quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Há duas formas diferentes de olhar para o mundo


LIÇÃO 352

Julgamento e amor são opostos. Todas
As tristezas do mundo vêm de um deles. Do outro,
Porém, vem a paz do Próprio Deus.

1. O perdão olha apenas para a inocência e não julga. Eu venho a Ti a partir disso. O julgamento vai colar meus olhos e me deixar cego. Mas o amor, refletido aqui no perdão, me lembrará que Tu me deste um caminho para encontrar Tua paz mais uma vez. Quando sigo por esse caminho, sou livre. Tu não me deixas sem consolo. Tenho em mim tanto a lembrança de Ti, quanto Aquele Que me leva a ela. Pai, hoje quero ouvir Tua Voz e achar Tua paz. Pois quero amar minha própria Identidade e achá-La na lembrança de Ti.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 352

Hoje, a ideia que vamos praticar mostra claramente a diferença que há em se olhar para uma pessoa, para uma situação, para uma experiência, com o olhar amoroso do Espírito Santo e se olhar para tudo isto - ou mesmo para o mundo inteiro, ou ainda para qualquer aspecto dele, grande ou pequeno - com os olhos julgadores do falso eu - o ego. Um destes olhares nos leva à alegria e à paz. O outro nos afasta delas. E da felicidade. Por quê?

Porque, como diz a lição:

Julgamento e amor são opostos. Todas
As tristezas do mundo vêm de um deles. Do outro,
Porém, vem a paz do Próprio Deus. 

Repetindo, então, a pergunta que abriu os comentários a esta lição em anos anteriores: 

"Se a felicidade é uma escolha, então, por que alguém escolheria outra coisa que não a felicidade?" (Jill Bolte Taylor, no livro A Cientista que Curou seu Próprio Cérebro).

A resposta a esta pergunta nos dá a dimensão do quanto estamos alienados de nós mesmos nas situações comuns, em nossas experiência diárias, nos encontros com os outros ao longo de nossas vidas. Pois são raros aqueles de nós que acreditam de fato que a felicidade é uma escolha. A maioria ainda acha que existe algo, alguém ou alguma coisa no mundo que pode nos dar a felicidade. Estou enganado? 

E quando vivemos experiências que deixam qualquer sombra de alegria e de felicidade para trás, nós julgamos, a nós mesmos, a tudo e a todos e o julgamento cola nossos olhos e nos deixa cegos. 

Por isso precisamos praticar como nos orienta a lição:

O perdão olha apenas para a inocência e não julga. Eu venho a Ti a partir disso. O julgamento vai colar meus olhos e me deixar cego. Mas o amor, refletido aqui no perdão, me lembrará que Tu me deste um caminho para encontrar Tua paz mais uma vez. Quando sigo por esse caminho, sou livre. Tu não me deixas sem consolo. Tenho em mim tanto a lembrança de Ti, quanto Aquele Que me leva a ela. Pai, hoje quero ouvir Tua Voz e achar Tua paz. Pois quero amar minha própria Identidade e achá-La na lembrança de Ti.

Se vocês estiverem bem lembrados - os que acompanham estas postagens há já algum tempo, compartilhei aqui, em anos anteriores, a resposta que dei a uma moça, cuja mensagem me perguntava que diferença o Curso havia feito em minha vida, de que forma ele tinha me encaminhado na direção da alegria ou da felicidade e da paz.

E vocês hão de lembrar, também, é claro, que o que eu disse a ela foi que, na verdade, o Curso veio apenas confirmar aquilo que eu sempre soube "dentro de mim". Isto é, o Curso veio confirmar a informação intuída de dentro de que não há nada fora de mim que possa me fazer mais ou menos feliz ou infeliz.

Tudo é escolha! E é sempre um "eu" quem escolhe. Agora, precisamos estar atentos para reconhecer a quem se alinha o "eu" que escolhe por nós. Se ele se alinha ao "Eu Sou", que é o que verdadeiramente somos, está alinhado à Fonte da alegria e pode ter a alegria como ponto de partida para toda e qualquer experiência que vai se apresentar a ele neste mundo.

Por outro lado se o "eu" que escolhe por nós está alinhado ao "ego" - o falso eu, a imagem de nós mesmos que construímos a partir da crença em uma separação de Deus que não existe -, as escolhas vão nos levar sempre na direção de mais ilusão, do reforço da crença na separação.

As práticas são instrumentos que servem para nos ajudar a identificar quem escolhe conosco. Se nosso ponto de partida for a alegria, então, podemos ter certeza de que escolhemos nos afastar do julgamento e, como a lição ensina, reconhecemos que o julgamento é que é o responsável por todas as tristezas do mundo. E precisamos aprender a evitá-lo de todas as maneiras possíveis. 

Às práticas?

2 comentários:

  1. Estamos chegando no final de um percurso e eu tenho feito reflexões sobre meus progressos em relação a minha mente, nesse ano. O quanto abandonei crenças e o quanto ,ainda, aceito a realidade divina de maneira formal.Ao longo dos exercícios , consegui conhecer-me bem melhor quanto ao controle do ego. Está claro para mim que as escolhas pelo ego fecha a porta para a vivência verdadeira do Espírito. Aconteceram momentos de clareza, de compreensão de que minha realidade é a consciência do Pai em mim. Estou no caminho, crescendo gradualmente, vivendo o dia a dia com pontos de vista novos e motivada a seguir essa busca interior.

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    1. É isso aí, Cida.

      Mais uma etapa do aprendizado quase cumprida. Apesar de já intuirmos que não há nada a aprender. Basta lembrar. E para lembrar há apenas que fazer silêncio. Fazer calar o ego, a mente e o coração e abrir-nos para ouvir a Voz por Deus, em nós mesmos.

      Daqui a pouco começamos nova etapa. Quem sabe nos sentiremos mais à vontade para abandonar as tentativas de controle? Quem sabe nos sentiremos mais felizes por aprender que não precisamos fazer nada, ao contrário do que o ego quer que acreditemos?

      Obrigado por continuar conosco e compartilhar.

      Beijos.

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