quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

O mundo é um sonho, ilusão, não é criação de Deus

 

LIÇÃO 48

Não há nada a temer.

1. A ideia para hoje simplesmente declara um fato. Não é um fato para aqueles que acreditam em ilusões, mas ilusões não são fatos. Na verdade, não há nada a temer. É muito fácil reconhecer isto. Mas, para aqueles que querem que as ilusões sejam verdadeiras, é muito difícil reconhecê-lo.

2. Os períodos de prática de hoje serão muito breves, muito simples e muito frequentes. Repete simplesmente a ideia tantas vezes quanto possível. Podes usá-la de olhos abertos a qualquer momento e em qualquer situação. Recomenda-se com veemência, porém, que reserves cerca de um minuto sempre que possível para fechar os olhos e repetir a ideia lentamente para ti mesmo várias vezes. É particularmente importante que utilizes a ideia imediatamente, se alguma coisa perturbar tua paz de espírito.

3. A presença do medo é um forte indício de que estás confiando em tua própria força. A consciência de que não há nada a temer demonstra que em algum lugar em tua mente, embora não necessariamente em um lugar que já reconheças, tu te lembraste de Deus e deixaste a força d'Ele tomar o lugar de tua fraqueza. No instante em que estiveres disposto a fazer isto, de fato, não há nada a temer.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 48

"Não há nada a temer."

Teremos coragem e honestidade suficientes para admitir que não temos tanta certeza assim de que, como diz a ideia para as práticas de hoje, "não há nada a temer"? Ou a qualquer ruído estranho corremos a fechar portas e janelas, buscando proteger-nos e aos que estão próximos de nós de um "perigo" que, se pensarmos bem, só pode estar em nossa cabeça? Ou ainda não entendemos que "não há nada fora"? Ou não queremos entender?

E a ameaça nuclear dos países que têm bombas atômicas em seus arsenais de guerra e podem querer usá-las para atacar outros países, ou para se defenderem das ameaças de outros? E os países que estão tentando construir as bombas nucleares e fazendo testes com elas? E os fabricantes de armas, que contratam guerras para vender seu produto? E as armas químicas? As biológicas? E o vírus? Será que foi criação de alguém para disseminar o medo e a doença, como já ouvi algumas teorias da conspiração afirmarem?

E os venenos da indústria de defensivos agrícolas? E os venenos disfarçados em remédios que nos enfia goela abaixo a indústria farmacêutica? E os médicos e profissionais da medicina de hoje, a serviço das indústrias farmacêuticas? Médicos que nem olham para seus pacientes e mal os examinam, e que, a partir da descrição dos sintomas, ou de resultados de exames, receitam uma batelada de remédios, caros muitas vezes, que não curam, mas entorpecem, amenizam os sintomas e viciam o paciente, para que ele se torne um consumidor constante daquele remédio.

E o terrorismo que põe em risco a vida de milhares de pessoas diariamente pelo mundo inteiro? E o tráfico de drogas, que requisita o serviço de milhares de jovens e crianças e as armas para defenderem seus pontos?

E a violência doméstica, na maior parte das vezes não denunciada ou declarada, que sofrem mulheres e crianças em seus próprios lares no mundo todo, sem que haja uma solução visível para ela, nem a longo, nem a médio, que dirá a curto prazo? 

E a violência que agride os que ousam pensar de modo diferente e buscar diferentes modos de exprimir sua alegria, sua individualidade? A violência contra os homossexuais? As lésbicas? Os/as transexuais? Os negros? Os imigrantes em países de pessoas que temem perder seus empregos para um estrangeiro? E a violência contra as mulheres? E a violência contra os que têm crenças diferentes das nossas? E a violência contra os que professam posições políticas diferentes das que temos?

E a poluição que ameaça destruir a vida natural do planeta, aquecendo-o até o ponto em que ele vai virar um inferno de fogo?

E os hackers? E os vírus de computador? E os conglomerados internacionais que sufocam a economia e perpetuam a pobreza e o subdesenvolvimentos dos países pobres? 

E, de novo, o vírus e esta pandemia? Quantos e quantas ainda vão morrer até que se crie a tal "imunidade de rebanho", ou que todos e todas sejam vacinados/as? Por quanto tempo ainda vai perdurar o medo de se sair à rua, sem máscara, sem álcool gel, sem proteção?

E, e, e, e...?

Comecemos a explorar a lição antes de afundarmos em um mar de aparentes ameaças à vida em todas as suas formas como a conhecemos:

A ideia para hoje simplesmente declara um fato. Não é um fato para aqueles que acreditam em ilusões, mas ilusões não são fatos. Na verdade, não há nada a temer. É muito fácil reconhecer isto. Mas, para aqueles que querem que as ilusões sejam verdadeiras, é muito difícil reconhecê-lo.

Percebem a diferença que há entre buscar a sintonia com os Pensamentos de Deus, deixando para trás o mundo, e estar em sintonia com os pensamentos e crenças do ego?

O mundo é ilusão, é sonho, não criação de Deus. Reflete apenas aquilo que cada um de nós traz no interior de si mesmo. Se sintonizados à crença do ego na separação, vamos ver um mundo cheio de ameaças, de dor, de guerras, de tristezas, de mágoas, de ódios, ressentimentos, carências, escassez, depressão, violência, loucura e morte.

Ilusões que inventam e ampliam ilusões.

Não há nada a temer.

A menos que queiramos que as ilusões sejam reais, isto é, orientados pelo orgulho e pela pretensa onipotência do ego, acreditarmos que há no mundo alguma coisa de valor, algo pelo qual valha a pena lutar, algo pelo qual valha a pena viver.

Neste caso teremos medo de perdê-la e nos alinharemos àqueles para quem o mundo das aparências e das formas, da ilusão, tem alguma coisa que querem.

Não há nada a temer.

Por quanto tempo ainda vamos dar força às crenças do ego, e do mundo que ele inventou? Por quanto tempo ainda nos deixaremos enganar, acreditando que alguma coisa, pessoa, ou situação, fora de nós pode nos ameaçar, ferir ou matar?

É por isso que a lição nos instrui assim:

Os períodos de prática de hoje serão muito breves, muito simples e muito frequentes. Repete simplesmente a ideia tantas vezes quanto possível. Podes usá-la de olhos abertos a qualquer momento e em qualquer situação. Recomenda-se com veemência, porém, que reserves cerca de um minuto sempre que possível para fechar os olhos e repetir a ideia lentamente para ti mesmo várias vezes. É particularmente importante que utilizes a ideia imediatamente, se alguma coisa perturbar tua paz de espírito.

É particularmente importante que nos lembremos de aplicar a ideia: Não há nada a temer. se qualquer coisa se apresentar para perturbar nossa paz de espírito. 

Esta é uma das lições mais poderosas de todo o Curso, em meu modo de entender, e pode transformar nossas vidas num piscar de olhos, caso a levemos suas práticas a sério, caso reconheçamos a verdade eterna que há em suas palavras, caso a pratiquemos e caso a apliquemos a partir de hoje a tudo e a todos em nosso dia-a-dia.

Como a lição nos orienta, por fim:

A presença do medo é um forte indício de que estás confiando em tua própria força. A consciência de que não há nada a temer demonstra que em algum lugar em tua mente, embora não necessariamente em um lugar que já reconheças, tu te lembraste de Deus e deixaste a força d'Ele tomar o lugar de tua fraqueza. No instante em que estiveres disposto a fazer isto, de fato, não há nada a temer.

É a isso que se refere o "não fazer nada" do Curso. Basta que nos lembremos de Deus e O aceitemos e acolhamos em nós e que deixemos a força d'Ele tomar o lugar de nossa fraqueza. Todos estamos convidados a fazer isso o tempo todo. Quando, de fato, o fizermos, reconheceremos, saberemos que não há nada a temer.

Às práticas, pois!

Um comentário:

  1. Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisto esta a paz de Deus.
    Obrigada por este último parágrafo. As praticas!
    Cris

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