domingo, 3 de agosto de 2025

A atenção: forma natural de oração. (Donizete Galvão)

 

LIÇÃO 215

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (195) O amor é o caminho que sigo com gratidão.

O Espírito Santo é meu único Guia. Ele caminha comigo no amor. E eu dou graças a Ele por me mostrar o caminho a seguir.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 215

Caras, caros,

O que o Curso oferece, mais uma vez, para nossas práticas de hoje nesta sexta e última revisão, antes de passarmos à segunda parte do Livro de Exercícios, é uma ideia à qual vai ser preciso darmos o melhor do melhor de nossa capacidade de atenção. E por que digo isto? Porque, em geral, no estado comum de consciência não nos apercebemos da necessidade da gratidão pelo caminho que seguimos, seja ele qual for. Não nos damos conta de que é só quando somos agradecidos, ou agradecidas, que o universo derrama sobre nós todas as suas bênçãos e maravilhas. Como sabemos, ou devíamos já saber a esta altura, o universo é apenas um grande espelho, na verdade um espelho enorme, imensurável, que só nos devolve o que mostramos, o que oferecemos, a ele.

E afinal, já passamos antes pelas lições que ensinam que somos nós mesmos e nós mesmas que criamos as experiências pelas quais queremos - escolhemos e precisamos - passar, não é? E como o fazemos? De onde elas vêm? Do nada? Não! Não! Elas vêm de nossos pensamentos, de nossas ações, ou da falta delas, e tudo isso é resultado de nossas crenças, que se manifestam a partir daquilo que damos para o mundo. Ou do que não damos, quando a experiência que vivemos é de escassez, de falta e de perda.

É por esta razão que nossas práticas hoje visam a nos abrir os olhos para o fato de que o caminho pelo qual seguimos é o caminho do amor. Pois, quer queiramos quer não, quer saibamos quer não, o caminho em que andamos é aquele que vai nos levar ao amor: o único anseio que queremos de verdade ver atendido. Não ao amor que se busca no mundo, nas coisas e pessoas do mundo e que pode ser confundido com barganha, mas o amor que é, em última instância, aquilo que somos na realidade. Mesmo que não tenhamos isto muito claro em nossa consciência.

Aproveitando, então, o que digo aí acima, vou me valer novamente de um pequeno trecho do texto como forma de chamar sua atenção para a necessidade de olharmos para o mundo de modo diferente, como preconiza o Curso. Atentos. Atentas. O trecho está no capítulo 12 e tem por título VIII. A atração do amor pelo amor.

Diz ele a determinada altura: 

"Se buscas o amor com o fim de atacá-lo, jamais o acharás. Pois, se o amor é compartilhar, como podes achá-lo a não ser a partir dele mesmo? Oferece-o e ele virá a ti, porque ele [o amor] é atraído para si mesmo". 

É para se pensar, portanto, na diferença que há entre as formas com que buscamos o amor, obedecendo às orientações do sistema de pensamento do ego - carentes, necessitados, ou necessitadas, certos e certas de uma imperfeição que não tem nada a ver com o que somos na realidade -, buscando uma completude que não pode ser encontrada em nada, nem em ninguém, a não ser em nós mesmos ou em nós mesmas, no contato com o divino interior; e a forma que o Curso busca nos ensinar, a partir da orientação do Espírito Santo.

Para o Espírito Santo, que sabe que somos completos e perfeitos, ou completas e perfeitas, em Deus, isto é, em nós mesmos e em nós mesmas unidos e unidas ao divino, o movimento em direção ao amor é o de extensão, de doação. Pois, como o Curso ensina, dar e receber são a mesma coisa. Em outras palavras, ainda de acordo com o ensinamento, só nos pode faltar aquilo que não damos. É por isso que precisamos aprender a gratidão. Pois só sendo capazes de agradecer por tudo o que se apresenta a nós pelos caminhos que escolhermos é que vamos perceber que trilhamos o caminho do amor. 

E mais: para nos apercebermos da importância da atenção a tudo o que nos rodeia, repriso aqui, pela quarta vez, quinta?, ou sexta, quem sabe ?, o poema "Oração Natural", do amigo poeta, Donizete Galvão, que, no dizer de Guimarães Rosa, se "encantou", no início do ano de 2014, passado. Trata-se da: 

Oração Natural 

Fique atento
ao ritmo,
aos movimentos
do peixe no anzol.
Fique atento
às falas
das pessoas
que só dizem 
o necessário.
Fique atento
aos sulcos
de sal
de sua face.
Fique atento
aos frutos tardios
que pendem
da memória.
Fique atento
às raízes
que se trançam
em seu coração.
A atenção:
forma natural
de oração.

Às práticas?

sábado, 2 de agosto de 2025

Nada é impossível no universo das potencialidades

 

LIÇÃO 214

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (194) Entrego o futuro nas Mãos de Deus.

O passado se foi; o futuro ainda não existe. Agora estou livre de ambos. Pois o que Deus dá só pode ser para o bem. E eu aceito apenas o que Ele dá como aquilo que me pertence.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 214

Caras, caros,

Recomeço a exploração da ideia que vamos praticar com esta lição fazendo de novo as perguntas feitas nos anos passados:

Alguém sabe me dizer aonde está o meu passado? Ou o passado em geral? Alguém, quem quer que seja, sabe dizer aonde está seu próprio passado? Ou todo o passado? Existe? Existiu?

E aonde estará meu futuro? Alguém sabe me dizer? Alguém sabe dizer aonde estará seu futuro? Existe? Vai existir, de fato?

Conforme o Curso ensina, e alguns e algumas de nós já aprendemos, o único tempo que existe é o presente, o agora. A partir do aprendizado disto, podemos ficar tranquilos, tranquilas, em relação a tudo o que aparentemente existe em nossa vida. E principalmente em relação a tudo o que queremos que venha a existir. Pois tudo o que ainda não existe só existe - só pode existir - de verdade em potencial, tão somente como possibilidade. E só em nossos pensamentos. Não há como materializar qualquer coisa, se não a tivermos primeiro visualizado em pensamento. Quer dizer, nada daquilo que não pensamos pode se materializar. Assim, é meio óbvio, não?, que nada daquilo em que não pensamos pode existir. E não existe.

Daí, pode-se deduzir logicamente que tudo quanto pensamos existir, antes de existir, foi um pensamento, não? E o que queremos para a nossa vida? Basta que desejemos em pensamento alguma coisa para que ela passe a existir, talvez ainda não materialmente, visível, tocável, apreensível pelos sentidos, mas apenas potencialmente durante algum tempo. Assim, quanto mais forte for nosso desejo, tanto maior a possibilidade de que tal coisa venha a se materializar em nossas vidas.

Mas... Cuidado! Muito, muito cuidado mesmo! Isto vale também para aquilo de que temos medo, vale para aquilo que NÃO queremos, para aquilo que abominamos, aquilo em que gostaríamos de poder nem pensar a respeito - mas pensamos -, por medo, por mágoa, por ressentimento, por raiva ou por qualquer razão que seja, ainda que inevitavelmente ligada ao julgamento que fazemos de outros e outras e, por consequência, de nós mesmos e de nós mesmas. 

No universo das potencialidades não existe o "não". Pois naquele universo nada é impossível. E tudo aquilo que pensamos, para o bem ou para o mal, pode vir a se materializar a depender da intensidade de nosso desejo, ou de nosso medo. Pois nossos pensamentos são energia e tudo o que se materializa só se materializa a partir da energia. É por isso também que João Guimarães Rosa, consciente do poder dos pensamentos, escreveu que "o que tem de ser tem muita força".

E é ainda por isso que a ideia que vamos revisar hoje, como eu já disse antes também, é um passo gigantesco na direção da salvação rápida e eficaz, pois cobre uma distância tão grande na direção daquilo que somos, na verdade, que nos "coloca bem perto do Céu". Pois esta ideia nos permite agir no mundo, esquecendo-nos de uma vez por todas daquilo que chamamos passado. E, por nos oferecer a possibilidade de deixar o futuro nas Mãos de Deus, nos devolve ao presente. Ao único tempo que existe de fato.

É esta a ideia que, praticada juntamente com as afirmações que unificam as práticas durante esta revisão [Eu não sou um corpo. Eu sou livre. Pois ainda sou como Deus me criou], vai nos permitir "ultrapassar toda ansiedade, todos os abismos do inferno, todo o negror da depressão, dos pensamentos de pecado e da desolação trazida pela [crença na ideia da] culpa", que se origina da crença na separação.

O que podemos temer depois de aceitarmos esta ideia? Já não há passado e qualquer coisa que possamos esperar do futuro, que ainda não existe, está nas Mãos de Deus, porque nós entregamos o futuro a Ele. Isto não é absolutamente libertador? Salvar-se - salvar o mundo - não será apenas isto: confiar o futuro às Mãos de Deus? Abrir mão de qualquer intenção, ou pretensão, de controle sobre qualquer coisa?

Pois de que nos valeram até agora todos os esforços - e o orgulho que os motiva - para controlar nossos próprios caminhos? Alguém, alguma vez, conseguiu, consegue, ou virá a conseguir, de fato, prever ou mudar o papel que lhe cabe no plano de Deus para a salvação do mundo, sem se render por completo a Ele e a Seu plano? Sem compreender que a Vontade de Deus é a mesma que a nossa?

Não é este tipo de esforço que nos desgasta, que nos apavora e nos enche de terror ao se revelar inútil? Quanto nos debatemos e quanto ainda vamos nos debater antes de aceitar que basta nos rendermos à Vontade de Deus, que é também a nossa, para que tudo se ilumine e encha de alegria, de amor e de paz todos os caminhos que trilhamos? 

Às práticas?

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Quando tomas a decisão, o divino que tu és vem a ti

 

LIÇÃO 213

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (193) Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda.

Uma lição é um milagre que Deus me oferece em lugar de pensamentos que tive, que me ferem. O que aprendo d'Ele é o modo pelo qual me liberto. E, por isto, escolho aprender as lições d'Ele e esquecer minhas próprias lições.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 213

Caras, caros,

Vou manter aqui, mais uma vez, para a lição e para a ideia que revisamos hoje, o mesmo comentário feito nos últimos anos, com algumas pequenas alterações necessárias. Acredito que vale a pena refletir a seu respeito novamente. O que vocês acham? Alguém se incomoda com a repetição?

Assim como não existem acasos, conforme sabemos, também não existem coincidências. Caso contrário, a quem atribuir a responsabilidade pela experiência? Se não há nenhum mundo exterior a mim, a não ser o que vejo como expressão manifesta de meu mundo interior - e o de cada um e de cada uma individualmente - o que preciso salvar? A quem preciso salvar a não ser a mim mesmo, se acredito que alguém precisa ser salvo?

É maravilhoso praticar, e compreender bem [sempre no sentido de aceitar e, neste caso, aceitar por completo], a ideia que revisamos neste primeiro dia do mês de agosto, "na contagem milenar", e ilusória, do tempo. Ou alguém, de fato, acredita que há como contar o tempo? Ela, a ideia para as práticas de hoje, abre diante de nós todas as possibilidades do aprendizado da percepção verdadeira. Pois é a compreensão dela que vai fundamentar e facilitar a aceitação da responsabilidade que cabe a cada um e a cada uma de nós por tudo o que acontece na vida. Em nossa própria vida e na vida em geral.

Um reforço ao que eu disse acima: precisamos nos lembrar sempre de que compreender é aceitar, tem de ser aceitar. Pois, de fato, só não aceitamos aquilo que ainda não compreendemos. E, quando nos recusamos a compreender algo, estamos apenas nos aferrando a uma ideia, a um preconceito [pré-conceito, conceito prévio ou anterior], a um julgamento que fizemos, que estamos fazendo, e não queremos mudar.

Assim, na verdade, a ideia das práticas de hoje é um milagre que Deus nos oferece para substituir quaisquer pensamentos que possamos ter tido a respeito de qualquer coisa que se tenha apresentado, ou se apresenta, a nós em nossa experiência. Pois permite que retiremos todo o julgamento dos fatos e das circunstâncias. Praticar esta ideia permite que olhemos para eles com um novo olhar, um olhar diferente. Um olhar que busca apreender, compreender e aceitar a lição que se apresenta daquele modo, naquele momento, seja ela qual for, seja qual for o momento.

É importante sabermos que, de acordo com o Curso, uma lição nos vai ser apresentada tantas vezes quantas forem necessárias e de tantas formas diferentes quantas forem preciso até que a aprendamos. Para, então, passarmos a uma nova lição, a um novo aprendizado. 

Enquanto resistirmos às lições [e às experiências], considerando-as acaso, coincidência, má sorte, infortúnio, desgraça, algo que não deveria ter acontecido, ou nos considerando infelizes pelas experiências que vivemos, deixamos de ver o milagre que há por trás de todos os acontecimentos de nossas vidas.

Talvez ajude saber que, de acordo com Neale Donald Walsch, "aquilo que é importante em tua vida é aquilo que tu decides que é importante e esta decisão dá origem àquele que tu és de modo indelével". Daí a importância de tomarmos a decisão de seguir a orientação e praticar as lições conforme o Curso pede. Só a partir desta decisão vamos ser capazes de encarar todas as coisas como lições que Deus quer que aprendamos. É só a partir do momento em que tomamos a decisão que o divino que somos recebe a permissão de vir a nós.

Às práticas?

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Nunca temos nenhuma vontade separada da de Deus

 

LIÇÃO 212

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (192) Tenho uma função que Deus quer que eu cumpra.

Busco a função que me libertará de todas as vãs ilusões do mundo. Só a função que Deus me dá pode oferecer liberdade. É apenas isto que busco, e só aceitarei isto como meu.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 212

Caras, caros,

Eis-nos de novo às voltas com a ideia de que cada uma e cada um de nós tem uma função a cumprir no plano de Deus para a salvação. Já passamos por aqui antes, não? Já falamos disso noutras ocasiões, de outras formas, não é mesmo?

A verdade é que nossa memória é muito curta e dá muito espaço para aquilo tudo que o ego nos diz nas vinte e quatro horas do tempo de que pensamos são feitos nossos dias. Além do mais, o ego não quer que nos libertemos das ilusões que lhe dão existência, com todos os conflitos que atestam sua "realidade" e a "realidade" do mundo.

Mas não podemos nos deixar enganar. Precisamos continuar nossas práticas, precisamos continuar e continuar porque:

Em certo sentido, somos todos buscadores, buscadoras. E buscamos o quê? Por quê? Será que perdemos alguma coisa? Será que há algo a ser encontrado? Por que a maioria dentre nós não está satisfeita com o que tem, com o que vive, com o lugar aonde está, com aquilo que pensa poder fazer e com aquilo que acredita não poder? Por que muitas pessoas dizem que gostariam de ter nascido noutra época, noutro lugar, noutro corpo, muitas vezes, no seio de outras famílias que não as suas?

Na verdade, quer me parecer, a partir do ensinamento do Curso, que não há nada a buscar. O próprio Curso diz que já somos aquilo que estamos buscando. Diz mais: que não perdemos nada e nem, de fato, há algo que possamos perder ou encontrar. E diz ainda que podemos tudo, pois herdamos de Deus, Pai/Mãe, o mesmo poder que Ele/Ela tem. Assim, temos pleno poder para fazer o que quisermos, desde que tomemos a decisão de agir no mundo a partir do Ser. Isto é, inspirados apenas por aquilo que somos.

Contudo, parece-me que a maior parte do tempo não sabemos o que somos, o que fazemos, o que há para fazer e nem onde estamos. Como se sentíssemos falta de alguma coisa que não sabemos dizer de forma clara o que é. Há algo que queremos e que não conseguimos identificar bem.

Este algo é aquilo a que podemos chamar de anseio pela eternidade, de saudade de casa, de saudade de um tempo em que sabemos ter vivido apenas a alegria de ser e estar no lugar a que pertencemos. Um tempo que só pode ser vivido no aqui e no agora, no momento em que estamos inteiramente imersos no Ser, naquilo que de verdade somos em sintonia com o divino.

É por esta razão que a ideia para a nossa revisão de hoje tem importância vital para a re-descoberta do papel que nos cabe na ordem das coisas, para dar sentido à vida que vivemos neste mundo, de acordo com a Vontade de Deus. Tudo o que precisamos fazer, então, a partir também da ideia que praticamos ontem, é lembrar de nossa condição de Filhos santos do Próprio Deus.

Uma passagem do livro texto, que já citei outras vezes, sugere que reconheçamos e aceitemos a seguinte ideia: "O Próprio Deus é incompleto sem mim".  Ora, esta ideia é fundamental para que recobremos o direito legítimo à herança divina que nos cabe, para que possamos ser o tempo inteiro tão somente a manifestação do Deus Vivo em nosso aparente estar-no-mundo.

E não há como não reconhecê-la se pensarmos que Deus, ou melhor dizendo, a ideia de Deus é uma ideia todo-abrangente. Ele [ou a ideia d'Ele] só existe para mim, para nós, para quem quer que seja, quando tudo e todos começam e terminam n'Ele. Tudo se recobre de sentido no Amor que é capaz de abarcar a tudo e a todos em Si.

Assim, como eu já disse antes também, da mesma forma que precisamos de Deus [ou da ideia de Deus] para que nossas vidas tenham sentido, Deus [mesmo que apenas como ideia] precisa de todos, todas, de cada um e de cada uma de nós assumindo o compromisso com a função que nos cabe para a realização de Seu plano para a salvação do mundo, para a realização de Sua Vontade de alegria e paz perfeitas e completas para cada um, cada uma. E para todos e todas nós. Uma vontade que é também a nossa. Porque não podemos ter nenhuma vontade à parte da de Deus, do mesmo modo que não podemos existir separados ou separadas d'Ele.

Às práticas?

quarta-feira, 30 de julho de 2025

A "realidade" do mundo é só uma sugestão hipnótica

 

LIÇÃO 211

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (191) Eu sou o Próprio Filho santo de Deus.

Em silêncio e em verdadeira humildade eu busco a glória de Deus, para vê-la no Filho Que Ele criou como o meu Ser.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 211

Caras, caros,

Repetindo mais uma vez o comentário feito em anos anteriores para esta lição.

Revisamos hoje, uma vez mais, aquela ideia que nos põe em contato com a verdade acerca de nós mesmos e de nós mesmas, a ideia que nos devolve à condição de Filhos santos do Próprio Deus, ou que nos devolve a identidade do Próprio Filho santo de Deus, e que nos põe de novo em contato, assim, com aquilo que somos na verdade.

Como eu já disse algumas vezes no passado, falando desta lição de forma específica, a repetição continuada das afirmações ou declarações que unificam este período de revisão [Eu não sou um corpo. Eu sou livre. Pois ainda sou como Deus me criou.] visa a re-criar e a reforçar em nós a sensação da unidade com Deus. Na verdade, devolver-nos a nossa condição natural de unidade com Ele/Ela, uma vez que a tal separação em que o ego acredita nunca existiu, não existe e jamais existirá. Esta é, pois, uma forma extremamente eficiente de eliminar da mente a crença na separação, que é, de fato, o único problema que precisamos resolver.

Na verdade, se buscarmos refletir bem a respeito do que somos e da experiência que vivemos, não existe nada que possa nos fazer acreditar na possibilidade de uma vida separada da de Deus, a não ser na ilusão. Pois, para que tal separação pudesse existir de fato, teríamos de estar separados e separadas de nós mesmos e de nós mesmas. Isto não é possível! Isto - nossa separação de nós mesmos e de nós mesmas - só pode acontecer - e também apenas na ilusão ou no delírio - quando nos dissociamos de nós mesmos e de nós mesmas, daquilo que somos, tomando-nos por outra coisa. Ou por aquela imagem de nós que construímos no mundo: o ego, que o Curso afirma não existir, de fato. Isto é, o ego, ou nossa dissociação daquilo que somos, é apenas um processo mental. Como aquele que experimentamos quando vivemos um transe, uma hipnose, uma aparente separação da realidade, que também só pode ser mental.

Porém, sendo o mais honestos e honestas possível para com nós mesmos e para com nós mesmas, é preciso reconhecer que vivemos em transe a maior parte do tempo. Pois, em geral não nos damos conta de que fomos e estamos hipnotizados e hipnotizadas, acreditando viver, em um mundo que não existe, uma "realidade" que é apenas uma sugestão hipnótica, uma ilusão criada por um sistema de crenças que, aparentemente, nos afasta de nós, do que somos e de Deus. 

Mais uma vez: isto é impossível! E é exatamente para aprendermos de que forma podemos sair do transe que as práticas se fazem necessárias.

São elas que vão permitir que aceitemos a Expiação para nós mesmos e para nós mesmas, isto é, que sejamos capazes de corrigir, de desfazer, os erros, que só existem em nossa mente, quando nos acreditamos separados e separadas de Deus e, por consequência, de nós mesmos e de nós mesmas, uns dos outros e umas das outras.

É por isso que o Curso ensina com as práticas que não há problema algum se pulamos um período ou outro, ou se não somos disciplinados, nem disciplinadas o suficiente para seguir as orientações que ele nos dá ao longo do livro de exercícios, ou mesmo no texto. Somos convidados e convidadas a voltar sempre que esquecemos, sem culpa, sem medo, sem nenhuma condenação. Mais ou menos como nos convida Rumi, poeta sufi do século XIII:

Vem, vem, seja lá quem fores.
Peregrino, devoto,
amante das partidas - não importa.
Nossa caravana não é de desespero.
Vem, mesmo que tenhas violado teus votos
cem vezes, mil vezes.
Vem, vem de novo, vem.

Às práticas?

terça-feira, 29 de julho de 2025

É aconselhável e necessário vigiar os pensamentos

 

LIÇÃO 210

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (190) Escolho a alegria de Deus em vez da dor.

A dor é uma ideia minha. Não é um Pensamento de Deus, mas um pensamento que tive separado d'Ele e de Sua Vontade. A Vontade d'Ele é alegria e apenas alegria para Seu Filho. E é isto que escolho em lugar do que fiz.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 210

Caras, caros,

A ideia da lição 190 - Escolho a alegria de Deus em vez da dor. - é o pensamento que revisamos hoje em nossas práticas. Pensamento este que pede que confirmemos nossa decisão de ser livres para sentir e viver agora o Amor de Deus em nossa vida, como praticamos ontem.

Esta escolha - a da alegria de Deus em lugar da dor -, como eu já disse antes, continua a ser uma decisão que precisamos tomar agora.  Uma decisão que precisamos tomar no momento presente e reafirmar a todo instante, minuto após minuto, hora após hora, dia após dia, mês após mês, ano após ano, uma vez tomada, de fato. Uma escolha que podemos manter, de forma simples e fácil, com as práticas diárias.

Como eu disse antes também, esta é uma escolha que nos oferece uma forma simples e fácil de manter a vigilância sobre nossos pensamentos - o que é sempre bom, necessário e aconselhável -, pois toda vez que algo em nossa mente - uma ideia, um pensamento, um medo, um arrepio indefinível, por menos que dure, - parece nos afastar da alegria, a vigilância sobre nossos pensamentos vai permitir que sejamos capazes de perceber que nos afastamos daquilo que, segundo o Curso, é a Vontade de Deus para nós - a alegria e a paz, perfeitas e completas -, que é também expressão de nossa própria vontade, que não existe separada da d'Ele/Ela. Esta é uma escolha que nos cabe fazer por direito de filhos e filhas de Deus.

A dor, o sofrimento, a morte, a miséria, a escassez, a escuridão, a fome, a discórdia e todos os aparentes "males" do mundo são apenas efeitos de nossos pensamentos que "criam" - mais certo seria dizer inventam, fantasiam - e, é claro, materializam nas aparências, a ilusão no mundo, de modo equivocado. São efeitos da crença na ideia de que é possível fazermos qualquer coisa separados, ou separadas de Deus. 

As práticas de hoje, portanto, nos oferecem de novo mais um instrumento para o aprendizado e a prática do "orai e vigiai" a que nos exorta o texto bíblico desde há muito. Se aprendermos - e nos decidirmos - a manter uma vigilância constante e permanente sobre nossos pensamentos, livrando-os de qualquer sombra de medo,  já não haverá possibilidade de que eles "criem" de forma equivocada, pois a sintonia com o Pai, com o divino em nós, será ininterrupta e seremos capazes da comunicação perfeita com Ele/Ela, e com tudo o que existe, na verdade. 

Às práticas?

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Pelas práticas aprenderemos a atenção, a vigilância

 

LIÇÃO 209

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (189) Sinto o Amor de Deus em mim agora.

O Amor de Deus é o que me criou. O Amor de Deus é tudo o que sou. O Amor de Deus demonstra que sou Seu Filho. O Amor de Deus em mim me liberta.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 209

Caras, caros,

Penso, como já disse em anos anteriores, que grande parte da ingenuidade, da espontaneidade, da alegria e do destemor da maioria das crianças muito pequenas - e de algumas maiores, ou de outras, ditas especiais e também de alguns raros adultos a que se poderia chamar de iluminados - se deve a sua quase que total dependência dos pais e de adultos a sua volta e à confiança que lhes dedicam (aos pais e a esses adultos, parentes ou não), uma vez que sua razão ainda não lhes dá a capacidade de pensar lógica e racionalmente, o que só vai acontecer em uns poucos anos, quando acontecer. Se acontecer.

A depender da forma com que forem ensinadas a se relacionarem com as pessoas e coisas do mundo, elas, as crianças, vão continuar a desenvolver sua confiança em si mesmas e nas outras pessoas, a partir da confiança que devotam aos pais e aos adultos que as rodeiam, ao mesmo tempo em que vão começar a ser menos dependentes deles, quando tudo se desenrolar a contento, da forma como costuma acontecer normalmente, para a maioria das pessoas no mundo.

É, pois, por um lado, muito importante que aprendamos - se ainda não aprendemos - a confiar nas pessoas, em todas as pessoas que se apresentam em nossas vidas em qualquer momento, pois é só este aprendizado que vai nos dar a confiança necessária para que nos entreguemos à vida de forma incondicional, reconhecendo, aceitando e acolhendo toda e qualquer experiência que se apresentar, porque cientes de que as escolhemos nós, mesmo quando não temos consciência do momento em que se deu a escolha e, às vezes, nem da razão ou razões por que ela foi feita. 

Por outro, é preciso termos ciência de que a confiança nos outros é reveladora da confiança que depositamos em nós mesmos, ou em nós mesmas. Porque, se não confiamos em nós, não há como confiar nos outros. Quer dizer, até há, mas aí vamos nos valer daquela confiança desconfiada, vamos nos relacionar com uns e outros, ou umas e outras, quase que o tempo todo, com aquela postura a que se costuma chamar de "confiar, sim, mas sempre com um pé atrás". 

É também muito importante saber que a confiança só pode nascer da aceitação do outro por inteiro e, por extensão, da confiança completa em nós mesmos, ou em nós mesmas, sem julgamento. Isto é, é necessário abandonar o julgamento para confiar. Lembremo-nos de que quando não confiamos em nós mesmos, ou em nós mesmas estamos desconfiando do divino. E o mesmo acontece quando não temos confiança nos outros. Ou como disse alguém, Madre Tereza de Calcutá, se não me engano: "tudo é sempre entre Deus e eu", porque não há nada fora de mim. Ou de Deus, ou do que quer cada um, ou cada uma, de nós acredite como algo maior do que esta imagem equivocada que fazemos de nós mesmos, ou de nós mesmas.

Lembram-se da primeira lição que revisamos nesta série, a última das revisões: Confio em meus irmãos, que são um comigo? E todos são meus irmãos, nossos irmãos. Todas as pessoas do mundo.

E digo tudo isto mais uma vez apenas para que busquemos nos pôr em sintonia com o que trazemos de nossa experiência em relação à ideia que o Curso nos oferece para as práticas de hoje.

Nada do que já passou tem qualquer importância. E, se não fomos ensinados nem ensinadas a confiar, ou se não fomos, ao longo de nossas vidas, educados nem educadas de forma a ser cada vez mais livres, e a viver em harmonia com a Vontade de Deus para nós, o momento para corrigir a percepção é agora. O momento para ser livre, para escolher e tomar a decisão pela liberdade, é agora. É agora, neste momento, neste instante exato, que podemos sentir o Amor de Deus. E, não importa a experiência pela qual estejamos passando, se quisermos perceber alguma mudança no mundo, é só agora, no instante presente, neste exato momento, que precisamos e podemos mudar nosso modo de olhar para ele. É isto que, por consequência, vai trazer a mudança.

Não há outro tempo a não ser o presente. Quando nos deixamos enganar por aquilo a que damos nome de passado, imaginando que, se alguma coisa lá tivesse sido diferente, a situação que vivemos hoje poderia ser diferente, estamos nos auto-enganando. Estamos da mesma forma nos auto-enganando, quando buscamos nos convencer de que amanhã tudo vai ser diferente, porque nos propusemos a começar a fazer as coisas de forma diferente. É, sim, auto-engano, enquanto não tomarmos, de fato, a decisão e nos convencermos de que o que é preciso mudar só pode ser mudado agora:  e apenas a partir da tomada de decisão. E, claro, da ação, ou ações, que deve(m) se seguir à tomada de decisão.

Basta que pensemos uma vez mais na terceira daquelas quatro leis espirituais que se ensina na Índia: "Toda vez que você iniciar é o momento certo". Mas não dá para deixar para amanhã. É preciso tomar a decisão agora. E saber que tomar a decisão é apenas o começo. E que ela vai ter de ser tomada a cada passo, a cada instante, a cada novo desafio, a cada nova experiência. Até estarmos certos de que tomamos a decisão que nos leva a viver a Vontade de Deus de alegria e paz perfeitas e completas para nós o tempo todo. Até sermos capazes de dizer e viver o tempo inteiro o que a ideia de hoje nos pede para praticar. Pois enquanto não formos capazes de confiar em nós mesmos e em nós mesmas e de nos amarmos inteira e completamente, ainda não estaremos sentindo em nós o Amor de Deus. E não o viveremos de fato. Daí a necessidade da atenção, da vigilância e dos exercícios diários.

Às práticas?

domingo, 27 de julho de 2025

A vida só quer ser o que é e sempre cumpre seu papel

 

LIÇÃO 208

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (188) A paz de Deus brilha em mim agora.

Vou me aquietar e deixar que a terra se aquiete comigo. E, neste silêncio, encontraremos a paz de Deus. Ela está dentro do meu coração, que dá testemunho do Próprio Deus.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 208

Caras, caros,

Como eu já disse alguma vezes antes, a ideia que vamos praticar hoje pode nos ajudar a aprender a salvação, a vivê-la e a estendê-la ao mundo, livrando-nos de todos os equívocos e permitindo que a luz de Deus brilhe sobre cada um e cada uma de nós e sobre todos e todas nós. Aliás, isto é o que cada uma das ideias que praticamos nesta revisão pode fazer, se aprendida, aceita e aplicada com disciplina e determinação, conforme o Curso nos diz.

Para aproveitar uma vez mais, quer dizer, re-reaproveitar, o comentário feito a esta lição anteriormente gostaria de convidá-los, de novo, a pensarem na seguinte frase: 

"A vida é muito simples." 

O que isto lhes diz, se é que lhes diz alguma coisa? Parece-lhes verdadeira tal afirmação? Parece-se de algum modo com a experiência de vida que vivem, que nós vivemos? Ou é exatamente o contrário? 

"A vida é muito simples."

Parece-lhes muito ingênuo dizer isto? Muito pretensioso, arrogante?
  
Na verdade, a partir do que sabemos de tudo o que recebemos como legado de inúmeros mestres, a vida é, de fato, muito simples. Nós é que a complicamos. É o que dizem todas as pessoas, ou quase todas, que viveram sua vida de maneira simples. Ou as que a vivem ainda hoje de forma simples, com simplicidade. A questão é que, de modo diferente daquele que ensinam os mestres e as mestras, cada um, ou cada uma, de nós complica a vida a sua própria maneira. 

Fazendo dela um bicho-de-sete-cabeças, damos à vida uma complexidade que ela absolutamente não tem, se prestarmos atenção verdadeira a suas manifestações e desdobramentos.

Aqui, vou fazer uma interrupção neste comentário para acrescentar um tipo de historinha que está no livro de Rosana Kazakevic a respeito de sua experiência no Caminho de Santiago, que li há não muito tempo, após minha volta do Caminho de Santiago, oito anos atrás. O livro se chama "Uma viagem por dentro e por fora", para quem se interessar.

Diz ela que a certa altura retomou uma conversa que tivera com Deus antes e Ele lhe perguntou se ela queria de fato a companhia d'Ele, ao que ela respondeu que sim.

Na continuação da conversa ela disse a Deus que gostava de fazer planos e Ele disse que sabia, e que ela já tinha estragado muitos planos d'Ele.

Ela, é claro, quis saber que planos e de que forma ela os tinha estragado. 

E Ele respondeu que foram muitos. Ela tinha estragado todos os planos d'Ele em que não seguia sua, dela, voz interior [a d'Ele também, é óbvio], fazendo tudo o que os outros queriam. Disse Deus a ela que era uma escolha dela e que ela reclamava dos resultados. Chorava e piorava. Aí, Ele teve de deixá-la por conta até que ela visse que suas escolhas, as dela, não eram boas. Finalmente, ela viu. E Ele completou dizendo que os resultados não são atribuição d'Ele, eles vêm com as escolhas do caminho que cada uma ou cada um faz.

E, continuando com o comentário: 

É por isso que a vida, tal qual cada um e cada uma de nós, só quer ser o que é, cumprir seu papel, e é isso o que ela faz, diferentemente da maioria de nós, que se sente paralisada à simples menção apenas de que é preciso antes de tudo ser, ou de agir no mundo a partir do que se é. Afinal, alguém sabe dizer o que somos? Na verdade, como o Curso ensina, só encontraremos a alegria e a paz perfeitas e completas, a vontade de Deus para todos, todas, cada um e cada uma de nós [que é a mesma que a nossa], quando aprendermos a ser o que somos. Isto é, quando nos decidirmos a viver a partir daquilo que somos, quando dermos espaço e atenção à nossa própria voz interior, que não é nada mais nada menos do que a voz do divino em nós. 

A vida sempre cumpre seu papel independentemente daquelas dificuldades que atribuímos a seu desdobrar-se, ou que pensamos ver enquanto a vida se manifesta. Não há dificuldades para ela. Todos os seus caminhos são planos e retos. Não há curvas, nem desvios. A vida, apesar de qualquer coisa que pensemos dela, segue sempre em frente. Nada a detém. Tudo e todos fazem parte do que ela é. Da mesma forma que tudo e todos são partes do que somos, na verdade.

Entretanto, naquilo que nos diz respeito, as coisas são diferentes. Muitas vezes, por medo de manifestar o que somos, ou por medo de ser aquilo que acreditamos ser no mais íntimo de nós mesmos. ou de nós mesmas, nós nos negamos o direito de ser e, por consequência, negamos a vida que vibra em nós e que quer se manifestar. Quer ser apenas a manifestação da alegria, que é a verdadeira característica daquilo que somos.

Negando a vida a nós mesmos, ou a nós mesmas, passamos a cultivar, ao mesmo tempo, um medo e um desejo mórbidos de morte em qualquer das formas que acreditamos que ela se apresente. Matamo-nos uns aos outros, umas às outras e a nós mesmos, ou a nós mesmas, das mais variadas maneiras.

Em nome do orgulho, como eu já disse também em anos passados, deixamos de estender a mão a quem precisa receber algum conforto de nós. Em nome do medo, deixamos de nos mostrar, defendendo-nos constante e continuamente daquilo a que chamamos de ataques, mas que não passam de pedidos de ajuda. 

Como o Curso ensina, qualquer ataque é um pedido de ajuda, um pedido de atenção e de amor, que se oferece a nós para mudarmos a forma de ver o mundo. Pede que mudemos nossa maneira de criar e de construir o mundo, nosso modo de nos relacionarmos com o mundo para que ele possa experimentar a paz e a luz de Deus.

Vamos pensar nisso durante as práticas de hoje?