segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Perdoar o mundo para ouvir a Voz por Deus em nós


14. O que sou?

1. Eu sou o Filho de Deus, perfeito e curado e inteiro, que brilha no reflexo de Seu Amor. Em mim, a criação d'Ele é santificada e tem a vida eterna assegurada. Em mim, o amor se completa, o medo é impossível e a alegria se estabelece sem oposição. Eu sou o lar sagrado do Próprio Deus. Eu sou o Céu onde o Amor d'Ele habita. Eu sou Sua Própria Inocência sagrada, pois em minha pureza habita a Própria Pureza de Deus.

2. Agora nossa necessidade de palavras está quase no fim. Porém, nos últimos dias deste ano, que oferecemos a Deus juntos, tu e eu, encontramos um propósito singular que compartilhamos. E, assim, tu te uniste a mim de modo que o que sou tu também és. As palavras não podem descrever a verdade do que somos. No entanto, podemos perceber claramente nossa função aqui e as palavras podem falar dela e, também, ensiná-la, se exemplificarmos as palavras em nós.

3. Nós somos os portadores da salvação. Aceitamos nosso papel de salvadores do mundo, que é redimido pelo nosso perdão conjunto. E, por isso, este perdão, nossa dádiva, nos é dado. Olhamos para todos como irmãos e percebemos todas as coisas como benignas e boas. Não buscamos uma função que esteja além do portão do Céu. O conhecimento voltará quando tivermos cumprido nosso papel. Nosso único interesse é dar boas vindas à verdade.

4. São nossos os olhos pelos quais a visão de Cristo vê um mundo redimido de todo pensamento de pecado. São nossos os ouvidos que ouvem a Voz por Deus declarar a inocência do mundo. São nossas as mentes que se unem quando abençoamos o mundo. E, da unidade que alcançamos, chamamos todos os nossos irmãos, pedindo-lhes que compartilhem nossa paz e tornem nossa alegria perfeita.

5. Nós somos os mensageiros santos de Deus que falam por Ele e que, ao levar Sua Palavra a todos aqueles que Ele nos envia, aprendem que ela está inscrita em nossos corações. E, deste modo, mudamos nossa forma de pensar a respeito do objetivo para o qual viemos e ao qual buscamos atender. Trazemos boas novas ao Filho de Deus, que pensava sofrer. Agora ele está livre. E, quando vir o portão do Céu aberto diante de si, ele entrará e desaparecerá no Coração de Deus.


*


LIÇÃO 359


A resposta de Deus é uma forma de paz. Toda dor
é curada; todo sofrimento substituído pela alegria
Todas as portas das prisões estão abertas. E compreende-se
todo pecado simplesmente como um erro.

1. Pai, hoje perdoaremos Teu mundo e permitiremos que a criação seja Tua. Entendemos mal todas as coisas. Mas não transformamos os Filhos santos de Deus em pecadores. O que criaste sem pecado continua assim para todo o sempre. Nós somos assim. E nos alegramos por aprender que cometemos erros que não têm nenhum efeito verdadeiro sobre nós. O pecado é impossível e, a partir deste fato, o perdão descansa sobre uma base segura, mais sólida do que o mundo de sombras que vemos. Ajuda-nos a perdoar, pois queremos ser redimidos. Ajuda-nos a perdoar, pois queremos ficar em paz.



*

COMENTÁRIO:



Explorando a LIÇÃO 359

Pergunto-lhes de novo, hoje, neste dia em que se comemora o Natal: que melhor forma há de se passar este dia do que com a ideia que a lição nos oferece para as práticas? 

Uma ideia que assegura que:

A resposta de Deus é uma forma de paz. [Deus só pode ser paz.] 
Toda dor é curada [Com Deus, n'Ele, não existe lugar para a dor.]
todo sofrimento substituído pela alegria [Deus é sinônimo de alegria.]
Todas as portas das prisões abertas [Deus é sinônimo de liberdade]
E compreende-se todo pecado simplesmente como um erro. 
[Na verdade, isto é, em Deus, o pecado não existe e o erro só existe na ilusão.]

Isto é, reforçando o que o Curso afirma inúmeras vezes, o pecado só existe como uma escolha equivocada do ego, um falso eu, que não tem nada a ver com o que somos verdadeiramente. Mas, para termos em nós a consciência bem clara da inexistência do pecado, precisamos perdoar o mundo, deixando-o ser exatamente como é. Por isso afirmamos nossa intenção de perdão, dizendo:

Pai, hoje perdoaremos Teu mundo e permitiremos que a criação seja Tua. Entendemos mal todas as coisas. Mas não transformamos os Filhos santos de Deus em pecadores [não podemos por mais que tentemos]. O que criaste sem pecado continua assim para todo o sempre. Nós somos assim. E nos alegramos por aprender que cometemos erros [na experiência ilusão apenas] que não têm nenhum efeito verdadeiro sobre nós. O pecado é impossível e, a partir deste fato, o perdão descansa sobre uma base segura, mais sólida do que o mundo de sombras que vemos. Ajuda-nos a perdoar, pois queremos ser redimidos. Ajuda-nos a perdoar, pois queremos ficar em paz.

É, pois, a paz que vamos receber ao praticarmos como nos orienta a lição. É ela que nos oferece a certeza de que quando não estamos em paz é porque ainda não é a Voz por Deus que estamos ouvindo, ainda não é a resposta d'Ele. E isto pode nos levar a refletir acerca da necessidade de sermos sempre mais e mais agradecidos. 

E, repetindo o que eu já disse antes, esta necessidade de demonstrarmos gratidão tomou expressão do modo que se segue, como nos dois últimos anos:

Como é que nós, se não todos,
a maioria de nós, não nos lembramos 

de agradecer
e agradecer permanentemente
por estarmos aqui, onde quer
que estejamos neste dia,
que se descortina maravilhoso,
para nosso desfrute e deleite?

É só isso que podemos fazer.
É só isso que precisamos fazer,
para que o mundo se nos apresente
por completo em sua maravilhosa diversidade, 

em sua maravilhosa unidade,
conosco e com o próprio Deus,
que nos dá a vida, dá vida ao mundo
e Se dá, e nos dá ao mundo, para que ele, 

o mundo, e Ele, Deus,sejam completos conosco e em nós,
para que sejamos completos

em nós mesmos, com o mundo
e com o próprio Deus.

Agradecer e agradecer e agradecer.
A gratidão e o maravilhamento
ante o mundo de que desfrutamos,
o mundo que completamos, são os únicos
sentimentos que nos podem
devolver à unidade de que viemos,
de que somos e fazemos parte,
que se completa em nós
e à qual completamos.

Agradeçamos, pois, por estarmos aqui,
aonde quer que estejamos,
em qualquer estado em que nos encontremos,
mesmo que não O possamos ver, cegos;
mesmo que não O possamos sentir, insensíveis, incréus;
mesmo que não O possamos compreender, crianças, adultos;
mesmo que não O possamos reconhecer, egoístas;
mesmo que não possamos acreditar n'Ele, incrédulos.

Deus está conosco e nós n'Ele e em Seu Amor,
pois tudo o que existe, visível ou não,
é manifestação de Deus e de Seu Amor
a cada um de nós, filhos amados do Criador,
olhos, braços, mãos e pés, a afirmar
Sua Presença no mundo.
Não há, pois, outra maneira de Deus 
Se manifestar se não por meio de Suas criaturas,
nós, e do mundo, criado por amor de nós.

Paz e bem! 

Alegremo-nos hoje, abrindo-nos à celebração do novo nascimento do Cristo em nós. 

Às práticas?


OBSERVAÇÃO:

Incluo aqui, mais uma vez, mensagem enviada aos contatos todos que de algum modo estão relacionados ao estudo do Curso, para que os que frequentam este espaço também recebam as bênçãos da luz que ilumina este período do ano, em praticamente todos os lugares do mundo.



MENSAGEM PARA O NATAL E PARA O ANO NOVO

Esta mensagem é única e exclusiva para ti, que, em algum momento, teve contato com algum dos grupos de estudos de Um Curso em Milagres em que fiz o papel de Voz para o Espírito Santo, pela leitura do texto, ou que me enviou alguma mensagem em algum momento buscando informações e/ou esclarecimentos a respeito do Curso, ou ainda que frequenta ou frequentou algum dia o espaço do blogue para compartilhar das lições.

Ela é, ao mesmo tempo, a mesma que todas as pessoas nas condições descritas acima vão receber. 

Explico:

Uma vez que o Curso diz apenas, e sempre, a mesma coisa de inúmeras formas diferentes para que cabeças diferentes escolham a forma que lhes soe melhor para voltarem à condição natural de filhos de Deus, que é a da alegria e da paz perfeitas e completas na eterna inocência e pureza das crianças de Deus, esta mensagem vai ser lida e entendida - sempre no sentido de aceita - por ti e por cada uma das pessoas que a receber, a partir do interesse pessoal que tu, ele ou ela tiverem no que ela – a mensagem – diz.

E lembra-te sempre de que, como o Curso diz, cada um de nós só ensina aquilo que precisa aprender. E, assim como eu, estás ensinando e aprendendo o tempo todo.

Destaco agora trechos do capítulo 15, no subcapítulo XI. O Natal como o fim do sacrifício.

O essencial, para o propósito desta mensagem, é dito assim:

“O sinal do Natal é uma estrela, uma luz na escuridão. Não a vejas fora de ti, mas brilhando no Céu interior e aceita-a como o sinal de que o tempo de Cristo veio.”

“Neste Natal, dá ao Espírito Santo tudo o que iria ferir-te... Não deixes nada para trás.”

“Não deixes nenhum desespero escurecer a alegria do Natal, pois o tempo de Cristo não tem significado à margem da alegria.”

E, lá pelo final do texto, ele nos convida à entrega do irmão – e de todos os irmãos – ao Espírito Santo, na forma de uma oração para ser usada em qualquer situação em que um irmão aparente ameaçar nossa liberdade ou limitar nossa alegria:

            Eu te dou ao Espírito Santo como parte de mim mesmo.
            Eu sei que serás liberado, a não ser que eu queira usar-te
            para me aprisionar.
            Em nome de minha liberdade eu escolho a tua liberação,
            porque reconheço que nós seremos liberados juntos.

É este espírito que deve orientar nossa jornada na direção do ano novo, para que ele comece em alegria e liberdade.

E o texto aconselha:

“Aceita o instante santo enquanto este [novo] ano nasce e toma o teu lugar ... no Grande Despertar. Faze com que este ano [que vai se iniciar daqui a pouco] seja diferente fazendo com que tudo seja o mesmo e permite que todos os teus relacionamentos sejam santificados. Esta é a nossa vontade. Amém.”

Esta mensagem, levada individualmente a ti neste momento tem por objetivo abrir um canal direto de comunicação comigo. Um canal que sempre esteve, está e estará sempre aberto, mas que, aparentemente, foi usado muito poucas vezes por ti, e pela maioria das pessoas dos grupos e do blogue, de modo geral.

Este canal, eu o tenho usado todos os dias pelo blogue, para conversar a respeito da lição de cada dia e para tratar de qualquer outra questão que venha a ser de interesse daqueles que se dispõem a entrar em contato comigo, a fazer uso deste canal, nos encontros com os grupos e em mensagens eventuais em momentos em que elas se fazem necessárias.

É claro que tu entendes o que o Curso ensina, porque como ele mesmo diz, ele só ensina o óbvio, ao dizer que só a verdade é verdadeira.

Ou como diz um autor húngaro que li há algum tempo:

“Sempre sabemos qual é a verdade, essa outra verdade que se esconde atrás dos papéis que representamos, das máscaras das circunstâncias da vida.”

Assim é que a viagem que fazes neste mundo é a todo instante uma viagem ao interior de ti mesmo e, para esta viagem, não precisas de nenhuma cultura, de nenhuma preparação especial, basta a disposição para reconheceres tua responsabilidade por tudo o que já viveste, pelo que vives e viverás.

Outro autor que li recentemente diz:

“A caminhada para o interior pode receber muitos nomes, mas o que fica é a intenção, a persistência de superar os caminhos, por agrestes que sejam, na direção da luz.”

Antes de caminhar para a direção do final, então, peço-te que penses a respeito do seguinte:

Se a condição natural do filho de Deus é a alegria e a inocência [e ainda és como Deus te criou, assim como eu sou como Ele me criou – sempre seremos] o que te leva a escolher experiências que te afastam da alegria e que te fazem pensar que manchaste tua pureza original?

Decide-te a viver o Natal, isto é, permite que o divino renasça em ti em todos os momentos de tua vida, voltando a experimentar o mundo a partir da criança divina que carregas para curar e purificar o mundo todo com teu olhar inocente, que perdoa por não ver nada sob a ótica da separação, que não existe.

Entrego-te, uma vez mais, pois, para finalizar, um poema, desta vez de Leonardo Fróes, um poema cujas palavras talvez, possam servir para entenderes por que o Curso pede que olhes para o mundo de modo diferente. 

"Justificação de deus 

o que eu chamo de deus é bem mais vasto
e às vezes menos complexo
que o que eu chamo de deus. Um dia
foi uma casa de marimbondos na chuva
que eu chamei assim no hospital
onde sentia o sofrimento dos outros
e a paciência casual dos insetos
que lutavam para construir contra a água.
Também chamei de deus a uma porta
e a uma árvore na qual entrei certa vez
para me recarregar de energia
depois de uma estrondosa derrota
Deus é o meu grau máximo de compreensão relativa
no ponto de desespero total
em que uma flor se movimenta ou um cão
danado se aproxima solidário de mim.
E é ainda a palavra deus que atribuo
aos instintos mais belos, sob a chuva,
notando que no chão de passagem
já brotou e feneceu várias vezes o que eu chamo de alma
e é talvez a calma
na química dos meus desejos
de oferecer uma coisa." 

Feliz Natal e um 2018 pleno de alegria, de paz, de amor e de boa-vontade.

Moisés
Dezembro de 2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário