LIÇÃO 174
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
1. (157) Quero entrar na Sua Presença agora.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
2. (158) Hoje aprendo a dar como recebo.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 174
"Deus é só Amor e, por isto, eu também."
Peço-lhes permissão para, mais uma vez, de novo, novamente, repetir o comentário que fiz para esta lição nos últimos anos. Alguém se incomoda de lê-lo uma vez mais? Acho que sempre é possível olhar, ou ler, de modo diferente e aprender coisas novas, mesmo com algo que já vimos anteriormente. E depois quem, de fato, se lembra do que eu disse então?
Vejamos, pois, a razão por que acho que vale a pena republicá-lo - fiz pequeninas alterações e acréscimos. Ao relê-lo, hoje, mantenho a impressão de que ele continua a ser pertinente e a de que pode nos levar a aprofundar a reflexão a respeito das duas ideias que revisamos hoje.
As ideias que revisamos neste dia - [Quero entrar na Sua Presença agora.] e [Hoje aprendo a dar como recebo.] -, ambas envolvidas pela ideia de que Deus é só Amor e, por isto, eu também, levam-nos a refletir acerca das escolhas que fazemos a todo instante, a maior parte das vezes de forma inconsciente, porque os efeitos delas fazem que nos perguntemos com frequência, como Paulo, em uma das cartas nos Evangelhos, se não estou enganado, "por que faço o mal que não quero, e não o bem que quero"?
Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Silêncio, diz o seguinte: "O ego precisa estar em conflito com alguém ou com alguma coisa. Isso explica por que, apesar de você querer, paz, alegria e amor, não consegue suportar a paz, a alegria e o amor por muito tempo. Você diz que quer ser feliz, mas está viciado em ser infeliz". Porque você acredita, foi levado a acreditar, na possibilidade do sofrimento, da dor, da doença, do medo, da culpa e de tudo o que pode afastar da paz e da alegria, pelo sistema de pensamento do ego.
Eis aí a questão! Estamos viciados/as no ego. No fundo, lá no mais fundo de nós, é no ego que somos viciados/as. E, embora digamos a nós mesmos/as muitas vezes que queremos algo diferente, nós o dizemos apenas da boca para fora, de forma irrefletida e inconsciente, porque ainda não sabemos, de fato, o que queremos. E temos muito medo de escolher errado. E um medo muito maior ainda de escolher certo. Ainda não nos decidimos de fato a fazer o que a mudança que queremos, ou dizemos querer, exige que façamos.
Ainda não estamos dispostos a, por exemplo, fazer o que o Curso nos pede, para nos livrarmos da influência do ego. Poderíamos dizer que o Curso é uma espécie de EA - Egoólatras Anônimos, aonde podemos contar uns aos outros, ou umas às outras, de que forma vivemos nossos vícios, aonde podemos aprender também o que fazer para abandoná-los: uma lição por dia, uma prática diária.
O que nos resta fazer, então? Aprender mais a respeito de nosso vício, para trazê-lo à consciência e reconhecer todos os efeitos de sua presença em nossa vida. Conhecê-lo é que vai permitir que nos livremos dele. Pois, ainda de acordo com Tolle, no mesmo livro, nossa infelicidade não vem dos fatos da vida, mas do que ele chama de condicionamento de nossas mentes. Pois, em geral, como o Curso ensina, quase nunca reagimos aos fatos, mas tão somente à interpretação [julgamento, muitas vezes, porque as interpretações não podem deixar de ser quase sempre julgamentos] que fazemos deles.
As práticas diárias das ideias que o Curso nos oferece, bem como outras práticas que busquem nos pôr em contato com nós mesmos/as, com o Ser, com o divino, a divindade, em nós, são um remédio milagroso para eliminar o vício que aprendemos com o mundo - que recebemos do mundo -, eliminando também, por consequência, todos os seus efeitos e permitindo que experimentemos a paz de Deus.
Duvidam?
Todos e todas nós já passamos por uma situação na qual "perdemos as estribeiras", isto é, uma situação em que reagimos de uma forma que nos surpreende(u) por completo. Ao relatá-la, depois de passado algum tempo, costumamos dizer: "aquilo me deixou completamente fora de mim". Na verdade, salvo alguns "instantes santos" é assim que vivemos no ego a maior parte do tempo. E dizemos também: "quando caí em mim" percebi o estrago, mas já era tarde demais.
O que significa "estar fora de si", senão inconsciência, não estar no agora, não estar presente por inteiro na situação, não estar em Deus? E "cair em si" não é a mesma coisa que recobrar a consciência, estar presente, estar em Deus, na Sua Presença?
Aproveitemos, pois, as ideias das práticas da revisão de hoje para "entrar na Sua Presença", aprender a ficar Nela e a compartilhá-la com todos aqueles a quem vamos encontrar neste dia, oferecendo-lhes a Presença, da mesma forma que A recebemos.
Às práticas?
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