sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O que vemos é nossa interpretação finita do infinito


10. O que é o Juízo Final?

1. A Segunda Vinda de Cristo oferece esta dádiva ao Filho de Deus: ouvir a Voz por Deus revelar que aquilo que é falso é falso e que aquilo que é verdadeiro não muda nunca. E este é o julgamento no qual a percepção acaba. No começo tu vês um mundo que aceita isto como verdadeiro, projetado a partir de uma mente agora correta. E, com essa visão santa, a percepção dá uma bênção silenciosa e, então, desaparece, alcançada sua meta e cumprida sua missão.

2. O juízo final sobre o mundo não contém nenhuma condenação. Pois ele vê o mundo como totalmente perdoado, inocente e totalmente sem propósito. Sem uma causa e, agora, sem uma função na visão de Cristo, ele simplesmente desaparece no nada. Aí ele nasceu e também aí acaba. E todas as imagens no sonho em que o mundo começou se vão com ele. Agora, os corpos são inúteis e, por isso, se desvanecerão, porque o Filho de Deus não tem limites.

3. Tu, que acreditaste que o Juízo Final de Deus condenaria o mundo ao inferno junto contigo, aceita esta verdade santa: o Julgamento de Deus é a dádiva da Correção que Ele concedeu a todos os teus erros, libertando-te deles e de todos os efeitos que eles já pareceram ter. Ter medo da graça redentora de Deus é apenas ter medo da liberação total do sofrimento, da volta à paz, à segurança e à felicidade, e da união com tua própria Identidade.

4. O Juízo Final de Deus é tão misericordioso quanto cada passo no plano designado por Ele para abençoar Seu Filho e lhe pedir que volte à paz eterna que Deus compartilha com o filho. Não tenhas medo do amor. Pois só ele pode curar toda a tristeza, enxugar todas as lágrimas e despertar suavemente, de seu sonho de dor, o Filho a quem Deus reconhece como Seu. Não tenhas medo disso. A salvação pede que tu lhe dês acolhida. E o mundo espera tua alegre aceitação, que o libertará.

5. Este é o Juízo Final de Deus: "Tu ainda és Meu Filho santo, eternamente inocente, eternamente amoroso e eternamente amado, tão sem limites quanto teu Criador e inteiramente imutável e puro para sempre. Desperta, portanto, e volta para Mim. Eu sou Teu Pai e tu és Meu Filho".

*

LIÇÃO 320

Meu Pai me dá todo o poder.

1. O Filho de Deus não tem limites. Não há nenhum limite para sua força, sua paz, sua alegria nem para qualquer qualidade que seu Pai deu na sua criação. O que ele quiser com seu Criador e Redentor tem de acontecer. Sua vontade sagrada não pode ser negada nunca porque seu Pai brilha sobre sua mente e deposita toda a força e todo o amor, na terra e no Céu, diante dela. Eu sou aquele a quem tudo isso é dado. Eu sou aquele em quem o poder da Vontade de meu Pai habita.

2. Tua Vontade pode realizar todas as coisas em mim e, então, se estender também ao mundo inteiro por meu intermédio. Não há nenhum limite para Tua Vontade. E, por isso, todo o poder também foi dado a Teu Filho.


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COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 320

Chegamos hoje, mais uma vez, à última das lições centradas no tema: O que é o Juízo Final? 


Meu Pai me dá todo o poder.

Bem de acordo com o que o Curso busca nos ensinar, a ideia para as prática de hoje nos coloca mais uma vez no centro de todos os acontecimentos de nossas vidas. Pois:

O Filho de Deus não tem limites. Não há nenhum limite para sua força, sua paz, sua alegria nem para qualquer qualidade que seu Pai deu na sua criação

Isto é, o poder dado por Deus a Seu Filho nos dá o direito de escolhermos assumir de uma vez por todas a responsabilidade por tudo aquilo que aparentemente nos acontece em nosso mundo, por tudo o que acontece no mundo inteiro, ou, no mínimo, por tudo aquilo que nos chega à consciência. Uma vez que:

Sua vontade [a do Filho de Deus] sagrada não pode ser negada nunca porque seu Pai brilha sobre sua mente e deposita toda a força e todo o amor, na terra e no Céu, diante dela.

Agora só precisamos nos perguntar: quem é o Filho de Deus? E o Curso - a lição - responde:

Eu sou aquele a quem tudo isso é dado. Eu sou aquele em quem o poder da Vontade de meu Pai habita.

Peguntemo-nos mais, então. Como entender a ideia de que meu Pai me dá todo o poder? Isso significa que só eu recebi e tenho comigo todo o poder de Deus? Não! Significa apenas que recebi e tenho todo o poder de que necessito e que sou capaz de aceitar e usar para escolher o que fazer de minha própria vida. Para fazer meu próprio mundo, uma vez que não há nada fora de mim, conforme o Curso ensina. E, assim como eu, todos - cada um a seu modo - recebem todo o poder para fazer o que quiserem de suas vidas e do mundo em que escolherem viver.

Praticar a ideia que o Curso oferece neste dia significa abrir-se à evidência de que tudo aquilo que vemos é tão somente "uma interpretação finita do infinito real que está esperando" para ser entendido a partir do espírito, "com os sentidos do espírito", para usar mais uma vez uma expressão de Joel Goldsmith. E nem é ao menos uma interpretação válida, mas apenas uma tentativa de interpretação. Por que, perguntemo-nos, há como se interpretar o infinito?

Essa "interpretação", por sua vez, não é nada senão o resultado visível de escolhas que cada um de nós fez [ou faz] a respeito daquilo que quer viver neste mundo, ou em qualquer mundo que tenha escolhido, uma vez que cada um de nós vive "aparentemente" em um mundo que é apenas seu. Daí muitos de nós enfrentarmos por vezes tantas dificuldades para lidar como as inúmeras formas diferentes de viver.

Essas dificuldades ficam cada vez mais evidentes sempre que um de nós decide que sabe o que é melhor para si e para todos os outros. Ou alguém acha que é brincadeira assumir a responsabilidade por todo o poder que herdamos de Deus, sem decidir-se, de fato, a dirigir para si mesmo, para o outro, ou outros, e para o mundo inteiro apenas o olhar amoroso que Deus - o deus no interior de cada um de nós - nos oferece?

E quantos de nós são capazes de tal olhar? Podemos, porém, treinar nossas mentes para tal, e, assim, chegar a desenvolver tal capacidade. Basta "não fazer nada" a partir da orientação do ego, ou do mundo. Entregando ao espírito as decisões que precisamos tomar. Assim viveremos nossa experiência do mundo sabendo que:

Tua Vontade pode realizar todas as coisas em mim e, então, se estender também ao mundo inteiro por meu intermédio. Não há nenhum limite para Tua Vontade. E, por isso, todo o poder também foi dado a Teu Filho.

Para tanto há que se praticar. Dia após dia. 

Às práticas?


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