LIÇÃO 33
Existe outro modo de olhar para o mundo.
1. A ideia de hoje é uma tentativa de reconhecer que podes mudar tua percepção do mundo, tanto em seu aspecto externo quanto no interno. Deve-se dedicar cinco minutos completos às aplicações da manhã e da noite. Nestes períodos de prática a ideia deve ser repetida tantas vezes quanto achares agradável, apesar de essencial que as aplicações sejam feitas sem pressa. Alterna entre o exame de tuas percepções externa e interna, mas sem uma sensação de mudança brusca.
2. Olha apenas casualmente o mundo que percebes como exterior a ti, em seguida, fecha os olhos e examina teus pensamentos interiores com a mesma casualidade. Tenta permanecer igualmente indiferente a ambos e manter este desapego enquanto repetes a ideia ao longo do dia.
3. Os períodos mais breves de exercícios devem ser tão frequentes quanto possível. Aplicações específicas da ideia de hoje também devem ser feitas de imediato, quando surgir qualquer situação que te tente a ficar inquieto. Para estas aplicações, dize:
Existe outro modo de olhar para isto.
4. Lembra-te de aplicar a ideia de hoje no instante em que te conscientizares da angústia. Pode ser necessário reservar cerca de um minuto para te sentares tranquilamente e repetir a ideia para ti mesmo várias vezes. É provável que fechar os olhos ajude nesta forma de aplicação.
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COMENTÁRIO:
Explorando a LIÇÃO 33
Como lhes disse nos comentários dos últimos anos, a partir da leitura de Marco Zero, livro de Joe Vitale, que é, pelo que ele diz, uma continuação e um aprofundamento do que foi escrito no anterior, o Limite Zero, as práticas com o ho'oponopono objetivam, assim como as do Curso, desfazer o erro, ajudar-nos a desfazer a programação que o mundo oferece para que tenhamos comportamentos de robôs, que sempre reagem de forma determinada e previsível. É só a atenção constante que vai evitar que nos comportemos qual autômatos, distraídos de nós mesmos e atendendo a interesses outros que não os nossos próprios.
Para escrever o Limite Zero, Joe teve a colaboração, a autorização e a co-autoria do dr. Ihaleakala Hew Len. Assim, da parceria dos dois, podemos aprender algo a respeito do ensinamento havaiano denominado
Ho'oponopono, uma palavra que, na língua falada pelos havaianos, como também já lhes disse aqui antes, tem, de certo modo, o mesmo significado que a palavra Expiação tem para o Curso: desfazer o erro.
Para escrever o Limite Zero, Joe teve a colaboração, a autorização e a co-autoria do dr. Ihaleakala Hew Len. Assim, da parceria dos dois, podemos aprender algo a respeito do ensinamento havaiano denominado
Ho'oponopono, uma palavra que, na língua falada pelos havaianos, como também já lhes disse aqui antes, tem, de certo modo, o mesmo significado que a palavra Expiação tem para o Curso: desfazer o erro.
Em função disso é que as práticas com a ideia de hoje devem funcionar como uma chave para aprendermos também de que forma podemos desfazer as lembranças e o passado que herdamos por nossa criação. É por isso que o Curso nos pede que afirmemos para nós mesmos e para quem quer que faça parte de nossa experiência que
"Existe outro modo de olhar para o mundo."
Que me dizem? Seremos capazes de lidar com esta ideia? De aceitá-la e de pô-la em prática? Sem dúvida, ela vai nos mostrar que são "... nossas lembranças [os programas em nossa memórias que] nos impedem de experimentar a realidade pura deste mundo". E vai nos mostrar também que
Existe outro modo de olhar para o mundo.
Não lhes parece isso a coisa mais lógica a se dizer, a partir de tudo o que praticamos até agora? Principalmente se considerarmos por mais um instante a ideia da lição de ontem: Eu invento o mundo que vejo.
A lição de hoje começa assim:
A ideia de hoje é uma tentativa de reconhecer que podes mudar tua percepção do mundo, tanto em seu aspecto externo quanto no interno.
Existe outro modo de olhar para o mundo.
Mas já sabemos disso, não é mesmo? Mesmo que não o confessemos, temos plena consciência de que, muitas vezes, as sensações que experimentamos, quer em relação a nós mesmos, quer em relação a outros ou em relação ao mundo todo, se devem apenas a nos termos aferrado a uma ideia - em geral, preconceituosa - que não queremos mudar.
Quando, por exemplo, concluímos que alguém nos magoou, traiu nossa confiança, mentiu e nos enganou, decidimos colocar essa pessoa na geladeira - "dar-lhe um gelo", como se diz - e deixamos de falar com ela, não respondemos a suas perguntas, fingimos não vê-la, se ela se dirige a nós. Não queremos - e às vezes nem sabemos mais mesmo - nem lembrar do que ela nos fez.
Sofremos, sofremos, e sofremos. Às vezes a consideramos importante em nossa vida. Mas, para manter a decisão tomada, não a perdoamos. Quer dizer, se pensarmos melhor, não nos perdoamos por termos confiado nela. O que, não deixa de ser um julgamento e uma condenação que, no fundo, fazemos a nós mesmos, uma vez que é só a nós mesmos que podemos julgar. Não importa se nossa condenação recebe como condenado um nome diferente do nosso. É sempre a nós mesmos que julgamos e condenamos. Assim, também, é sempre só a nós mesmos que podemos perdoar.
Existe outro modo de olhar para o mundo.
O Curso ensina a certa altura: "qualquer tipo de erro não corrigido te engana em relação ao poder que está em ti para fazer a correção. Se o poder pode corrigir e não permites que ele o faça, tu o negas a ti mesmo e ao teu irmão. E se ele compartilha essa mesma crença, ambos irão pensar que estão condenados".
É deste modo que escolhemos aprisionar as pessoas com quem convivemos. Sem perceber que, quando condenamos uma pessoa à prisão de nosso julgamento, nós nos condenamos juntamente com ela à mesma prisão. Há também, pois, que se reformular aquele ditado popular: "a primeira impressão é a que fica". Pois acreditar nisso favorece o julgamento, a condenação e o aprisionamento do outro. E, por consequência, nosso próprio aprisionamento e o reforço à crença na separação.
Se -
Existe outro modo de olhar para o mundo.
-, e sabemos que existe - por que não escolher, decidir, ver as coisas de modo diferente, se fazer isso pode nos devolver a alegria de viver, perdida por tanto tempo desde que nos decidimos a julgar e a condenar tudo e todos que vemos?
Atentemos bem ao restante das instruções para as práticas desta lição, para aprendermos hoje mesmo a aplicar a ideia:
Existe outro modo de olhar para o mundo.
Olhar para o mundo e ver as coisas de modo diferente, retirando de tudo e de todos quaisquer coisas que tenham relação com o passado, é o que vai nos permitir abandonar a loucura, a insanidade que é julgar, que é acreditar que podemos viver separados de Deus e uns dos outros.
No mesmo ponto do texto que citei acima, o Curso diz que "é fácil deixar a casa da loucura, se vires a razão [aquela parte da mente em nós que está em contato permanente com o divino, que é a única parte verdadeira], Não deixas a insanidade indo a algum outro lugar. Tu a deixas simplesmente por aceitares a razão no lugar onde estava a loucura [traduzido diretamente do original]".
Existe outro modo de olhar para o mundo.
Quando nos decidimos a não perdoar alguém - o que equivale à decisão de não nos perdoarmos -, estamos, na verdade, condenando o filho de Deus, separando-o de nós mesmos. Estamos ensinando que ele está separado de nós e aprendendo exatamente a mesma coisa. Pois conforme o Curso ensina, só podemos ensinar ao outro que ele é como queremos que ele seja, e aquilo que escolhemos que ele seja é, sem tirar nem pôr, aquilo que nós mesmos escolhemos ser.
Daí a importância de praticarmos a verdade eterna que a ideia da lição de hoje oferece. É este o desafio que ela nos propõe. Aceitá-lo e aprender a olhar para o mundo de outro modo pode - e vai - nos salvar. E salvará o mundo inteiro.
Às práticas?
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