terça-feira, 21 de abril de 2015

Voltemo-nos para o divino interior em nós mesmos


REVISÃO III

Introdução

1. Nossa próxima revisão começa hoje. Vamos revisar duas lições recentes a cada dia durante dez dias sucessivos de prática. Respeitaremos um formato especial para estes períodos de prática, ao qual recomenda-se com insistência que sigas tão fielmente quanto possível.

2. Compreendemos, é claro, que pode ser impossível para ti empreender o que se sugere aqui como o mais favorável a cada dia e a cada hora do dia. O aprendizado não será prejudicado quando perderes um perído de prática por ser impossível no momento estabelecido. Tampouco é necessário que faças esforços excessivos para te certificares de que estás acompanhando em termos de números. Rituais não são nosso objetivo e frustrariam nossa meta.

3. Mas o aprendizado será dificultado se pulares um período de prática por estares sem vontade de dedicar a ele o tempo que se pede que dês. Não te enganes a este respeito. A má vontade pode ser escondida de forma muito cuidadosa por trás de um disfarce feito de situações que não podes controlar. Aprende a distinguir as situações pouco favoráveis a tua prática daquelas que estabeleces para sustentar um disfarce para tua má vontade.

4. Os períodos de prática que perdeste porque não quiseste fazê-los, seja qual for a razão, devem ser feitos assim que mudares teu modo de pensar acerca de teu objetivo. Só terás má vontade para cooperar na prática da salvação se ela atrapalhar metas que valorizas mais. Quando retiras o valor dado a elas, deixas que teus períodos de prática sejam substitutos para tuas ladainhas a elas. Elas não te dão nada. Mas tua prática pode te oferecer tudo. E, por isto, aceita o que ela te oferece e fica em paz.

5. O formato que deves usar para esta revisão é este: dedica cinco minutos, ou mais se preferires, duas vezes por dia, para refletir acerca dos pensamentos indicados. Lê as ideias e os comentários escritos abaixo para o exercício de cada dia. E, em seguida, começa a pensar a respeito deles, enquanto permites que tua mente os relacione a tuas necessidades, a teus problemas aparentes e a todas as tuas preocupações.

6. Coloca as ideias em tua mente e deixa que ela as use da forma que escolher. Confia que ela as usará com sabedoria e que será ajudada em suas decisões por Aquele Que te deu os pensamentos. Em que podes confiar a não ser naquilo que está em tua mente? Acredita, nestas revisões, que o meio que o Espírito Santo utiliza não falhará. A sabedoria de tua mente virá em teu auxílio. Orienta-a no início; em seguida, descansa em uma fé silenciosa e deixa que a mente empregue os pensamentos que lhe deste, uma vez que eles te foram dados para que ela os use.

7. Eles te foram dados em total confiança; com certeza absoluta de que os usarias bem; com fé total que perceberias suas mensagens e as usarias para ti mesmo. Oferece-as a tua mente com a mesma confiança e certeza e fé. Ela não falhará. É ela o meio escolhido pelo Espírito Santo para a tua salvação. Já que ela tem a confiança d'Ele, o meio que Ele escolheu tem certamente que merecer a tua.

8. Chamamos a atenção para os benefícios que terás se dedicares os primeiros cinco minutos do dia a tuas revisões e se também deres os últimos cinco minutos de tua vigília a elas. Se isto não for possível, tenta ao menos dividi-los de forma a empreenderes uma pela manhã e a outra durante a última hora antes de ires dormir.

9. Os exercícios a serem feitos ao longo do dia são igualmente importantes e talvez até mesmo de maior valor. Estás inclinado a praticar somente nos horários indicados e depois seguir teu caminho na direção de outras coisas, sem aplicar o que aprendeste a elas. Como consequência, recebes pouco reforço e não dás a teu aprendizado uma chance justa de provar quão grandes são suas dádivas potenciais para ti. Eis aqui outra chance de usá-lo bem.

10. Nestas revisões, ressaltamos a necessidade de permitires que teu aprendizado não fique à toa entre teus períodos de prática mais longos. Tenta fazer uma breve, mas séria, revisão de tuas duas ideias diárias a cada hora. Usa uma delas na hora cheia e a outra meia hora depois. Não precisas dar mais do que apenas um momento a cada uma. Repete-a e permite que tua mente descanse um pouquinho em silêncio e em paz. Em seguida, volta-te para outras coisas, mas tenta conservar o pensamento contigo e deixa que ele sirva também para te ajudar a manter tua paz ao longo do dia.

11. Se fores perturbado, pensa nele novamente. Estes períodos de prática são planejados para te ajudar a criar o hábito de aplicar o que aprendes a cada dia a tudo o que fizeres. Não repitas o pensamento para deixá-lo de lado. Sua utilidade para ti não tem limites. E ele se destina a te servir de todas as maneiras, em todos os momentos e lugares, e sempre que precisares de qualquer tipo de ajuda. Tenta, então, levá-lo contigo nos afazeres do dia para torná-lo sagrado, digno do Filho de Deus, agradável para Deus e para teu Ser.

12. As tarefas da revisão de cada dia se concluirão com uma reafirmação do pensamento a ser usado em cada hora e também daquele a se aplicar a cada meia hora. Não os esqueças. Esta segunda chance com cada uma destas ideias trará avanços tão grandes que sairemos destas revisões com benefícios tão grandes que iremos adiante em terreno mais firme, com passos mais decididos e fé mais forte.

13. Não te esqueças quão pouco aprendes.
Não te esqueças o quanto podes aprender agora.
Não te esqueças da necessidade que teu Pai tem de ti,
Enquanto revisas estes pensamentos que Ele te deu.

*

LIÇÃO 111

Para a revisão pela manhã e à noite:

1. (91) Vê-se milagres na luz.

Eu não posso ver no escuro. Deixa que a luz da santidade
ilumine minha mente e me permita ver a inocência interior.


2. (92) Vê-se milagres na luz, e luz e força são a mesma coisa.

Eu vejo por meio da força, a dádiva de Deus para mim.
Minha fraqueza é a escuridão que a dádiva d'Ele dissipa,
dando-me Sua força para tomar o lugar dela.


3. Para a hora:
Vê-se milagres na luz.

Para a meia hora:
Vê-se milagres na luz, e luz e força são a mesma coisa. 



*

COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 111


Com as últimas vinte lições (da 91 à 110), cobrimos, mais uma vez, uma nova etapa de nosso aprendizado. É tempo, portanto, de começarmos outro período de revisão. 

Uma vez que são bastante claras e explícitas as instruções para as práticas de cada uma das próximas dez lições, a partir das quais vamos rever e praticar de modo um tanto diferente do anterior os vinte exercícios e ideias que vimos por último, neste ano em curso, ainda não vou fazer nenhum longo comentário com o fim de explorar uma a uma estas dez novas lições como temos feito desde o início das práticas nos dois últimos anos.

Em vez disso, dou-lhes, mais uma vez, assim espero, liberdade para que as explorem por si mesmos/mesmas, na expectativa, quase certeza de que, ao se voltarem para o divino no interior de si mesmos/mesmas, cada um(a) de vocês vai aceitar o desafio, ou desafios, que cada uma das lições traz mais uma vez, e também vai experimentar o milagre, ou milagres, que certamente vão se apresentar para todos(as) os(as) que praticarem com honestidade, oferecendo a Deus o melhor de si, para receber também o melhor.

Caso algum de vocês julgue necessário, pode sempre recorrer às lições e aos comentários publicados antes para cada uma delas, quando se apresentou pela primeira vez. E, por favor, fiquem também à vontade para manifestar suas impressões e/ou experiências com as práticas sempre que julgarem necessário. Podemos trocar ideias a respeito sempre que quiserem ao longo desta revisão.

Assim mais uma vez desejo boas práticas e boa revisão a todos/todas. 

UM ADENDO:

Voltando à questão que enderecei a vocês no comentário, ou antes dele, da lição do dia 18, quanto a onde postar uma resposta a uma pergunta anterior ou um um comentário adicional ou explicativo para esclarecer uma dúvida ou abrir novas portas para a reflexão, gostaria de agradecer à gentileza do David que me respondeu no mesmo dia, dizendo ainda estar "digerindo" a resposta que lhe dei.

Obrigado, David, por tua atenção e cuidado ao dizer que os comentários são magníficos. É um modo de ver, não?

Agora, acho que já podemos deixar combinado, ou pré-estabelecido, o seguinte: caso alguém faça um comentário qualquer contendo uma pergunta, trazendo uma dúvida, ou faça um comentário acerca do qual seja necessário um adendo, um esclarecimento, ou uma observação qualquer, vamos fazê-lo no dia seguinte. O que acham?

Assim, por exemplo, a lição de hoje, dia 21, recebe um comentário, dois, três, ou quantos forem, aí a resposta ou um comentário complementar virá amanhã, dia 22. Certo?  

E já vou quebrar esta regra, antes que ela seja posta em prática, apenas para falar dos dois comentários últimos de David, no dia 18 e no dia 19. Espero que isto também sirva para todos nós, que frequentamos este espaço diariamente. E mesmo para aqueles que só aparecem esporadicamente.

É o seguinte, David, estendendo um pouco a resposta inicial as tuas questões acerca da "materialidade" do mundo.

A compreensão da "materialidade" é só uma necessidade do ego. Quer dizer, é só a imagem que fazemos de nós mesmos, e que cria/inventa este mundo ilusório, que quer compreender por que uma cadeira é uma cadeira ou por que uma xícara é uma xícara, preocupada com a imagem da cadeira ou com a imagem da xícara. Ambas são apenas um constructo mental e não existem nem como cadeira, nem como xícara, em si mesmas, mas apenas como a manifestação de uma necessidade de alguém de se valer de uma cadeira para sentar ou de uma xícara para tomar um chá ou um café.

Depois que nós nos descobrimos - cada um de nós a sua maneira própria - criadores das coisas que se apresentam em nossa vida, para a alegria ou para a tristeza, aprendemos que dá para escolher de novo, sempre, e diferentemente, se o que se apresentou a partir de nossa escolha inicial nos afastou da alegria.

Em seu comentário do dia 19, que também tem a ver com a "materialidade", no caso da morte de um amigo e da doença - o cancro, sem qualquer hipótese, eu entendi, sem qualquer possibilidade de cura - de outro, o que é preciso termos em mente é a nossa responsabilidade completa por tudo aquilo que escolhemos viver. Eu, tu, teus amigos e quem quer que seja em nossas vidas, próximo ou não tão próximo.

Como aprendemos, a partir dos ensinamento de ho'oponopono, do Dr. Hew Len, e do livro "A Biologia da Crença", de Bruce Lipton, nós somos responsáveis não só por aquilo que acontece em nossas vidas, mas também por tudo aquilo que acontece no mundo inteiro - pelo menos por tudo aquilo que nos chega à consciência. Mesmo que aparentemente não exista nenhuma relação com o que vemos acontecer ou com o que ouvimos dizer acerca de um acontecimento de outro lado do mundo. Se chegou a nós, temos de limpar, temos de purificar, temos de curar.

Para não me estender muito, vou dividir contigo e com todos os que estão por aqui, algo que li ontem no livro "A Escola dos Deuses", de que falei antes. Parafraseando de novo um trecho do que o autor, Elio D'Anna, escreve, encontro lá o seguinte:

É só aparentemente que o ser humano se defronta com problemas e obstáculos externos, com inimigos e adversários fora dele mesmo. Na realidade, o antagonista é sempre e tão-somente a materialização de uma sombra, uma mancha escura em nós, uma parte escura de nós mesmos, que não reconhecemos, não conhecemos, não queremos [resistimos e nos recusamos a] reconhecer, conhecer. Quando essa parte - a que chamamos de antagonista, inimigo, adversário ou acaso, ou imprevisto - se manifesta na forma de ataque, adversidade ou problema, em geral, ficamos surpresos.

Na verdade, nós o mantivemos escondido dentro de nós por muito tempo, por medo - que não deixa de ser um desejo inconsciente, não reconhecido. O que fez com que isso viesse à tona e se materializasse, então, agora, na forma em que se apresentou? Nossa desatenção, que permitiu que aquilo, que antes era apenas um pequenino sintoma, tivesse tido tempo de ser tornar agudo [lembram-se da gota d'água?] e, por nossa incapacidade de reconhecê-lo e intervir a tempo, vir a resultar em uma ameaça concreta. Daí a necessidade de uma humanidade mais atenta, para cancelar o vitimismo e autopiedade de seu repertório de crenças, para poder perceber, reconhecer e ensinar que "a vítima é sempre culpada".

Em outras palavras, como o Curso ensina, não existem vítimas nem vitimizadores. Cada um de nós é livre para escolher, aceitar e desempenhar seu papel na própria salvação que é condição crucial para a salvação do mundo. "A vítima é sempre culpada" no sentido de que ela viveu o resultado da escolha que fez, ainda que na maioria das vezes de forma inconconsciente.

E, por fim, em outro ponto do livro, Elio D'Anna diz o seguinte: "... um ser humano maduro, sob os refletores do proscênio da vida, no final de seu grande espetáculo, mais do que agradecer àqueles que lhe deram amizade, afeto, deveria pronunciar um agradecimento solene a todos aqueles que o perturbaram, tiranizaram, ofenderam".

Isso é o que significa "amar a seu inimigo", porque, de acordo com ele, ninguém no mundo pode nos amar mais do que o inimigo.

Paz e bem!

Um comentário:

  1. Olá, Moisés e companheiro(a)s, sim! eu compreendo que o ego é que força está nossa "ansiedade" em entender a materialidade que ele próprio criou, é o ego que cria o " mundo " e a separação e,sem dúvida, acho que os sonhos das nossas noites são, como já disse atrás, um murmúrio, uma leve brisa do E.S. , um indício que mostra o enorme poder da nossa mente egóica para construir a mais poderosa irrealidade a partir do nada e dobrar o espaço e o tempo em tiras de papel colorido. A partir desta constatação tudo se reduz à LUZ e percebermos que ainda Somos como Deus nos criou e para sempre eternos. A morte, o cancro, a constipação, a virose, ou uma situação emocional são... não são nada ! Claro, que temos que saber que isto é uma paródia pegada para conseguirmos sair deste ciclo vicioso e isso não se compra no supermercado :) . Vou contar um caso pessoal, para terminar esta reflexão, como tenho já referido eu sou um solitário no estudo do curso, ora, depois de longas conversas telefónicas ( vivemos em cidades diferentes ) com o meu amigo e colega que está em cuidados paliativos eu tinha que lhe falar nas minhas ideias e tive a coragem de o fazer : vais chamar-me maluco, compreendo que não voltes a telefonar-me e blá,blá, blá . Continua a telefonar-me, mas como me diz: ama demasiado a vida, está agarrado a "isto" que pode não ser bom, mas é a única certeza que tem. Nunca mais me tocou no assunto e eu também. Acho que essa certeza de que já estamos no Paraíso, de que nunca saímos de lá, é fulcral para quando partirmos verificarmos que nunca chegamos. Nós nunca fizemos a viagem e vai ser uma risada, uma enorme gargalhada, uma felicidade enorme, como quando acordamos de um pesadelo. Que o Espírito Santo nos ilumine .

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