LIÇÃO 218
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
1. (198) Só minha condenação me fere.
Minha condenação mantém minha percepção duvidosa e com meus olhos cegos não posso perceber a beleza de minha glória. Hoje, porém, posso ver esta glória e ficar alegre.
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
*
COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 218
Atenção! Atenção! Atenção!
Hoje, reprise da reprise da reprise. Não perca! Você não pode deixar de ler! Vai ser bom para sua prática.
Brincadeiras à parte, vou reprisar, para a lição de hoje, uma vez mais, o comentário feito em anos anteriores, inclusive o título da postagem. Espero que, tal como eu, vocês vejam sentido naquilo que eu disse então. E que o sentido de lá possa servir para o que vivemos hoje. Bom dia a todos. Boas práticas.
Thomas Keating, de quem já lhes falei algumas vezes antes, em seu livro Intimidade com Deus, compara nossa consciência a um rio, em cuja superfície os pensamentos passeiam, como barcos. "A superfície do rio representa nosso nível psicológico normal de consciência. Mas o rio também tem profundezas e o mesmo acontece com nossa consciência. Debaixo do nível psicológico normal de consciência, há o nível espiritual de consciência, no qual nosso intelecto e vontade funcionam em seu modo peculiar, de maneira espiritual", diz ele.
Ele acrescenta que em um nível mais profundo ainda, ou numa região mais "centralizada", "está a Força Divina Interior, onde a energia divina está presente como fonte de nossa existência e inspiração a todo momento". É na parte mais central ou mais íntima de nosso ser, em um lugar a que "os místicos chamam de 'fundamento da existência' ou 'pico do espírito' que podemos encontrar "o esforço pessoal e a graça".
O que fazemos na prática diária, ao utilizarmos a ideia que o Curso nos apresenta a cada lição, de acordo com as instruções, serve como um "gesto do consentimento de nossa vontade espiritual para a presença de Deus no mais íntimo de nosso ser".
Durante as práticas, a ideia deve aparecer em nossa imaginação sem exercer "nenhuma função tranquilizadora no nível de nosso fluxo de consciência normal". Em vez disso, seu papel é favorecer a expressão "de nossa intenção, a escolha de nossa vontade de se abrir e [de] se entregar à presença divina". [Mais ou menos a mesma coisa que o dr. Hew Len diz no livro Limite Zero ao se referir à utilização das frases para a prática do ho'oponopono: Sinto muito. Me perdoa, por favor. Obrigado. Eu te amo.]
A ideia deve ser utilizada para permitir - se nos lembrarmos da metáfora da consciência como um rio -, que "os pensamentos naveguem como barcos na superfície do rio, sem atrair nosso desejo, nem provocar aversão". Isso vai permitir que nos desviemos por algum tempo do processo de pensar, pois "o processo pensante", diz Keating, tende a reforçar o sistema ao qual estamos acostumados e não nos deixa sair do "frenesi para 'obter algo' do mundo exterior para abastecer nossas compulsões ou disfarçar nossa mágoa", além, é claro, de acentuar quaisquer sensações de culpa ou medo que tenhamos desenvolvido por alguma razão.
Lembram-se do que Eckhart Tolle diz a respeito do pensamento? Em seu livro, O Poder do Agora, ele diz que o processo do pensamento faz com que nos identifiquemos com a mente e que "ser incapaz de parar de pensar provoca uma aflição terrível".
Quando nos identificamos com a mente, diz Eckhart, "criamos uma tela opaca de conceitos, rótulos, imagens, palavras, julgamentos e definições que bloqueia todas as relações verdadeiras" e que se interpõe entre nós e o nosso próprio interior, entre nós e o próximo, entre nós e a natureza e entre nós e o divino em nós mesmos/as. É por essa razão que, para ele, "pensar se tornou uma doença". Isto é, "o ruído mental incessante nos impede de encontrar a área de serenidade interior que é inseparável" daquilo que, na verdade, somos.
Dizendo de outro modo, "a doença acontece quanto as coisas se desequilibram. Por exemplo, não há nada errado com a divisão e a multiplicação das células no corpo humano. Mas, quando esse processo acontece sem levar em conta o organismo como um todo, as células se proliferam e temos a doença", o câncer, entre elas.
Isso é quase a mesma coisa que Keating diz quando, ao se referir ao processo de pensamento, sugere que um descanso "em bases regulares de vinte a trinta minutos sem pensar" nos levaria a perceber que "não somos os nossos pensamentos. Temos pensamentos, mas não somos os nossos pensamentos" [praticamente a mesma coisa que Tolle diz n'O Poder do Agora].
O que, em geral, nos faz sofrer é pensarmos que somos os nossos pensamentos e, se os nossos pensamentos são inquietantes, penosos ou "maus", ficamos confusos com eles. Se nos déssemos o direito de parar de pensar por algum tempo, todos os dias, como disciplina - lembram-se da fidelidade à prática? -, começaríamos a ver que não precisamos ser dominados pelos pensamentos.
Em última instância, o que acontece é que não percebemos que a mente pode ser - e é - "um instrumento magnífico" [Tolle], usada de maneira correta. Em geral, em nosso nível psicológico normal, nós a usamos de forma errada, ou, melhor dizendo, não a usamos, deixamos que ela nos use. Ao acreditar que somos a mente, que somos nossos pensamentos, permitimos que o instrumento se aposse de nós. Tornamo-nos o instrumento.
Às práticas?
Brincadeiras à parte, vou reprisar, para a lição de hoje, uma vez mais, o comentário feito em anos anteriores, inclusive o título da postagem. Espero que, tal como eu, vocês vejam sentido naquilo que eu disse então. E que o sentido de lá possa servir para o que vivemos hoje. Bom dia a todos. Boas práticas.
Thomas Keating, de quem já lhes falei algumas vezes antes, em seu livro Intimidade com Deus, compara nossa consciência a um rio, em cuja superfície os pensamentos passeiam, como barcos. "A superfície do rio representa nosso nível psicológico normal de consciência. Mas o rio também tem profundezas e o mesmo acontece com nossa consciência. Debaixo do nível psicológico normal de consciência, há o nível espiritual de consciência, no qual nosso intelecto e vontade funcionam em seu modo peculiar, de maneira espiritual", diz ele.
Ele acrescenta que em um nível mais profundo ainda, ou numa região mais "centralizada", "está a Força Divina Interior, onde a energia divina está presente como fonte de nossa existência e inspiração a todo momento". É na parte mais central ou mais íntima de nosso ser, em um lugar a que "os místicos chamam de 'fundamento da existência' ou 'pico do espírito' que podemos encontrar "o esforço pessoal e a graça".
O que fazemos na prática diária, ao utilizarmos a ideia que o Curso nos apresenta a cada lição, de acordo com as instruções, serve como um "gesto do consentimento de nossa vontade espiritual para a presença de Deus no mais íntimo de nosso ser".
Durante as práticas, a ideia deve aparecer em nossa imaginação sem exercer "nenhuma função tranquilizadora no nível de nosso fluxo de consciência normal". Em vez disso, seu papel é favorecer a expressão "de nossa intenção, a escolha de nossa vontade de se abrir e [de] se entregar à presença divina". [Mais ou menos a mesma coisa que o dr. Hew Len diz no livro Limite Zero ao se referir à utilização das frases para a prática do ho'oponopono: Sinto muito. Me perdoa, por favor. Obrigado. Eu te amo.]
A ideia deve ser utilizada para permitir - se nos lembrarmos da metáfora da consciência como um rio -, que "os pensamentos naveguem como barcos na superfície do rio, sem atrair nosso desejo, nem provocar aversão". Isso vai permitir que nos desviemos por algum tempo do processo de pensar, pois "o processo pensante", diz Keating, tende a reforçar o sistema ao qual estamos acostumados e não nos deixa sair do "frenesi para 'obter algo' do mundo exterior para abastecer nossas compulsões ou disfarçar nossa mágoa", além, é claro, de acentuar quaisquer sensações de culpa ou medo que tenhamos desenvolvido por alguma razão.
Lembram-se do que Eckhart Tolle diz a respeito do pensamento? Em seu livro, O Poder do Agora, ele diz que o processo do pensamento faz com que nos identifiquemos com a mente e que "ser incapaz de parar de pensar provoca uma aflição terrível".
Quando nos identificamos com a mente, diz Eckhart, "criamos uma tela opaca de conceitos, rótulos, imagens, palavras, julgamentos e definições que bloqueia todas as relações verdadeiras" e que se interpõe entre nós e o nosso próprio interior, entre nós e o próximo, entre nós e a natureza e entre nós e o divino em nós mesmos/as. É por essa razão que, para ele, "pensar se tornou uma doença". Isto é, "o ruído mental incessante nos impede de encontrar a área de serenidade interior que é inseparável" daquilo que, na verdade, somos.
Dizendo de outro modo, "a doença acontece quanto as coisas se desequilibram. Por exemplo, não há nada errado com a divisão e a multiplicação das células no corpo humano. Mas, quando esse processo acontece sem levar em conta o organismo como um todo, as células se proliferam e temos a doença", o câncer, entre elas.
Isso é quase a mesma coisa que Keating diz quando, ao se referir ao processo de pensamento, sugere que um descanso "em bases regulares de vinte a trinta minutos sem pensar" nos levaria a perceber que "não somos os nossos pensamentos. Temos pensamentos, mas não somos os nossos pensamentos" [praticamente a mesma coisa que Tolle diz n'O Poder do Agora].
O que, em geral, nos faz sofrer é pensarmos que somos os nossos pensamentos e, se os nossos pensamentos são inquietantes, penosos ou "maus", ficamos confusos com eles. Se nos déssemos o direito de parar de pensar por algum tempo, todos os dias, como disciplina - lembram-se da fidelidade à prática? -, começaríamos a ver que não precisamos ser dominados pelos pensamentos.
Em última instância, o que acontece é que não percebemos que a mente pode ser - e é - "um instrumento magnífico" [Tolle], usada de maneira correta. Em geral, em nosso nível psicológico normal, nós a usamos de forma errada, ou, melhor dizendo, não a usamos, deixamos que ela nos use. Ao acreditar que somos a mente, que somos nossos pensamentos, permitimos que o instrumento se aposse de nós. Tornamo-nos o instrumento.
Às práticas?
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