LIÇÃO 173
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
1. (155) Recuarei e permitirei que Ele mostre o caminho.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
2. (156) Caminho com Deus em perfeita santidade.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
*
COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 173
"Deus é só Amor e, por isto, eu também."
São as ideias: [Recuarei e permitirei que Ele mostre o caminho.] e [Caminho com Deus em perfeita santidade.] que revisamos mais uma vez nesta prática, envolvendo-as também na ideia de que Deus é só Amor e, por isto, eu também.
Na prática, o que estas ideias podem fazer por nós, uma vez mais, é mostrar-nos a importância da entrega. Isto é, como o Curso ensina, não precisamos fazer nada, se aprendermos a entregar ao divino tudo aquilo que nos cabe decidir e fazer, além, é claro, de tudo aquilo que não queremos. E, mais do que entender que não precisamos fazer nada, também é necessário que aprendamos - e que aprendamos bem aprendido - a não atrapalhar o plano de Deus para cada um de nós. Apesar de isso não ser possível, por mais que o ego tente nos convencer do contrário.
Não sabemos nada, não temos capacidade de decidir nada com base em nossa percepção e em nossos sentidos. Daí a necessidade de recuarmos e de permitirmos que Deus, em nós, faça o que há para ser feito. Do mesmo modo, mesmo quando não estamos cientes disso, caminhamos com Deus em perfeita santidade.
É interessante, importante, porém, imperativo até, eu diria, que busquemos nos tornar conscientes da Presença de Deus em nossa vida, em nossos dias, em nossos caminhos. Caso contrário Ela não pode nos valer de nada. Sem nossa permissão, isto é, sem o nosso consentimento, nem Deus pode fazer nada por nós, uma vez que temos o mesmo poder que Ele. Ora, duas forças de igual tamanho se anulam.
O poder que nos foi dado com o livre arbítrio ninguém pode desafiar, nem mesmo o Próprio Deus. Se Ele o fizesse, não teríamos, então, o dito livre arbítrio. O poder que é d'Ele e, que por ser d'Ele também é nosso, de cada um de nós, não pertence, todavia, à falsa imagem que fazemos de nós mesmos. Ele só se apresenta para cada um que precisa dele quando alinhado à Vontade de Deus para nós, que, via de regra, é a nossa própria vontade também.
Podemos pensar que sabemos o que fazer, aonde ir e o que queremos, a partir do que nos diz o falso eu - o ego do Curso. Entretanto, tudo o que alcançamos até agora não nos trouxe, nem de longe a satisfação, a paz que julgávamos que alcançaríamos ao conseguir determinada realização. Ou alguém já chegou à plena satisfação, à paz e à alegria completas e perfeitas a partir das escolhas feitas pelo ego?
Não?
Por quê?
Porque, na verdade, é óbvio para quem, de fato, quiser ver que ainda funcionamos no mundo pensando que estamos separados de Deus. Preocupados com o passado, um tempo que não existe mais, ou com o futuro, um tempo que ainda não existe.
Precisamos aprender, e ter sempre em mente, na medida do possível, que tudo o que podemos fazer é apenas o que fazemos agora, neste momento, no presente. Do mesmo modo, Goldsmith, falando da natureza de Deus afirma que "o que Deus não está fazendo agora mesmo não o poderá fazer nunca e ninguém o pode levar a fazê-lo".
Ele diz que "nunca houve um tempo em que Deus não existisse e, mesmo da limitada perspectiva do olhar humano, isso significa que também nunca haverá um tempo [em] que Deus vai deixar de existir. Desta convicção nasce a consciência de que Deus é eterno. Da mesma forma não há nenhum lugar em que Deus não exista".
Em sintonia com a primeira das ideias que revisamos, Goldsmith diz que "quem compreende a natureza de Deus não pode nunca lhe pedir coisa alguma. Sabe que Deus só pode doar a Si Mesmo e este dom é suficiente para todas as nossas necessidades. Um Deus diferente deste é uma fábula inventada pelos homens".
De novo: atenção, muita atenção:
Um Deus diferente d'Aquele que só pode doar a Si Mesmo não passa de uma fábula inventada pelos homens, que não podem existir fora d'Ele.
Assim é que podemos pensar e praticar também a segunda das ideias para a revisão de hoje, com a convicção de que tudo o que podemos fazer é nos permitirmos caminhar com Deus "em perfeita santidade", uma vez que, como já vimos em lição anterior, Deus vai conosco aonde formos. Entretanto, é preciso que autorizemos, que queiramos sentir e viver a experiência da Presença. Precisamos dar nosso completo e total consentimento a Deus. Se não manifestarmos nossa concordância, recuando em nosso desejos baseados no sistema de pensamento do ego, nem Deus pode nos ajudar.
Ás práticas?
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