terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Deixar a força de Deus substituir nossa fraqueza


LIÇÃO 48

Não há nada a temer.

1. A ideia para hoje simplesmente declara um fato. Não é um fato para aqueles que acreditam em ilusões, mas ilusões não são fatos. Na verdade, não há nada a temer. É muito fácil reconhecer isto. Mas, para aqueles que querem que as ilusões sejam verdadeiras, é muito difícil reconhecê-lo.

2. Os períodos de prática de hoje serão muito breves, muito simples e muito frequentes. Repete simplesmente a ideia tantas vezes quanto possível. Podes usá-la de olhos abertos a qualquer momento e em qualquer situação. Recomenda-se com veemência, porém, que reserves cerca de um minuto sempre que possível para fechar os olhos e repetir a ideia lentamente para ti mesmo várias vezes. É particularmente importante que utilizes a ideia imediatamente, se alguma coisa perturbar tua paz de espírito.

3. A presença do medo é um forte indício de que estás confiando em tua própria força. A consciência de que não há nada a temer demonstra que em algum lugar em tua mente, embora não necessariamente em um lugar que já reconheças, tu te lembraste de Deus e deixaste a força d'Ele tomar o lugar de tua fraqueza. No instante em que estiveres disposto a fazer isto, de fato, não há nada a temer.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 48

"Não há nada a temer."

Teremos coragem e honestidade suficientes para admitir que não temos tanta certeza assim de que, como diz a ideia para as práticas de hoje, "não há nada a temer"? Ou a qualquer ruído estranho corremos a fechar portas e janelas, buscando proteger-nos e aos que estão próximos de nós de um 'perigo' que, se pensarmos bem, só pode estar em nossa cabeça?

E a ameaça nuclear dos países que têm bombas atômicas em seus arsenais de guerra e podem querer usá-las para atacar outros países, ou para se defenderem das ameaças de outros? E os países que estão tentando construir as bombas nucleares e fazendo testes com elas? E os fabricantes de armas, que contratam guerras para vender seu produto?

E o terrorismo que põe em risco a vida de milhares de pessoas diariamente pelo mundo inteiro? E o tráfico de drogas, que requisita o serviço de milhares de jovens e crianças e as arma para defenderem seus pontos?

E a violência doméstica, na maior parte das vezes não denunciada ou declarada, que sofrem mulheres e crianças em seus próprios lares no mundo todo, sem que haja uma solução visível para ela, nem a longo, nem a médio, que dirá a curto prazo? 

E a violência que agride os que ousam pensar de modo diferente e buscar diferentes modos de exprimir sua alegria, sua individualidade? A violência contra os homossexuais? As lésbicas? Os negros? Os imigrantes em países de pessoas que temem perder seus empregos para um estrangeiro? E a violência contra as mulheres? E a violência contra os que têm crenças diferentes das nossas? E a violência contra os que professam posições políticas diferentes das que temos?

E a poluição que ameaça destruir a vida natural do planeta, aquecendo-o até o ponto em que ele vai virar um inferno de fogo?

E os hackers? E os vírus de computador? E os conglomerados internacionais que sufocam a economia e perpetuam a pobreza e o subdesenvolvimentos dos países pobres?

E, e, e, e...?

Comecemos a explorar a lição antes de afundarmos em um mar de ameaças à vida em todas as suas formas como a conhecemos:

A ideia para hoje simplesmente declara um fato. Não é um fato para aqueles que acreditam em ilusões, mas ilusões não são fatos. Na verdade, não há nada a temer. É muito fácil reconhecer isto. Mas, para aqueles que querem que as ilusões sejam verdadeiras, é muito difícil reconhecê-lo.

Percebem a diferença que há entre buscar a sintonia com os Pensamentos de Deus, deixando para trás o mundo, e estar em sintonia com os pensamentos e crenças do ego?

O mundo é ilusão, é sonho, não criação de Deus. Reflete apenas aquilo que cada um de nós traz no interior de si mesmo. Se sintonizados à crença do ego na separação, vamos ver um mundo cheio de ameaças, de guerras, de dor, de tristezas, de mágoas, de ódios, ressentimentos, carências, escassez, depressão, violência, loucura e morte.

Ilusões que inventam e ampliam ilusões.

Não há nada a temer.

A menos que queiramos que as ilusões sejam reais, isto é, orientados pelo orgulho e pela pretensa onipotência do ego, acreditarmos que há no mundo alguma coisa de valor, algo pelo qual valha a pena lutar, algo pelo qual valha a pena viver.

Neste caso teremos medo de perdê-la e nos alinharemos àqueles para quem o mundo das aparências e das formas, da ilusão, tem alguma coisa que querem.

Não há nada a temer.

Por quanto tempo ainda vamos dar força às crenças do ego, e do mundo que ele inventou? Por quanto tempo ainda nos deixaremos enganar, acreditando que alguma coisa, pessoa, ou situação, fora de nós pode nos ameaçar, ferir ou matar?

É por isso que a lição nos instrui assim:

Os períodos de prática de hoje serão muito breves, muito simples e muito frequentes. Repete simplesmente a ideia tantas vezes quanto possível. Podes usá-la de olhos abertos a qualquer momento e em qualquer situação. Recomenda-se com veemência, porém, que reserves cerca de um minuto sempre que possível para fechar os olhos e repetir a ideia lentamente para ti mesmo várias vezes. É particularmente importante que utilizes a ideia imediatamente, se alguma coisa perturbar tua paz de espírito.

É particularmente importante que nos lembremos de aplicar a ideia: Não há nada a temer. se qualquer coisa se apresentar para perturbar nossa paz de espírito. 

Esta é uma das lições mais poderosas de todo o Curso, em meu modo de entender, e pode transformar nossas vidas num piscar de olhos, caso a levemos a sério, caso reconheçamos a verdade eterna que há em suas palavras e caso a apliquemos a partir de hoje a tudo e a todos em nosso dia-a-dia.

Como a lição nos orienta, por fim:

A presença do medo é um forte indício de que estás confiando em tua própria força. A consciência de que não há nada a temer demonstra que em algum lugar em tua mente, embora não necessariamente em um lugar que já reconheças, tu te lembraste de Deus e deixaste a força d'Ele tomar o lugar de tua fraqueza. No instante em que estiveres disposto a fazer isto, de fato, não há nada a temer.

É a isso que se refere o "não fazer nada" do Curso. Basta que nos lembremos de Deus e O aceitemos e acolhamos em nós e que deixemos a força d'Ele tomar o lugar de nossa fraqueza. Todos estamos convidados a fazer isso o tempo todo. Quando, de fato, o fizermos, reconheceremos, saberemos que não há nada a temer.

Às práticas, pois!

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