segunda-feira, 22 de julho de 2013

A prática diária é uma forma de oração contemplativa


LIÇÃO 203

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (183) Invoco o Nome de Deus e o meu próprio nome.

O Nome de Deus é minha liberação de todo pensamento de mal e de pecado, porque é meu próprio nome assim como o d'Ele.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 203


Lembram-se de que já me referi no passado a um livro de Thomas Keating,intitulado A condição humana? Acho que vale a pena relembrar o que eu disse que ele tinha a nos ensinar. Em sintonia com o que o Curso quer que aprendamos. 

A certa altura, eu dizia, Keating diz que quem está envolvido em uma prática espiritual precisa de orientação e que "nem todo guia espiritual que aparece pode oferecê-la. O mais importante é a fidelidade à prática diária de uma forma contemplativa de oração" [o grifo é meu]. Não é isso o que lhes parece que são os exercícios?

À medida que buscamos nos lembrar de quem somos, na verdade, em Deus, o autor diz que a prática diária "gradativamente nos expõe ao inconsciente em um ritmo com que podemos lidar, e [nos] coloca... sob a orientação do Espírito Santo. O amor divino prepara-nos, então, para receber o máximo que Deus pode comunicar de sua luz interior".

Assim, resta lembrar que a ideia que praticamos hoje chama a atenção para o fato de que, ao invocar o Nome de Deus, reconhecemos que "o mesmo amor incondicional, que se move em Deus, está se movendo em nós pela Graça, suplantando o ego humano com o divino 'Eu'", para que possamos começar a "manifestar na vida diária, não nossos falsos egos e preconceitos, mas a ternura infinita de Deus, o interesse de Deus por cada coisa viva", de acordo com Keating.

E, ainda de acordo com o que ele diz, "enquanto nos identificarmos com algum papel ou pessoa, não estaremos livres para manifestar a pureza da presença de Deus. Parte da vida é um processo de abandonar qualquer papel, embora digno, com que você se identifica. Ele [o papel com o qual você se identifica] não é você. Suas emoções não são você. Seu corpo não é você. Se você não é nada disso, que é você", então?

E, para terminar este comentário da mesma forma que fiz no passado, chamo sua atenção para o seguinte: "se nós [ainda] não tivermos experimentado a nós mesmos como amor incondicional, temos mais trabalho a fazer - porque isso [amor incondicional] é o que realmente somos".

Às práticas, pois!

2 comentários:

  1. Moises, eu tenho duas datas marcadas no meu livro:1997, quando comprei; 1999 quando tentei retomá-lo. Depois disso continuei lendo( nunca o abandonei) os textos mas só esse ano estou determinada a ir com os exercícios até o final. Há muita verdade em tudo, quando leio o exercício do dia, confirmo que é uma verdade para mim, só que nem sempre identifico se isso está em nível racional ou se já ultrapassou esse estágio e é o coração que está aceitando.Mas, tenho aprendido a ter calma, aquardar o processo sem expectativas. Saudações e bênçãos para você.

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  2. Maravilha, Cida.

    Só posso dizer que tomar a decisão de fazer os exercícios é o primeiro passo para o reconhecimento de que a Vontade de Deus e a nossa são, de fato, a mesma.

    E não é que tudo fique fácil da noite para o dia e que os problemas e as questões do mundo deixem de existir na aparência e de nos atormentar.

    O que acontece é que o exercício diário nos dá um instrumento de lidar com qualquer situação em qualquer momento. Ele nos oferece um ombro amigo, por assim dizer, um conselheiro - a Voz por Deus, em nós, que indica com segurança a direção da alegria e da paz.

    Pode-se querer mais que isso?

    Obrigado por compartilhar e por permanecer conosco dividindo sua experiência. Vamos juntos e tudo fica mais fácil, mais alegre.

    Beijos.

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