domingo, 24 de maio de 2015

Nada no mundo pode satisfazer o desejo de Céu


LIÇÃO 144

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(127) Não há nenhum amor a não ser o de Deus.

(128) O mundo que vejo não tem nada que eu queira.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 144

"Minha mente contém só o que penso com Deus."

Não há nenhum amor a não ser o de Deus.

O mundo que vejo não tem nada que eu queira.

Revisamos hoje, mais uma vez, duas ideias que, com as práticas, devem servir para reforçar em nossa consciência o fato de que todo amor vem de Deus e o aprendizado de que não há nenhum amor a não ser o d'Ele. Isto é, a partir desta ideia, tudo aquilo que não vem d'Ele é ilusão, não existe e não é amor.

A segunda das ideias que praticamos nos convida a reconhecer que o mundo que vemos não tem nada que, de fato, queiramos. Pois, quando paramos para refletir, podemos perceber claramente que, na verdade, tudo o que vemos no mundo é passageiro, é efêmero, e não pode e nem vai durar.

Como também sabemos que nossos anseios mais profundos sempre nos levam em direção ao duradouro, ao eterno, as duas ideias que praticamos servem ainda para ajudar a abrir nossos sentidos, nossas mentes e nossos corações à Voz por Deus, que nos fala interiormente de nosso desejo mais profundo pelo Céu. 

Pois tudo aquilo que passa e pode mudar para atender a nossos desejos, que variam como variam as marés não pode, de fato, nos satisfazer. Isso é bastante claro quando pensamos nas coisas todas que já obtivemos e que deixaram de nos interessar após obtidas. Não lhes parece, pois, que isto é uma confirmação de que nada no mundo ou deste mundo pode satisfazer nosso desejo de Céu?

Sugiro, pois, que pratiquemos com disposição para nos abrirmos ao amor de Deus em nós, que é a única coisa que existe de verdade. Para aprendermos a renunciar ao mundo, abrindo-nos, deste modo, à eternidade do que somos em Deus, com Ele.

Pois não há como negar a verdade da afirmação de que tudo passa neste mundo. Nada daquilo que vemos dura para sempre. Nem nossos corpos, que também são ideias que fazemos de nós, e não têm realidade em si mesmos, nem nosso olhar, pois, em muitas ocasiões, ao olharmos para uma mesma coisa repetidas vezes, a coisa muda. Mesmo os corpos, que achamos (de modo equivocado) que é o que somos, mudam a cada respiração. 

É por isso que vale praticar com afinco as ideias desta revisão. Elas nos dão mais uma vez a oportunidade de escolher o desapego das coisas do mundo, mesmo que por vezes algumas delas nos pareçam por demais valiosas.

Tudo o que vale realmente é o que somos, além do que pensamos a respeito de nós mesmos, que é apenas uma ideia falsa, uma vez que não somos nem de longe a imagem que fazemos de nós mesmos.

Tudo o que fazemos no mundo é sonhar. E como diz Ramana Maharshi: 

"Não há nenhuma diferença entre o estado do sonho e o estado de vigília, exceto que o sonho é curto e a vigília longa. Ambos são o resultado da mente."

Às práticas?


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