segunda-feira, 27 de maio de 2024

O ataque e a defensiva devem ser abandonados

 

LIÇÃO 148


Minha mente contém só o que penso com Deus.

(135) Se eu me defendo, sou atacado.

(136) A doença é uma defesa contra a verdade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 148

Caras, caros,

Preparadas, preparados, para as práticas com as ideias para a revisão de hoje?

"Minha mente contém só o que penso com Deus."

 Se me defendo, sou atacado.

A doença é uma defesa contra a verdade.

De que forma podemos explorar as duas ideias que o Curso oferece para as práticas de hoje? O que podemos pensar ou dizer a respeito desta ideia: "Se me defendo, sou atacado."? Será que algum, ou alguma, de nós já parou para pensar a respeito? Será que algum, ou alguma, de nós já se deu conta da verdade e do milagre que estão por trás desta ideia aparentemente tão simples, tão lógica? Já percebemos que quando estamos esperando ser atacados, ou atacadas, por alguém, por alguma coisa que fizemos, ou por algo que deixamos de fazer e que nos pesa na consciência, nossa posição é sempre defensiva? Parece-nos que tudo o que a outra pessoa, nossa interlocutora, diz é um ataque, mesmo que a pessoa com quem conversamos não tenha a menor ideia da razão pela qual estamos nos defendendo. Mesmo que o que ela diga não tenha a menor intenção de nos atacar. 

E que dizer da segunda ideia, então? Aparentemente, antes de entrar em contato com o Curso, nunca ouvimos dizer coisa parecida. Uma doença sempre nos pareceu algo que acontece, algo que vem por conta do tempo, de maus cuidados em relação a nossos corpos, de acidentes, de maus tratos na infância, por herança genética, ou de quaisquer outras causas que justifiquem que alguém desenvolva algum tipo de doença. Mas, acredito, jamais passou pela cabeça de ninguém que não tenha tido contato com o Curso a ideia de que a doença é uma defesa contra a verdade. 

Que verdade?  Vejamos, pois. Paremos para refletir. Para descobrir a verdade e o milagre por detrás desta segunda ideia também.

Por que ficamos doentes? Porque acreditamos que podemos ser atacados pela verdade. É daí que vem nossa crença na necessidade de defesas. Mas, se ainda somos como Deus nos criou, o que poderia nos atacar? Ou não acreditamos que ainda somos tal qual Deus nos criou?

O Curso ensina que nunca houve um tempo em que nos separamos de Deus. Isto quer dizer que a ideia de uma existência separada d'Ele é apenas ilusão. Aliás, podemos pensar até que acreditar na ilusão de uma vida à parte de Deus é que é, sim, um ataque a Ele. Mas é também um ataque que só pode ser feito pelo ego, pelo falso eu, pela imagem equivocada que construímos de nós mesmos e de nós mesmas. Isto é, um ataque da ilusão à verdade, que não pode ter absolutamente nenhum efeito.

Como já lhes disse antes, é esta percepção equivocada que temos de nós mesmos e de nós mesmas e, por consequência, do mundo inteiro e de tudo o que aparentemente existe nele, que nos põe permanentemente na defensiva, pois faz que nos vejamos como criaturas frágeis, destinadas a voltar ao pó, de onde se diz que viemos. Mas o que volta ao pó é apenas aquela parte ilusória de nós, que é feita de pó. O que somos, na verdade, não pode morrer, nem virar pó.

No entanto, ao nos identificarmos com um corpo perecível - a forma que temos na ilusão da percepção -, que está sujeito ao ataque de parte de nós mesmos e de nós mesmas, de outros de nós mesmos, ou outras de nós mesmas, da passagem do tempo, das condições climáticas e de todas as coisas que povoam o mundo amedrontador que construímos a partir desta percepção distorcida, damos à ilusão um poder sobre nós que ela não tem e nos deixamos enganar pelo ego, que se vale do poder que atribuímos a algo que não existe.

O fato de vivermos na defensiva, identificador do julgamento que fazemos de nós mesmos e de nós mesmas, e que projetamos em tudo o que vemos, abre espaço para o ataque, melhor dizendo, autoriza a que nos sintamos atacados e atacadas pelas outras pessoas e por outras coisas vivas, vírus, bactérias, animais, grandes e pequenos, visíveis e invisíveis; e por coisas aparentemente inanimadas, utensílios, plantas, líquidos e alimentos. 

É para nos libertarmos da crença na separação, que gera a ideia da necessidade de defesa, que revisamos hoje. A primeira das ideias para as práticas deste dia ensina de forma clara como deslocar o ataque de qualquer coisa aparentemente externa a nós, atribuindo-o à única fonte de onde ele pode surgir: de nossa posição de defesa. 

É claro que isto contraria aquele pensamento do mundo segundo o qual "a melhor defesa é o ataque" e ensina que não há necessidade de defesas, que não podemos ser atacados, ou atacadas, por nada nem por ninguém, a não ser por nossa própria percepção equivocada de nós mesmos e de nós mesmas, que constrói todo este mundo de ilusões em que pensamos habitar. Na verdade, a melhor defesa não é o ataque. A melhor defesa é acreditar que ainda somos como Deus nos criou, na inocência e na pureza e na alegria, que permitem o olhar amoroso para tudo e para todos porque não percebe nenhum ataque, porque não cogita a possibilidade de atacar a nada nem a ninguém.

A segunda informa a razão pela qual inventamos a doença, que consegue ser, ao mesmo tempo, uma forma de defesa e de ataque. Contra a verdade e contra nós mesmos e nós mesmas. Sempre. Por mais que queiramos nos auto-enganar atribuindo uma doença qualquer a alguma coisa exterior a nós, todas as doenças são escolhas que fazemos - claro que na maior parte das vezes de forma inconsciente - e das quais nos valemos para atacar a verdade, ou para fazê-la calar, quando não queremos aceitar a completa e total responsabilidade por tudo aquilo que nos acontece na vida. 

Quem quer de forma consciente assumir que cria para si mesmo, ou para si mesma, todas as experiências e situações por que passa? Quem quer assumir conscientemente que as pessoas que o/a cercam são as pessoas que ele/ela mesmo escolheu para o bem ou para o mal? E reconhecer e aceitar que elas cumprem um papel que ele/ela mesmo atribuiu a elas e que ele/ela deve ser grato/a por isso? 

Que se dirá, então, da possibilidade de encontrar alguém capaz de aceitar a responsabilidade por tudo o que vê no mundo, isto é, por tudo aquilo que lhe chega à consciência, sabendo que cabe apenas a si mesmo, ou a si mesma, mudar o que vê, perdoando-se pela percepção equivocada para perdoar o mundo inteiro?

Pratiquemos, portanto, hoje, para aprendermos a abandonar tanto a defensiva quanto o ataque, entregando-nos por inteiro à verdade cujo conhecimento, segundo o que nos disseram que Jesus disse, nos libertará. 

Às práticas?

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