficiente. É aqui que se depositam os milagres para te serem devolvidos a partir dos instantes santos que recebes, por meio da graça em tua experiência, para todos aqueles que veem a luz que se prende a teu rosto. O que é o rosto de Cristo a não ser o daquele que esteve por um instante na intemporalidade e trouxe um reflexo claro da unidade que sentiu um instante atrás para abençoar o mundo? Como poderias, enfim, alcançá-la para sempre, enquanto uma parte de ti permanece fora, sem saber, adormecida e necessitanto de ti como testemunha da verdade?

14. Sê grato por voltar, tal como ficaste contente em ir por um instante, e aceita as dádivas que a graça te ofereceu. Tu as trazes de volta para ti mesmo. E a revelação não está muito atrás. Sua vinda está garantida. Pedimos a graça e a experiência que vem da graça. Acolhemos a liberação que ela oferece a todos. Não pedimos o que não se pode perdi. Não olhamos adiante daquilo que a graça pode dar. Pois podemos dar isso na graça que nos foi dada.

15. A meta de nosso aprendizado hoje não vai além desta prece. Porém, no mundo, o que poderia ser mais do que aquilo que pedimos neste dia Àquele Que dá a graça que pedimos, assim como ela Lhe foi dada?

Vivo pela graça. Pela graça me liberto.
Dou pela graça. Pela graça vou libertar.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 169


"Vivo pela graça. Pela graça me liberto."

Que a graça divina alcance nossa consciência hoje, a partir da ideia que praticamos. A partir de nossa prática. Que a graça de Deus nos acompanhe em todos os caminhos e esteja presente em todas as situações que se apresentarem a nós neste dia. Que a graça do divino em nós conceda a cada um ver a si mesmo em todos aqueles com quem se encontrar. Pois é pela graça, que nos concede a liberdade, que vamos ser capazes de libertar a todos do julgamento do mundo.

Como eu já disse antes, e não apenas uma vez só, se tivermos bem presente uma lição que já praticamos, seremos capazes de nos lembrar de que Deus vai conosco aonde formos. E se Ele vai conosco aonde formos, temos de reconhecer que a graça d'Ele também tem de estar conosco aonde quer que estejamos. É isto que as práticas de hoje visam a nos ajudar a lembrar.

Pois, independentemente de quaisquer esforços que façamos, independente de qualquer busca a que nos dediquemos, é só a graça de Deus que pode, de fato, nos libertar e nos fazer compreender, para além da lógica e da razão, que já somos aquilo que buscamos, conforme ensina o Curso. A jornada que aparentemente fazemos, na verdade, é uma jornada que não tem nada a ver com distância. Não tem nada a ver com o tempo, nem com espaço ou lugar.

Joel Goldsmith, em um de seus livros, diz que "enquanto pensarmos em nossa vida, em nosso corpo e em nossos negócios, e em como poderemos modificá-los ou melhorá-los, estamos vivendo dentro dos limites do parêntese, do finito [não estamos vivendo pela graça]. Mas no momento que percebemos o círculo na sua integridade, deixamos de confinar a Vida num parêntese [e somos libertados].

Diz mais que "é possível que, nesse momento, estejamos contemplando a Vida desde o ângulo desse parêntese, mas, pelo menos, estaremos testemunhando a manifestação da vida que não tem começo e não terá fim, e assim estamos desfazendo esse parêntese", [aproximando-nos da eternidade, em que somos livres para ser o que somos, em Deus, sob Sua graça].

Isso se consegue pelas práticas diárias.


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