sexta-feira, 4 de novembro de 2022

O que somos não muda no tempo. Nem no espaço.

 

9. O que é a Segunda Vinda?

1. A Segunda Vinda de Cristo, que é tão certa quanto Deus, é apenas a correção e a volta da sanidade. Ela é uma parte da condição que restitui o que nunca se perdeu e que restabelece o que é verdadeiro para todo o sempre. Ela é o convite para que a Palavra de Deus tome o lugar da ilusão; a disposição de permitir que o perdão se estenda sobre todas as coisas sem exceção e sem reserva.

2. É a natureza todo-abrangente da Segunda Vinda de Cristo que permite que ela envolva o mundo e te mantenha em segurança em seu benigno advento, que abarca todas as coisas vivas consigo. Não há limite para o alívio que a Segunda Vinda traz, uma vez que a criação de Deus tem de ser ilimitada. O perdão ilumina o caminho da Segunda Vinda porque ela brilha sobre todas as coisas vivas como uma só. E, desse modo, a unidade é enfim reconhecida.

3. A Segunda Vinda põe fim às lições que o Espírito Santo ensina, dando lugar ao Juízo Final, em que o aprendizado termina em um resumo derradeiro que se estenderá além de si mesmo e chegará a Deus. A Segunda Vinda é o instante em que todas as mentes são entregues às mãos de Cristo, para serem devolvidas ao espírito em nome da criação verdadeira e da Vontade de Deus.

4. A Segunda Vinda é o único acontecimento no tempo que o próprio tempo não pode atingir. Pois cada um daqueles que algum dia veio para morrer, ou que ainda virá, ou que está presente agora é igualmente liberado daquilo que fez. Nessa igualdade Cristo é restabelecido qual uma Identidade única, na qual os Filhos de Deus reconhecem que todos eles são um só. E Deus Pai sorri para Seu Filho, Sua única criação e Sua única alegria.

5. Reza para que a Segunda Vinda aconteça logo, mas não te acomodes nisso. Ela precisa de teus olhos e ouvidos e mãos e pés. Ela precisa de tua voz. E, mais do que tudo, ela precisa de tua boa vontade. Alegremo-nos por sermos capazes de fazer a Vontade de Deus e de nos unirmos em sua luz sagrada. Atenção, o Filho de Deus é um em nós, e podemos alcançar o Amor de nosso Pai por intermédio d'Ele.

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LIÇÃO 308

Este instante é o único tempo que existe.

1. Imagino o tempo de tal forma que frustro meu objetivo. Se eu escolher alcançar a intemporalidade além do tempo, tenho de mudar minha percepção a respeito da serventia do tempo. O propósito do tempo não pode ser o de manter o passado e o futuro como uma coisa só. O único intervalo em que posso ser salvo do tempo é agora. Pois o perdão chega para me libertar neste instante. O nascimento de Cristo é agora, sem um passado ou um futuro. Ele vem para dar Sua bênção presente ao mundo, devolvendo-o à intemporalidade e ao amor. E o amor está sempre presente, aqui e agora.

2. Obrigado por este instante, Pai. É agora que sou redimido. Este instante é o momento que Tu estabeleces para a liberação de Teu Filho e para a salvação do mundo nele.

 
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COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 308

Com a ideia para as práticas de hoje, o Curso oferece, mais uma vez, o ensinamento que pode nos tornar livres da crença limitadora em um tempo linear, que nos faz acreditar que o que somos hoje é resultado daquilo tudo que aprendemos ao longo de nossa vida ou que somos o resultado de milhões, bilhões quem sabe, de anos de evolução. Isto não é a verdade do que somos. 

O que somos, na verdade, não muda com o tempo. Nem com o espaço. Aquilo que acreditamos a respeito de nós mesmos/as é apenas uma ideia equivocada acerca de uma imagem construída - por nós mesmos/as - partir de um sistema de crenças e pensamentos que nos dá o ego, o falso eu, e que não tem absolutamente nada a ver como que somos na verdade. 


O ego, ou o falso eu, é tão somente uma vestimenta, uma máscara que inventamos para nos relacionarmos com o mundo. Uma veste, uma máscara, uma persona que, por engano, passamos a acreditar que é o que somos. É por isso que, como eu já disse antes, em perfeita sintonia com o que o Curso ensina - penso -, nós nunca reagimos aos fatos, mas apenas às interpretações que fazemos deles, ainda a partir do falso eu.

Como podemos compreender e manter em mente, para além de quaisquer equívocos, que o tempo e o espaço não existem senão na mente humana e são apenas partes de uma ilusão? Ilusão esta criada pelo falso eu - o ego do Curso -, que é apenas a imagem de nós mesmos/as, que criamos e construímos, mas que não é o que somos, repetindo de forma diferente o parágrafo anterior.

Quem sabe repetir uma das histórias de Joel Goldsmith, extraída do livro O Despertar da Consciência Mística, possa nos trazer alguma luz sobre a questão. É 
uma história que fala de "um homem em um barco a remos, na correnteza".

O lugar e o tempo onde ele iniciou sua viagem era aqui e agora, mas o lugar para onde ele ia era ali e depois. Em outras palavras, era no futuro e era no espaço; mas quando ele chegou lá, achou que [lá] era aqui e agora. O lugar [de onde ele partiu] que tinha sido aqui e agora [agora] era lá e depois [ou antes], e o [outro] lugar para o qual ele ia era lá, mais tarde.

Tudo estava mudado; mas quando ele chegou ao último lugar, tudo atrás dele estava lá e naquele tempo e todo o seu aqui e agora tinha passado, exceto aquilo que ele carregou consigo para onde foi. Quanto ao que lhe dizia respeito, [ele] ainda estava aqui e agora.

Mais tarde, ele teve a oportunidade de subir em um balão. Quando o fez, descobriu que esses lugares [aqueles todos por onde ele havia passado e também aquele em que se encontrava] estão todos aqui e todos agora. Ele podia vê-los e tomar consciência deles das alturas, com a mesma atualidade e realidade. Não havia nem tempo nem espaço naqueles três.

Goldsmith diz mais: 


"Quando fechamos os olhos, ficamos menos cientes do tempo e do espaço; mas, quando meditamos e alcançamos, enfim, o centro do ser em nós, toda a sensação de tempo, espaço, corpo desaparece: peso, preocupação, passado e futuro. Todas essas coisas desaparecem e nos descobrimos vivendo apenas. Não há sensação de tempo, nem de presente, nem de passado, nem de futuro. Não há sensação de desejo, porque na consciência mística profunda de estar aqui e agora, isto é, de experimentar só ser, há apenas realização".

Às práticas? Aqui e agora?

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