segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Chegar a conhecer a verdade que nos libertará


LIÇÃO 56

Nossa revisão para o dia de hoje abrange o seguinte:

1. (26) Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade.

Como posso saber quem sou, se me vejo sob ataque constante? A dor, a doença, a perda, a idade e a morte parecem me ameaçar. Todas as minhas esperanças, e desejos e planos, parecem estar à mercê de um mundo que não posso controlar. No entanto, a segurança perfeita e a realização completa são minha herança. Eu tento entregar minha herança em troca do mundo que vejo. Mas Deus mantém minha herança a salvo para mim. Meus próprios pensamentos verdadeiros me ensinarão o que ela é.

2. (27) Acima de tudo, eu quero ver.

Reconhecendo que o que vejo reflete o que penso que sou, percebo claramente que a visão é minha maior necessidade. O mundo que vejo é a confirmação da natureza terrível da auto-imagem que criei. Se eu quiser me lembrar de quem eu sou, é essencial que eu abandone esta imagem de mim mesmo. Quando ela for substituída pela verdade, a visão certamente me será dada. E, com essa visão, olharei para o mundo e para mim mesmo com caridade e amor.

3. (28) Acima de tudo, quero ver de modo diferente.

O mundo que vejo mantém minha auto-imagem terrível no lugar e assegura sua continuidade. Enquanto eu vir o mundo tal como o vejo agora, a verdade não pode penetrar em minha consciência. Quero permitir que a porta por trás deste mundo seja aberta para mim, para eu poder olhar, adiante dela, para o mundo que reflete o Amor de Deus.

4. (29) Deus está em tudo o que vejo.

Por trás de cada imagem que faço, a verdade permanece inalterada. Por trás de cada véu com que cubro a face do amor, sua luz continua a ser radiante. Além de todos os meus desejos loucos está minha vontade, unida à Vontade de meu Pai. Deus ainda está em todos os lugares e em todas as coisas para sempre. E nós, que somos parte d'Ele, ainda olharemos para o que há além de todas as aparências e reconheceremos a verdade além de todas elas.

5. (30) Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente.

Em minha própria mente, por trás de todos os meus pensamentos loucos de separação e de ataque, existe o conhecimento de que tudo é um para sempre. Eu não perdi o conhecimento de Quem eu sou, porque me esqueci disso. Ele está guardado para mim na Mente de Deus, Que não abandona Seus Pensamentos. E eu, que estou entre eles, sou um com eles e um com Ele.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 56


Para lembrar algo de que já falamos antes, em geral, não nos damos conta de que nossos pensamentos, mal dirigidos, se voltam sempre diretamente contra nós mesmos. E podemos começar a explorar a lição e as ideias que vamos revisar hoje com a primeira delas:


"Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade."

Não poderia ser diferente, uma vez que não há nada fora de mim. Tudo o que faço só pode ter como efeito algo que acontece para mim mesmo. Se ataco alguém, também me firo. Se ofendo alguém, também obtenho os resultados da ofensa cometida. E, se machuco alguém a dor, normalmente, é maior em mim.

O desafio que esta ideia apresenta deve servir para nos levar à consciência de que precisamos aprender a olhar para as coisas de modo diferente, decidindo-nos a ver, como vamos rever com a segunda das ideias para as práticas de hoje.


"Acima de tudo, eu quero ver."

Ver verdadeiramente é o que pode nos devolver a consciência de nossa unidade com Deus. Ver é tudo o que precisamos para abandonar a imagem que fazemos de nós mesmos a partir do ego e de sua crença na separação.

Para Joel Goldsmith, "entender o que é Deus é ver Deus como a verdadeira vida do ser individual". A minha, a tua, a nossa vida e a de todo e qualquer ser. Isso é, na verdade, ver. Não a partir do que nos mostram os olhos do corpo, mas a partir do espírito, que está além do corpo, além das formas.

E aí vamos à terceira ideia de hoje:


"Acima de tudo, eu quero ver as coisas de modo diferente."

E por que acima de tudo? Porque hoje não vejo. Melhor dizendo, o que penso ser a visão hoje é aquilo que está relacionado aos sentidos de meu corpo. Visão, audição, olfato, paladar e tato. Isso não mostra, nem pode mostrar, a realidade de nada.

Voltando ainda a Goldsmith: "... Deus é a Alma do nosso ser, Deus é a Mente, o Espírito Santo, a verdadeira Essência da qual somos formados. Deus é o centro do nosso ser". 

Como "ver" isto com os olhos do corpo? Com os sentidos? A partir do modo de pensar do mundo?

Para tanto precisamos praticar e aplicar a quarta das ideias que estamos revisando hoje, mudando o foco de nosso olhar, e de nossos sentidos, para descobrir que:


"Deus está em tudo o que vejo."

O valor de reconhecer isto e de reconhecer que "Deus é a Alma do nosso ser... o centro de nosso ser" está em nos levar à gratidão, que permite dizermos: "Obrigado, Pai". Somos gratos por podermos ter contato com a verdade a respeito do que somos em Deus, com Ele. E o que é verdadeiro para nós - para cada um de nós de forma individual -, tem de ser verdadeiro para todo o universo, em todo lugar e em todo o tempo.

Isso nos traz à última das ideias para as práticas de hoje:


"Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente."

Se já aprendemos que não há nada fora de nós, então Deus só pode estar em nós, em cada um de nós. O que somos, na verdade, em essência, é o que Deus é.

E, mais uma vez, Joel Goldsmith pode nos ajudar a refletir e a praticar melhor o que a ideia nos pede para aplicarmos a nossas vidas.

Diz ele:

"A consciência é Deus - a tua consciência, a minha consciência. Uma consciência infinita e indivisível, que se manifesta individualmente como a tua consciência e a minha consciência - isto é Deus. É atividade da tua consciência e da minha, que resulta no desenvolvimento da nossa experiência harmônica diária. Não podemos nos sentar com uma mente inerte, apática e descuidada e acreditar que há um poder de Deus agindo por nós em algum lugar. O poder de Deus é a atividade de nossa consciência."

Eis aí a verdade eterna por detrás das palavras da lição de hoje. Eis aí o desafio que precisamos enfrentar, para domar as incoerências do ego e chegar a conhecer à verdade que nos libertará.

Às práticas?

3 comentários:

  1. Os poetas são meus facilitadores. Eles dizem, de forma impar, coisas que eu sinto e não sei dizer. Como eles são generosos, me oferecem, com frequência, amparo para compreender coisas.

    Estou eu aqui pensando sobre a necessidade de tomarmos a decisão de “Acima de tudo eu quero ver as coisas de modo diferente” porque esse é o ponto de partida que nos possibilita compreender que “Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente”; caso contrário, nada feito...

    Não tomar a decisão de “ver as coisas de modo diferente” é o mesmo que nos privarmos de mudar a vida como cantou, lá longe, Geraldo Vandré, em Ventania:

    “...Andei pelo mundo afora
    Querendo tanto encontrar
    UM LUGAR pra ser contente
    Onde eu pudesse mudar
    MAS A VIDA NÃO MUDAVA
    MUDANDO SÓ DE LUGAR...”.

    “Acima de tudo, quero ver as coisas de modo diferente” nos possibilita mudar a vida definitivamente, embora o lugar onde estejamos.

    Vamos em frente...
    Estamos juntos!

    Marilia

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  2. Viva, Marília.

    'Bora aí aprender a ver as coisas de modo diferente.

    Tem uma historinha conhecida que fala de uma pessoa que ao mudar de cidade e chegando àquela onde ia fixar residência, encontrou, logo na entrada um velhinho a quem se dirigiu e perguntou como era viver naquele lugar, como eram as pessoas ali.

    O velhinho respondeu-lhe com outra pergunta. Quis que o rapaz lhe dissesse como era viver na cidade de onde ele vinha. Ao que o rapaz respondeu: -Ah, lá era um horror, uma cidade cheia de problemas, ruas esburacadas, calçadas quebradas, vereadores corruptos, pessoas egoístas que só pensam em si mesmas, buscando levar vantagem sobre tudo e sobre todos.

    O velhinho lhe disse, então: - Ah, aqui não vai ser nada diferente para você. Acho que você também não vai gostar de morar aqui.

    Aconteceu que mais ou menos na mesma época outra pessoa tinha de se mudar para esta mesma cidade e chegando lá encontrou também o velhinho e lhe fez a mesma pergunta.

    O velhinho repetiu-lhe a mesma coisa, pedindo-lhe que contasse como era viver no lugar de onde vinha. E a pessoa disse que era maravilhoso o lugar, uma cidade tranquila, arborizada, com vizinhos educados, administradores que procuravam resolver os problemas públicos de modo a proporcionar melhor condição de vida para todos os que viviam lá. Pessoas interessadas em viverem juntas com as outras partilhando de suas alegrias e ajudando a resolver eventuais problemas para facilitar que todos vivessem em harmonia.

    Ao ouvir isso, o velhinho lhe disse então: Ah! Tenho certeza de que você vai gostar de viver aqui, e ser muito feliz, pois tudo aqui é exatamente como você disse ser o lugar onde vivia antes.

    Não é a isso que chegamos tomando a decisão de ver de modo diferente?

    Obrigado por estar conosco e compartilhar.

    Beijos.

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  3. Hellô Marília e Moisés

    Inspiradíssimos vocês, hein?

    Tenho me deliciado com seus comentários.

    Parabéns e super obrigada aos dois.

    Bjuuuuuuussssss

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