sábado, 30 de junho de 2018

Só de dentro de nós pode vir a verdadeira felicidade


Introdução às Lições 181-200

1. Nossas poucas lições seguintes fazem questão particular de fortalecer tua disposição para tornar forte teu frágil compromisso; fundir tuas metas dispersas em uma única intenção. Ainda não se pede de ti uma dedicação total e constante. Mas, agora, pede-se que pratiques a fim de obter a sensação de paz que este compromisso unificado dará, ainda que apenas de modo intermitente. É experimentar isto que assegura que darás tua total disposição para seguir o caminho que o curso apresenta.

2. Agora, nossas lições se ajustam especificamente à ampliação de horizontes e para orientar a aproximação às barreiras particulares que mantêm tua visão reduzida e limitada demais para permitir que percebas o valor de tua meta. Agora, tentamos erguer estas barreiras, ainda que por breves momentos. As palavras, por si só, não podem transmitir a sensação de alívio que o erguer destas barreiras traz. Mas a experiência de liberdade e de paz que surge quanto desistes de teu rígido controle daquilo que percebes fala por si mesma. Tua motivação será tão aumentada que as palavras se tornam de pouca importância. Terás certeza daquilo que queres e daquilo que não tem valor.

3. E, então, começamos nossa jornada para além das palavras concentrando-nos em primero lugar naquilo que ainda impede teu avanço. A experiência daquilo que há além da defensiva permanece fora do alcance enquanto ele for negado. Ele pode estar lá, mas não podes aceitar a presença dele. Por isto, agora, tentamos ir além de todas as defesas por alguns momentos a cada dia. Não se pede nada mais do que isto, porque não é necessário nada mais do que isto. Isto será suficiente para garantir que o restante virá.

*

LIÇÃO 181

Confio em meus irmãos, que são um comigo.

1. Confiar em teus irmãos é essencial para estabeleceres e manteres a fé em tua capacidade de transcender a dúvida e a falta de uma confiança inabalável em ti mesmo. Quando atacas um irmão, deixas claro que ele está limitado por aquilo que percebes nele. Tu não olhas para além dos erros dele. Em vez disto, eles são ampliados, tornando-se barreiras a tua consciência do Ser que está além de teus próprios equívocos e além dos pretensos pecados dele bem como dos teus.

2. A percepção tem um centro de interesse. É este centro que dá coerência ao que vês. Muda este centro apenas e o que vês mudará em conformidade. Agora, tua visão mudará para dar apoio à intenção que substituiu a que tinhas antes. Tira o centro de teu interesse dos pecados de teus irmãos e experimentarás a paz que vem da fé na inocência. Esta fé recebe seu único apoio seguro daquilo que vês nos outros além dos pecados deles. Pois seus equívocos, se focalizados, são testemunhas dos teus pecados. E não transcenderás a visão deles para ver a inocência que está além.

3. Por isto, ao praticarmos hoje, deixaremos primeiro que todos estes pequenos centros de interesse deem lugar a nossa enorme necessidade de permitir que nossa inocência se torne aparente. Informamos nossas mentes que é isto, e só isto, o que buscamos por apenas um momento. Não nos importamos com nossas metas futuras. E o que vimos no instante anterior não tem nenhum interesse para nós durante este intervalo de tempo em que exercitamos mudar nossa intenção. Buscamos a inocência e nada mais. Nós a buscamos sem nenhuma preocupação a não ser o agora.

4. Um risco muito grande para o sucesso é o envolvimente com tuas metas anteriores e futuras. Estás bastante preocupado com quão radicalmente diferentes daquelas que tinhas antes são as metas que este curso defende. E também ficas desanimado com a ideia deprimente e limitante de que, mesmo que sejas bem-sucedido, vais perder teu caminho mais uma vez de forma inevitável.

5. Como isto poderia ter importância? Pois o passado se foi; o futuro é só imaginário. Estas preocupações são apenas defesas contra a mudança do centro de interesse atual da percepção. Nada mais. Abandonamos estas limitações inúteis por um momento. Não olhamos para crenças anteriores e aquilo em que acreditamos já não nos incomodará. Iniciamos o período de prática com uma única intenção: olhar para a inocência interior.

6. Reconheceremos que nos desviamos desta meta, se a raiva bloquear nosso caminho sob qualquer forma. E, se nos lembrarmos dos pecados de um irmão, nosso centro de interesse limitado restringirá nossa visão e voltaremos nossos olhos para nossos próprios erros, que ampliaremos e chamaremos de nossos "pecados". Por isto, por um breve momento, sem considerar passado ou futuro, caso estes bloqueios surjam, nós os transcenderemos com instruções a nossas mentes para mudarem o centro de interesse, dizendo:

Não é para isto que quero olhar.
Confio em meus irmãos, que são um comigo.

7. E também usaremos este pensamento para nos mantermos seguros ao longo do dia. Não buscamos metas a longo prazo. Quando cada obstrução parecer bloquear a visão de nossa inocência, buscaremos apenas, por um instante, a cessação do sofrimento que o centro de interesse no pecado trará e que permanecerá, caso não seja corrigido.

8. Tampouco pedimos fantasias. Pois o que buscamos ver existe de fato. E quando nosso centro de interesse ultrapassar os erros, veremos um mundo inteiramente puro. Quando ver isto for tudo o que quisermos ver, quando isto for tudo o que buscarmos em nome da percepção verdadeira, os olhos de Cristo serão nossos inevitavelmente. E o Amor que Ele sente por nós também será nosso. Isto virá a ser a única coisa que veremos refletida no mundo e em nós mesmos.

9. O mundo, que, antes, demonstrava nossos pecados, se torna a prova de que somos inocentes. E nosso amor por todos que vemos testemunha nossa lembrança do Ser sagrado que não conhece nenhum pecado e que nunca poderia pensar em nada fora de Sua inocência. Buscamos esta lembrança ao voltarmos nossas mentes para a prática de hoje. Não olhamos nem para frente, nem para trás. Olhamos diretamente para o presente. E damos nossa confiança à experiência pela qual pedimos agora. Nossa inocência é apenas a Vontade de Deus. Neste instante nossa vontade é una com A d'Ele.

*

COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 181

"Confio em meus irmãos, que são um comigo"

Como já lhes disse outras vezes, e não poucas, uma vez que, neste, entramos no décimo ano das práticas das lições do Curso em conjunto neste espaço - para os que aqui estão desde o início, em 2009 -, as vinte ideias que vamos praticar com as lições que começam hoje, e a revisão delas logo em seguida, marcam o fim desta primeira etapa de exercícios, o fim da primeira parte do Livro de Exercícios. 

Nunca é demais repetir o significado do movimento que fazemos com as práticas das lições desta primeira parte do Livro de Exercícios. Chegar até aqui, seja pela primeira, pela segunda, ou ainda seja esta a terceira, a quarta, a décima primeira ou a décima sexta vez, significa, como eu já disse antes também, que estamos de novo mais perto do momento em que abandonamos o ensinamento do mundo - do ego - e voltamos nossa atenção para o que o Espírito em nós quer nos ensinar: a percepção correta, a percepção curada, que traz consigo a possibilidade de que cheguemos, mais dia, menos dia, ao autoconhecimento. 

Desde o início, durante a primeira parte do livro de exercícios, o Curso busca nos ensinar a cada dia a forma de desaprender aquilo que o mundo ensina. Para, num segundo momento, num segundo passo, começarmos a lidar com aquilo que nos fala da verdade a respeito de nós mesmos. Uma verdade que o mundo e seu sistema de pensamento só faz esconder sob as mais variadas aparências e formas. 

Para mim, digo de novo - e mais uma vez -, é uma grande alegria chegar até aqui com todos vocês. Espero que isto seja apenas um estímulo maior para que continuemos juntos em nossa caminhada, enquanto ela durar. Ou, como o Curso diz em determinado ponto, há muito a se aprender [ou lembrar, se preferirem] e o mundo e o ensinamento do mundo só nos atrasam. 

Lembremo-nos sempre de que as práticas, dia a dia, buscam nos ensinar a ficarmos atentos à Voz por Deus, que só pode estar no interior de cada um de nós. É preciso que apuremos, pois, nossos ouvidos e que não tenhamos medo de olhar para dentro. Pois, repetindo o que disse meu amigo Rivaldo Andrade, antes de se encantar:

A felicidade que bate na porta vem de fora. Do jeito que ela vem, também se vai, deixando-nos como sempre fomos, simples seres, felicidade sem limite. Quem vive só olhando para fora, fecha a porta para o Eu [interior] e a felicidade de fora vem e bate, mas nunca resolve efetivamente, porque os problemas decorrem [sempre do fato] de estarmos olhando pra fora e não para dentro. Dentro não há problema, só realização, paz perfeita sem limite. A essa paz também se dá o nome de felicidade ou amor, mas é muito mais que amor e felicidade, é REALIZAÇÃO DA PAZ PERFEITA, além de qualquer conceito mental, por maravilhoso que esse seja.

A paz original do eu, em cada um, sem diferença, é o que está descrito na bíblia como "O Reino dos Céus está dentro de vós". Até o diabo a tem, a diferença é que ele vive com a atenção voltada para a mente, sonhando com o amor e a felicidade mentais. O diabo é diabo porque vive sonhando com possibilidades, deixando a paz perfeita da realidade infinita do SI MESMO fechada atrás da porta que ele faz quando olha para suas próprias projeções, fazendo o mundo que vê fora. Este diabo é sempre o ego de cada um, sem dúvida, sem exceção.

É para voltarmos a compartilhar deste conhecimento que praticamos a ideia de hoje, que quer que aprendamos a devolver as bênçãos que recebemos de cada um daqueles com quem dividimos nosso aparente estar-no-mundo e que, como nós mesmos, são a manifestação do divino para nos iluminar e para nos mostrar aspectos de nós mesmos que não podemos ver sozinhos.

Às práticas?

sexta-feira, 29 de junho de 2018

É só pela graça que somos livres, só por ela vivemos


LIÇÃO 180

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (169) Vivo pela graça. Pela graça me liberto.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (170) Não há nenhuma maldade em Deus e nenhuma em mim.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 180

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

Encerramos esta nossa quinta revisão, hoje, mais uma vez, com a prática das duas últimas ideias das vinte por que passamos há pouco: [Vivo pela graça. Pela graça me liberto.] e [Não há nenhuma maldade em Deus e nenhuma em mim.]. E como fizemos desde a instrução inicial para este período, envolvemos cada uma das ideias com que treinamos com o pensamento: Deus é só Amor e, por isto, eu também, antes e durante as práticas.

Estas duas, que revisamos hoje, particularmente, são ideias que podem nos levar, e de fato nos levam, a questionar a lógica enviesada do ego, além de nos oferecerem a perspectiva de um caminho mais suave e tranquilo, para uma jornada sem sobressaltos na direção do autoconhecimento. Isto é, na direção de nós mesmos e, por extensão, na direção do divino interior, na direção de Deus. Um Deus dentro, porque não há nada fora como já aprendemos.

Uma jornada que vai nos levar por novos caminhos novamente a partir de amanhã. Uma jornada que vai nos levar aos últimos vinte exercícios, às últimas vinte lições desta primeira parte, em que praticamos com vistas a desaprender aquilo que o mundo nos ensinou a partir do sistema de pensamento do ego. E uma jornada que vai nos levar também à última das revisões para, então, passarmos à segunda parte do Livro de Exercícios e às lições que vão nos oferecer algumas da visões que podemos ter a partir da percepção correta, a partir da visão do Espírito Santo.

As práticas de hoje ensinam, ou buscam nos fazer relembrar de que é pela graça que vivemos e de que é também por ela que podemos nos libertar das prisões que o ego inventou para um ser que não reconhecemos em nós, um ser que, na verdade, não tem nada a ver com o que somos. 

Pratiquemos, pois, para alcançar a paz e a alegria, para iluminar a verdade a nosso próprio respeito: Alegremo-nos por reconhecer que esta ideia apaga para sempre toda e qualquer possibilidade de acreditarmos que há qualquer traço de maldade em Deus, em nós mesmos ou no mundo.

Deixemo-nos, portanto, envolver pela graça e pelo Amor em nossas práticas de hoje. Não há nada a temer

Às práticas?

quinta-feira, 28 de junho de 2018

O que Deus te dirá, se e quando ouvires com atenção


LIÇÃO 179

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (167) Há uma só vida e é esta que compartilho com Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (168) Tua graça me é dada. Eu a reivindico agora.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 179

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

Esta, a ideia que envolve todos os pensamentos das lições que revisamos é o que nos define. É ela que assegura nossa condição de Filhos de Deus, que é só Amor e, por esta razão, nos garante a condição de filhos do Amor que não finda nunca e que ultrapassa a lógica e a necessidade de se lhe atribuir uma razão. Ou razões outras quaisquer, ou quaisquer outros motivos e explicações, que não apenas o Amor pelo amor em si mesmo.

As ideias que revisamos hoje, envoltas na ideia que destacamos, são: [Há uma só vida e é esta que compartilho com Deus.] e [Tua Graça me é dada. Eu a reivindico agora.]. E a prática de ambas pode nos levar para mais perto de (re)conhecer o que somos, na Verdade.

O Amor - o nosso, em nós, o que somos, e o de Deus, que é só o que Ele é e que é só o que nós somos - independe de qualquer coisa que façamos [Lembram do "eu não preciso fazer nada"?]. Ele não cresce de qualquer coisa que alguém nos dá ou dá a Deus, ou de qualquer coisa que Deus dá, uma vez que Ele nos dá absolutamente tudo e só dá de Si Mesmo, ou é só a Si Mesmo que Ele dá, dando-Se sempre por inteiro. Se fosse assim, isto é, se dependesse de qualquer coisa ou de alguém, o Amor flutuaria ao sabor dos gestos desse alguém. "Teria razões e explicações. Se um dia nos faltassem os gestos", ou se eles faltassem a Deus, o Amor morreria "como flor arrancada da terra", para me valer mais uma vez de uma fala de Rubem Alves.

Para ele, repetindo o que eu disse em anos anteriores, "nada mais falso do que o ditado popular": amor com amor se paga. Pois, diz ele, "amor é estado de graça e com amor não se paga. O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. Nada te devo. Nada me deves. Como a rosa floresce porque floresce, eu te amo porque te amo". E Deus nos ama porque nos ama, porque "Deus é só Amor". E, por isto, nós também.

Ou, voltando mais uma vez ao poeta Carlos Drummond de Andrade, como já fiz antes: "Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge e a dicionários e a regulamentos vários... Amor não se troca... Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo...".

Estes são pensamentos que podem enriquecer nossa reflexão de hoje, levando-nos a olhar para as ideias que revisamos com a mente e os corações cheios de gratidão pela vida que compartilhamos com Deus e pela graça do Amor que Ele é e nos dá para sermos com Ele, n'Ele, sem pedir nada em troca. 

Às práticas? 

ADENDO: 

Se estiveres atento e praticando da forma que o Curso pede que faças o mais fielmente possível, o que vai acontecer, com certeza, é que serás despertado para ouvir interiormente a Voz por Deus, que dirá, com algumas variações, de acordo com Eva Pierrakos, mais ou menos o seguinte:

Eu sou o Deus eternamente amoroso,
o Criador eternamente presente
que mora dentro de ti
que se move através de ti
que se expressa como tu em miríades de formas -
como tu, e tu, e tu -
como os animais
como as árvores e o céu e o firmamento
como tudo o que existe.

Habitarei em ti
e se Me permitires agir através de ti
ser conhecido através da tua mente
ser sentido através de teus sentimentos
experimentarás o Meu poder ilimitado.

Não temerás esse poder
que se manifesta em todos os níveis.
O poder é grande, mas entrega-te a Mim.
Entrega-te a este poder
a esta torrente que se lança vigorosa,
que te fará chorar
e que te fará sorrir,
ambos em alegria.

Porque tu és EU e EU sou tu.
Não posso atuar nesse nível
sem que sejas o Meu instrumento.
E se Me ouvires,
guiar-te-ei em cada etapa do caminho.

Sempre que estás na escuridão,
estás distante de Mim.
E se te lembrares disso,
darás os teus passos para voltar a Mim.
Não estou longe.
Estou aqui, em cada partícula do teu próprio ser.

Se fizeres a Minha vontade,
tu e Eu nos uniremos mais,
e Eu farei a tua vontade.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

É preciso duvidar dos sentidos: a porta do engano


LIÇÃO 178

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (165) Que minha mente não negue os Pensamentos de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (166) Eu estou encarregado das dádivas de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 178

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

As ideias que revisamos hoje, mais uma vez, ainda fazem parte daquelas que, de acordo com o Curso, nesta primeira parte do livro de exercícios, têm por objetivo ajudar-nos a desaprender e a abandonar os ensinamentos do mundo. São elas: [Que minha mente não negue os Pensamentos de Deus.] e [Eu estou encarregado das dádivas de Deus.]. E nós vamos praticá-las, seguindo a orientação do livro para esta revisão, envolvendo-as no pensamento: Deus é só Amor e, por isto, eu também.

Para o desaprender e o abandonar os ensinamentos do mundo é preciso que deixemos de dar ouvidos ao ego: a falsa identidade que construímos e pensamos ter e ser. Uma identidade falsa, como eu disse, que não tem nada a ver com aquilo que somos na verdade. Isto é, quando nos voltamos para o falso eu - o ego - acreditando no que ele diz, e no pretenso poder que ele diz ter, para nos ajudar a enfrentar o mundo e fazer com que nos saiamos vencedores nessa aparente batalha - nós contra o mundo -, o que fazemos, na realidade, é negar os Pensamentos de Deus. Pois o ego só existe quando acreditamos que nossa mente se pode dividir e existir separada da Mente de Deus.

Quando damos crédito à orientação do ego, reforçamos a crença na separação e nos sentimos perdidos, vítimas de um mundo imenso e ameaçador, onde o perigo, a doença e a morte se escondem em cada encruzilhada, em cada beco, em cada ponto dos caminhos pelos quais precisamos passar. Mais ainda. Os outros são todos nossos inimigos prontos a nos atacar e matar, para tirar proveito do pouco que temos, esquecidos de que somos nós - cada um de nós é - os encarregados de todas as dádivas de Deus e de que nada nos falta e que nada nem ninguém pode tirar proveito de nada que tenhamos. E esquecidos também de que só temos, de fato, aquilo que damos. 

Em nossa loucura chegamos ao ponto de rezar para que Deus nos dê algumas coisas, ou que afaste de nós os males que Ele nunca criou e nem sabe que existe, uma vez que ele apenas diz SIM a tudo o que escolhemos. 

Joel Goldsmith, sim, ele mais uma vez, diz que para se chegar à verdadeira oração precisamos nos perguntar: "dou crédito a meus olhos [ou a qualquer dos meus sentidos], ou dou crédito aos místicos do mundo [à Voz por Deus em meu interior], àqueles que, pelo contato intuitivo com Deus, tiveram a revelação de que o mal no mundo não existe como uma realidade, e [de] que não há nenhuma lei de pecado e [de] enfermidade"?

Para ele, a oração verdadeira, a única que podemos fazer e que é eficaz, consiste em buscarmos aumentar em nós o desejo de nos tornarmos conscientes da realidade da Presença de Deus. A única realidade que existe. A única presença que conta. 

Ou ainda como aquilo Curso diz, logo em sua introdução, ser seu objetivo, isto é, "remover os bloqueios à consciência da presença do amor", que é nossa herança natural.

Lembremo-nos, então, novamente de Guimarães Rosa que, citado outras vezes, diz: "Os olhos [e os sentidos todos, de forma geral] são a porta do engano; duvide deles..."

É para isso que praticamos. 

Às práticas?

terça-feira, 26 de junho de 2018

Como vencer a crença coletiva na realidade da morte


LIÇÃO 177

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (163) Não há morte. O Filho de Deus é livre.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (164) Agora somos um com Aquele Que é nossa Fonte.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 177

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

Revisamos hoje as seguintes ideias: 1) Não há morte. O Filho de Deus é livre. 2) Agora somos um com Aquele que é nossa Fonte. Envolvemos ambas as ideias das práticas deste dia com o pensamento que as ilumina e enriquece: Deus é só Amor e, por isto, eu também.

Lembrando de algo a respeito do que já falamos outras vezes - muitas e muitas -, é interessante pensar, mais uma vez, que uma ideia complementa a outra e lhe dá sentido, mesmo raciocinando nos termos da lógica do ego. Pois toda a nossa prisão depende do fato de acreditarmos no ego, quando ele nos diz que nossa liberdade só é possível na morte. Para sermos livres de verdade, porém, é preciso que abandonemos a crença na morte.

Logo, basta acreditarmos que a morte não existe, conforme diz o Curso, contrariando a crença do ego, para podermos ser livres. Mais ainda, lembrando de uma das ideias que revisamos ontem, se ainda somos como Deus nos criou, e se as ideias não deixam sua fonte, é bem possível acreditar que "agora", isto é, no presente, somos um com Aquele Que é nossa Fonte. Não lhes parece? 

Só a ilusão pode morrer. Isto é, o corpo, a casa aparente do ego, que é o que o falso eu quer que acreditemos que somos. Mas será que não é possível que a morte do corpo também seja uma crença que é preciso questionar? Elio D'Anna, em seu livro A Escola dos Deuses, de que tenho falado aqui há já algum tempo, diz que é preciso questionarmos a ideia da inevitabilidade da morte. 

Joshua David Stone, no seu livro Psicologia da Alma diz o seguinte a respeito deste tema: 

"A maioria das pessoas envolvidas com a busca espiritual e a religião crê na imortalidade da alma. Em outras palavras, você como extensão de alma ou personalidade encarnada é um ser eterno. Seu corpo morre, mas você continua reencarnando uma vez atrás da outra, até que atinja a liberação ou ascensão. 

"Muitas pessoas não percebem, porém. que o corpo físico também é imortal. Não é imortal para a maioria das pessoas porque a humanidade tem uma crença coletiva na realidade da morte. A morte é uma crença, assim como a vida eterna é uma crença. A humanidade como um todo, na maior parte da sua existência, foi e é identificada com o material; portanto, com respeito a essa questão sempre deu ouvidos à voz do ego negativo, e não à voz da alma [ou à Voz por Deus, como a chama o Curso]." 

Se dermos ouvidos apenas à Voz por Deus em nós, conforme o Curso quer que aprendamos, é possível que sejamos capazes, como também diz Stone, de programar nosso corpo para a juventude e para a saúde, da mesma forma que o fazemos para o envelhecimento e para a doença, por acreditarmos na morte. 

Para tanto é preciso que nos vejamos como ideias do divino, que não abandonam sua fonte. Pois, repetindo uma pergunta já feita antes, quem é o Filho de Deus a não ser cada um de nós mesmos, na verdade?

Ora, o Curso, como já sabemos - ou deveríamos saber a esta altura -, sem sombra de dúvida, nos oferece toda a orientação de que precisamos para passarmos a viver o que somos, sem medo. Mormente se nos deixarmos envolver pelas ideias que ele nos oferece, sem resistências, certos de que a Voz por Deus [a que só podemos ter acesso, voltando-nos para o interior de nós mesmos] - que sabe qual é a Vontade d'Ele para nós -, nos garante que a Vontade de Deus e a nossa são uma única e mesma vontade.

Envolvendo, então, as ideias para as práticas de hoje no pensamento de que Deus é só Amor e que, por isto, é só Amor que somos também, vamos aproveitar ainda para incluir em nossa reflexão algumas das ideias que já praticamos e que podem mais facilmente nos libertar de tudo aquilo que a crença na separação gera. Entre elas: Acima de tudo eu quero ver [as coisas de modo diferente], Deus vai comigo aonde eu forNão há nada a temer e Eu sou como Deus me criou.

Às práticas?

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Também é julgamento dizer que um homem é bom


LIÇÃO 176

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (161) Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (162) Eu sou como Deus me criou.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 176

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

A ideia destacada acima, como tenho feito desde o início deste quinto período de revisão, é a que deve envolver, em nossas práticas de hoje, as ideias que revisamos: [Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus.] e [Eu sou como Deus me criou.]. Duas ideias de grande importância para nosso aprendizado de como chegar à percepção correta: a percepção que nos dá o Espírito Santo em nós. 

A quem podemos imaginar que pedimos a bênção  A quem, senão a cada uma das pessoas que povoam nosso mundo? Mas acreditamos, de fato, de coração, que elas nos podem abençoar? Somos capazes de vê-las como o Filho santo de Deus, depois de todas as características, qualidades e defeitos, que lhes atribuímos, acreditando de maneira equivocada no falso eu - o ego do Curso - e em seus conselhos baseados na crença em uma separação que, na verdade, nunca existiu?

A segunda ideia que revisamos talvez se revele o melhor caminho para voltarmos a ver cada uma das pessoas que povoam nosso mundo como o Filho santo de Deus. Pois, se acreditarmos que ainda somos como Deus nos criou, vai ser impossível vê-las de modo diferente. Não acham?

Rubem Alves, em uma de suas crônicas, diz que, no ego, nosso desejo é sempre o de "engaiolar o outro e levá-lo pelos caminhos que são nossos. Isso vale para tudo: marido-mulher, pai-filha, mãe-filho, patrão-empregado, professor-aluno...". Mas há uma saída, ainda de acordo com ele, "que sugere a possibilidade de uma relação sem gaiolas", uma relação que dá liberdade ao outro para ser o que é. Está em "um pequeno poema de [Fritz] Perls", que ele cita em sua crônica. Um poema que diz o seguinte:

Eu sou eu.
Você é você.
Eu não estou neste mundo para atender
às suas expectativas.
E você não está neste mundo para atender
às minhas expectativas.
Eu faço a minha coisa.
Você faz a sua.
E quando nos encontramos.
É muito bom.


As práticas das ideias que revisamos hoje, envoltas na ideia de que também somos amor porque Deus é só Amor, podem nos levar à compreensão de que, de fato, ainda somos como Deus nos criou e de que todas as pessoas que se apresentam a nós em qualquer ocasião de nossas vidas são o Filho santo de Deus que veio para nos abençoar. Mesmo que de uma forma que ainda não somos capazes de compreender. 

Lembram-se da primeira lei espiritual que se ensina na Índia: "a pessoa que vem [sempre, em qualquer circunstância, em qualquer situação] é a certa"?

Este comentário, até aqui, hão de lembrar os que seguem o blogue há algum tempo, é praticamente o mesmo que fiz para esta mesma lição nos últimos anos.

Vou acrescentar apenas uma observação a respeito da necessidade de abandonarmos qualquer impressão que tenhamos de conhecer alguém, se o conhecemos somente a partir da aparências, se não formos capazes de olhar para o que está além do corpo, como ensina o Curso.

Quem, além do Curso, chama a atenção para isso é Joel Goldsmith, que diz em um de seus livros:

"Até agora conheceste a teus amigos, parentes, pacientes e alunos como seres humanos, alguns bons e outros maus. De hoje em diante não deverás mais conhecê-los como bons nem maus; deverás conhecê-los como seres espirituais. É tão errado conhecer um homem como sendo bom, quanto conhecê-lo como sendo mau. É tão errado considerar um homem rico, quanto considerá-lo pobre. Não deves conhecer a nenhuma pessoa como boa ou má, segundo a carne [a forma, o corpo]. Doravante deves conhecê-la como a Cristo." 

Apenas para que não fiquem dúvidas, vale salientar que aquilo que Goldsmith chama de "errado" é somente a expressão do mesmo equívoco do sistema de pensamento do ego, para quem há coisas boas e coisas más, coisas certas e coisas erradas. Tudo isso, é claro, só existe - e se refere tão somente às aparências - neste mundo das formas e dos sentidos dos corpos. O mundo ilusório da percepção. Assim, dizer que um homem é bom também é julgá-lo acreditando, pela comparação a outros homens, que existem homens maus, e dando realidade à ilusão.

Às práticas?

domingo, 24 de junho de 2018

Só a partir do comprometimento teremos resultados


LIÇÃO 175

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (159) Dou os milagres que recebo.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (160) Estou em casa. O medo é o estranho aqui.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 175

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

Hoje, vamos revisar, mais uma vez, dois dos pensamentos das vinte lições recentes com o intuito de nos aproximarmos cada vez mais da nova fase da compreensão que está logo adiante, a nossa espera, na segunda parte do Livro de Exercícios. São eles: [Dou os milagres que recebo.] e [Estou em casa. O medo é estranho aqui.] Envolvemos a ambos na ideia: Deus é só Amor e, por isto, eu também.

Da mesma forma que em anos anteriores, antes de chegarmos às práticas efetivamente, vou convidá-los a explorar a lição de hoje, tendo em mente dois pontos do último capítulo do livro texto, que têm muito a ver com as ideias que revisamos e que dizem o seguinte:

Não penses que por acaso se encontra a felicidade seguindo uma estrada que se afaste dela. Isto não faz nenhum sentido e não pode ser o caminho. Para ti, que pareces achar este curso difícil demais para aprender, deixa-me repetir que para atingires uma meta tens de ir na sua [dela] direção, não na direção contrária. E toda estrada que conduz a outra direção não beneficiará o objetivo a ser alcançado. Se isto é difícil de entender, então é impossível compreender este curso. Mas apenas neste caso. Pois, caso contrário, ele é apenas um ensinamento básico do óbvio [T-31.IV.7].

Trago aos teus olhos cansados a visão de um mundo diferente; tão novo, luminoso e fresco, que tu te esquecerás da dor e do sofrimento que viste antes. No entanto, essa é uma visão que deves compartilhar com todos que vires, pois do contrário não a verás. Dar essa dádiva é o modo de torná-la tua [T-31.VIII.8:4-6]. 

Uma última observação a respeito da necessidade do compromisso com os exercícios e da razão pela qual o Curso nos oferece as lições para as práticas, valendo-me das palavras de Bhagwan Shree Rajneesh: "Um compromisso é um ponto sem retorno... tudo o que é lindo na vida vem através de um compromisso." Ou ainda, "o comprometimento [nos] leva ao próprio centro das coisas". 

Isto é, como tenho dito ao longo do tempo às pessoas todas que participam dos grupos de estudos e também neste espaço, é só o comprometimento que pode nos trazer resultados. Ou, usando outras palavras, é crucial que tomemos a decisão de alinhar nossa vontade à Vontade de Deus, ou não vamos entender que elas são a mesma. E não vamos ser capazes de viver a Vontade d'Ele, de alegria e paz completas e perfeitas, para todos e para cada uma de nós. 

Que dificuldade há em deixar tudo a cargo do Espírito Santo para só colher a paz e a alegria completas e perfeitas dia após dia? Só alguém muito estúpido pode achar que oferecer resistência a seu mais profundo desejo vai realizá-lo. O sonho da felicidade sem fim tem de ser o ponto de partida da jornada. Qualquer sonho que tenhamos, só pode ser realizado se nos provemos de todos os instrumentos de que precisamos para a sua realização. Um desses instrumentos é manter o sonho vivo, alimentá-lo dia e noite, sem dar ouvidos a qualquer coisa ou pessoa no mundo que o queira matar. 

Às práticas?

sábado, 23 de junho de 2018

O ego, bem lá no fundo, é o maior vício que temos


LIÇÃO 174

Deus é só Amor e, por isto, eu também.

1. (157) Quero entrar na Sua Presença agora.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

2. (158) Hoje aprendo a dar como recebo.
Deus é só Amor e, por isto, eu também.

*

COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 174

"Deus é só Amor e, por isto, eu também."

Peço-lhes permissão para, mais uma vez, de novo, novamente, repetir o comentário que fiz para esta lição nos últimos anos. Alguém se incomoda de lê-lo uma vez mais? Acho que sempre é possível olhar, ou ler, de modo diferente e aprender coisas novas, mesmo com a leitura de algo que já vimos anteriormente. E depois quem, de fato, se lembra do que eu disse então?

Vejamos, pois, a razão por que acho que vale a pena republicá-lo - fiz pequeninas alterações e acréscimos. Ao relê-lo, hoje, mantenho a impressão de que ele continua a ser pertinente e a de que pode nos levar a aprofundar a reflexão a respeito das duas ideias que revisamos hoje.

As ideias que revisamos neste dia - [Quero entrar na Sua Presença agora.] e [Hoje aprendo a dar como recebo.] -, ambas envolvidas pela ideia de que Deus é só Amor e, por isto, eu também, levam-nos a refletir acerca das escolhas que fazemos a todo instante, a maior parte das vezes de forma inconsciente, porque os efeitos delas fazem que nos perguntemos com frequência, como Paulo, em uma das cartas nos Evangelhos, se não estou enganado, "por que faço o mal que não quero, e não o bem que quero"?

Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Silêncio, diz o seguinte: "O ego precisa estar em conflito com alguém ou com alguma coisa. Isso explica por que, apesar de você querer, paz, alegria e amor, não consegue suportar a paz, a alegria e o amor por muito tempo. Você diz que quer ser feliz, mas está viciado em ser infeliz". Porque você acredita, foi levado a acreditar, na possibilidade do sofrimento, da dor, da doença, do medo, da culpa e de tudo o que pode afastar da paz e da alegria, pelo sistema de pensamento do ego.

Eis aí a questão! Estamos viciados no ego. No fundo, lá no mais fundo de nós, é no ego que somos viciados. E, embora digamos a nós mesmos muitas vezes que queremos algo diferente, nós o dizemos apenas da boca para fora, de forma irrefletida e inconsciente, porque ainda não sabemos, de fato, o que queremos. E temos muito medo de escolher errado. E um medo muito maior ainda de escolher certo. Ainda não nos decidimos de fato a fazer o que a mudança que queremos, ou dizemos querer, exige que façamos. 

Ainda não estamos dispostos a, por exemplo, fazer o que o Curso nos pede, para nos livrarmos da influência do ego. Poderíamos dizer que o Curso é uma espécie de EA - Egoólatras Anônimos, aonde podemos contar uns aos outros de que forma vivemos nossos vícios, aonde podemos aprender também o que fazer para abandoná-lo: uma lição por dia, uma prática diária.

O que nos resta fazer, então? Aprender mais a respeito de nosso vício, para trazê-lo à consciência e reconhecer todos os efeitos de sua presença em nossa vida. Conhecê-lo é que vai permitir que nos livremos dele. Pois, ainda de acordo com Tolle, no mesmo livro, nossa infelicidade não vem dos fatos da vida, mas do que ele chama de condicionamento de nossas mentes. Pois, em geral, como o Curso ensina, quase nunca reagimos aos fatos, mas tão somente à interpretação [julgamento, muitas vezes, porque as interpretações não podem deixar de ser quase sempre julgamentos] que fazemos deles.

As práticas diárias das ideias que o Curso nos oferece, bem como outras práticas que busquem nos pôr em contato com nós mesmos, com o Ser, com o divino em nós, são um remédio milagroso para eliminar o vício que aprendemos com o mundo - que recebemos do mundo -, eliminando também, por consequência, todos os seus efeitos e permitindo que experimentemos a paz de Deus.

Duvidam? 

Todos nós já passamos por uma situação na qual "perdemos as estribeiras", isto é, uma situação em que reagimos de uma forma que nos surpreende(u) por completo. Ao relatá-la, depois de passado algum tempo, costumamos dizer: "aquilo me deixou completamente fora de mim". Na verdade, salvo alguns "instantes santos" é assim que vivemos no ego a maior parte do tempo. E dizemos também: "quando caí em mim" percebi o estrago, mas já era tarde demais.

O que significa "estar fora de si", senão inconsciência, não estar no agora, não estar presente por inteiro na situação, não estar em Deus? E "cair em si" não é a mesma coisa que recobrar a consciência, estar presente, estar em Deus, na Sua Presença?

Aproveitemos, pois, as ideias das práticas da revisão de hoje para "entrar na Sua Presença", aprender a ficar Nela e a compartilhá-la com todos aqueles a quem vamos encontrar neste dia, oferecendo-lhes a Presença, da mesma forma que A recebemos. 

Às práticas?