sábado, 7 de março de 2015

Na verdade, precisamos fazer uma única escolha


LIÇÃO 66

Minha felicidade e minha função são a mesma coisa.

1. Tu certamente percebeste ao longo de todas as nossas lições recentes uma ênfase na ligação entre o cumprimento de tua função e a conquista da felicidade. Isto é porque tu não vês realmente a ligação. No entanto, há mais do que apenas uma ligação entre elas; elas são a mesma coisa. Suas formas são diferentes, mas seu conteúdo é perfeitamente igual.

2. O ego trava uma batalha permanente com o Espírito Santo acerca da questão fundamental do que é tua função. Ele também trava uma batalha constante com o Espírito Santo a respeito do que é tua felicidade. Não é uma batalha com dois lados. O ego ataca e o Espírito Santo não reage. Ele sabe qual é tua função. Ele sabe que ela é tua felicidade.

3. Hoje tentaremos ir além desta batalha totalmente sem sentido para chegar à verdade a respeito de tua função. Não nos ocuparemos de discussões inúteis acerca do que ela é. Não ficaremos, de modo incorrigível, envolvidos na definição de felicidade e em estabelecer o meio para alcançá-la. Não vamos favorecer o ego dando ouvidos a seus ataques à verdade. Vamos simplesmente ficar alegres por poder descobrir o que a verdade é.

4. Nosso período de prática mais longo hoje tem por finalidade tua aceitação do fato de que não apenas existe uma ligação muito verdadeira entre a função que Deus te deu e a tua felicidade, mas que elas são, na verdade, idênticas. Deus só te dá felicidade. Por isso, a função que Ele te deu tem de ser a felicidade, mesmo que pareça ser diferente. Os exercícios de hoje são uma tentativa de ir além dessas diferenças de aparência e reconhecer um conteúdo universal onde, na verdade, ele existe.

5. Começa o período de prática com dez a quinze minutos pela revisão destas ideias:

Deus só me dá felicidade.
Ele me dá minha função.
Por isso, minha função tem de ser a felicidade.

Tenta perceber a lógica desta sequência, mesmo que ainda não aceites a conclusão. A conclusão só poderia ser falsa se as duas primeiras ideias estivessem erradas. Vamos pensar, então, a respeito das premissas por um momento enquanto praticamos.

6. A primeira premissa é a de que Deus só te da felicidade. Isto poderia ser falso, é claro, mas para ser falso é necessário definir Deus como algo que Ele não é. O amor não pode dar o mal e o que não é felicidade é mau. Deus não pode dar o que Ele não tem e Ele não pode ter o que Ele não é. A menos que Deus só te dê felicidade, Ele tem de ser mau. E é nesta definição d'Ele que acreditas, se não aceitas a primeira premissa.

7. A segunda premissa é a de que Deus te dá tua função. Vimos que só existem duas partes na tua mente. Uma é governada pelo ego e é feita de ilusões. A outra é o lar do Espírito Santo, onde a verdade habita. Não existe nenhum guia diferente entre os quais escolher a não ser estes, e nenhum resultado diferente possível como consequência de tua escolha, a não ser o medo que o ego sempre gera, ou o amor que o Espírito Santo sempre oferece para substituir o medo.

8. Deste modo, tua função só pode ser: ou estabelecida por Deus, por meio de Sua Voz, ou feita pelo ego, que fizeste para substituí-Lo. Qual é a verdadeira? A menos que Deus tenha te dado tua função, ela tem de ser a dádiva do ego. O ego, sendo ele mesmo uma ilusão e só oferecendo a ilusão de dádivas, tem realmente dádivas a oferecer?

9. Pensa a respeito disto durante o período de prática mais longo hoje. Pensa também a respeito das muitas formas que a ilusão de tua função toma em tua mente, e nas muitas maneiras pelas quais tentaste achar a salvação sob a orientação do ego. Tu a achaste? Foste feliz? Elas te trouxeram paz? Precisamos de muita honestidade hoje. Lembra-te dos resultados de modo imparcial e pensa também se alguma vez foi racional esperar a felicidade de qualquer coisa que o ego já propôs. Não obstante, o ego é a única alternativa à Voz do Espírito Santo.

10. Tu escutarás a loucura ou ouvirás a verdade. Tenta fazer esta escolha enquanto pensas a respeito das premissas sobre as quais nossa conclusão se baseia. Nós podemos compartilhar esta conclusão, mas nenhuma outra. Pois o Próprio Deus a compartilha conosco. A ideia de hoje é outro passo gigantesco na percepção do mesmo como o mesmo e do diferente como diferente. De um lado ficam todas as ilusões. Toda a verdade fica do outro. Vamos tentar perceber de modo claro hoje que só a verdade é verdadeira.

11. Nos períodos de prática mais breves, que seriam muito proveitosos hoje se fossem feitos duas vezes por hora, sugere-se esta forma de aplicação:

Minha felicidade e minha função são a mesma coisa,
porque Deus me dá ambas.

Não levarás mais do que um minuto, e provavelmente menos, para repetir estas palavras lentamente e pensar a respeito delas por um instante enquanto as dizes.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 66

"Minha felicidade e minha função são a mesma coisa."

Se pensarmos bem, podemos concluir que nada nos deixa mais felizes de que fazer a coisa certa, aquilo que é, ou parece ser, a coisa certa para nós, seja o que for, no momento que se apresenta, não é mesmo? Será que algum de nós já parou para pensar a razão para isso?

Também podemos nos perguntar por que razão muitas vezes escolhemos fazer coisas que não nos deixam felizes, que nos afastam da alegria, coisas que nos tiram a paz de espírito e que, inexplicavelmente, decidimos fazer, contrariando a própria razão/intuição que nos diz que fazendo aquilo vamos sofrer.

É exatamente disto que trata a lição de hoje. Vejamos:

Tu certamente percebeste ao longo de todas as nossas lições recentes uma ênfase na ligação entre o cumprimento de tua função e a conquista da felicidade. Isto é porque tu não vês realmente a ligação. No entanto, há mais do que apenas uma ligação entre elas; elas são a mesma coisa. Suas formas são diferentes, mas seu conteúdo é perfeitamente igual.

É certo que podemos dizer que a resposta às primeiras perguntas feitas acima se relaciona de forma direta com a ligação que temos com o divino em nós, a razão, ou a parte de nossa mente que mantém contato constante com Deus e com o Espírito Santo que Ele nos deu para compartilharmos.

O que nos deixa felizes, sem dúvida, mesmo quando não temos consciência disso, é o cumprimento de nossa função. É a aceitação do papel que nos cabe no plano de Deus para a salvação do mundo. A nossa também.

Já em relação à pergunta seguinte, a resposta mais óbvia pode ser encontrada no fato de nos acreditarmos separados de Deus e uns dos outros. O ego, "o grande impostor", é quem nos convence a tomar decisões que nos afastam da alegria e nos impedem de viver e de perceber que nossa felicidade e nossa função são uma só e mesma coisa.

Minha felicidade e minha função são a mesma coisa.

É isso que vamos ver a lição nos dizer em seguida. Ela também vai mostrar a razão pela qual aparentemente existe a possibilidade de escolhermos alguma coisa diferente da felicidade. Vai deixar bem claro a qual orientação damos ouvidos, quando nos decidimos por algo que não pode nos trazer a alegria e a felicidade e a paz de espírito.

Eis aí:

O ego trava uma batalha permanente com o Espírito Santo acerca da questão fundamental do que é tua função. Ele também trava uma batalha constante com o Espírito Santo a respeito do que é tua felicidade. Não é uma batalha com dois lados. O ego ataca e o Espírito Santo não reage. Ele sabe qual é tua função. Ele sabe que ela é tua felicidade.

O desafio que a lição nos oferece é o de abrirmos olhos, ouvidos, mente e coração para aceitar que nada diferente de nossa função pode nos fazer felizes. Enquanto não aceitarmos a Vontade de Deus para nós, viveremos o inferno de pensar que existe um mundo de alegria, de paz e de felicidade, mas que não o podemos alcançar, porque não somos dignos dele, por estarmos separados de Deus, e por não conhecermos nossa função.

Ora, nada mais equivocado do que isto. Se aceitarmos o desafio que a lição oferece, o milagre que ela traz também se apresenta imediatamente. Isto é, se nos abrirmos ao espírito em nós, podemos compreender e, por consequência, aceitar que nossa felicidade está estreitamente ligada a nossa função. E que, por isso, não há como chegar à felicidade, se não aceitarmos cumprir nossa função.

Minha felicidade e minha função são a mesma coisa.

Não há como negar esta ideia se prestarmos bastante atenção ao que lição nos diz a seguir:

Hoje tentaremos ir além desta batalha totalmente sem sentido para chegar à verdade a respeito de tua função. Não nos ocuparemos de discussões inúteis acerca do que ela é. Não ficaremos, de modo incorrigível, envolvidos na definição de felicidade e em estabelecer o meio para alcançá-la. Não vamos favorecer o ego dando ouvidos a seus ataques à verdade. Vamos simplesmente ficar alegres por poder descobrir o que a verdade é.

Nosso período de prática mais longo hoje tem por finalidade tua aceitação do fato de que não apenas existe uma ligação muito verdadeira entre a função que Deus te deu e a tua felicidade, mas que elas são, na verdade, idênticas. Deus só te dá felicidade. Por isso, a função que Ele te deu tem de ser a felicidade, mesmo que pareça ser diferente. Os exercícios de hoje são uma tentativa de ir além dessas diferenças de aparência e reconhecer um conteúdo universal onde, na verdade, ele existe.

Lembremo-nos mais uma vez de que "todas as coisas cooperam para o bem". Por isso, não importa a forma com que a pessoa, a coisa, a situação ou a circunstância se apresentam em nossa experiência, "todas as coisas cooperam para o bem". 

Dito de outra forma: "a pessoa que vem é a certa" e, em todas as situações e/ou circunstâncias, "aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido". Saber disso já não nos coloca próximos da experiência da felicidade? Não é já o reconhecimento e a aceitação de nossa função? E mais do que saber, aplicar isto em nossos dias já não é trabalhar com o entendimento de que a felicidade está ligada à função?

Minha felicidade e minha função são a mesma coisa.

Dedicar a maior atenção de que somos capazes a cada um dos parágrafos que se seguem a estes, que destaco e que servem de orientação e de preparação para que tiremos o máximo proveito da ideia que a lição traz hoje, é o que vai fazer toda a diferença em nossas práticas.

Como já dissemos antes, sempre escolhemos entre Céu e inferno. Ouvir a Voz por Deus em nós mesmos é escolher o Céu, escolher a felicidade e aceitar nossa função. Ouvir a voz do ego é continuar a escolher o inferno e reforçar a crença na separação. Na verdade, só há uma escolha a ser feita. Saber fazê-la depende apenas de aceitarmos a ideia que a lição nos oferece hoje:

Minha felicidade e minha função são a mesma coisa.

Às práticas?

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