segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dar valor ao mundo é tornar realidade a ilusão


LIÇÃO 322

Só posso desistir do que nunca foi real.

1. Eu sacrifico ilusões, nada mais. E, quando as ilusões se vão, encontro as dádivas que elas tentavam esconder esperando por mim em acolhida luminosa e prontas para dar as mensagens milenares de Deus para mim. A lembrança de Deus habita em cada dádiva que recebo d'Ele. E cada sonho serve apenas para esconder o Ser que é o único Filho de Deus, à semelhança d'Ele, o Santo Que ainda habita n'Ele para sempre do mesmo modo que Ele ainda habita em mim.

2. Pai, todo sacrifício continua a ser eternamente inconcebível para Ti. E, por isso,  eu não posso sacrificar nada a não ser em sonhos. Do modo que Tu me criaste, não posso desistir de nada do que Tu me deste. Aquilo que Tu não deste não é real. Que perda posso prever exceto a perda do medo e a volta do amor a minha mente?

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 322

Em algum ponto do texto do Curso encontramos a informação de que não vamos encontrar nem a paz, nem a alegria, nem a felicidade a que aspiramos, e que também é a Vontade de Deus para cada um de nós, enquanto não nos rendermos à orientação do divino, do espírito, no interior. Por isso, sempre que em nossa caminhada pelo mundo abandonamos qualquer coisa, uma atividade, uma propriedade, um lugar, uma pessoa, estamos apenas abandonando ilusões.

Ou, como diz a lição de hoje:

Eu sacrifico ilusões, nada mais.

E o que acontece a partir do momento em que abandonamos as ilusões?

... quando as ilusões se vão, encontro as dádivas que elas tentavam esconder esperando por mim em acolhida luminosa e prontas para dar as mensagens milenares de Deus para mim.

É disto que trata a ideia para as práticas de hoje: da verdade a respeito deste mundo. E daquilo que fazemos no mundo, que é apenas uma ilusão. Tanto é assim que podemos observar facilmente que o mundo é diferente para cada um de nós, como eu disse ontem. Ou não é assim que o veem? Acreditam que há algo de verdadeiro no mundo?

Voltemos nossa atenção mais uma vez para o que nos diz outra parte do texto à qual já me referi várias vezes.

Qualquer coisa neste mundo que acredites ser boa e de valor, e pela qual vale a pena lutar, pode te ferir, e o fará. Não porque tenha o poder de ferir, mas apenas porque tu negaste que ela é apenas uma ilusão e a tornaste real. E ela é real para ti. Deixou de ser nada. E a partir da realidade percebida para ela entram todas as ilusões doentias do mundo. Toda a crença no pecado, no poder do ataque, em dano e ferimento, em sacrifício e morte vem a ti. Pois ninguém pode tornar uma única ilusão real, e mesmo assim escapar das demais. Pois quem pode escolher manter aquelas que prefere e encontrar a segurança que só a verdade pode oferecer? Quem pode crer que as ilusões são todas a mesma e ainda assim afirmar que uma delas é melhor?

Eis aí, pois, o enorme problema que aparentemente temos de enfrentar para "viver" num mundo como este, que nos oferece inúmeras coisas que podem, e querem, a partir da orientação do falso eu nos parecer verdadeiras. É deste modo que o falso eu trabalha para nos convencer de que há algumas coisas a que devemos/podemos, de fato, nos apegar neste mundo, dar-lhes realidade. 

É, porém, só no entender do ego que há no mundo coisas a que devemos dar valor. No entanto, quando damos ouvidos a ele, tudo o que fazemos é dar realidade à ilusão. Pois, de verdade, só as dádivas que recebemos de Deus é que têm valor, como nos diz a lição.

A lembrança de Deus habita em cada dádiva que recebo d'Ele. E cada sonho serve apenas para esconder o Ser que é o único Filho de Deus, à semelhança d'Ele, o Santo Que ainda habita n'Ele para sempre do mesmo modo que Ele ainda habita em mim.

É por isso que o Curso ensina que a verdade a nosso próprio respeito não pode mudar. Não importa o que façamos na ilusão, continuamos a ser tal como Deus nos criou. Nossa herança é a santidade do Filho de Deus. O poder que temos, e que não tem limites, vem da inocência que Ele nos garante não poder ser maculada em nenhuma instância.

É também por isso que:

... todo sacrifício continua a ser eternamente inconcebível para [Deus]. E, por isso,  eu não posso sacrificar nada a não ser em sonhos. Do modo que Tu me criaste, não posso desistir de nada do que Tu me deste. Aquilo que Tu não deste não é real. Que perda posso prever exceto a perda do medo e a volta do amor a minha mente?

Às práticas?

Um comentário:

  1. Não há dúvidas de que essa crença na vida finita e ilusória precisa ser dissolvida na consciência da unidade com o Infinito, Deus em nós. Acreditamos que a vida com seus sofrimentos é necessária para alcançarmos uma visão mais abrangente e libertadora . Assim, o reino verdadeiro fica distante e, talvez, impossível de ser vivido. Precisamos, urgentemente, experimentar, afirmar , despertar a inspiração divina dentro de nós, criando um ambiente propício para "ver" Deus manifestando-se , a todo o instante, em nossas vidas.

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