terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Encontrar-se é encontrar Deus em si mesmo


LIÇÃO 357

A verdade atende todo pedido que fazemos a Deus,
Respondendo, primeiro, com milagres e, em seguida,
Voltando a nós para ser ela mesma.

1. O perdão, reflexo da verdade, me diz como oferecer milagres e assim escapar da prisão em que penso viver. Teu Filho santo me é mostrado, primeiro em meu irmão, depois em mim. Tua Voz me instrui pacientemente a ouvir Tua Palavra e a dar do mesmo modo que recebo. E, quando eu olhar para Teu Filho hoje, ouvirei Tua Voz me instruindo a achar o caminho para Ti, da forma que Tu indicaste que o caminho seja:

"Olha para a inocência dele e sê, tu, curado."

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 357

É preciso, para começarmos a praticar hoje, que devotemos toda a nossa atenção, mais uma vez, à ideia que vai orientar nossas práticas. Uma ideia que deve e vai servir de guia e orientação para tudo o que vamos fazer durante este dia. 

Primeiro, não há - pelo menos acho que não, a esta altura - como duvidar de que: 

A verdade atende todo pedido que fazemos a Deus,
Respondendo, primeiro, com milagres e, em seguida,
Voltando a nós para ser ela mesma.

Sabemos que, na verdade, não há nada a pedir, porque tudo o que é do Pai-Mãe-Deus nos pertence. E sabemos também que, a partir do ensinamento do Curso, só nos falta aquilo que não damos. O que nos aprisiona não é nada além da ideia de que nos falta alguma coisa, que nos leva ao apego. 

É por isso que precisamos entrar em sintonia com o que nos diz a lição de hoje, como forma de tomarmos consciência de que é o perdão, reflexo da verdade, que vai nos libertar e libertar o mundo inteiro. Pois:

 O perdão, reflexo da verdade, me diz como oferecer milagres e assim escapar da prisão em que penso viver. Teu Filho santo me é mostrado, primeiro em meu irmão, depois em mim. Tua Voz me instrui pacientemente a ouvir Tua Palavra e a dar do mesmo modo que recebo. E, quando eu olhar para Teu Filho hoje, ouvirei Tua Voz me instruindo a achar o caminho para Ti, da forma que Tu indicaste que o caminho seja:

"Olha para a inocência dele e sê, tu, curado."

Lembrando do que escrevi no comentário dos dois últimos anos, Stephen Mitchell, a quem já citei várias vezes, escreve em um de seus livros:

"O reino de Deus é como um tesouro enterrado num campo; é como uma pérola de grande valor; é como voltar para casa. Quando o encontramos, encontramos a nós mesmos, tornamo-nos donos de uma riqueza infinitamente mais valiosa do que qualquer sonho, e nos apercebemos de que podemos aguentar perder tudo mais no mundo, até mesmo (se preciso for) alguém a quem amamos mais do que a própria vida."

Isto, em meu modo de ver, é a mesma coisa que dizer que encontrar o reino de Deus é encontrar a verdade a nosso próprio respeito, que é também a verdade de que Jesus fala como sendo o meio pelo qual seremos libertados, pois, conhecendo a verdade, conhecemos Deus.

É a isso que se refere a ideia para as práticas de hoje. É isso que precisamos aprender, reconhecer, aceitar e pôr em prática em nossa experiência neste mundo de sentidos e formas, para sermos capazes de desenvolver e usar um novo modo de olhar para o mundo. E para tudo o que aparentemente há nele, como nos diz também Daniel Lima, de quem já lhes falei também, num poema intitulado Barcarola da Vida:

Sei que é só meu o de dentro;
se é de fora não é meu,
pois tudo faz-se-me estranho
se o amor não o torna eu.

Mas vai-se passando a vida,
as horas chegando ao fim:
e há mundos novos que esperam
surgir através de mim.

Há mundos novos possíveis,
de graça, força e paixão
de emoções jamais sentidas,
que só por mim nascerão.

(...)

Mas que fazer, se me esbarro
na dor dos limites meus,
no espaço e tempo do corpo,
que não me deixa ser Deus?

(...)

Meu Deus, o infinito é longe,
mas perto do meu desejo.

Às práticas? 

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