quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O corpo deve ser só veículo da comunicação perfeita

 

5. O que é o corpo?

1. O corpo é uma cerca que o Filho de Deus imagina ter construído para separar partes de seu Ser de outras partes. É dentro desta cerca que ele pensa viver para morrer quando ela enfraquecer e se deteriorar. Pois dentro desta cerca ele pensa estar a salvo do amor. Identificando-se com sua segurança, ele percebe a si mesmo como aquilo que sua segurança é. De que outra forma ele poderia ter certeza de que permanece no interior do corpo e de que mantém o amor do lado de fora?

2. O corpo não permanecerá. Mas ele vê isto como segurança em dobro. Pois a impermanência do Filho de Deus é "prova" de que suas cercas funcionam e cumprem a tarefa que sua mente atribui a elas. Pois, se sua unidade ainda permanecesse intocada, quem poderia atacar e quem poderia ser atacado? Quem poderia ser vitorioso? Quem poderia ser sua presa? Quem poderia ser vítima? Quem o assassino? E, se ele não morresse, que "prova" haveria de que o Filho de Deus pode ser destruído?

3. O corpo é sonho. Igual a outros sonhos, algumas vezes ele parece retratar a felicidade, mas pode bem repentinamente retroceder para o medo, onde nascem todos os sonhos. Pois só o amor cria na verdade e a verdade nunca pode ter medo. Criado para ser medroso, o corpo tem de servir ao propósito que lhe foi dado. Mas nós podemos mudar o propósito a que o corpo obedecerá mudando o que pensamos acerca de sua finalidade.

4. O corpo é o meio pelo qual o Filho de Deus volta à sanidade. Ainda que ele tenha sido feito para prendê-lo no inferno de forma irremediável, apesar de a meta do Céu ter sido trocada pela busca do inferno. O Filho de Deus estende sua mão para alcançar seu irmão e para ajudá-lo a caminhar pela estrada junto com ele. O corpo se torna sagrado imediatamente. Agora ele serve para curar a mente à qual ele tinha feito para matar.

5. Tu te identificarás com aquilo que pensas que te deixará seguro. Seja isso o que for, acreditarás que é um contigo. Tua segurança está na verdade, e não em mentiras. O amor é tua segurança. O medo não existe. Identifica-te com o amor e estás seguro. Identifica-te com o amor e estás em casa. Identifica-te com o amor e encontras teu Ser.

*

LIÇÃO 261

Deus é meu abrigo e minha proteção.

1. Eu me identificarei com aquilo que penso ser abrigo e proteção. Eu me verei aonde percebo minha força, e penso viver no interior da fortaleza na qual estou seguro e não posso ser atacado. Que hoje eu não busque proteção no perigo e nem tente achar minha paz no ataque assassino. Vivo em Deus. Encontro n'Ele meu abrigo e minha força. Minha Identidade está n'Ele. A paz duradoura está n'Ele. E só n'Ele me lembrarei de Quem sou verdadeiramente.

2. Que eu não busque ídolos. Hoje quero voltar para Ti, meu Pai. Decido ser como Tu me criaste e achar o Filho a quem Tu criaste como meu Ser.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 261

Caras. caros,

Eis-nos aqui, agora, mais uma vez, com a quinta instrução que vai orientar e dar unidade às próximas dez lições que começamos a contar de hoje. E, para continuar os comentários e a exploração das lições desta segunda parte da mesma forma de que tenho me valido nos últimos anos, esta quinta instrução vai ser publicada também a cada nova lição desta série. A instrução, desta vez, é: 

O que é o corpo? 

Sabes? Sabemos? Sabem?

Bem, como já lhes disse, a partir do que o Curso orienta, as questões que abrem as séries de lições, bem como toda esta segunda parte do livro de exercícios, se destinam a iluminar nossa percepção para harmonizá-la à do Espírito Santo, à do divino no interior de cada um e de cada uma de nós. Para que cheguemos à percepção correta. É isto que vocês estão percebendo? Os temas estão lhes trazendo alguma luz? Vocês estão conseguindo ligar os temas às lições que se seguem como forma de se abrirem ao olhar amoroso do Espírito Santo em vocês? Ou estão conseguindo abrir seu modo de olhar para ver como o Espírito Santo vê? 

A instrução que o Curso apresenta novamente hoje, este tema em particular, como lhes disse outras vezes, trata de nos ensinar de que forma podemos mudar a percepção que temos do corpo, transformando-o em um instrumento que serve para nos devolver a sanidade, em lugar de ser o símbolo de nossa separação de Deus e o meio que serve para nos levar à morte, conforme o propósito que lhe dá o falso eu - o ego. 

O Curso ensina que é preciso aprendermos a utilizar o corpo apenas como um veículo para nos levar à comunicação perfeita com nossos irmãos e irmãs, com nós mesmos, com nós mesmas e com toda a criação. Visto deste modo, usado para a finalidade da comunicação, o corpo não é um fim em si mesmo e pode ser considerado neutro. Vendo-nos, e vendo tudo, todos e todas as coisas como extensões amorosas do Pensamento de Deus, devolvemos aos corpos, aos nossos próprios corpos e a todos os outros corpos com que temos contato, animados ou inanimados, a condição do sagrado. E eles podem voltar a ser um meio para curar a mente.

Assim é que a primeira das ideias que praticamos neste período serve também para reforçar nossa condição de Filhos de Deus. Ela nos ajuda a identificar em Deus, e a encontrar n'Ele/Ela, o verdadeiro abrigo, a única verdadeira proteção de que precisamos.

Na verdade, como eu já disse antes também, libertando-nos de nossa identificação com o corpo, aprendemos a certeza de que só em Deus vamos encontrar abrigo, proteção, força, paz duradoura, amor infinito e Identidade. 

Às práticas?

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

"Para lembrar e recriar Quem Somos", estamos aqui

 

4. O que é o pecado?

1. Pecado é insanidade. Ele é o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que ilusões tomem o lugar da verdade. E, por estar louca, a mente vê ilusões aonde a verdade deveria estar e aonde ela verdadeiramente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois o que há para os inocentes quererem ver? Que necessidade eles têm da visão, da audição e do tato? O que querem ouvir ou tentar compreender? De qualquer modo, o que perceberiam? Perceber não é conhecer. E a verdade só pode se satisfazer com o conhecimento e nada mais.

2. O corpo é o instrumento que a mente criou, em seus esforços para se enganar. A finalidade dele é lutar. Mas a meta da luta pode mudar. E, em função disso, o corpo serve para lutar por um objetivo diferente. O que ele busca agora é escolhido pelo objetivo que a mente aceita como substituto para a meta do auto-engano. A verdade, tanto quanto as mentiras, pode ser sua meta. Neste caso, os sentidos, de preferência, buscarão testemunhas para aquilo que é verdadeiro.

3. O pecado é o lar de todas as ilusões, que representam apenas coisas imaginárias, resultantes de pensamentos que não são verdadeiros. Eles são a "prova" de que aquilo que não tem nenhuma realidade é verdadeiro. O pecado prova que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem de ter um fim, que a vida eterna tem de morrer. E que o Próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo, com Sua Vontade derrotada pela morte para sempre, com o amor morto pelo ódio e com a paz a não existir mais.

4. Os sonhos de um louco são amedrontadores e o pecado parece, de fato, aterrorizar. E, no entanto, aquilo que o pecado percebe é apenas uma brincadeira infantil. O Filho de Deus pode fingir que se tornou um corpo, presa do mal e da culpa, com nada mais do que uma vida curta que termina com a morte. Mas seu Pai reluz sobre ele o tempo todo e o ama com um Amor infinito, que suas simulações não podem mudar em absoluto.

5. Até quando, ó Filho de Deus, sustentarás a brincadeira do pecado? Não é melhor abandonar estes brinquedos infantis de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar a casa? Hoje, talvez? Não existe nenhum pecado. A criação é imutável. Ainda queres adiar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho de Deus, até quando?

*

LIÇÃO 260

Que eu me lembre de que Deus me criou.

1. Pai, eu não fiz a mim mesmo, embora em minha loucura tenha pensado que sim. Entretanto, como Pensamento Teu, não deixei minha Fonte, e continuo a ser parte d'Aquele Que me criou. Teu Filho, meu Pai, chama por Ti hoje. Permite que eu me lembre de que Tu me criaste. Permite que eu me lembre de minha Identidade. E permite que minha inocência se eleve novamente diante da visão de Cristo, por meio da qual quero olhar para meus irmãos e para mim mesmo hoje.

2. Agora nossa Fonte é lembrada e, Nela, enfim, encontramos nossa verdadeira Identidade. Somos santos, de fato, porque nossa Fonte não pode conhecer nenhum pecado. E nós, que somos Filhos d'Ele, somos iguais uns aos outros e semelhantes a Ele.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 260

Caras, caros,

Repetindo ainda uma vez os comentários dos últimos anos para esta lição, hoje vamos voltar a praticar aquela ideia que nos remete à Fonte, da qual nunca nos afastamos. Uma das poucas ideias que o Curso oferece como tema de mais de uma lição, que é a que diz: Eu sou como Deus me criou.

A ideia que praticamos hoje diz a mesma coisa com outras palavras. Isto é, ela nos convida a exercitarmos o pensamento de lembrar que foi Deus quem nos criou. E, como já sabemos, Ele nos criou, e cria, a Sua imagem e semelhança, o que não tem absolutamente nada a ver com os corpos, com as formas, ou com este mundo de aparências em que pensamos viver, conforme eu já disse antes. À imagem e semelhança de Deus, como fomos criados, se refere tão somente ao nosso estado natural no Ser, na Luz, no Espírito, no EU SOU, que é o que somos na unidade com Ele/Ela, n'Ele/Ela, uma vez que não há nada fora de Deus. Nem fora de nós. Quer dizer, nem mesmo Deus, que é o que somos, está fora de cada um ou cada uma de nós.

Isto significa dizer que, em última instância, sempre fomos, ainda somos e, na verdade, sempre vamos ser como Ele/Ela nos criou. E também que não há nada que precisemos aprender, uma vez que trazemos tudo dentro de nós.

Para nos lembrarmos de que isso também está de acordo com o que o Curso diz e com o que eu já disse em comentários anteriores, voltemos a atenção mais uma vez a um pequeno trecho do primeiro livro da trilogia Conversando com Deus, de Neale Donald Walsch.

"A vida não é uma escola... Por que estamos aqui? Para lembrar e recriar Quem Somos. A vida [esta vida ilusória do mundo dos sentidos] é uma oportunidade para sabermos experimentalmente aquilo que já sabemos conceitualmente. Não precisamos aprender nada para fazer isso. Basta lembrar do que já sabemos e agir de acordo com este conhecimento. Nossa alma [o Ser, o divino em nós] sabe tudo o que há para saber o tempo todo. Nada é misterioso ou desconhecido para ela. Contudo, saber não é suficiente para a alma. Ela quer experimentar."

É isso que a ideia para as práticas de hoje nos convida a fazer. 

Às práticas, pois.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Preenche os minutos da vida com o pensar em Deus

 

4. O que é o pecado?

1. Pecado é insanidade. Ele é o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que ilusões tomem o lugar da verdade. E, por estar louca, a mente vê ilusões aonde a verdade deveria estar e aonde ela verdadeiramente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois o que há para os inocentes quererem ver? Que necessidade eles têm da visão, da audição e do tato? O que querem ouvir ou tentar compreender? De qualquer modo, o que perceberiam? Perceber não é conhecer. E a verdade só pode se satisfazer com o conhecimento e nada mais.

2. O corpo é o instrumento que a mente criou, em seus esforços para se enganar. A finalidade dele é lutar. Mas a meta da luta pode mudar. E, em função disso, o corpo serve para lutar por um objetivo diferente. O que ele busca agora é escolhido pelo objetivo que a mente aceita como substituto para a meta do auto-engano. A verdade, tanto quanto as mentiras, pode ser sua meta. Neste caso, os sentidos, de preferência, buscarão testemunhas para aquilo que é verdadeiro.

3. O pecado é o lar de todas as ilusões, que representam apenas coisas imaginárias, resultantes de pensamentos que não são verdadeiros. Eles são a "prova" de que aquilo que não tem nenhuma realidade é verdadeiro. O pecado prova que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem de ter um fim, que a vida eterna tem de morrer. E que o Próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo, com Sua Vontade derrotada pela morte para sempre, com o amor morto pelo ódio e com a paz a não existir mais.

4. Os sonhos de um louco são amedrontadores e o pecado parece, de fato, aterrorizar. E, no entanto, aquilo que o pecado percebe é apenas uma brincadeira infantil. O Filho de Deus pode fingir que se tornou um corpo, presa do mal e da culpa, com nada mais do que uma vida curta que termina com a morte. Mas seu Pai reluz sobre ele o tempo todo e o ama com um Amor infinito, que suas simulações não podem mudar em absoluto.

5. Até quando, ó Filho de Deus, sustentarás a brincadeira do pecado? Não é melhor abandonar estes brinquedos infantis de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar a casa? Hoje, talvez? Não existe nenhum pecado. A criação é imutável. Ainda queres adiar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho de Deus, até quando?

*

LIÇÃO 259

Que eu me lembre de que não existe pecado.

1. O pecado é o único pensamento que faz parecer a meta de Deus* inatingível. O que mais poderia nos cegar para o óbvio e fazer o estranho e o tortuoso parecerem mais claros? O que além do pecado gera nossos ataques? O que mais a não ser o pecado poderia ser a fonte da culpa que exige castigo e sofrimento? E o que, exceto o pecado, poderia ser  a fonte do medo, que esconde a criação de Deus; e dá ao amor as características do medo do ataque?

2. Pai, hoje não quero ser louco. Não quero ter medo do amor nem buscar abrigo no oposto dele. Pois o amor não pode ter nenhum oposto. Tu és a Fonte de tudo o que existe. E todas as coisas que existem permanecem Contigo, e Tu com elas.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 259

Caras, caros,

Repito, com pequenas alterações, o comentário feito a esta lição nos últimos anos. Por quê?

Porque a ideia que vamos praticar hoje busca nos mostrar novamente, de um jeito diferente, que acreditar no pecado, ou na possibilidade de pecado é insanidade, é loucura. É a única coisa que pode nos dar a impressão de que é impossível chegarmos à meta de conhecer Deus. 

Basta, porém, que nos decidamos a mudar nosso modo de perceber, isto é, que nos decidamos a olhar para o mundo de forma diferente para entendermos que tudo o que vemos de errado - quando olhamos para o mundo e vemos algo de errado nele - é apenas um equívoco de nossa percepção, que, atrelada aos sentidos, não é confiável.

Fiquei muito tentado a repetir, falando desta lição, tudo que tinha dito aqui nos anos anteriores, mas algo que li recentemente me levou a fazer uma pequena mudança no comentário, voltando-o para uma linha de raciocínio diferente, mas não menos importante e nem menos capaz de servir de estímulo a cada um e a cada uma de nós para que nos voltemos para o interior de nós mesmos e de nós mesmas em busca daquela parte que tem certeza de que não existe nenhuma separação entre Deus e nós e que, em função disto, não é possível a existência do pecado.

O que li está também no livro Onde Existe Luz, de Paramahansa Yogananda, e de, certa forma, complementa e estende o que eu já lhes ofereci dos pensamentos dele em comentários anteriores. Diz ele agora:

"Enquanto tua consciência não estiver convencida da absoluta importância de Deus, tu não O encontrarás. Não permitas que a vida te engane. (...) Os minutos são mais importantes do que os anos. Se não preencheres os minutos da tua vida com o pensar em Deus, os anos vão passar e, quando mais precisares d'Ele, talvez não consigas sentir a Sua presença. Mas se ocupares os minutos de tua vida com aspirações divinas, os anos ficarão automaticamente saturados por elas." 

Ou ainda [o que nos traz diretamente à ideia das práticas de hoje ou de duas das últimas lições]:

"Cultiva o relacionamento com Ele. É possível conhecer Deus tão bem quanto conheces teu amigo mais querido. Essa é a verdade. (...) Busca Deus por amor a Ele próprio [e a ti mesmo, ou a ti mesma, obviamente]. A percepção suprema é senti-Lo como Bem-aventurança brotando das infinitas profundezas de ti mesmo. Não anseies por visões, fenômenos espirituais, nem por experiências emocionantes. O caminho para o Divino não é um circo!" [O que nem por um momento sequer significa que um circo não possa nos levar a Deus, por outro lado, se visto por olhos que não julgam, impregnados pelo espírito do amor divino.]

E, para ilustrar de forma um tanto mais poética a razão para nos voltarmos cada vez mais para o amor, deixando de lado qualquer ideia de pecado, talvez possamos nos valer de novo de um dos poemas de Carlos Drummond de Andrade, que já citei outras vezes. É ele:

 As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
semeado no vento, 
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo**
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

É, por isso, entre outras coisas, como eu já disse várias vezes antes, que precisamos ficar vigilantes com relação às opções que o falso eu - o ego - nos oferece como forma de mudar o mundo, como aquele amor que quer mudar a outra pessoa, em lugar de aceitá-la exatamente como é. Qual é o mundo que queremos mudar? Que tipo de amor queremos oferecer? O Curso afirma com todas as letras: "Não há mundo"! A não ser aquele que construímos a partir de nossos pensamentos. Ou ainda não percebemos que tudo o que aparentemente vemos fora de nós é apenas a manifestação, por assim dizer, "concreta" daquilo que trazemos aqui dentro? 

É para aprender isso que praticamos.

*OBSERVAÇÃO 1

Entenda-se, na primeira frase da lição: a meta de chegar a Deus, de conhecê-Lo.

**OBSERVAÇÃO 2: 

Mas também talvez porque me amo o bastante para perceber que tudo o que existe é também parte de mim.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

O momento certo para tomares a decisão é agora, já

 

4. O que é o pecado?

1. Pecado é insanidade. Ele é o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que ilusões tomem o lugar da verdade. E, por estar louca, a mente vê ilusões aonde a verdade deveria estar e aonde ela verdadeiramente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois o que há para os inocentes quererem ver? Que necessidade eles têm da visão, da audição e do tato? O que querem ouvir ou tentar compreender? De qualquer modo, o que perceberiam? Perceber não é conhecer. E a verdade só pode se satisfazer com o conhecimento e nada mais.

2. O corpo é o instrumento que a mente criou, em seus esforços para se enganar. A finalidade dele é lutar. Mas a meta da luta pode mudar. E, em função disso, o corpo serve para lutar por um objetivo diferente. O que ele busca agora é escolhido pelo objetivo que a mente aceita como substituto para a meta do auto-engano. A verdade, tanto quanto as mentiras, pode ser sua meta. Neste caso, os sentidos, de preferência, buscarão testemunhas para aquilo que é verdadeiro.

3. O pecado é o lar de todas as ilusões, que representam apenas coisas imaginárias, resultantes de pensamentos que não são verdadeiros. Eles são a "prova" de que aquilo que não tem nenhuma realidade é verdadeiro. O pecado prova que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem de ter um fim, que a vida eterna tem de morrer. E que o Próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo, com Sua Vontade derrotada pela morte para sempre, com o amor morto pelo ódio e com a paz a não existir mais.

4. Os sonhos de um louco são amedrontadores e o pecado parece, de fato, aterrorizar. E, no entanto, aquilo que o pecado percebe é apenas uma brincadeira infantil. O Filho de Deus pode fingir que se tornou um corpo, presa do mal e da culpa, com nada mais do que uma vida curta que termina com a morte. Mas seu Pai reluz sobre ele o tempo todo e o ama com um Amor infinito, que suas simulações não podem mudar em absoluto.

5. Até quando, ó Filho de Deus, sustentarás a brincadeira do pecado? Não é melhor abandonar estes brinquedos infantis de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar a casa? Hoje, talvez? Não existe nenhum pecado. A criação é imutável. Ainda queres adiar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho de Deus, até quando?

*

LIÇÃO 258

Que eu me lembre de que minha meta é Deus.

1. Tudo o que é necessário é treinarmos nossas mentes para relevarem todos os objetivos mesquinhos e insignificantes e para lembrarem que nossa meta é Deus. A lembrança d'Ele está escondida em nossas mentes, oculta apenas por nossos objetivos mesquinhos e inúteis, que não oferecem nada e que não existem. Devemos continuar a permitir que a graça de Deus brilhe na inconsciência, enquanto buscamos as bugigangas e ninharias do mundo em seu lugar? Deus é nossa única meta, nosso único Amor. Não temos nenhum objetivo a não ser lembrar d'Ele.

2. Nossa meta é apenas seguir nos caminho que conduz a Ti. Não temos nenhuma meta a não ser esta. O que poderíamos querer senão lembrar de Ti? O que poderíamos buscar a não ser nossa Identidade?

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 258

Caras, caros,

Nunca é demais lembrar que as lições que praticamos nesta segunda parte do livro de exercícios se dispõem em séries de dez, cada uma delas relacionada a um tema específico, dado sempre após o final de uma série, para o início da seguinte. Como vocês podem ver, este é mais um ano em que, diferentemente dos anos anteriores, para facilitar o acesso de cada uma das praticantes e da cada um dos praticantes, estou publicando o tema antes de cada uma das lições. Nosso tema, agora, para esta quarta série é: O que é o pecado?. O tema para o qual também devemos voltar nossa atenção todos os dias, conforme nos orienta o Curso.

Por que chamo novamente sua atenção para tal? Porque, todos sabem, para se chegar a algum lugar é, certamente, necessário começar a caminhada. Ou como dizia o poeta "é caminhando que se faz o caminho". Por outro lado, sempre é bom lembrar também que, por vezes, somos tentados a acreditar que o Curso é difícil e que o caminho e a alegria que ele nos oferece não valem o esforço que ele pede que façamos.

Será? O texto nos chama a atenção repetidas vezes para "quão pouco" o Curso pede de cada um, ou de cada uma, de nós em troca de aprendermos com seu ensinamento e de ganharmos tudo. É só um pouco de boa vontade o que precisamos oferecer para que todos os nossos relacionamentos se transformem em alegria, em relacionamentos alegres [nada daquela bobagem que o mundo de ilusões e das redes sociais convencionou chamar de relacionamentos sérios], uma pequena dádiva que damos ao Espírito para ele, em troca, nos dar tudo. Uma pequena mudança em nosso modo de pensar pode fazer que a crucificação se transforme em ressurreição.

Ora, uma vez que estamos acostumados e acostumadas a uma rotina e o falso eu não quer fazer nenhum esforço, que possa vir a provar sua incoerência, sua inconsistência e sua fraqueza, o primeiro passo pode, de fato, nos parecer difícil. Então, para justificar nossas indecisões, podemos pensar que "outros, outras, nasceram com algum talento especial", que não temos, mas que gostaríamos de ter, para perseverar na direção da meta, que é Deus e que é, ao mesmo tempo, a meta do autoconhecimento, quiçá inalcançável - porque mudamos a todo momento -, mas nem por isto menos digno de busca e de perseverança. Quem sabe aprendamos que, na verdade, o dito "autoconhecimento" é o processo de autoconstrução, na direção do qual andamos a vida inteira para, no fim, reconhecer que não sabemos nada: o que significa, sim, ao contrário do que podemos pensar, saber muito. Ou será talvez o reconhecimento de que, assim como o mundo, apesar de ilusório, que se cria e muda a cada instante, nós também, cada um e cada uma de nós, mudamos o tempo inteiro. 

Sim, sim, voltando um pouco atrás, pode até ser verdade que dentre todas as pessoas algumas nasceram com um talento dito "especial". Só delas. Mas, isto, apenas neste mundo de ilusão, e de relacionamentos especiais, porque, na verdade, todas e todos nós nascemos com um talento que é só nosso. Pensa, mesmo assim e apesar do talento, será que "os outros", "as outras", não precisam cultivar tal habilidade, seja ela qual for, ou tal hábito ou tal talento, sejam eles quais forem, de algum modo, em algum momento? Pensa também que, assim como todas as outras pessoas, os "talentos" que elas receberam, e que são só delas, são diferentes dos teus, dos que recebeste. Porque, sim, repetindo, tu também recebeste talentos que são apenas teus. Resta saber o que fazes com eles. 

Num dos livros que leio no momento consta a seguinte informação, caso penses que é necessário alguma pressa, ou que os resultados da tomada de decisão na direção de uma vida diferente aparecem assim de "bate-pronto":

"Há um boato a ser levado a sério que diz que, do momento em que surge um questionamento a respeito de uma mudança de vida ('Devo mudar minha vida ou apenas continuar chorando?') até a entrada nessa vida modificada ('Sim! E parece que foi tudo tão de repente'), se passam em média sete anos."

É por isso que, independentemente do que quiseres ser, de qual experiência queres viver neste mundo, é preciso começares. AGORA! JÁ! Neste exato momento. É preciso tomares a decisão e é preciso que comeces a desenvolver a característica que acreditas que pode te oferecer a chance de chegar aonde queres. 

Lembra-te de que és perfeitamente capaz de "instilar qualquer tendência" em tua consciência, agora mesmo, desde que tenhas tomado a decisão, desde que tenhas estabelecido tua meta em sintonia com a do Espírito Santo em ti. 

Às práticas?

domingo, 14 de setembro de 2025

É sempre em favor da ilusão a fala do falso eu - o ego

 

4. O que é o pecado?

1. Pecado é insanidade. Ele é o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que ilusões tomem o lugar da verdade. E, por estar louca, a mente vê ilusões aonde a verdade deveria estar e aonde ela verdadeiramente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois o que há para os inocentes quererem ver? Que necessidade eles têm da visão, da audição e do tato? O que querem ouvir ou tentar compreender? De qualquer modo, o que perceberiam? Perceber não é conhecer. E a verdade só pode se satisfazer com o conhecimento e nada mais.

2. O corpo é o instrumento que a mente criou, em seus esforços para se enganar. A finalidade dele é lutar. Mas a meta da luta pode mudar. E, em função disso, o corpo serve para lutar por um objetivo diferente. O que ele busca agora é escolhido pelo objetivo que a mente aceita como substituto para a meta do autoengano. A verdade, tanto quanto as mentiras, pode ser sua meta. Neste caso, os sentidos, de preferência, buscarão testemunhas para aquilo que é verdadeiro.

3. O pecado é o lar de todas as ilusões, que representam apenas coisas imaginárias, resultantes de pensamentos que não são verdadeiros. Eles são a "prova" de que aquilo que não tem nenhuma realidade é verdadeiro. O pecado prova que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem de ter um fim, que a vida eterna tem de morrer. E que o Próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo, com Sua Vontade derrotada pela morte para sempre, com o amor morto pelo ódio e com a paz a não existir mais.

4. Os sonhos de um louco são amedrontadores e o pecado parece, de fato, aterrorizar. E, no entanto, aquilo que o pecado percebe é apenas uma brincadeira infantil. O Filho de Deus pode fingir que se tornou um corpo, presa do mal e da culpa, com nada mais do que uma vida curta que termina com a morte. Mas seu Pai reluz sobre ele o tempo todo e o ama com um Amor infinito, que suas simulações não podem mudar em absoluto.

5. Até quando, ó Filho de Deus, sustentarás a brincadeira do pecado? Não é melhor abandonar estes brinquedos infantis de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar a casa? Hoje, talvez? Não existe nenhum pecado. A criação é imutável. Ainda queres adiar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho de Deus, até quando?

*

LIÇÃO 257

Que eu me lembre de qual é meu propósito.

1. Se eu esquecer de minha meta só posso ficar confuso, inseguro do que sou e, deste modo, incoerente em minhas ações. Ninguém pode servir a metas contraditórias e servir bem a elas. E não pode servir sem uma angústia profunda e sem uma depressão muito grande. Por isso, vamos nos decidir a lembrar daquilo que queremos hoje, a fim de podermos unificar nossos pensamentos e ações de forma coerente para realizar apenas aquilo que Deus quer que realizemos neste dia.

2. Pai, o perdão é o meio escolhido por Ti para a nossa salvação. Permite que não nos esqueçamos hoje de que não podemos ter nenhuma vontade a não ser a Tua. E, por isso, nosso propósito também tem de ser o Teu, se quisermos alcançar a paz que Tu desejas para nós.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 257

Caras, caros,

Lembrando-nos mais uma vez de que propósito [finalidade, fim, objetivo, sentido de vida] pode ser sinônimo de meta e do que vimos e praticamos na lição de ontem, ouçamos o que nos diz Wayne Dyer, como forma de identificar se estamos indo em direção à meta, ou não:

"Um sinal seguro de que te deslocaste para as as frequências [de vibrações] mais lentas e mais baixas e de que deixaste para trás o espírito é o fato de estares sentindo menos alegria e felicidade. Se não estás radiante de alegria e cordialidade, se estás rabugento e agressivo, se estás tendo dificuldade em sorrir e em ser jovial, então uma coisa é certa: tu não conheces Deus" [:a meta, e não estás cumprindo teu propósito].

Pois como ele diz ainda:

"Avançar em direção ao propósito [à finalidade] em tua vida é como banhar-se na alegria: uma maneira simples de ascender às frequências [vibratórias] mais rápidas do espírito. Abraham Maslow descreveu a escada da autorrealização como a ascensão das necessidades básicas de comer, beber e se abrigar para o sentimento de que pertencemos a algo e de apreciação da beleza. No alto da pirâmide da autorrealização há uma sensação profunda de finalidade e de significado em nossa vida. É aí que experimentamos a alegria espiritual. O tempo desaparece e entramos em comunhão com nosso aspecto mais elevado, ou com aquilo [que se pode chamar] de consciência de Deus. Aqui, no ápice da pirâmide, a alegria é nossa companheira constante.

"Este estado de felicidade depende exclusivamente da qualidade dos teus pensamentos. Significa desligar-te de tuas preocupações a respeito de como és visto pelas pessoas ao teu redor, significa desapegar-te dos resultados que produzes e, em vez disso, mergulhar todo o teu ser nas atividades de tua vida. Significa recusar-te a perseguir a felicidade, levando, isto sim, a felicidade a tudo o que empreenderes. Em resumo, encontras a alegria perfeita quando não lutas por ela e, sim, quando compreendes que ela está dentro de ti.

"A noção de finalidade não tem a ver com o que tu fazes ou com tirar as férias ideais. Ela não se realiza por nada ou por ninguém externo a ti. Encontras a tua finalidade quando estás disposto a suspender teu ego, sabendo que estás ligado a Deus eternamente, e a submeter a mente pequenina à mente maior. A verdadeira alegria de viver está em permitir que as energias mais elevadas guiem tua vida. Nesse estado de consciência, tu não precisas nunca perguntar qual é teu propósito [ou finalidade] ou como encontrá-lo. Em lugar disso, tu sentes que há sentido em tudo o que fazes e levas esse tipo de alegria a todos que encontras. Não importa se estás tirando as ervas daninhas do teu jardim, lendo um romance, tirando a neve da entrada de tua casa, compondo tua própria sinfonia, ou meditando no silêncio de teu quarto. Tu serás o portador da alegria porque estás em harmonia, e não em conflito, com Deus. E a ironia está em que vais descobrir que a maneira mais segura de entrar nesse estado prazeroso de sentido interior é passá-lo adiante." 

Para se chegar a tal modo de ver e de pensar, repetindo o que eu já disse outras - muitas - vezes é preciso ter-se em mente, como o Curso ensina, a todo instante, que nunca reagimos às coisas do mundo, às pessoas ou situações, mas, sim, à interpretação que fazemos dessas coisas, pessoas ou situações. Pois a visão dos olhos do corpo, e da percepção dos sentidos, é intrinsecamente julgadora.

Ora, interpretar, sem uma visão integral, sem acesso a todos os dados e informações relativas à situação, pessoa ou coisa em questão, é apenas julgar de forma parcial. Não somos capazes de julgar, pois, na forma, a partir dos dados registrados pelos sentidos apenas, e por impressões sujeitas à dúvida, e de informações incompletas, nosso julgamento está fadado ao erro.

Assim, repetindo em parte comentários anteriores, um exemplo de uma visão mais coerente e reveladora de nossa incapacidade de julgar talvez seja a do jagunço Riobaldo, no Grande Sertão: Veredas, quando ele diz: "o mais importante e bonito do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão". O que significa dizer também que a criação está se fazendo a todo momento, é sempre nova a cada novo instante. Ou que o mundo está sendo re-criado cada vez que olho para ele.

Isto nos traz de volta ao mote da alegria, que, aliás, conforme já sabemos também, é o que pode nos dar a indicação segura de que estamos em Deus, ou no caminho em direção à descoberta, ou lembrança d'Ele/Ela, em nós mesmos, em nós mesmas. Quando, por quaisquer razões, nos afastamos da alegria, que é a condição natural do Filho de Deus, estamos claramente dando ouvidos à voz do falso eu, o ego, que sempre fala em favor da ilusão, em favor da separação e vibramos na frequências mais lentas e mais baixas, distantes do espírito. 

Às práticas?

sábado, 13 de setembro de 2025

O que se tem de aprender é ter Deus por única meta

 

4. O que é o pecado?

1. Pecado é insanidade. Ele é o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que ilusões tomem o lugar da verdade. E, por estar louca, a mente vê ilusões aonde a verdade deveria estar e aonde ela verdadeiramente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois o que há para os inocentes quererem ver? Que necessidade eles têm da visão, da audição e do tato? O que querem ouvir ou tentar compreender? De qualquer modo, o que perceberiam? Perceber não é conhecer. E a verdade só pode se satisfazer com o conhecimento e nada mais.

2. O corpo é o instrumento que a mente criou, em seus esforços para se enganar. A finalidade dele é lutar. Mas a meta da luta pode mudar. E, em função disso, o corpo serve para lutar por um objetivo diferente. O que ele busca agora é escolhido pelo objetivo que a mente aceita como substituto para a meta do autoengano. A verdade, tanto quanto as mentiras, pode ser sua meta. Neste caso, os sentidos, de preferência, buscarão testemunhas para aquilo que é verdadeiro.

3. O pecado é o lar de todas as ilusões, que representam apenas coisas imaginárias, resultantes de pensamentos que não são verdadeiros. Eles são a "prova" de que aquilo que não tem nenhuma realidade é verdadeiro. O pecado prova que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem de ter um fim, que a vida eterna tem de morrer. E que o Próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo, com Sua Vontade derrotada pela morte para sempre, com o amor morto pelo ódio e com a paz a não existir mais.

4. Os sonhos de um louco são amedrontadores e o pecado parece, de fato, aterrorizar. E, no entanto, aquilo que o pecado percebe é apenas uma brincadeira infantil. O Filho de Deus pode fingir que se tornou um corpo, presa do mal e da culpa, com nada mais do que uma vida curta que termina com a morte. Mas seu Pai reluz sobre ele o tempo todo e o ama com um Amor infinito, que suas simulações não podem mudar em absoluto.

5. Até quando, ó Filho de Deus, sustentarás a brincadeira do pecado? Não é melhor abandonar estes brinquedos infantis de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar a casa? Hoje, talvez? Não existe nenhum pecado. A criação é imutável. Ainda queres adiar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho de Deus, até quando?

*

LIÇÃO 256

Deus é a única meta que tenho hoje.

1. Aqui, o caminho para Deus passa pelo perdão. Não há nenhum outro caminho. Se o pecado não tivesse sido nutrido pela mente, que necessidade haveria de se encontrar o caminho para o lugar aonde estás? Quem ainda estaria inseguro? Quem poderia estar em dúvida acerca de quem é? E quem ainda continuaria adormecido em nuvens carregadas de dúvidas acerca da santidade daquele a quem Deus criou inocente? Aqui só podemos sonhar. Mas podemos sonhar que perdoamos aquele em quem todo pecado permanece impossível, e é isto que escolhemos sonhar hoje. Deus é nossa meta; o perdão é o meio pelo qual nossas mentes voltam, enfim, a Ele.

2. E, por isto, Pai nosso, queremos vir a Ti pelo caminho que Tu designaste. Não temos nenhuma meta a não ser ouvir Tua Voz e achar o caminho que Tua Palavra sagrada indica para nós.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 256

Caras, caros,

Como já lhes disse outras vezes antes, há, no final do capítulo 17, três textos, subcapítulos, subtítulos, que, a meu modo de ver, escancaram todo o ensinamento do Curso, para quem tiver ouvidos para ouvir e olhos para ver, e/ou ao ler. O primeiro deles se intitula "Estabelecer a meta". E é a partir dele que penso podermos, mais uma vez, aprofundar a reflexão para as práticas da ideia que o Curso nos oferece para hoje.

E podemos nos perguntar, uma vez que o Curso ensina que tudo neste mundo, inclusive o próprio mundo, é apenas ilusão, por que razão estabelecer alguma meta. Ora, é claro que é para eu chegar ao resultado desejado, para eu reconhecer que o caminho que faço pode e vai me levar aonde desejo ir. 

Agora, uma vez que tudo no mundo, seja ele o ilusório, seja ele o espiritual e real, é fluido, é importante ter-se em mente que a meta estabelecida não pode ser rígida, pois não sabemos de que forma Deus - a meta - vai se apresentar em nossa vida no instante seguinte. 

Assim, é que muito mais do que certezas, uma meta como essa vai, sim, oferecer uma quantidade enorme de dúvidas. Dúvidas, porém, que apenas vão nos levar a repensar as escolhas que fizemos e fazemos a cada momento, a cada experiência que se apresentar. Dúvidas que vão servir para alimentar a certeza de que escolher Deus, o divino em nós, como meta é o que vai nos fazer seguir em frente apesar de toda a insegurança que tivermos de enfrentar.

Assim é que estabelecer Deus como a única meta vai te garantir a certeza de que:

Estás eternamente ligado a Deus.
Tu és uma criação divina.
Não desejas mais ter medo de tua própria divindade.
Teu desempenho em qualquer atividade no mundo 
não precisa se adequar ao padrão de nenhuma outra pessoa para seres amado.

Deus, a divindade em ti, te ama incondicionalmente, 
mesmo que ainda não sejas capaz de perceber isto.
Tu não precisas estar livre de erros.
Tu és amado sempre.
Tu não precisas ganhar nenhuma competição 
que tenhas escolhido como forma de viver.
Tu és amado independentemente de quaisquer resultados, 
que alcances, ou não alcances, de qualquer contagem.

Todas as razões que adotaste para odiares a ti mesmo 
são resultado da rígida convicção de que teu ego é a força dominante em tua vida.
Teu ego, e não tu - o que és na verdade -, acredita que és o que fazes,
o que tens ou o que os outros pensam de ti.
Teu ego, e não tu - o que és na verdade -, 
acredita que estás separado de tudo, inclusive de Deus.
É por isso que o ego está sempre te julgando e te comparando com os outros.
Quando não te mostras à altura da expectativa do ego, 
é ele que te incita a sentires desprezo por ti mesmo.

Depois, ele te aconselha a passares em revista quantas vezes falhaste, 
e te convence a odiares a ti mesmo por essas situações que "ele" - o ego - percebe como fracassos.

Na condição de ser espiritual, tu não precisas ter nenhum desempenho especial.
Não precisas te comparar com ninguém.
Não precisas vencer qualquer competição e nem sequer competir.
Teu valor está subentendido, é um elemento conhecido.

Tu és parte de Deus, da unidade n'Ele.
Estás sempre ligado a Ele.
Mesmo quando aparentemente não tens consciência disso.
Lembra-te sempre desta verdade a teu respeito,
quando alguma coisa quiser te desviar do caminho do amor.
Perdoa a ti mesmo e estarás apenas semeando o amor em tua vida.
O amor por ti mesmo, por Deus é por tudo e por todos.
Isto é uma solução espiritual para qualquer problema que possa se apresentar em tua vida.

Isto é o que podemos experimentar quando, como orienta o Curso, elegemos Deus como meta.

Às práticas? 

OBSERVAÇÃO: O texto que lhes dou hoje, novamente, e de novo, outra vez, por comentário à lição foi inspirado pela leitura do oitavo capítulo do livro There's a spiritual solution to every problem [Há uma solução espiritual para cada problema], de Wayne D. Dyer, que foi publicado no Brasil com o título: Para todo problema há uma solução, o que, em meu modo de entender, fez diminuir enormemente a riqueza contida no título original.