segunda-feira, 25 de março de 2013

Mágoas tornam real o ataque e reforçam a separação


LIÇÃO 84

Estas são as ideias para a revisão de hoje:

1. (67) O amor me criou igual a si mesmo.

Eu existo na semelhança de meu Criador. Não posso sofrer, não posso experimentar perda e não posso morrer. Eu não sou um corpo. Quero reconhecer minha realidade hoje. Não vou adorar nenhum ídolo nem fortalecerei meu próprio auto-conceito para substituir meu Ser. Eu existo na semelhança de meu Criador. O amor me criou igual a si mesmo.

2. Talvez aches estas formas específicas úteis para a aplicação da ideia:

Que eu não veja uma ilusão de mim mesmo nisto.
Ao olhar para isto, que eu me lembre de meu Criador.
Meu Criador não criou isto da forma como o vejo.

3. (68) O amor não guarda mágoas.

Mágoas são completamente estranhas ao amor. Mágoas atacam o amor e mantêm sua luz escondida. Se eu guardo mágoas, estou atacando o amor e, por isto, atacando meu Ser. Meu Ser, deste modo, se torna estranho para mim. Estou decidido a não atacar meu Ser hoje, para poder me lembrar de Quem sou.

4. Estas formas específicas para a aplicação desta ideia seriam úteis:

Isto não é razão para negar meu Ser.
Eu não usarei isto para atacar o amor.
Que isto não me tente a atacar a mim mesmo.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 84


Revisamos hoje duas ideias. Nova oportunidade para aceitar o desafio que a lição propõe e para desfrutar do milagre que ele oferece.

As ideias são as seguintes:

"O amor me criou igual a si mesmo."

E:

"O amor não guarda mágoas."

Eis aí o que significa viver a partir da crença de que somos filhos de Deus e de que ainda somos tal qual Ele nos criou.

O amor me criou igual a si mesmo.

Tudo o que Deus é é também o que somos. Como poderia ser diferente, se fomos criados a Sua imagem e semelhança? É isso que a lição quer que saibamos, quer que nos lembremos quando nos pede para praticar a partir disso:

Eu existo na semelhança de meu Criador. Não posso sofrer, não posso experimentar perda e não posso morrer. Eu não sou um corpo. Quero reconhecer minha realidade hoje. Não vou adorar nenhum ídolo nem fortalecerei meu próprio auto-conceito para substituir meu Ser. Eu existo na semelhança de meu Criador. O amor me criou igual a si mesmo.

Só quando não acreditamos nisso é que podermos reforçar a crença na separação e pensar que há qualquer coisa de verdadeira no mundo ilusório criado pela a imagem que fizemos de nós mesmos, ao nos julgamos separados de Deus.

Nada do que o mundo nos diga pode ser verdadeiro. O ego só pode sobreviver e tentar perpetuar sua pretensa existência buscando nos convencer de que os conflitos que vemos no mundo são reais. 

Ele tenta nos fazer crer que o(s) outro(s) existe de foma diferente da nossa e quer nos atacar para manter sua posição de poder no mundo, seja ela qual for. É por isso que a estratégia do ego se baseia em guardar mágoas. As mágoas dão realidade ao ataque que pensamos que o outro fez. E nos fazem acreditar que ele, de fato, está separado de nós.

No entanto:

O amor não guarda mágoas.

É isso que a lição de hoje nos diz. É disso que precisamos nos convencer, ou estaremos negando nossa semelhança ao Criador.

É por isso que precisamos ouvir o que a lição nos diz. Pois quando pensamos estar atacando alguém fora de nós, na verdade, apenas negamos nosso Ser, conforme a lição ensina:

Mágoas são completamente estranhas ao amor. Mágoas atacam o amor e mantêm sua luz escondida. Se eu guardo mágoas, estou atacando o amor e, por isto, atacando meu Ser. Meu Ser, deste modo, se torna estranho para mim. Estou decidido a não atacar meu Ser hoje, para poder me lembrar de Quem sou.

Estaremos de fato decididos a abandonar o ataque e a separação, anulando toda e qualquer mágoa que porventura ainda exista em nossa mente com as práticas de hoje?

4 comentários:

  1. Moises, comentei na postagem de ontem sobre a "dica" do vídeo sobre meditação em um minuto. Muito bom. Nessa época de semana santa, refletindo sobre essas passagens, li no Curso em Milagres- pg.452, a visão sobre esse assunto. Está muito esclarecedora e leva-nos a reformular a visão falsa que nos foi transmitida sobre crucificação x ressurreição.Lendo o texto vamos aceitando a questão da separação e como é bom estar na dimensão divina.

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    1. É verdade, Cida,

      Vi ontem seu comentário, mas apenas por uma passada rápida de olhos na publicação do blogue. Por isso não postei qualquer resposta antes.

      Sim, eu diria a respeito do vídeo da meditação de um momento, que é mais ou menos o que Goldsmith fala a respeito da meditação.

      Segundo ele, não há necessidade de que nos estendamos por horas meditando, uma vez que, criado o hábito de meditar apenas por um momento, vamos ser capazes de meditar o tempo todo.

      Quanto à semana santa, o Curso traz uma visão "muito esclarecedora", como você diz, sem dúvida. Acho que vale muito a pena, sim, ler todo o capítulo 20, nesta semana.

      Isso, com certeza, se não nos devolve à dimensão do divino, pelo menos nos leva à sintonia com Ele em nós mesmos, fazendo-nos perceber que, de fato, não há nenhuma separação. Nunca houve, nem haverá.

      Obrigado por permanecer conosco e comentar.

      Beijos.

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  2. Oi Moises,

    Você traduziu “Eu existo na semelhança do meu Criador”. Isso é lindo, é vasto, é intenso. Merece pausa. Merece silêncio. Merece meditação. Meditar aí para limpar, para purificar conceitos e crenças do senso humano que nos impedem de viver a nossa realidade como Criação de Deus, sem mágoas, sem dores, sem escassez.

    E aí saberemos que:
    “Nada real pode ser ameaçado.
    Nada irreal existe.
    Nisso está a paz de Deus”.

    Com fé,
    Marilia

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    1. Sem dúvida, Marília,

      É isso que o Curso espera que aprendamos a fazer: a pausa para escutar, para meditar, abrindo-nos para ouvir a Voz por Deus.

      Aproveitando que falei de Goldsmith para a Cida, digo-lhe também que para ele a verdadeira oração não é aquela em que nos dirigimos a Deus nem com palavras, nem com ações ou pensamentos, mas sim aquela que fazemos quando nos dispomos a dedicar algum tempo de nossa vida para ouvi-Lo.

      Num trechinho de um dos livros dele que li hoje ele diz que "Deus é o grande silêncio".

      Não é, pois, só no silêncio que podemos encontrá-Lo em nós mesmos?

      Obrigado por comentar.

      Com amor,

      Moisés

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