LIÇÃO 211
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
1. (191) Eu sou o Próprio Filho santo de Deus.
Em silêncio e em verdadeira humildade eu busco a glória de Deus, para vê-la no Filho Que Ele criou como o meu Ser.
Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 211
Revisamos hoje, uma vez mais, aquela ideia que nos põe em contato com a verdade acerca de nós mesmos, a ideia que nos devolve à condição de Filhos santos do Próprio Deus, ou que nos devolve a identidade do Próprio Filho santo de Deus, e que nos põe de novo em contato, assim, com aquilo que somos na verdade.
Como já disse algumas vezes no passado, falando desta lição de forma específica, a repetição continuada das afirmações ou declarações que unificam este período de revisão [Eu não sou um corpo. Eu sou livre. Pois ainda sou como Deus me criou.] visa a re-criar e a reforçar em nós a sensação da unidade com Deus. Uma forma extremamente eficiente de eliminar da mente a crença na separação, que é, de fato, o único problema que precisamos resolver.
Na verdade, se buscarmos refletir bem a respeito do que somos e da experiência que vivemos, não existe nada que possa nos fazer acreditar na possibilidade de uma vida separada de Deus, a não ser na ilusão. Pois, para que tal separação pudesse existir de fato, teríamos de estar separados de nós mesmos. Isto não é possível! Isto - a separação de nós mesmos - só pode acontecer - e também apenas na ilusão ou no delírio - quando nos dissociamos de nós mesmos. Um processo que é apenas mental. Ou quando vivemos um transe, uma hipnose, uma aparente separação da realidade, que também só pode ser mental.
Porém, sendo o mais honestos possível para com nós mesmos, é preciso reconhecer que vivemos em transe a maior parte do tempo. Pois, em geral não nos damos conta de que fomos e estamos hipnotizados, acreditando viver, em um mundo que não existe, uma "realidade" que é apenas uma sugestão hipnótica, uma ilusão criada por um sistema de crenças que, aparentemente, nos afasta de nós mesmos, do que somos e de Deus.
Mais uma vez: isto é impossível! E é exatamente para aprendermos de que forma podemos sair do transe que as práticas se fazem necessárias.
São elas que vão permitir que aceitemos a Expiação para nós mesmos, isto é, que sejamos capazes de corrigir, de desfazer, os erros, que só existem em nossa mente, quando nos acreditamos separados de Deus e, por consequência, de nós mesmos e um dos outros.
É por isso que o Curso ensina com as práticas que não há problema algum se pulamos um período ou outro, ou se não somos disciplinados o suficiente para seguir as orientações que ele nos dá ao longo do livro de exercícios, ou mesmo no texto. Somos convidados a voltar sempre que esquecemos, sem culpa, sem medo, sem nenhuma condenação. Mais ou menos como nos convida Rumi, poeta sufi do século XIII:
Vem, vem, seja lá quem fores.
Peregrino, devoto,
amante das partidas - não importa.
Nossa caravana não é de desespero.
Vem, mesmo que tenhas violado teus votos
cem vezes, mil vezes.
Vem, vem de novo, vem.
Às práticas?
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