domingo, 25 de julho de 2021

Por que razão acontecem as coisas que acontecem?

 

LIÇÃO 206

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (186) A salvação do mundo depende de mim.

Deus me confiou Suas dádivas, porque sou Seu Filho. E quero levar Suas dádivas aonde Ele deseja que elas estejam.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

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COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 206

Nestes tempos de ceticismo e de quase abandono das coisas do espírito que vivemos, como se só a matéria, o material, e os corpos importassem na vida, é interessante nos perguntarmos se haverá razão para as coisas que acontecem acontecerem. Talvez seja interessante também nos perguntarmos qual a razão para as coisas que acontecem a cada um e a cada uma de nós, aparentemente, acontecerem da forma que acontecem.

E talvez seja conveniente também repetir as perguntas feitas nos comentários dos últimos anos a esta lição. Lembram? 

Vejamos, repetindo:  

Vocês já repararam, já se deram conta de que a maioria das profecias, de um modo ou de outro, sempre se realizou, ou quase sempre se realiza, e de que é bem possível esperar que aquilo que se prenuncia, quase que com certeza, se realize nalgum momento? 

Por quê? - vocês hão de se perguntar. O que se pode dizer a respeito? O que se pode pensar?

Lembremo-nos, primeiro, de que os profetas, os de antigamente e também os de hoje, surgem e se anunciam em função de momentos e situações críticas que se apresentam, e que criam um clima de temor e de medo no inconsciente de um grande número de pessoas num ponto qualquer do planeta. Ou, como me parece ser o caso no momento, em todo o planeta. É óbvio como se pode ver nos dias que correm que até mesmo, por vezes, esses ditos profetas se apoderam do inconsciente de uma nação e do mundo inteiro, provocando as crises, quer econômicas, quer sociais, quer políticas, quer religiosas, quer de outra natureza qualquer. O mesmo se dá no microcosmo de um grupo de pessoas, num condomínio, numa família ou em escolas, em grupos menores e maiores. 

Vocês não estão ouvindo muitas pessoas dizerem que o que está acontecendo no mundo nestes dias é um absurdo, que jamais se poderia esperar que vivêssemos aparentemente um retrocesso tão grande de consciência na atualidade? Parece - o julgamento do ego nos diz - que os vilões, e apenas os vilões, se apossaram do poder em todas, ou quase todas as nações do mundo e estão trabalhando de forma febril para acabar com os pobres, com os miseráveis, os deficientes, os desajustados, os diferentes e as diferenças no mundo. Querem que todos rezem segundo sua cartilha própria, a dos vilões.

Atentados aqui e ali, de forma aleatória, aparentemente, sem que se consiga descobrir as razões para tais coisas. Sem falar na pandemia, que, por si só, e pela falta de preparo de muitas nações continua fazendo mortes e mais mortes de um modo nunca visto antes. A não ser talvez, como nos lembram, a tal gripe espanhola.  

Um quadro como este serve de desculpa para atos outros, sem justificativa, E mesmo aqueles que acreditam ter justificativas para cometer os atos cada vez mais apavorantes, usam-nos como desculpa para outros - os que não têm causa alguma - manifestarem sua loucura, com mais atos insanos e inconsequentes. 

Ora, a partir do que o Curso ensina, é mais ou menos óbvio concluir que foi a força, a energia, de um grande número de mentes sintonizadas em determinado pensamento - medo, crise, guerra, peste, vírus, fome ou o que quer que seja - que transformou em realidade a situação que se temia. Pois tudo o que se nos apresenta à experiência não é nada mais nada menos do que o resultado, a materialização, das crenças que abrigamos e acalentamos em nós.

É difícil para o ego admitir, como o Curso ensina, que "medo é desejo", mas esta ideia tem a mais perfeita lógica por detrás de si. Se nossos pensamentos são o mecanismo que materializa as experiências por que passamos, aquelas que escolhemos viver, e se é a energia que depositamos nos pensamentos que provoca tal materialização, nada mais óbvio do que pensar que, se colocamos nossa energia num medo qualquer, é esse medo que vai se materializar, porque é lá que mora a nossa crença, em forma de pensamento. É naquilo que temos presa nossa atenção. 

É óbvio, portanto, que, de acordo com o ensinamento do Curso, como eu já disse várias outras vezes também, que tudo o que vivemos neste mundo não passa de ilusão, porque o mundo só existe como projeção daquilo que pensamos, para materializar as informações, as experiências, as situação pelas quais queremos - e pensamos precisar - passar  para confirmar aquilo em que acreditamos a respeito de mundo e a nosso próprio respeito. 

Na verdade, a partir disto, é bastante lógico concluir que tudo aquilo em que pensamos, tudo aquilo em que acreditamos, vai se concretizar, quer neste momento, quer em algum momento do futuro, próximo ou distante, uma vez que nossos pensamentos, nossas crenças, nossos medos, se materializam em forma de problemas, experiências, situações por que precisamos passar - ou acreditamos precisar passar, como dito acima, apenas para confirmar que temos razões para acreditar naquilo em que acreditamos. 

É por esta razão que os profetas têm suas profecias e previsões confirmadas muitas vezes, na maioria delas, eu diria. Pois o futuro tende a materializar aquilo que prevemos ou profetizamos, se acreditamos na previsão, na profecia. Embora, no fundo, saibamos que o que o mundo nos oferece é apenas uma experiência de ilusões, baseadas na imagem de nós mesmos/as que inventamos - o falso eu, o ego do Curso -, que não é o que somos de fato, é esta experiência de ilusões que compõe a aparente realidade que o mundo nos apresenta. 

É apenas modificando nossas crenças que podemos modificar a experiência das ilusões, a experiência deste mundo, transformando-o no lugar para viver "o sonho feliz", em lugar de lidar com um pesadelo que se torna a cada dia mais apavorante, a se acreditar nas previsões dos pessimistas e céticos de plantão. Além, é claro, de grande parte dos líderes das nações do mundo de hoje, que parecem ter sucumbido ao deus capital, mercado, esquecendo-se quase que completamente do humano, e das necessidades básicas do humano de liberdade, de respeito, de fraternidade, de solidariedade, de compaixão e dos valores que nos tornam humanos.

Assim é que chegamos à ideia para nossa revisão de hoje, que nos ensina que: A salvação do mundo depende de mim. Para aprendermos a vigiar nossos pensamentos, para que a ilusão de mundo que construímos para nós mesmos/as e para todos e todas que habitam este mundo conosco seja a ilusão de um mundo perdoado, um mundo de alegria, de paz e de amor. Livre da arrogância e da onipotência do ego. Livre da necessidade do ego de ter razão.

Às práticas?

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