domingo, 10 de novembro de 2013

O único tempo que existe, de fato, é o presente.


LIÇÃO 314

Busco um futuro diferente do passado.

1. Da nova percepção do mundo vem um futuro muito diferente do passado. Agora o futuro é reconhecido como extensão do presente apenas. Os erros do passado não podem lançar sombras sobre ele, uma vez que o medo perde seus ídolos e imagens e, por não ter forma, não tem nenhum efeito. Agora, a morte não reivindicará o futuro, pois no presente sua meta é a vida e se provê com alegria todos os meios necessários. Quem pode se lamentar ou sofrer se o presente está livre e estende sua segurança e sua paz a um futuro sereno e repleto de alegria?

2. Pai, estávamos equivocados no passado e escolhemos o presente para ficar livres. Agora deixamos de fato o futuro em Tuas Mãos, deixando para trás nossos erros passados e certos de que Tu cumprirás Tuas promessas presentes e guiarás o futuro na luz sagrada delas.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 314

Uma das frases de livros de Wayne Dyer que leio no momento diz o seguinte:

Muda o modo de olhares para as coisas e as coisas para as quais olhas mudam.

Esta mesma ideia, dita de outro modo, é a ideia que o Curso oferece para as práticas de hoje. Uma ideia a respeito da qual todos, ou quase todos nós, já pensamos à exaustão, conforme já comentei aqui. Cheguei até a perguntar se estaria enganado ao dizer isso. Será que só eu pensei a respeito do tempo? Será que só eu penso a respeito desta questão?


É claro que sei que não. Pois desde que temos notícia de quaisquer seres pensantes, ouvimos dizer que a questão do tempo sempre ocupou espaço de destaque nos pensamentos de vários pensadores que viveram antes de nós neste mundo. Aliás, o tempo é ainda uma das questões de que se ocupam muitos dos pensadores deste mesmo tempo em que vivemos.

 E o pior - ou melhor ? - de tudo: ninguém ainda, no mundo, nos deu uma resposta satisfatória. Uma resposta que deixe claro de uma vez por todas que o tempo não existe, pelo menos não na forma que pensamos nele, não na forma de que nos valemos dele, ou nos deixamos aprisionar por ele. Se a deu, preferimos não ouvi-la e apegar-nos às nossas crenças que dizem que o tempo passa, que o tempo cura, que o tempo é o melhor remédio.

Uma música da banda Legião Urbana, cantada por Renato Russo, diz que "temos todo o tempo do mundo", mas muitos de nós não acreditam nisso, não é mesmo? Fala-se cada vez mais hoje  em dia a respeito de uma aceleração do tempo. Aceleração que dá a muitos a sensação de que tudo está passando mais depressa. Muito mais depressa. E já ouvi até dizer que as ditas 24 horas que tem o dia [convencionalmente] se reduziram a 16. Será? Será que alguém que viva sua vida presente, consciente de que tudo o que acontece só acontece agora, neste instante, tem esta mesma percepção do tempo?

O Curso ensina que o único tempo que existe é o presente. O agora. Isto é, o tempo em que nos encontramos quando estamos inteiros no lugar em que estamos, qualquer que seja ele, qualquer que seja o momento, ocupando-nos do que quer que estejamos fazendo. Seja o que for. É por isto que todas as discussões a respeito do tempo não levam a nada. Pois quanto mais nos ocupamos de definir o tempo, dividindo-o em passado, presente e futuro, tanto mais ele nos escapa. 

E muitas vezes nos lamentamos por não termos feito determinada coisa em uma tal situação. Ou por a termos feito noutra. Buscamos ficar mais atentos para não repetir um mesmo erro no futuro. Planejamos o que vamos fazer quando uma situação semelhante se apresentar. Ou seja, em geral, como o Curso ensina, passamos do passado diretamente para o futuro, sem perceber aonde estamos, sem estar no único lugar e tempo em que, de fato, podemos estar.

É por esta razão que as práticas de hoje são importantes. Oxalá elas nos permitam liberar o futuro e esquecer o passado, deixando-o junto de todas as ilusões que trouxe. Perdoado! É só isso que pode nos oferecer a perspectiva de que o futuro não seja mais como o passado, que ele se apresente pleno de potencialidades e possibilidades a serem realizadas no presente. Pois só deste modo podemos aproveitar o tempo de forma plena.

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