LIÇÃO 178
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
1. (165) Que minha mente não negue os Pensamentos de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
2. (166) Eu estou encarregado das dádivas de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 178
Caras, caros,
Vocês já repararam em sua experiência que quanto mais aprendemos mais parecemos não saber?
Por quê? - eu perguntaria. Acho que vocês também.
Penso que é porque o que há para se saber no e do mundo não é nada que dure. Tudo muda o tempo todo. Não é? Mesmo a Ciência, que grande parte de nós reputa como algo em que se pode confiar para as tomadas de decisões, não tem as respostas para as "grandes questões" que podemos formular. Porque toda a Ciência é construída a partir de hipóteses que podem ou não ser confirmadas na prática. Quando são, isto cria um dito conhecimento. Mas mesmo este conhecimento é temporário, porque outra hipótese por vir a ser formulada e comprovar que o ponto de partida da hipótese anterior estava equivocado.
É por isto que o ensinamento nos propõe abandonarmos o aprendizado do mundo. É isto que vamos revisar com as práticas das duas ideias para a revisão de hoje.
"Deus é só Amor e, por isto, eu também."
As ideias que revisamos hoje, mais uma vez, ainda fazem parte daquelas que, de acordo com o Curso, nesta primeira parte do livro de exercícios, têm por objetivo ajudar-nos a desaprender e a abandonar os ensinamentos do mundo. São elas: Que minha mente não negue os Pensamentos de Deus. e Eu estou encarregado das dádivas de Deus. E nós vamos praticá-las, seguindo a orientação do livro para esta revisão, envolvendo-as no pensamento: Deus é só Amor e, por isto, eu também.
Para o desaprender e o abandonar os ensinamentos do mundo é preciso que deixemos de dar ouvidos ao ego: a falsa identidade que construímos e pensamos ter e ser. Uma identidade falsa, como eu disse, que não tem nada a ver com aquilo que somos na verdade. Isto é, quando nos voltamos para o falso eu - o ego - acreditando no que ele diz, e no pretenso poder que ele diz ter, para nos ajudar a enfrentar o mundo e fazer com que nos saiamos vencedores e vencedoras nessa aparente batalha - nós contra o mundo -, o que fazemos, na realidade, é negar os Pensamentos de Deus. Pois o ego só existe quando acreditamos que nossa mente se pode dividir e existir separada da Mente de Deus.
Quando damos crédito à orientação do ego, reforçamos a crença na separação e nos sentimos perdidos, perdidas, vítimas de um mundo imenso e ameaçador, onde o perigo, a doença e a morte se escondem em cada canto, em cada encruzilhada, em cada beco, em cada ponto dos caminhos pelos quais precisamos passar. Mais ainda. Os outros são todos nossos inimigos prontos a nos atacar e matar, para tirar proveito do pouco que temos, esquecidos e esquecidas de que somos nós - cada um e cada uma de nós é - os encarregados e encarregadas de todas as dádivas de Deus e de que nada nos falta e que nada nem ninguém pode tirar proveito de nada que tenhamos. E esquecidos, ou esquecidas, também de que só temos, de fato, aquilo que damos.
Em nossa loucura chegamos ao ponto de rezar para que Deus nos dê algumas coisas, ou que afaste de nós os males que Ele nunca criou e nem sabe que existe, uma vez que ele apenas diz SIM a tudo o que escolhemos.
Joel Goldsmith, sim, ele mais uma vez, diz que para se chegar à verdadeira oração precisamos nos perguntar: "dou crédito a meus olhos [ou a qualquer dos meus sentidos], ou dou crédito aos místicos do mundo [à Voz por Deus em meu interior], àqueles que, pelo contato intuitivo com Deus, tiveram a revelação de que o mal no mundo não existe como uma realidade, e [de] que não há nenhuma lei de pecado e [de] enfermidade"?
Para ele, a oração verdadeira, a única que podemos fazer e que é eficaz, consiste em buscarmos aumentar em nós o desejo de nos tornarmos conscientes da realidade da Presença de Deus. A única realidade que existe. A única presença que conta.
Ou ainda como aquilo que o Curso diz, logo em sua introdução, ser seu objetivo, isto é, "remover os bloqueios à consciência da presença do amor", que é nossa herança natural.
Lembremo-nos, então, novamente de Guimarães Rosa que, citado outras vezes, diz: "Os olhos [e os sentidos todos, de forma geral] são a porta do engano; duvide deles..."
É para isso que praticamos.
Às práticas?
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