segunda-feira, 28 de outubro de 2024

É apenas a nossa percepção que precisa ser mudada

 

9. O que é a Segunda Vinda?

1. A Segunda Vinda de Cristo, que é tão certa quanto Deus, é apenas a correção e a volta da sanidade. Ela é uma parte da condição que restitui o que nunca se perdeu e que restabelece o que é verdadeiro para todo o sempre. Ela é o convite para que a Palavra de Deus tome o lugar da ilusão; a disposição de permitir que o perdão se estenda sobre todas as coisas sem exceção e sem reserva.

2. É a natureza todo-abrangente da Segunda Vinda de Cristo que permite que ela envolva o mundo e te mantenha em segurança em seu benigno advento, que abarca todas as coisas vivas consigo. Não há limite para o alívio que a Segunda Vinda traz, uma vez que a criação de Deus tem de ser ilimitada. O perdão ilumina o caminho da Segunda Vinda porque ela brilha sobre todas as coisas vivas como uma só. E, desse modo, a unidade é enfim reconhecida.

3. A Segunda Vinda põe fim às lições que o Espírito Santo ensina, dando lugar ao Juízo Final, em que o aprendizado termina em um resumo derradeiro que se estenderá além de si mesmo e chegará a Deus. A Segunda Vinda é o instante em que todas as mentes são entregues às mãos de Cristo, para serem devolvidas ao espírito em nome da criação verdadeira e da Vontade de Deus.

4. A Segunda Vinda é o único acontecimento no tempo que o próprio tempo não pode atingir. Pois cada um daqueles que algum dia veio para morrer, ou que ainda virá, ou que está presente agora é igualmente liberado daquilo que fez. Nessa igualdade Cristo é restabelecido qual uma Identidade única, na qual os Filhos de Deus reconhecem que todos eles são um só. E Deus Pai sorri para Seu Filho, Sua única criação e Sua única alegria.

5. Reza para que a Segunda Vinda aconteça logo, mas não te acomodes nisso. Ela precisa de teus olhos e ouvidos e mãos e pés. Ela precisa de tua voz. E, mais do que tudo, ela precisa de tua boa vontade. Alegremo-nos por sermos capazes de fazer a Vontade de Deus e de nos unirmos em sua luz sagrada. Atenção, o Filho de Deus é um em nós, e podemos alcançar o Amor de nosso Pai por intermédio d'Ele.

*

LIÇÃO 302

Onde havia trevas eu vejo a luz.

1. Pai, nossos olhos se abrem enfim. Teu mundo sagrado nos espera, uma vez que nossa visão é devolvida finalmente e podemos ver. Pensávamos que sofríamos. Mas tínhamos nos esquecido do Filho que Tu criaste. Agora vemos que as trevas são a nossa própria imaginação, e que a luz existe para olharmos para ela. A visão de Cristo transforma as trevas em luz, pois o medo tem de desaparecer quando o amor chega. Permite que eu perdoe Teu mundo sagrado hoje, a fim de eu poder olhar para a santidade dele e compreender que ela apenas reflete minha própria santidade.

2. Nosso Amor nos espera enquanto seguimos em direção a Ele e anda ao nosso lado indicando o caminho. Ele não falha em nada. É Ele o Fim que buscamos e é Ele o Meio pelo qual vamos a Ele.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 302

Caras, caros,

Antes de fazer um comentário qualquer para a ideia que o Curso oferece para as práticas de hoje, vou convidá-las e convidá-los, mais uma vez, a voltarem à ideia da lição de ontem, a primeira que praticamos à luz da nona instrução, que posto de novo: O que é a Segunda Vinda? 

Esta primeira ideia nos garante que ... o Próprio Deus enxugará todas as lágrimas. E diz que não podemos chorar a menos que embarquemos no julgamento do falso eu. Na verdade, em sintonia com o espírito em nós, não podemos sentir dor, nem nos sentirmos abandonadas e abandonados ou achar que não temos nenhuma utilidade neste mundo. 

É claro que para atingirmos o estado em que nos sabemos um com Deus, com o espírito em nós, e com tudo o que existe precisamos, sim, de muita prática. E para tanta prática precisamos também de muita disposição, muita perseverança, porque o mundo, a ilusão de mundo, vai nos cobrar um preço por não darmos a ele a atenção que o ego quer que demos. Mas, com certeza, a alegria, a serenidade e a paz de espírito que vamos obter em troca do esforço e da dedicação à prática valem muito a pena. E valem muito mais do que qualquer recompensa que o mundo nos possa oferecer.

A lição de ontem nos dizia ainda, ou melhor, orientava a não julgarmos o mundo de Deus. Pois, dizia, "O mundo de Deus é feliz" e se observarmos com atenção vamos perceber que tudo o que podemos fazer - e o que conta, afinal  - é adicionar a ele a nossa própria alegria. A alegria que nos é dada, quando abandonamos o julgamento do mundo e, em vez de julgá-lo, passamos a abençoá-lo.

Mais, ainda, dizia a lição. O mundo que vemos é falso, porque o vemos a partir dos olhos orientados pelo ego. E, ao aprender isso, queremos olhar para ele de modo diferente. Queremos olhar com atenção, inspirados pelo divino em nós, para ver o mundo de Deus, em lugar daquele que fizemos, e fazemos. 

E é o nosso desejo de ver de modo diferente, de ver o mundo de Deus, em lugar do nosso, que nos dá a possibilidade, que pode se tornar certeza, de vermos a luz aonde havia trevas, como nos diz a ideia para as práticas de hoje. 

Pois, como o Curso ensina, não há nada fora. Nada do que façamos ou deixemos de fazer pode modificar a verdade a nosso próprio respeito. Nada do que pensemos pode mudar o que Deus criou. Não existe nada fora. Nem o planeta, nem o universo. Tudo, absolutamente tudo, está dentro de cada uma e de cada um de nós.

O Curso ensina também que não precisamos fazer nada. Basta que deixemos tudo a cargo do espírito em nós e tudo ficará bem. Tudo seguirá o curso que tem de seguir. Ou, utilizando as palavras do Curso: "A realidade não necessita de tua cooperação para ser o que é". O que precisa de cooperação é nossa consciência da realidade, porque esta é nossa escolha.

Não nos iludamos mais acreditando que há alguma coisa que precisemos mudar no mundo, ou que podemos fazer qualquer coisa para mudá-lo. Não podemos e nem há necessidade disso. Tudo o que precisamos fazer é mudar nossa percepção do mundo e de nós mesmas, de nós mesmos. 


Assim, e só assim, vamos poder praticar a ideia de hoje com serenidade e com a certeza de que estamos vendo luz, onde víamos trevas.

Às práticas?

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