quarta-feira, 31 de julho de 2013

Qual é o papel que nos cabe na ordem das coisas?


LIÇÃO 212

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (192) Tenho uma função que Deus quer que eu cumpra.

Busco a função que me libertará de todas as vãs ilusões do mundo. Só a função que Deus me dá pode oferecer liberdade. É apenas isto que busco, e só aceitarei isto como meu.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 212

Em certo sentido, somos todos buscadores. E buscamos o quê? Será que perdemos alguma coisa? Será que há algo a ser encontrado? Por que a maioria de nós não está satisfeito com o que tem, com o que vive, com o lugar aonde está, com aquilo que pensa poder fazer e com aquilo que acredita que não pode?

Na verdade, quer me parecer, a partir do ensinamento do Curso, que não há nada a buscar. O próprio Curso diz que já somos aquilo que estamos buscando. Diz mais: que não perdemos nada e nem, de fato, há algo que possamos perder ou encontrar. E diz ainda que podemos tudo, pois herdamos do Pai o mesmo poder que Ele tem. Assim, temos pleno poder para fazer o que quisermos, desde que tomemos a decisão de agir no mundo a partir do Ser. Isto é, inspirados por aquilo que somos.

Contudo, parece-nos que a maior parte do tempo não sabemos o que somos, o que fazemos, o que há para fazer e nem onde estamos. Como se sentíssemos falta de alguma coisa que não sabemos dizer de forma clara o que há. Há algo que queremos e que não conseguimos identificar bem.

Este algo é aquilo que podemos chamar de anseio pela eternidade, de saudade de casa, de saudade de um tempo que sabemos ter vivido apenas a alegria de ser e estar no lugar a que pertencemos.

É por esta razão que ideia para a nossa revisão de hoje tem importância vital para a re-descoberta do papel que nos cabe na ordem das coisas, para dar sentido à vida que vivemos neste mundo, de acordo com a Vontade de Deus. Tudo o que precisamos fazer, então, a partir também da ideia que praticamos ontem, é lembrar de nossa condição de Filhos santos do Próprio Deus.

Uma passagem do livro texto, que já citei outras vezes, sugere que reconheçamos e aceitemos a seguinte ideia: "O Próprio Deus é incompleto sem mim".  Ora, esta ideia é fundamental para que recobremos o direito legítimo à herança divina que nos cabe, para que possamos ser a manifestação do Deus Vivo em nosso aparente estar-no-mundo.

E não há como não reconhecê-la se pensarmos que Deus, ou melhor dizendo, a ideia de Deus é uma ideia todo-abrangente. Ele [ou a ideia d'Ele] só existe para mim, para nós, para quem quer que seja, quando tudo e todos começam e terminam n'Ele. Tudo se recobre de sentido no Amor que é capaz de abarcar a tudo e a todos em Si.

Assim, como já disse antes também, da mesma forma que precisamos de Deus [ou da ideia de Deus] para que nossas vidas tenham sentido, Deus [mesmo que apenas como ideia] precisa de todos e de cada um de nós assumindo o compromisso com a função que nos cabe para a realização de Seu plano para a salvação do mundo, para a realização de Sua Vontade de alegria e paz perfeitas e completas para cada um. E para todos nós. Uma vontade que é também a nossa. Porque não podemos ter vontade à parte de Deus, do mesmo modo que não podemos existir separados d'Ele.

Às práticas?

2 comentários:

  1. A estadia do Papa no Brasil, numa jornada voltada para os jovens, reacendeu a chama de Cristo nos corações de muitos peregrinos. Não fixando-se no aspecto formal da instituição cristã, mas indo além, aceitando e vivendo o caminho que Cristo nos deixou,poderemos viver a experiência de Deus em nossas vidas.O curso facilita essa possibilidade se tivermos determinação e disciplina para segui-lo.

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  2. É verdade, Cida...

    Esperemos em Deus que mais gente se deixe envolver pela luz crística que o Curso oferece e aceite e escolha encarar a necessária disciplina para praticar as lições que ele oferece e para pôr em prática o aprendizado de todos os dias.

    Obrigado por continuar conosco e compartilhar.

    Beijos.

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