quarta-feira, 20 de agosto de 2025

O que pode nos dar ciência da Presença é a atenção

 

2. O que é a salvação?

1. A salvação é uma promessa, feita por Deus, de que por fim encontrarás teu caminho até Ele. Ela não pode senão ser cumprida. Ela garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamentos que nasceram no tempo também findarão. A Palavra de Deus é dada a cada mente que pensa ter pensamentos separados e substituirá esses pensamentos de conflito pelo Pensamento de paz.

2. O Pensamento de paz foi dado ao Filho de Deus no instante em que sua mente pensou em guerra. Antes não havia necessidade de tal Pensamento porque a paz era dada sem opositores e simplesmente existia. Mas, quando a mente se divide, surge uma necessidade de cura. Por esta razão o Pensamento que tem o poder de curar a divisão se tornou uma parte de cada fragmento da mente que ainda era uma só, mas que deixou de reconhecer sua unidade. Naquele momento ela não se conhecia e pensava que sua própria Identidade estava perdida.

3. Salvação é desfazer no sentido de que, deixando de apoiar o mundo, ela não faz nada. Deste modo, ela abandona as ilusões. Por não apoiá-las, ela deixa simplesmente que elas se reduzam a pó suavemente. E, agora, revela-se o que elas escondiam; um altar ao santo Nome de Deus, sobre o qual está escrita a Palavra d'Ele, com as dádivas do teu perdão depositadas diante dele e a lembrança de Deus logo atrás.

4. Vamos entrar neste lugar diariamente para passarmos algum tempo juntos. Aqui compartilhamos nosso último sonho. É um sonho no qual não há tristeza, pois ele contém um indício de toda a glória que Deus nos dá. A relva irrompe do solo agora, as árvores começam a brotar e os pássaros vêm viver em seus galhos. A terra renasce com nova perspectiva. A noite acaba e chegamos juntos à luz.

5. Daqui oferecemos a salvação ao mundo, pois é aqui que a salvação foi recebida. A canção de nosso júbilo é o aviso para todo o mundo de que a liberdade voltou, de que o tempo está quase no fim e de que o Filho de Deus só tem de esperar mais um instante até que seu Pai seja lembrado, os sonhos acabem e a eternidade brilhe afastando o mundo para que absolutamente só o Céu exista.

*

LIÇÃO 232

Fica em minha mente, meu Pai, ao longo do dia.

1. Fica em minha mente, meu Pai, quando eu acordar e brilha sobre mim durante todo o dia hoje. Deixa que cada minuto seja um tempo em que habito Contigo. E não me deixes esquecer a cada hora de dar graças porque Tu permaneces comigo e vais estar sempre à disposição para ouvir meu chamado a Ti e a me atender. Quando a noite surgir, deixa que todos os meus pensamentos ainda sejam Teus e de Teu Amor. E deixa que eu durma na certeza de minha segurança, certo de Teu cuidado e na feliz consciência de que sou Teu Filho.

2. É assim que todos os dias deveriam ser. Pratica, hoje, o fim do medo. Tem fé n'Aquele Que é teu Pai. Confia todas as coisas a Ele. Deixa que Ele revele todas as coisas para ti e fica contente porque tu és o Filho d'Ele.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 232

Caras, caros,

Como tenho feito há já alguns anos, vou repetir, quer dizer, continuar a repetir a cada nova lição, o tema que dá unidade às práticas dos dez dias dedicados a ele, o tema. Assim, como vocês já devem ter notado, a cada nova lição desta nova série de dez temos e vamos continuar a ter, no início, para facilitar que nos lembremos de rever, o texto que se refere ao tema: O que é a salvação?

Também como já lhes disse antes, e não apenas uma vez, a partir das orientações de Joel Goldsmith em vários de seus livros, começo este comentário com a observação de que saber que Deus é onipresente, onisciente e onipotente apenas de forma intelectual, mental, não resolve nada, não acrescenta, nem ajuda nada em nossa experiência. 

É preciso trazê-Lo à consciência pela prática de buscar a Presença do divino em nós, em nosso dia-a-dia, em todos os momentos. Todos os dias.

Isto é, do mesmo modo que já lhes disse antes também, a partir do que ensina Wayne Dyer, não devemos, nem podemos pensar em Deus como um ser, como uma pessoa. 

Não, não e não!

Precisamos ter Deus em mente como uma Presença, uma Presença que está em nós. Uma Presença constante e permanentemente conosco, uma Presença que nos abrange e completa, à qual nós também completamos, pois é também o que somos, na realidade, na unidade. 

Isso também em pleno acordo com o que o Curso ensina, em dois momentos. O primeiro na lição: Deus vai comigo aonde eu for. E o segundo no texto, quando ele nos aconselha a pensar a respeito de nossa própria grandeza com a ideia: O próprio Deus é incompleto sem mim.  

É em razão disto, entre outras coisas tantas, que a lição de hoje, assim como todas e cada uma delas, e suas práticas buscam nos levar em direção à atenção. A atenção que devemos dar a tudo o que se apresenta a nossa experiência, como forma de perceber o divino a partir de nosso próprio interior.

Para tanto, é preciso que fiquemos "ligados", "ligadas" a todas as impressões, a todas as sensações que se apresentem a nossos sentidos. É preciso também ficarmos "ligados", "ligadas" às impressões e sensações decorrentes do sexto sentido, que todos e todas nós temos: a intuição. Um sentido a que poderíamos chamar de "razão" [da forma que o Curso define razão], pois diretamente relacionado à parte em nós que está em contato permanente com a Presença, com o espírito em nós.

É preciso ainda que tomemos a decisão de consentir que o divino se apresente e fique conosco o dia todo. Mesmo quando nos distrairmos. Basta pedirmos. Nosso pedido será atendido, desde que estejamos, de fato, dispostos a entregar nosso dia ao espírito, para podermos caminhar na luz, abandonando, nem que seja apenas neste dia, ou em alguns momentos dele - os que lembrarmos -, todas as formas de escuridão.

Na verdade, a ideia que praticamos mais uma vez hoje é apenas para que nos lembremos de permitir que Deus fique em nossa mente de um modo que faça com que nos sintamos cientes da Presença d'Ele/Ela, uma vez que Ele/Ela nunca está distante nem separado de nós. Somente nossa percepção e nossa distração podem tentar - e, muitas vezes, conseguir - nos convencer do contrário. Se quisermos experimentar, de fato, os efeitos da Presença, é preciso que busquemos nos manter conscientes dela, com toda a disposição e com toda a atenção de que somos capazes. 

Às práticas?

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