sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Será que alguém entre nós entende algo do mundo?

 

LIÇÃO 3


Eu não entendo nada do que vejo neste quarto
[nesta rua, desta janela, neste lugar].

1. Aplica esta ideia do mesmo modo que as anteriores, sem fazer distinções de qualquer tipo. O que quer que vejas é um sujeito adequado para a aplicação da ideia. Certifica-te de que não questionas a adequação de qualquer coisa para a aplicação da ideia. Estes não são exercícios de julgamento. Qualquer coisa é adequada se tu a vês. Algumas das coisas que vês podem estar carregadas de significado emocional para ti. Tenta deixar de lado tais emoções e usa simplesmente essas coisas da mesma forma que usarias qualquer outra.

2. O objetivo dos exercícios é ajudar a limpar tua mente de todas as associações do passado, para veres as coisas exatamente como elas se apresentam para ti agora, e para compreenderes claramente quão pouco realmente sabes a respeito delas. Por isso, é essencial que mantenhas uma mente perfeitamente aberta, livre do julgamento, ao escolheres as coisas às quais a ideia para o dia deve ser aplicada. Para este propósito uma coisa é igual à outra; igualmente adequada e, portanto, igualmente útil.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 3:

Caras, caros, 

Continuando com o programa de exercícios para uma mudança em nosso no modo de pensar e ver o mundo que o Curso nos oferece com as lições, hoje, mais uma vez, vamos fazer nossa reflexão a partir da ideia que nos convida a pensar, ou repensar, o que sabemos a respeito do mundo e das coisas do mundo. E mesmo daquilo que pensamos saber acerca de nós mesmas e de nós mesmos.

Até que ponto temos consciência de que recebemos, ao nascer - ou abrir os olhos a cada nova manhã -, um mundo que está sendo criado novo todos os dias, a cada instante, a partir do que fazemos, a partir do que pensamos? E até que ponto o mundo que vemos nos parece complexo e cheio de defeitos e de coisas de que não gostamos? Nele e nas pessoas e coisas que o povoam em nossa passagem pelo mundo. Animadas ou inanimadas.

Até que ponto compreendemos que estamos, desde nosso nascimento, sendo orientadas e orientados no sentido de não tomar consciência de nós mesmas e de nós mesmos para atender às necessidades de pessoas que têm interesse em que não busquemos viver a partir do que somos, mas sim daquilo que essas pessoas nos dizem que precisamos ser e fazer para viver nossas vidas?

Na verdade, cada uma e cada um de nós, em contato constante com aquilo que somos, pode - no sentido de que tem todo o poder existente - criar o mundo sempre novo a cada dia, a cada amanhecer. Desde que não se renda aos ensinamentos do mundo, aos ensinamentos daquelas pessoas que querem controlar o mundo, mantendo-o só para si mesmas e para uma casta selecionada pela quantidade de riquezas ilusórias e do falso poder a que têm acesso neste mundo ilusório. Não os aceites simplesmente, fica pronta, pronto, a questionar de forma absoluta tudo o que existe e se mostra em aparência em teu existir. Bem como tudo o que te dizem a respeito de qualquer coisa do mundo.

É para ir na direção deste contato constante e deste questionamento que a ideia de hoje tem de ser praticada. 
E do modo que a lição pede que o façamos. Porque, creio, que em sã consciência, nem nenhuma, nem nenhum de nós pode dizer com alguma certeza que entende de fato alguma coisa do que vê neste mundo.

Às práticas? 

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