segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A alegria perfeita só o Espírito Santo em nós pode dar


LIÇÃO 217

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (197) Só posso ganhar a minha gratidão.

Quem, a não ser eu mesmo, deve agradecer por minha salvação? E de que modo, a não ser pela salvação, posso descobrir o Ser a Quem devo minha gratidão?

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 217

De novo, de novo e de novo, se pararmos para refletir um pouquinho só que seja a respeito da última da ideia que revisamos: Só posso crucificar a mim mesmo, relacionando-a, mais uma vez, como fiz ontem, à ideia de uma lição anterior: Tudo que dou é dado a mim mesmo, abrimos caminho uma vez mais para a ideia da revisão de amanhã: Só minha condenação me fere.  

Lembremo-nos ainda - os que já estão há mais de um ano por aqui e que já passaram pela prática de todas as lições ao menos uma vez - de que há, na segunda parte, uma lição cuja ideia afirma: Nada pode me ferir, exceto meus pensamentos. Há outra ainda a dizer que: Só meus pensamentos me afetam. 

A partir de todas estas ideias é forçoso concluir que, na verdade, tudo sempre gira de modo inevitável em torno de nós mesmos, de cada um de nós individualmente. O coletivo também é apenas uma projeção de tudo o que povoa nossa mente - a de cada um, e a de todos de nós -, se, de novo, pararmos para pensar com bastante atenção. 

Isto significa dizer, como também já vimos inúmeras vezes, que o mundo que vejo só existe como projeção ou manifestação de tudo aquilo que trago dentro de mim. E o mesmo vale para cada uma das pessoas que aparentemente existem no mundo. Tanto isso é verdade que estamos já até cansados de ouvir dizer que há tantos mundos quantas são as pessoas que habitam o mundo. Este, em que nossa percepção diz que vivemos.

Isto é apenas a confirmação da ideia que praticamos hoje, que nos diz que só podemos esperar nossa própria gratidão. Mais uma razão, conforme eu já disse no passado, para aprendermos a não depositar nenhuma expectativa em nada, nem em ninguém. Para entregarmos, sim!, todos nossos planos e projetos ao divino, e a um divino - uma vez que não há nada fora de nós mesmos, como o Curso ensina - que só pode existir em nós mesmos, ao Espírito Santo, que também só pode existir em nós mesmos. Um divino, ou um Espírito Santo em nós, que sabe tudo a respeito de gratidão. 

É também o Espírito Santo, em nós, quem sabe o que pode nos dar a alegria perfeita: a Vontade de Deus para nós, e que, claro!, é nossa própria vontade. Em meio a toda e qualquer dúvida que pode advir do sistema de pensamento do mundo, deve bastar-nos a certeza de que sempre podemos contar com nossa própria gratidão, uma vez a tenhamos aprendido.

Repetindo ainda uma vez o que eu já disse em anos passados, esta ideia é também mais uma razão para que deixemos de buscar determinar de que modo os outros devem viver, para que busquemos aprender a abrir mão do controle, de qualquer tipo de controle. Se, em geral, não sabemos o que fazer com nosso próprio mundo, o que nos leva a pensar que podemos decidir o que é melhor para uns e outros, para seus mundos, e para o mundo todo? Ou para todos os mundos que existem?

E, recorrendo ainda a comentários anteriores, é bom lembrar de novo que o texto que introduziu esta ideia para as práticas na primeira vez diz a certa altura:

Não importa se outro considera tuas dádivas indignas. Na mente dele existe uma parte que se junta a tua para te agradecer. Não importa se tuas dádivas parecem perdidas e inúteis. Elas são recebidas onde são dadas. Em tua gratidão elas são aceitas universalmente e reconhecidas com gratidão pelo Coração do Próprio Deus.

E, de novo, alguém pode pedir ou querer mais do que isto? Não será o caso de aprendermos a dar graças por sermos capazes da gratidão? E, se tudo que damos é a nós mesmos que damos, será difícil concluir que sempre que somos gratos a alguém por alguma coisa é nossa própria gratidão que recebemos? E que não precisamos de mais nada? 

Lembremo-nos também, por fim, que, do mesmo modo que não podemos ser capazes de amar a ninguém, nem a nada no mundo, se não formos, em primeiro lugar, capazes de amar a nós mesmos de forma incondicional, não seremos capazes da gratidão para com nada nem para com ninguém se não aprendermos a ser gratos a nós mesmos, por nós mesmos.

Às práticas?

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