sexta-feira, 4 de setembro de 2015

"Perdoa e verás isto de modo diferente."


LIÇÃO 247

Sem perdão ainda serei cego.

1. O pecado é o símbolo do ataque. Vê-o em qualquer lugar e eu sofrerei. Pois o perdão é o único meio pelo qual a visão de Cristo vem a mim. Que eu aceite como a pura verdade o que a visão d'Ele me mostra e fique completamente curado. Irmão, vem a mim e deixa eu olhar para ti. Tua beleza reflete a minha. Tua inocência é minha. Tu estás perdoado e eu continuo contigo.

2. Hoje quero olhar para todos deste modo. Meus irmãos são Teus Filhos. Tua Paternidade os criou e os deu todos a mim como parte de Ti e também de meu próprio Ser. Hoje louvo a Ti por meio deles e, deste modo, espero reconhecer meu Ser neste dia.

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COMENTÁRIO:


Explorando a LIÇÃO 247

Como eu já disse anteriormente, e não só uma vez, há uma lição que resume todo o ensinamento e todo o trabalho que o Curso pede que façamos para aprender, a partir das práticas de todos os dias. Dia após dia. Esta lição é a de número 193: Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda. Além, é claro, do fato de que todas e cada uma das lições são completas em si mesmas e podem propiciar a salvação, se de fato entendidas, praticadas e aplicadas conforme as orientações do Curso, como já sabemos.

Mais interessante ainda é que a lição 193 traz em si uma ideia, um pensamento central, que está em perfeita sintonia com a ideia para nossas práticas de hoje. O Curso diz lá que todas as lições, esta inclusive, e a 193, se resumem a uma ideia central. A forma muda, mas o conteúdo básico de todas elas é o mesmo. E é o seguinte: Perdoa e verás isto de modo diferente.

Seja lá o que "isto" for, o Curso ensina que em toda situação, em todo acontecimento, quando não estamos em paz, ou quando estamos sofrendo, ou passando pela experiência da dor, é porque deixamos de nos perdoar por alguma coisa, ou nos negamos a perdoar alguma coisa, alguma pessoa, alguma situação. E claro é que, no fundo, o perdão que negamos é sempre a nós mesmos que negamos. E o sentimento que experimentamos, que nos afasta da paz e da alegria, só se apresenta porque estamos cegos e não perdoamos.

É de vital importância lembrar também que só perdoamos a nós mesmos. Se vocês estiverem bem lembrados, lá no início da segunda parte do livro de exercícios, quando somos apresentados ao primeiro tema [O que é o perdão?], que vai nortear nossos primeiros dez passos nesse novo momento da jornada, somos convidados a reconhecer, a partir do perdão, que aquilo que pensamos que nosso irmão tinha feito a nós não aconteceu.

Mais ainda vimos lá, então: o perdão "não perdoa pecados e os torna reais. Ele vê que não houve nenhum pecado. E dessa perspectiva todos os teus pecados estão perdoados". Pois - ele pergunta - "o que é o pecado, a não ser uma ideia falsa acerca do Filho de Deus?". 

Não queremos aprisionar o Filho de Deus em uma ideia falsa, queremos? Não o queremos manter prisioneiro em um julgamento que não nos permita amá-lo e, por consequência, não nos permita amar o Pai. Como vimos ontem, é preciso que amemos o Filho de Deus em nós, antes de sermos capazes de manifestar nosso amor pelo Pai, ou pelo filho no outro, ou nos outros que se apresentam a nós. 

E o Filho de Deus é cada um de nós. É a Filiação inteira. Somos todos nós. Quando negamos o perdão a um irmão, nós o estamos negando, primeiro, a nós mesmos e, em seguida, a toda a Filiação e por extensão ao Próprio Deus. É por isso que praticamos: Sem perdão ainda serei cego. Pois, de fato, o que nos impede de ver a realidade no mundo, a realidade em nós mesmos e a realidade em tudo e todos é a falta de perdão.

Perdoa e verás isto de modo diferente. Esta é a ideia em que precisamos nos concentrar, em sintonia com a que praticamos hoje, caso nos decidamos pela visão crística. Perdoa e verás o mundo e tudo o que há nele de modo diferente. Pois, afinal de contas, como já praticamos antes: Acima de tudo, eu quero ver de modo diferente. E só o perdão a mim mesmo e ao mundo inteiro é que pode me dar a visão que permitirá perceber, sentir, viver e experimentar a realidade. 

Às práticas?

Um comentário:

  1. Moisés diz:'a forma muda, mas o conteúdo básico de todas elas é o mesmo'.Isso reforça sobre a necessidade de sermos mais observadores.As emoções são provocadas por certas situações e despertam , por exemplo, raiva , tristeza,etc.Essas mesmas emoções afloram em vários outras ocasiões e, então, vamos percebemos que não são as situações as culpadas, mas são essas emoções que estão dentro de nós e que precisam serem curadas. Curar dentro, perdoar dentro. Só estando atentos aos nossos sentimentos e reações poderemos aceitar o auto trabalho. A forma que essas reações aparecem mudam, mas o conteúdo que despertam( emoções) são sempre os mesmos .Perdoar é constatar que estávamos equivocados.É alinharmos ao Propósito Maior e entrarmos em frequências muito elevadas onde não há correções, tudo está na perfeita Ordem.

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