quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Já é a salvação compreender a misericórdia de Deus

 

2. O que é a salvação?

1. A salvação é uma promessa, feita por Deus, de que por fim encontrarás teu caminho até Ele. Ela não pode senão ser cumprida. Ela garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamentos que nasceram no tempo também findarão. A Palavra de Deus é dada a cada mente que pensa ter pensamentos separados e substituirá esses pensamentos de conflito pelo Pensamento de paz.

2. O Pensamento de paz foi dado ao Filho de Deus no instante em que sua mente pensou em guerra. Antes não havia necessidade de tal Pensamento porque a paz era dada sem opositores e simplesmente existia. Mas, quando a mente se divide, surge uma necessidade de cura. Por esta razão o Pensamento que tem o poder de curar a divisão se tornou uma parte de cada fragmento da mente que ainda era uma só, mas que deixou de reconhecer sua unidade. Naquele momento ela não se conhecia e pensava que sua própria Identidade estava perdida.

3. Salvação é desfazer no sentido de que, deixando de apoiar o mundo, ela não faz nada. Deste modo, ela abandona as ilusões. Por não apoiá-las, ela deixa simplesmente que elas se reduzam a pó suavemente. E, agora, revela-se o que elas escondiam; um altar ao santo Nome de Deus, sobre o qual está escrita a Palavra d'Ele, com as dádivas do teu perdão depositadas diante dele e a lembrança de Deus logo atrás.

4. Vamos entrar neste lugar diariamente para passar algum tempo juntos. Aqui compartilhamos nosso último sonho. É um sonho no qual não há tristeza, pois ele contém um indício de toda a glória que Deus nos dá. A relva irrompe do solo agora, as árvores começam a brotar e os pássaros vêm viver em seus galhos. A terra renasce com nova perspectiva. A noite acaba e chegamos juntos à luz.

5. Daqui oferecemos a salvação ao mundo, pois é aqui que a salvação foi recebida. A canção de nosso júbilo é o aviso para todo o mundo de que a liberdade voltou, de que o tempo está quase no fim e de que o Filho de Deus só tem de esperar mais um instante até que seu Pai seja lembrado, os sonhos acabem e a eternidade brilhe afastando o mundo para que absolutamente só o Céu exista.

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LIÇÃO 235

Deus, em Sua misericórdia, quer que eu seja salvo.

1. Eu só preciso olhar para todas as coisas que parecem me ferir e assegurar a mim mesmo com perfeita certeza: "Deus quer que eu seja salvo disto", para vê-las desaparecerem simplesmente. Eu só preciso ter em mente que a Vontade de meu Pai para mim é só a felicidade para descobrir que só a felicidade veio a mim. E eu só preciso lembrar que o Amor de Deus envolve Seu Filho e conserva sua inocência perfeita para sempre, para ter certeza de que estou salvo e seguro para sempre nos Braços d'Ele. Eu sou o Filho que Ele ama. E estou salvo porque Deus, em Sua misericórdia, quer assim.

2. Pai, Tua Santidade é minha. Teu Amor me criou e tornou minha inocência parte de Ti para sempre. Não tenho nenhuma culpa nem pecado em mim, porque não há nenhum em Ti.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 235

Caras, caros,

Hoje vamos praticar uma vez mais uma ideia que pode nos libertar de uma vez por todas de quaisquer problemas e dificuldades que estejamos encontrando, já no momento mesmo em que o problema, ou a dificuldade, se apresenta. A ideia que praticamos hoje, se transformada em crença, vai resolver o único problema que precisamos seja resolvido: vai substituir a crença na separação que, conforme o Curso ensina, é a única questão que nos faz ver todos os conflitos que aparentemente percebemos a partir dos sentidos, pela certeza de que ainda somos como Deus nos criou. E, por isso, já estamos salvos/as. 

Ora, se acreditarmos de fato que Deus quer que sejamos salvos/as, vamos entender que já estamos salvos/as, pois a Vontade de Deus e a nossa são a mesma e única vontade que existe para cada um e cada uma de nós. E, claro, para todos e todas nós também. Uma vez que encontrar Deus significa encontrar a paz que dura para sempre, vou me valer novamente de parte de um texto de Wayne Dyer, de um livro que li há já algum tempo, para nos ajudar a refletir acerca das formas pelas quais podemos transformar o mundo que vivemos em um lugar pacífico. Isto é, um mundo em que já estamos todos e todas salvos/as, pela misericórdia de Deus. 

Dyer, em seu livro, valendo-se da Oração de São Francisco para nos ensinar a sermos pessoas pacíficas, diz o seguinte:

Exercita o hábito de ter pensamentos de paz. Lembra-te de que tu te tornas aquilo em que pensas o dia inteiro. Com que frequência entopes tua mente com pensamentos que não são de paz? Quantas vezes por dia declaras em voz alta que o mundo é um lugar terrível? Que nós nos tornamos seres extremamente violentos? Que não nos importamos uns com os outros, nem umas com as outras? Que somos extremamente racistas? Que o governo não dá a mínima para nós?

Todos esses pensamentos, bem como a expressão deles, indicam que estás preso/a em uma mente da qual a paz está ausente e, portanto, que estás em um mundo não-pacífico. Todas as vezes que deploras os horrores do mundo, assistes às reportagens da mídia a respeito de tudo o que é nocivo, ou lês os jornais e revistas que exploram os fatos desagradáveis da vida das outras pessoas, estás dando seguimento ao condicionamento que te impede de te tornares um instrumento da paz de Deus.

Lembra-te, de que não podes dar o que não tens e de que, se não estás em paz contigo mesmo, ou contigo mesma, não podes oferecer a paz. E, se não outorgares a paz, nunca te tornarás um instrumento de paz. Decide-te a perdoar a ti mesmo/a por todos teus fracassos e fraquezas e a abandonar tua culpa autodestrutiva por erros que pensas ter cometido no passado. Conscientiza-te de que houve valor em tua jornada pela noite escura da alma. Faze as pazes contigo mesmo, contigo mesma.

Com isso vais compreender a misericórdia de Deus e, com certeza, te sentirás salvo, salva. E lembra-te de que compreender sempre significa aceitar, porque tudo aquilo que não aceitamos torna-se incompreensível para nós. A incompreensão, pode-se dizer a não aceitação de que todas as coisas são o que são, todas as pessoas são o que são, independentemente do que possamos pensar que elas sejam em nosso julgamento, é a fonte de todos os conflitos do mundo. E de nossos próprios conflitos.

Às práticas?

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