domingo, 25 de dezembro de 2016

O Natal é todo instante de consciência do divino


14. O que sou?

1. Eu sou o Filho de Deus, perfeito e curado e inteiro, que brilha no reflexo de Seu Amor. Em mim, a criação d'Ele é santificada e tem a vida eterna assegurada. Em mim, o amor se completa, o medo é impossível e a alegria se estabelece sem oposição. Eu sou o lar sagrado do Próprio Deus. Eu sou o Céu onde o Amor d'Ele habita. Eu sou Sua Própria Inocência sagrada, pois em minha pureza habita a Própria Pureza de Deus.

2. Agora nossa necessidade de palavras está quase no fim. Porém, nos últimos dias deste ano, que oferecemos a Deus juntos, tu e eu, encontramos um propósito singular que compartilhamos. E, assim, tu te uniste a mim de modo que o que sou tu também és. As palavras não podem descrever a verdade do que somos. No entanto, podemos perceber claramente nossa função aqui e as palavras podem falar dela e, também, ensiná-la, se exemplificarmos as palavras em nós.

3. Nós somos os portadores da salvação. Aceitamos nosso papel de salvadores do mundo, que é redimido pelo nosso perdão conjunto. E, por isso, este perdão, nossa dádiva, nós é dado. Olhamos para todos como irmãos e percebemos todas as coisas como benignas e boas. Não buscamos uma função que esteja além do portão do Céu. O conhecimento voltará quando tivermos cumprido nosso papel. Nosso único interesse é dar boas vindas à verdade.

4. São nossos os olhos pelos quais a visão de Cristo vê um mundo redimido de todo pensamento de pecado. São nossos os ouvidos que ouvem a Voz por Deus declarar a inocência do mundo. São nossas as mentes que se unem quando abençoamos o mundo. E, da unidade que alcançamos, chamamos todos os nossos irmãos, pedindo-lhes que compartilhem nossa paz e tornem nossa alegria perfeita.

5. Nós somos os mensageiros santos de Deus que falam por Ele e que, ao levar Sua Palavra a todos aqueles que Ele nos envia, aprendem que ela está inscrita em nossos corações. E, deste modo, mudamos nossa forma de pensar a respeito do objetivo para o qual viemos e ao qual buscamos atender. Trazemos boas novas ao Filho de Deus, que pensava sofrer. Agora ele está livre. E, quando vir o portão do Céu aberto diante de si, ele entrará e desaparecerá no Coração de Deus.

*

LIÇÃO 360

Que a paz esteja comigo, o Filho santo de Deus,
Paz para meu irmão, que é um comigo.
Que, a partir de nós, todo o mundo seja abençoado com a paz.

1. Pai, é Tua paz que quero dar, por recebê-la de Ti. Eu sou Teu Filho, para sempre apenas tal como Tu me criaste, pois os Grandes Raios permanecem eternamente serenos e tranquilos em mim. Quero alcançá-los no silêncio e na clareza, pois a clareza não pode ser encontrada em nenhum outro lugar. Que a paz esteja comigo, e paz para todo o mundo. Fomos criados na santidade e permanecemos nela. Teu Filho é igual a Ti na inocência perfeita. E, com este pensamento, dizemos com alegria: "Amém".

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 360

Cristo renasceu simbolicamente hoje, assim como renasce com cada nascimento. Por isso posso dizer em perfeita harmonia com a lição que o Curso nos oferece para hoje:

Que a paz esteja comigo, o Filho santo de Deus,
Paz para meu irmão que é um comigo.
Que, a partir de nós, todo o mundo seja abençoado com a paz.

Renascemos com Cristo, em Cristo. Temos uma vida inteiramente nova. Podemos escolher novamente e perdoar o mundo inteiro, para vivermos a paz e a alegria, na graça do Filho de Deus, que é nossa verdadeira identidade.

E dizemos:

Pai, é Tua paz que quero dar, por recebê-la de Ti. Eu sou Teu Filho, para sempre apenas tal como Tu me criaste, pois os Grandes Raios permanecem eternamente serenos e tranquilos em mim. Quero alcançá-los no silêncio e na clareza, pois a clareza não pode ser encontrada em nenhum outro lugar. Que a paz esteja comigo, e paz para todo o mundo. Fomos criados na santidade e permanecemos nela. Teu Filho é igual a Ti na inocência perfeita. E, com este pensamento, dizemos com alegria: "Amém".

Com a lição de hoje encerramos as práticas para as quais o tema central foi a instrução O que sou?. Pergunta à qual buscamos responder a partir das orientações de cada uma das lições, que revelaram nossa unidade com Deus.

Lembremo-nos mais uma vez de que o Curso nos pede para vivermos o Natal como o fim do sacrifício, tende em mente que a estrela símbolo do Natal não está fora de nós, mas brilha em nosso Céu interior. O Céu que vamos viver no ano que se aproxima. Um ano em que Cristo, que renasceu em cada um de nós, vem para nos oferecer novamente a paz e a luz, a alegria e a graça de Deus.

Entreguemos, pois, ao Espírito Santo tudo o que poderia nos ferir e aceitemos a cura completa, para podermos nos unir a Ele na cura e festejar nossa libertação juntos.

Às práticas?

OBSERVAÇÃO:

Incluo aqui, mais uma vez, mensagem enviada aos contatos todos que de algum modo estão relacionados ao estudo do Curso, para que os que frequentam este espaço também recebam as bênçãos da luz que ilumina este período do ano, em praticamente todos os lugares do mundo.


MENSAGEM PARA O NATAL E PARA O ANO NOVO

Esta mensagem é única e exclusiva para ti, que, em algum momento, teve contato com algum dos grupos de estudos de Um Curso em Milagres em que fiz o papel de Voz para o Espírito Santo, pela leitura do texto, ou que me enviou alguma mensagem em algum momento buscando informações e/ou esclarecimentos a respeito do Curso, ou ainda que frequenta ou frequentou algum dia o espaço do blogue para compartilhar das lições.

Ela é, ao mesmo tempo, a mesma que todas as pessoas nas condições descritas acima vão receber. 

Explico:

Uma vez que o Curso diz apenas, e sempre, a mesma coisa de inúmeras formas diferentes para que cabeças diferentes escolham a forma que lhes soe melhor para voltarem à condição natural de filhos de Deus, que é a da alegria e da paz perfeitas e completas na eterna inocência e pureza das crianças de Deus, esta mensagem vai ser lida e entendida, no sentido de aceita, por ti e por cada uma das pessoas que a receber, a partir do interesse pessoal que tu, ele ou ela tiverem no que ela – a mensagem – diz.

E lembra-te sempre de que, como o Curso diz, cada um de nós só ensina aquilo que precisa aprender. E, assim como eu, estás ensinando e aprendendo o tempo todo.

Destaco agora trechos do capítulo 15, no subcapítulo XI. O Natal como o fim do sacrifício.

O essencial, para o propósito desta mensagem, é dito assim:

“O sinal do Natal é uma estrela, uma luz na escuridão. Não a vejas fora de ti, mas brilhando no Céu interior e aceita-a como o sinal de que o tempo de Cristo veio.”

“Neste Natal, dá ao Espírito Santo tudo o que iria ferir-te... Não deixes nada para trás.”

“Não deixes nenhum desespero escurecer a alegria do Natal, pois o tempo de Cristo não tem significado à margem da alegria.”

E, lá pelo final do texto, ele nos convida à entrega do irmão – e de todos os irmãos – ao Espírito Santo, na forma de uma oração para ser usada em qualquer situação em que um irmão aparente ameaçar nossa liberdade ou limitar nossa alegria:

            Eu te dou ao Espírito Santo como parte de mim mesmo.
            Eu sei que serás liberado, a não ser que eu queira usar-te
            para me aprisionar.
            Em nome de minha liberdade eu escolho a tua liberação,
            porque reconheço que nós seremos liberados juntos.

É este espírito que deve orientar nossa jornada na direção do ano novo, para que ele comece em alegria e liberdade.

E o texto aconselha:

“Aceita o instante santo enquanto este [novo] ano nasce e toma o teu lugar ... no Grande Despertar. Faze com que este ano [que vai se iniciar daqui a pouco] seja diferente fazendo com que tudo seja o mesmo e permite que todos os teus relacionamentos sejam santificados. Esta é a nossa vontade. Amém.”

Esta mensagem, levada individualmente a ti neste momento tem por objetivo abrir um canal direto de comunicação comigo. Um canal que sempre esteve, está e estará sempre aberto, mas que, aparentemente, foi usado muito poucas vezes por ti, e pela maioria das pessoas dos grupos e do blogue, de modo geral.

Este canal, eu o tenho usado todos os dias pelo blogue, para conversar a respeito da lição de cada dia e para tratar de qualquer outra questão que venha a ser de interesse daqueles que se dispõem a entrar em contato comigo, a fazer uso deste canal, nos encontros com os grupos e em mensagens eventuais em momentos em que elas se fazem necessárias.

É claro que tu entendes o que o Curso ensina, porque como ele mesmo diz, ele só ensina o óbvio, ao dizer que só a verdade é verdadeira.

Ou como diz um autor húngaro que li há algum tempo:

“Sempre sabemos qual é a verdade, essa outra verdade que se esconde atrás dos papéis que representamos, das máscaras das circunstâncias da vida.”

Assim é que a viagem que fazes neste mundo é a todo instante uma viagem ao interior de ti mesmo e, para esta viagem, não precisas de nenhuma cultura, de nenhuma preparação especial, basta a disposição para reconheceres tua responsabilidade por tudo o que já viveste, pelo que vives e viverás.

Outro autor que li recentemente diz:

“A caminhada para o interior pode receber muitos nomes, mas o que fica é a intenção, a persistência de superar os caminhos, por agrestes que sejam, na direção da luz.”

Antes de caminhar para a direção do final, então, peço-te que penses a respeito do seguinte:

Se a condição natural do filho de Deus é a alegria e a inocência [e ainda és como Deus te criou, assim como eu sou como Ele me criou – sempre seremos] o que te leva a escolher experiências que te afastam da alegria e que te fazem pensar que manchaste tua pureza original?

Decide-te a viver o Natal, isto é, permite que o divino renasça em ti em todos os momentos de tua vida, voltando a experimentar o mundo a partir da criança divina que carregas para curar e purificar o mundo todo com teu olhar inocente, que perdoa por não ver nada sob a ótica da separação, que não existe.

Entrego-te, uma vez mais, pois, para finalizar, um poema, desta vez de Leonardo Fróes, um poema cujas palavras talvez, possam servir para entenderes por que o Curso pede que olhes para o mundo de modo diferente. 

"Justificação de deus 

o que eu chamo de deus é bem mais vasto
e às vezes menos complexo
que o que eu chamo de deus. Um dia
foi uma casa de marimbondos na chuva
que eu chamei assim no hospital
onde sentia o sofrimento dos outros
e a paciência casual dos insetos
que lutavam para construir contra a água.
Também chamei de deus a uma porta
e a uma árvore na qual entrei certa vez
para me recarregar de energia
depois de uma estrondosa derrota
Deus é o meu grau máximo de compreensão relativa
no ponto de desespero total
em que uma flor se movimenta ou um cão
danado se aproxima solidário de mim.
E é ainda a palavra deus que atribuo
aos instintos mais belos, sob a chuva,
notando qe no chão de passagem
já brotou e feneceu várias vezes o que eu chamo de alma
e é talvez a calma
na química dos meus desejos
de oferecer uma coisa." 

Feliz Natal e um 2017 pleno de alegria, de paz, de amor e de boa-vontade.

Moisés
Dezembro de 2016

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