sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Cada um de nós pode se tornar a luz do mundo


13. O que é um milagre?

1. Um milagre é uma correção. Ele não cria e nem muda verdadeiramente em absoluto. Ele apenas olha para a catástrofe e lembra à mente que o que ela vê é falso. Ele desfaz o erro, mas não tenta ir além da percepção, nem suplantar a função do perdão. Deste modo, ele permanece nos limites do tempo. Não obstante, ele abre caminho para a volta da intemporalidade e para o despertar do amor, pois o medo tem de desaparecer sob o efeito da solução benéfica que ele traz.

2. Um milagre contém a dádiva da graça, pois é dado e recebido como único. E, desta forma, põe bem à mostra a lei da verdade a que o mundo não obedece, porque deixa de entender por completo os caminhos dela. Um milagre inverte a percepção que estava de cabeça para baixo anteriormente e, desta maneira, põe termo às estranhas distorções que eram evidentes. Com isto a percepção fica aberta à verdade. Com isto vê-se o perdão como justificado.

3. O perdão é o lar dos milagres. Os olhos de Cristo os entregam a todos que eles olham com misericórdia e amor. A percepção permanece correta na visão d'Ele e aquilo cuja finalidade era amaldiçoar vem para abençoar. Cada lírio de perdão oferece o milagre silencioso do amor ao mundo inteiro. E cada um é depositado diante da Palavra de Deus, sobre o altar universal ao Criador e à criação, na luz da pureza perfeita e da alegria infinita.

4. Aceita-se o milagre primeiro com base na fé, porque pedi-lo indica que a mente está pronta para compreender aquilo que ela não pode ver e não entende. Mas a fé trará suas evidências para demonstrar que aquilo em que se baseava de fato existe. E, assim, o milagre justificará tua fé nele e demonstrará que se baseava em um mundo mais verdadeiro do que aquele que vias antes; um mundo livre daquilo que pensavas existir.

5. Milagres caem do Céu como gotas de chuva reparadora sobre um mundo árido e empoeirado, a que criaturas famintas e sedentas vêm para morrer. Agora elas têm água. Agora o mundo tem vida. E os sinais de vida brotam em todos os lugares, para demonstrar que aquilo que nasce não pode morrer jamais, pois aquilo que tem vida é imortal.


*


LIÇÃO 344


Hoje aprendo a lei do amor; aquilo que
Dou a meu irmão é minha dádiva para mim.

1. Esta é Tua lei, meu Pai, não minha própria lei. Eu não compreendo o que significa dar e pensei em guardar aquilo que eu desejava só para mim. E, ao olhar para o tesouro que pensava ter, descobri um espaço vazio no qual nunca existiu, existe ou existirá nada. Quem pode compartilhar um sonho? E o que a ilusão pode me oferecer? Aquele a quem perdoo, porém, me oferecerá dádivas muito mais valiosas do que qualquer coisa na terra. Deixa que meus irmãos perdoados encham minhas reservas com os tesouros do Céu, os únicos que são reais. Deste modo se cumpre a lei do amor. E, deste modo, Teu Filho surge e volta para Ti.

2. Quão próximo estamos um do outro, quando andamos na direção de Deus. Quão próximo Ele está de nós. Quão próximos o fim dos sonhos de pecado e a redenção do Filho de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 344

Abordando do mesmo modo, com palavras diferentes, o que eu já disse em anos passados a respeito da ideia para as práticas de hoje, tudo o que se quiser dizer a respeito dela já está contido na própria lição. Ela também já foi abordada de várias maneiras diferentes em outras das lições que praticamos antes. 

De qualquer forma não custa repetir e reforça-se o aprendizado que pode nos levar a dizer, com confiança, expressando aquilo que, de fato, queremos, aprender:

Hoje aprendo a lei do amor; aquilo que
Dou a meu irmão é minha dádiva para mim 

Não foi isso exatamente que praticamos com uma lição anterior que dizia: Tudo o que dou é dado a mim mesmo? Ou aquela outra que diz: Só meus próprios pensamentos me ferem? Ou outra ainda: O perdão é minha função para a a salvação do mundo? Ou a lição que ensina que, na verdade, dar e receber são a mesma coisa? É a partir do reconhecimento disso que vamos poder dizer:

Esta é Tua lei, meu Pai, não minha própria lei. Eu não compreendo o que significa dar e pensei em guardar aquilo que eu desejava só para mim. E, ao olhar para o tesouro que pensava ter, descobri um espaço vazio no qual nunca existiu, existe ou existirá nada. Quem pode compartilhar um sonho? E o que a ilusão pode me oferecer? Aquele a quem perdoo, porém, me oferecerá dádivas muito mais valiosas do que qualquer coisa na terra. Deixa que meus irmãos perdoados encham minhas reservas com os tesouros do Céu, os únicos que são reais. Deste modo se cumpre a lei do amor. E, deste modo, Teu Filho surge e volta para Ti.

E ainda há mais a ser relembrado. Repetindo: Eu não compreendo nada do que vejo. Eu não sei para que serve coisa alguma. Outra lição ensina que as coisas que vejo não têm nenhum significado ou valor a não ser o que eu mesmo dou a elas. 

Toda esta viagem que aparentemente fazemos neste mundo só pode nos levar a um ponto: a nós mesmos e, por consequência, a Deus. É este o significado de auto-conhecimento. E é isto que o Curso se propõe a nos ensinar. É na direção do conhecimento de nós mesmos - e de Deus - que ele nos orienta. Pois, como ele mesmo diz, não há nada fora de nós. É isto que pode nos aproximar uns dos outros. E de Deus. Ou como diz a lição de hoje:

Quão próximo estamos um do outro, quando andamos na direção de Deus. Quão próximo Ele está de nós. Quão próximos o fim dos sonhos de pecado e a redenção do Filho de Deus.

A decisão de praticar cabe, pois, apenas a cada um de nós. Chegar ao auto-conhecimento e, por extensão, ao conhecimento de Deus como o EU SOU que nós também somos depende apenas da decisão de cada um. Pois, para tanto,  não precisamos fazer nada a não ser tomar a decisão de voltar ao Céu, de onde nunca saímos. Na verdade, isto é o mesmo que, pode-se dizer, tomar a decisão de trazer novamente o Céu a nossa consciência. Pois é no Céu que vivemos o tempo todo. Mesmo quando não temos consciência disso. É apenas a ilusão de um mundo que esconde o Céu de nossa consciência, como eu disse também no ano passado. 

Joel Goldsmith, em seu livro, O Trovejar do Silêncio, diz a este respeito, em sintonia com o que praticamos:

"Tornamo-nos a luz do mundo na exata medida de nossa iluminação. Alguns atingem essa iluminação rapidamente; ... outros esperam, esperam muito para que a grande experiência desça sobre eles. E quando isso ocorre, contudo, acontece de repente, embora a preparação para tanto tenha consumido anos e anos de meditação e estudo, durante os quais parece ter havido pouco ou nenhum progresso. Apesar disso, desde o primeiro momento em que nos voltamos seriamente para a obtenção da realização [da consciência da Presença de Deus em nós], nosso progresso é real, embora [por vezes] imperceptível exteriormente. É um pouco como remover uma montanha. Desde a primeira pá de terra que é removida, está havendo progresso no nivelamento da montanha. Mas a montanha tem incontáveis pás de terra e pedra, e até que muitas delas tenham sido removidas não se nota qualquer progresso aparente.

"E é assim quando estamos conscientes da densidade do ego humano; sabemos que estamos a remover uma montanha de ignorância, e, embora, o início se dê com nossa primeira meditação [ou lição], o progresso não será lá muito evidente por longo, longo tempo.

"E então, de repente, parece rebentar sobre nós como um relâmpago. O fato de termos sido tocados pelo Espírito torna-se evidente pela luz que emana de nossos olhos e pelo brilho de nossa face. Mesmo externamente, nossa vida muda: muda o nosso relacionamento humano; muda nossa natureza e nossa saúde e, por vezes, até a forma física apresenta mudanças. Tais mudanças externas são apenas manifestações da glória interior, da luz interior, obtidas pelo contato com o Pai interno, e que nos devolveram ao Éden."

Às práticas?


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