quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Aprendendo a estabelecer Deus como a única meta


4. O que é o pecado?

1. Pecado é insanidade. Ele é o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que ilusões tomem o lugar da verdade. E, por estar louca, a mente vê ilusões aonde a verdade deveria estar e aonde ela verdadeiramente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois o que há para os inocentes quererem ver? Que necessidade eles têm da visão, da audição e do tato? O que querem ouvir ou tentar compreender? De qualquer modo, o que perceberiam? Perceber não é conhecer. E a verdade só pode se satisfazer com o conhecimento e nada mais.

2. O corpo é o instrumento que a mente criou, em seus esforços para se enganar. A finalidade dele é lutar. Mas a meta da luta pode mudar. E, em função disso, o corpo serve para lutar por um objetivo diferente. O que ele busca agora é escolhido pelo objetivo que a mente aceita como substituto para a meta do auto-engano. A verdade, tanto quanto as mentiras, pode ser sua meta. Neste caso, os sentidos, de preferência, buscarão testemunhas para aquilo que é verdadeiro.

3. O pecado é o lar de todas as ilusões, que representam apenas coisas imaginárias, resultantes de pensamentos que não são verdadeiros. Eles são a "prova" de que aquilo que não tem nenhuma realidade é verdadeiro. O pecado prova que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem de ter um fim, que a vida eterna tem de morrer. E que o Próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo, com Sua Vontade derrotada pela morte para sempre, com o amor morto pelo ódio e com a paz a não existir mais.

4. Os sonhos de um louco são amedrontadores e o pecado parece, de fato, aterrorizar. E, no entanto, aquilo que o pecado percebe é apenas uma brincadeira infantil. O Filho de Deus pode fingir que se tornou um corpo, presa do mal e da culpa, com nada mais do que uma vida curta que termina com a morte. Mas seu Pai reluz sobre ele o tempo todo e o ama com um Amor infinito, que suas simulações não podem mudar em absoluto.

5. Até quando, ó Filho de Deus, sustentarás a brincadeira do pecado? Não é melhor abandonar estes brinquedos infantis de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar a casa? Hoje, talvez? Não existe nenhum pecado. A criação é imutável. Ainda queres adiar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho de Deus, até quando?


*
LIÇÃO 256

Deus é a única meta que tenho hoje.

1. Aqui, o caminho para Deus passa pelo perdão. Não há nenhum outro caminho. Se o pecado não tivesse sido nutrido pela mente, que necessidade haveria de se encontrar o caminho para o lugar aonde estás? Quem ainda estaria inseguro? Quem poderia estar em dúvida acerca de quem é? E quem ainda continuaria adormecido em nuvens carregadas de dúvidas acerca da santidade daquele a quem Deus criou inocente? Aqui só podemos sonhar. Mas podemos sonhar que perdoamos aquele em quem todo pecado permanece impossível, e é isto que escolhemos sonhar hoje. Deus é nossa meta; o perdão é o meio pelo qual nossas mentes voltam, enfim, a Ele.

2. E, por isto, Pai nosso, queremos vir a Ti pelo caminho que Tu designaste. Não temos nenhuma meta a não ser ouvir Tua Voz e achar o caminho que Tua Palavra sagrada indica para nós.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 256

Como já lhes disse outras vezes antes, há, no final do capítulo 17, três textos, subcapítulos, subtítulos, que, a meu modo de ver, escancaram todo o ensinamento do Curso, para quem tiver ouvidos para ouvir e olhos para ver, e ler. O primeiro deles se intitula "Estabelecer a meta". E é a partir dele que penso podermos, mais uma vez, aprofundar a reflexão para as práticas da ideia que o Curso nos oferece para hoje.

E podemos nos perguntar, uma vez que o Curso ensina que tudo neste mundo, inclusive o próprio mundo, é apenas ilusão, por que estabelecer alguma meta. Ora, é claro que é para eu chegar ao resultado desejado, para eu reconhecer que o caminho que faço pode e vai me levar aonde desejo ir. 

Agora, uma vez que tudo no mundo, seja ele o ilusório, seja ele o espiritual e real, é fluido, é importante ter-se em mente que a meta estabelecida não pode ser rígida, pois não sabemos de que forma Deus - a meta - vai se apresentar em nossa vida no instante seguinte. 

Assim, é que muito mais do que certezas, uma meta como essa vai, sim, oferecer uma quantidade enorme de dúvidas. Dúvidas, porém, que apenas vão nos levar a repensar as escolhas que fizemos e fazemos a cada momento, a cada experiência que se apresentar. Dúvidas que vão servir para alimentar a certeza de que escolher Deus, o divino em nós, como meta é o que vai nos fazer seguir em frente apesar de toda a insegurança que tivermos de enfrentar.

Assim é que estabelecer Deus como a única meta vai te garantir a certeza de que:

Estás eternamente ligado a Deus.
Tu és uma criação divina.
Não desejas mais ter medo de tua própria divindade.
Teu desempenho em qualquer atividade no mundo 
não precisa se adequar ao padrão de nenhuma outra pessoa para seres amado.

Deus, a divindade em ti, te ama incondicionalmente, mesmo que ainda não sejas capaz de perceber isto.
Tu não precisas estar livre de erros.
Tu és amado sempre.
Tu não precisas ganhar nenhuma competição que tenhas escolhido como forma de viver.
Tu és amado independentemente de quaisquer resultados, que alcances ou não alcances, de qualquer contagem.

Todas as razões que adotaste para odiares a ti mesmo são resultado da rígida convicção de que teu ego é a força dominante em tua vida.
Teu ego, e não tu - o que és na verdade -, acredita que és o que fazes, o que tens ou o que os outros pensam de ti.
Teu ego, e não tu - o que és na verdade -, acredita que estás separado de tudo, inclusive de Deus.
É por isso que o ego está sempre te julgando e te comparando com os outros.
Quando não te mostras à altura da expectativa do ego, é ele que te incita a sentires desprezo por ti mesmo.

Depois, ele te aconselha a passares em revista quantas vezes falhaste e te convence a odiares a ti mesmo por essas situações que "ele" - o ego - percebe como fracassos.

Na condição de ser espiritual, tu não precisas ter nenhum desempenho especial.
Não precisas te comparar com ninguém.
Não precisas vencer qualquer competição e nem sequer competir.
Teu valor está subentendido, é um elemento conhecido.

Tu és parte de Deus, da unidade n'Ele.
Estás sempre ligado a Ele.
Mesmo quando aparentemente não tens consciência disso.
Lembra-te sempre desta verdade a teu respeito quando alguma coisa quiser te desviar do caminho do amor.
Perdoa a ti mesmo e estarás apenas semeando o amor em tua vida.
O amor por ti mesmo, por Deus é por tudo e por todos.
Isto é uma solução espiritual para qualquer problema que possa se apresentar em tua vida.

Isto é o que podemos experimentar quando, como orienta o Curso, elegemos Deus como meta.

Às práticas? 

OBSERVAÇÃO: O texto que lhes dou hoje, novamente, e de novo, outra vez, por comentário à lição foi inspirado pela leitura do oitavo capítulo do livro There's a spiritual solution to every problem [Há uma solução espiritual para cada problema], de Wayne D. Dyer, que foi publicado no Brasil com o título: Para todo problema há uma solução, o que, em meu modo de entender, fez diminuir enormemente a riqueza contida no título original. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário