sábado, 30 de abril de 2016

As tentativas de obter segurança trazem insegurança


LIÇÃO 121

O perdão é a chave para a felicidade.

1. Eis aqui a resposta para a tua busca de paz. Eis aqui a chave para o sentido em um mundo que parece não fazer nenhum sentido. Eis aqui o caminho para a segurança nos perigos aparentes que parecem te ameaçar a cada esquina e trazer incerteza para todas as tuas esperanças de encontrar serenidade e paz em algum momento. Nisto, todas as perguntas são respondidas; nisto, finalmente, garante-se o fim de toda incerteza.

2. A mente que não perdoa está cheia de temor e não oferece nenhum espaço para que o amor seja ele mesmo; nenhum lugar em que ele possa estender suas asas em paz e se elevar acima do tumulto do mundo. A mente que não perdoa é triste, não tem esperança de descanso e de alívio da dor. Ela sofre e habita no sofrimento, perscrutando no escuro, sem ver, mas certa do perigo que a espreita lá.

3. A mente que não perdoa está dilacerada pela dúvida, confusa acerca de si mesma e de tudo o que vê; amedrontada e com raiva, fraca e violenta, com medo de seguir adiante, com medo de ficar, com medo de acordar ou de ir dormir, com medo de qualquer som e com mais medo ainda do silêncio; aterrorizada pelo escuro e ainda mais aterrorizada com a aproximação da luz. O que a mente que não perdoa pode perceber a não ser sua condenação? O que ela pode ver exceto a prova de que todos os seus pecados são reais?

4. A mente que não perdoa não vê nenhum erro, mas apenas pecados. Ela olha para o mundo com olhos cegos e grita estridentemente quando vê suas próprias projeções se erguerem para atacar sua paródia lamentável da vida. Ela quer viver, mas deseja estar morta. Ela quer o perdão, mas não vê nenhuma esperança. Ela quer uma saída, mas não pode conceber nenhuma porque vê o pecado em todos os lugares.

5. A mente que não perdoa está em desespero, sem perspectiva de um futuro que possa oferecer qualquer coisa a não ser mais desespero. Porém, considera seu julgamento do mundo irreversível, e não percebe que condenou a si mesma a este desespero. Ela pensa que não pode mudar, porque o que vê testemunha que seu julgamento está correto. Ela não pergunta porque pensa que sabe. Ela não questiona, segura de que está correta.

6. O perdão é conquistado. Ele não é inerente à mente, que não pode pecar. Uma vez que o pecado é uma ideia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem de ser aprendido por ti, mas de um Professor diferente de ti mesmo, Que representa o outro Ser em ti. Por meio d'Ele tu aprendes como perdoar o ser que pensas que fizeste e permites que ele desapareça. Deste modo, devolves tua mente unificada Àquele Que é teu Ser e Que jamais pode pecar.

7. Toda mente que não perdoa te apresenta uma oportunidade de ensinares a tua própria mente como se perdoar. Cada uma delas espera liberação do inferno por teu intermédio e se volta para ti implorando pelo Céu aqui e agora. Ela não tem nenhuma esperança, mas tu te tornas a esperança dela. E, na condição de esperança dela, tu, de fato, te tornas tua própria esperança. A mente que não perdoa tem de aprender com o teu perdão que ela está salva do inferno. E, à medida que ensinas a salvação, tu aprenderás. Contudo, todo o teu ensinamento e todo o teu aprendizado não virão de ti, mas do Professor Que te foi dado para te mostrar o caminho.

8. Hoje praticamos aprender a perdoar. Se estiveres disposto, podes aprender hoje a pegar a chave da felicidade e a usá-la em teu próprio benefício. Dedicaremos dez minutos pela manhã e outros dez à noite, para aprender como oferecer o perdão e também como recebê-lo.

9. A mente que não perdoa não acredita que dar e receber são a mesma coisa. No entanto, tentaremos aprender que eles são a mesma coisa pela prática do perdão a alguém em quem pensas como sendo um inimigo e a alguém que consideras um amigo. E, enquanto aprendes a vê-los como um só, estenderemos a lição a ti mesmo e veremos que a saída deles incluía a tua.

10. Começa os períodos de prática mais longos pensando em alguém de quem não gostas, que parece te irritar ou te causar desgosto caso tenhas de encontrá-lo; alguém a quem desprezas vivamente ou a quem simplesmente tentas ignorar. Não importa a forma que tua raiva toma. É provável que já o tenhas escolhido. Ele servirá.

11. Agora fecha os olhos e vê-o em tua mente, e olha para ele por um momento. Tenta perceber alguma luz nele em algum lugar; um pequeno raio que nunca notaste. Tenta achar uma pequena centelha de alegria brilhando através do retrato desagradável que manténs dele. Olha para este retrato até veres uma luz em algum lugar nele e tenta, em seguida, permitir que esta luz se estenda até envolvê-lo e tornar o retrato bonito e bom.

12. Olha para esta percepção transformada por um momento e volta tua mente para aquele a quem chamas de amigo. Tenta transferir para ele a luz que aprendeste a ver em torno de teu "inimigo" anterior. Percebe-o agora como mais do que amigo para ti, pois nesta luz a santidade dele te mostra teu salvador, salvo e capaz de salvar, curado e íntegro.

13. Deixa, então, que ele te ofereça a luz que vês nele e permite que teu "inimigo" e teu amigo se unam para te abençoar com o que deste. Agora és um só com eles e eles contigo. Agora estás perdoado por ti mesmo. Ao longo de todo o dia, não te esqueças do papel que o perdão desempenha para trazer a felicidade a todas as mentes que não perdoam, a tua entre elas. Dize a ti mesmo a cada hora:

O perdão é a chave para a felicidade.
Despertarei do sonho de que sou mortal,
falível e pecador, e saberei que sou o Filho perfeito de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 121

"O perdão é a chave para a felicidade."

Repetindo: Que maravilha, não? Retomar a caminhada, após uma revisão, que termina com o descanso em Deus e a garantia de que ainda és como Deus te criou, e descobrir, assim, disponível, a chave para a felicidade, ao abrir o livro para a lição de hoje, de modo tão simples e tão fácil.

Ou não te parece fácil perdoar? Por quê? Nem sabendo que tua felicidade depende apenas do perdão que ofereces, a ti mesmo, a tudo e a todos e ao mundo inteiro, te sentes impelido a praticar o perdão de forma indiscriminada? Não?

E se soubesses, se compreendesses no mais íntimo de ti mesmo, que só podes perdoar a ti mesmo? Que só tens de perdoar a ti mesmo? Ou se entendesses, como diz Gil, na letra de sua música 'Drão": "não há o que perdoar, por isso é que de haver mais compaixão".

Sim, sim, "não há o que perdoar" e só tens de perdoar a ti mesmo, quando tua percepção equivocada te mostra algo que te fere e magoa, mas que, na verdade, não existe, a não ser como invenção de teu julgamento, da interpretação equivocada que fizeste de algo que algum semelhante disse ou fez. É uma parte tua que não queres reconhecer e perdoar.

Não te parece que fica mais fácil oferecer o perdão, quando sabes que é só a ti mesmo que precisas perdoar? E que só podes perdoar ilusões, porque a verdade é, simplesmente, e não há nada a se perdoar naquilo que é.

Ou achas que tens de perdoar o sol por ser sol? A lua por ser lua? A luz por ser luz? 

Num dos livro de Wayne Dyer, de que falei em anos passados, no capítulo que se refere ao perdão, ele afirma, em perfeita sintonia com o que o Curso ensina, o seguinte: 

"A liberdade em um simples ato de perdão economiza o custo da raiva e o alto custo do ódio. O perdão pode comprar a paz de espírito. Pensa em tudo o que já foi enviado em tua direção alguma vez, por que guardas rancor e hostilidade. Cada ferida ou ferroada é como ser picado por uma cobra. Raramente morres pelo machucado, mas uma vez picado, é impossível deixar de sê-lo, e o estrago é feito pelo veneno que continua a circular pelo teu próprio sistema. O veneno é tua amargura e o ódio a que te agarras muito depois de teres sido machucado. É este veneno que, por fim, vai destruir tua paz de espírito. 

"O antídoto é o perdão, que não é tão difícil quanto podes querer acreditar. Se acreditas que o perdão é um desafio e um ato de livrar-se de conflitos com o qual tens de lidar a vida inteira, tenho a dizer que é exatamente o contrário que é verdade. O perdão é alegre, fácil e, mais que tudo, extremamente libertador. Ele nos livra dos fardos do ressentimento e de mágoas passadas e é apenas outra palavra para esquecer simplesmente."

O perdão é a chave para a felicidade.

Nas práticas de hoje desta ideia vamos encontrar tudo aquilo de que precisamos para dar significado à vida que vivemos, ao mundo aparentemente caótico em que pensamos viver. A verdade é que as lutas em que nos empenhamos para sobreviver num corpo, neste mundo, são todas injustificadas. Não têm significado, porque enquanto ainda acreditarmos que é preciso lutar por algo, contra algo ou alguém, não será possível chegar à paz. Pacificar o mundo exige a paz interior, que só pode brotar do perdão que oferecemos a nós mesmos, por não sermos capazes de ver de modo diferente a maior parte de o tempo. É por isso que a lição ensina:

Eis aqui a resposta para a tua busca de paz. Eis aqui a chave para o sentido em um mundo que parece não fazer nenhum sentido. Eis aqui o caminho para a segurança nos perigos aparentes que parecem te ameaçar a cada esquina e trazer incerteza para todas as tuas esperanças de encontrar serenidade e paz em algum momento. Nisto, todas as perguntas são respondidas; nisto, finalmente, garante-se o fim de toda incerteza.

E mesmo que a incerteza se apresente ao longo dos dias em que ainda vamos viver esta experiência no corpo e nos sentidos, o perdão pode garantir que nossa segurança está apenas em Deus. N'Ele descansamos, pois ainda somos como Ele nos criou.

A mente que não perdoa está cheia de temor e não oferece nenhum espaço para que o amor seja ele mesmo; nenhum lugar em que ele possa estender suas asas em paz e se elevar acima do tumulto do mundo. A mente que não perdoa é triste, não tem esperança de descanso e de alívio da dor. Ela sofre e habita no sofrimento, perscrutando no escuro, sem ver, mas certa do perigo que a espreita lá.

A mente que não perdoa está dilacerada pela dúvida, confusa acerca de si mesma e de tudo o que vê; amedrontada e com raiva, fraca e violenta, com medo de seguir adiante, com medo de ficar, com medo de acordar ou de ir dormir, com medo de qualquer som e com mais medo ainda do silêncio; aterrorizada pelo escuro e ainda mais aterrorizada com a aproximação da luz. O que a mente que não perdoa pode perceber a não ser sua condenação? O que ela pode ver exceto a prova de que todos os seus pecados são reais?

A mente que não perdoa não vê nenhum erro, mas apenas pecados. Ela olha para o mundo com olhos cegos e grita estridentemente quando vê suas próprias projeções se erguerem para atacar sua paródia lamentável da vida. Ela quer viver, mas deseja estar morta. Ela quer o perdão, mas não vê nenhuma esperança. Ela quer uma saída, mas não pode conceber nenhuma porque vê o pecado em todos os lugares.

A mente que não perdoa está em desespero, sem perspectiva de um futuro que possa oferecer qualquer coisa a não ser mais desespero. Porém, considera seu julgamento do mundo irreversível, e não percebe que condenou a si mesma a este desespero. Ela pensa que não pode mudar, porque o que vê testemunha que seu julgamento está correto. Ela não pergunta porque pensa que sabe. Ela não questiona, segura de que está correta.

Os quatro parágrafos acima, retirados da lição, descrevem a experiência que todos nós temos, quando nos deixamos envolver pelo modo de pensar do ego - o falso eu, com quem nos identificamos em nossa experiência de corpos no mundo das formas, dos sentidos e dos eventos -, pela maneira de pensar do mundo, que busca segurança onde não se pode achar nenhuma e busca a salvação no único lugar onde ela não pode ser encontrada: no mundo e nas coisas e pessoas do mundo.

A incerteza, a insegurança e os medos que aprendemos desde a mais tenra infância a partir dos ensinamentos do mundo são frutos de interpretações equivocadas que fazemos do mundo, das pessoas e coisas do mundo e da busca de uma segurança que jamais poderemos obter do mundo e no mundo. Na verdade, segundo Alan Watts, "a insegurança é o resultado da tentativa de se obter segurança". Ainda segundo ele, "a salvação e a razão consistem no reconhecimento mais radical de que não há meio de nos salvarmos", uma vez que como o Curso ensina, já estamos salvos, sempre estivemos e sempre estaremos. A aparente necessidade de salvação e segurança brota de uma identificação equivocada com o corpo e com tudo o que é impermanente. 

O perdão é a chave da felicidade.

O ponto mais importante talvez de se praticar a ideia de hoje, que vai permitir que entremos em contato, que reconheçamos e aceitemos a verdade por detrás dela, está no seguinte:

O perdão é conquistado. Ele não é inerente à mente, que não pode pecar. Uma vez que o pecado é uma ideia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem de ser aprendido por ti, mas de um Professor diferente de ti mesmo, Que representa o outro Ser em ti. Por meio d'Ele tu aprendes como perdoar o ser que pensas que fizeste e permites que ele desapareça. Deste modo, devolves tua mente unificada Àquele Que é teu Ser e Que jamais pode pecar.

Do mesmo modo que aprendemos a percepção e construímos, por meio dela, o ego a partir do qual vivemos a experiência dos sentidos neste mundo de aparências, podemos aprender que, como ensinam as primeiras lições, o mundo não contém nada que realmente queiramos. Nada do que o mundo oferece pode nos dar a alegria e a paz, que são a Vontade de Deus para nós.

Assim, é óbvio que podemos conquistar também o perdão. A mente, na verdade, não pode pecar. É apenas a percepção equivocada que nos leva a interpretar uma experiência qualquer como um erro, que precisa ser corrigido, ou como um pecado, que precisa de perdão. O pecado, como a lição diz, é algo que ensinamos a nós mesmos, via ego. O perdão, embora também possa ser aprendido, não o pode ser a partir do ego. Para aprendê-lo é preciso que nos voltemos para o divino interior, para o Espírito Santo em nós, que é o único Professor que nos pode ensinar o perdão.

O perdão é a chave da felicidade.

Esta a ideia que praticamos hoje, como forma de obter a cura para todos os nossos males e para todos os males do mundo. É importante, pois, que a pratiquemos de todo o coração, com toda a alma e com a maior atenção possível. Pois é só aprendendo a importância de se fazer do perdão uma prática diária que vamos ser capazes de ter acesso à paz ilimitada, sem obstáculos, sem medos, sem dúvidas.

Precisamos aprender com as práticas desta ideia que:

Toda mente que não perdoa te apresenta uma oportunidade de ensinares a tua própria mente como se perdoar. Cada uma delas espera liberação do inferno por teu intermédio e se volta para ti implorando pelo Céu aqui e agora. Ela não tem nenhuma esperança, mas tu te tornas a esperança dela. E, na condição de esperança dela, tu, de fato, te tornas tua própria esperança. A mente que não perdoa tem de aprender com o teu perdão que ela está salva do inferno. E, à medida que ensinas a salvação, tu aprenderás. Contudo, todo o teu ensinamento e todo o teu aprendizado não virão de ti, mas do Professor Que te foi dado para te mostrar o caminho.

Não percamos, então, a oportunidade que a lição de hoje nos oferece. Vamos seguir com toda a atenção de que somos capazes o restante das instruções para passarmos o dia a oferecer o perdão, a nós mesmos, a tudo e a todos os que se apresentarem em nosso caminho.

Às práticas?

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Nada pode mudar a verdade do que somos, nunca


LIÇÃO 120

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (109) Eu descanso em Deus.

Eu descanso em Deus hoje e O deixo trabalhar em mim,
e por meu intermédio, enquanto descanso n'Ele em paz e
em perfeita segurança.

2. (110) Eu sou como Deus me criou.

Eu sou o Filho de Deus. Hoje deixo de lado
todas as ilusões doentias acerca de mim mesmo e permito que
meu Pai me diga Quem eu sou realmente.

3. Para a hora:
Eu descanso em Deus.

Para a meia hora:
Eu sou com Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 120

Eis que novamente chegamos ao fim de mais uma revisão. Com isto, voltamos a atenção e dirigimos nossas práticas de hoje para duas ideias, que trazem em si - cada uma delas com sua peculiaridade - toda a força e todo o poder para nos libertar para todo o sempre de todas as ilusões que inventamos acerca do que somos e do que pensamos ser o mundo.

É bom termos sempre em mente que "todas as coisas cooperam para o bem" e que, diferentemente do que nos mostra a percepção dos sentidos, fazendo o que quer que façamos, pensando o que quer que pensemos, é em Deus que o fazemos, pois vivemos e nos movemos n'Ele. 

E, ainda que não tenhamos consciência disso o tempo todo, descansamos em Deus, enquanto a ilusão de nós mesmos, que criamos, pensando-nos separados d'Ele, se debate em um mundo de fantasias, um mundo de ilusão, que não leva a lugar nenhum. 

O melhor de tudo isso, porém, é que, por ser ele ilusório, podemos abandonar este mundo tranquilamente a qualquer instante. Agora mesmo, neste exato momento, se assim o desejarmos. Basta acreditar de fato nesta ideia para reconhecermos que este mundo de ilusões não tem nada que queiramos e que não há nada nele que queiramos mudar, nem em nós mesmos, porque ainda somos como Deus nos criou. E porque o mundo e tudo nele só pode ser exatamente como é em todo e qualquer momento em que voltamos nossa atenção para ele.

Reforçando: independente do que fizermos, somos como Deus nos criou. Sempre seremos. E descansamos n'Ele. Nada, nem ninguém, neste mundo, nada nesta vida ilusória de separação, de sofrimento, de dor e de morte que pensamos levar pode mudar a verdade do que somos. Nunca, em tempo algum. Esta ideia deve bastar para nos dar a tranquilidade, a serenidade e a paz, que completam a alegria perfeita, que é a Vontade de Deus para nós.

N'Ele e só n'Ele podemos descansar.

Às práticas, pois?

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Só a verdade é que nos pode tornar livres


LIÇÃO 119

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (107) A verdade corrigirá todos os erros em minha mente.

Estou errado quando penso que posso
 ser ferido de alguma forma. Eu sou o Filho de Deus,
cujo Ser repousa em segurança na Mente de Deus.

2. (108) Dar e receber são a mesma coisa na verdade.

Vou perdoar todas as coisas hoje, para poder aprender como
aceitar a verdade em mim, para vir a reconhecer minha inocência.

3. Para a hora:
A verdade corrigirá todos os erros em minha mente.

Para a meia hora:
Dar e receber são a mesma coisa na verdade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 119

Aproximamo-nos, mais uma vez, do final desta revisão - a terceira delas neste ano. E as ideias que vamos praticar hoje são extremamente importantes para reconhecermos, aceitarmos e cumprirmos nosso papel no plano de Deus para a salvação. Elas são também instrumentos importantes para nos preparar para os passos que virão a seguir.

A primeira ideia que revisamos busca nos tornar capazes de apagar de nossa memória aquilo que nos deu - e continua a dar - a educação do mundo, que nos fez, e faz até hoje, acreditar que a verdade é perigosa e deve ser temida, assim como Deus.

A realidade mesmo, que o ego quer esconder de nós, é que só a verdade nos pode tornar livres. Porque só a verdade pode nos levar à paz infinita e inabalável. É só o ego - o falso eu - que pode ter medo da verdade. Pois a verdade faz ver que não há nenhuma valor em nenhuma das ilusões que o mundo oferece. Todas são a mesma. Todas são perecíveis, finitas. Só podem nos levar a mais ilusões, quando lhes damos nossa atenção.

A segunda, como já vimos, resolve todos os conflitos que aparentemente existem no mundo, por desmentir a crença de que dar alguma coisa significa perdê-la. Não, não e não! Na verdade, como o Curso ensina, só temos de fato aquilo que damos. Ou ainda, dito de outra forma, "só não tens aquilo que não dás". E não existe perda, a não ser na ilusão. E a ilusão não existe.

Para isso praticamos.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Precisamos abrir espaço em nós para a Presença


LIÇÃO 118

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (105) A paz e a alegria de Deus são minhas.

Hoje, aceitarei a paz e a alegria de Deus, em uma troca feliz
por todos os substitutos que invento para a felicidade e para a paz.

2. (106) Que eu me aquiete e escute a verdade.

Que minha voz insignificante se cale e me permita ouvir a Voz poderosa
pela Própria Verdade me assegurar que sou o Filho perfeito de Deus.

3. Para a hora:
A paz e a alegria de Deus são minhas.

Para a meia hora:
Que eu me aquiete e escute a verdade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 118

Podemos até inverter a ordem das ideias que revisamos hoje e o resultado não será diferente da verdade que buscamos aprender a respeito do que somos em Deus, com Ele.

Assim: Que eu me aquiete e escute a verdade. O que vou ouvir não será nada diferente de: A paz e a alegria de Deus são minhas. Porque tudo o que eu quero para mim é também aquilo que Deus quer, é aquilo que Ele me permite ter. 

Entretanto, Ele me permite ter o que eu quiser, em qualquer circunstância, mesmo quando, equivocado por me acreditar separado d'Ele, desejo algo diferente da paz, da alegria, do amor e da felicidade que Deus quer para mim, o resultado pode ser dor, sofrimento, depressão, doença, medo, morte, que são escolhas minhas que me fazem acreditar na separação. São escolhas que faço ao julgar imperfeita a criação, ou qualquer parte dela. Aí, mergulhei na ilusão de uma separação que não existe.

É por isso também que é sempre valioso praticar a lembrança de que Deus vai comigo aonde eu for, mas apenas se eu O convidar a ir ou vir comigo. Se eu O excluir de minha consciência, Ele não vai estar lá? Vai, porque Ele sempre vai comigo aonde eu for, mas, ao exclui-Lo, não vou poder desfrutar de Sua Presença, nem da alegria, da paz, do amor e da felicidade que são a Vontade d'Ele para mim.

É esta a razão pela qual é fundamental que eu me cale, que eu me aquiete, para deixar espaço para a Presença de Deus se instalar em mim, para eu poder escutar a verdade, que me dá a paz e a alegria de Deus. 

Às práticas?


terça-feira, 26 de abril de 2016

Em Deus não há espaço para sofrimento ou dor


LIÇÃO 117

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (103) Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Que eu me lembre de que amor é felicidade e de que nada mais
traz alegria. E, por isto, escolho não levar em consideração nenhum
substituto para o amor.

2. (104) Busco apenas o que me pertence na verdade.

O amor é minha herança e, com ele, a alegria.
Estas são as dádivas que meu Pai me deu.
Quero aceitar tudo o que é meu na verdade.

3. Para a hora:

Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Para a meia hora:

Busco apenas o que me pertence na verdade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 117

Hoje revisamos duas ideias de grande importância, de enorme importância, na verdade. Não que todas e cada uma das outras também não o sejam, é claro. No entanto, toca trabalhar o presente, que é agora. 

Por isso as práticas de hoje, quer que tenhamos estas duas ideias em mente, e que as mantenhamos aí, em qualquer situação que se apresente com potencial para ameaçar nossa paz e nossa alegria. Na verdade, são elas - a paz e a alegria - que nos pertencem eternamente, porque são a Vontade de Deus para nós.

A bem da verdade, em Deus, no Amor, nunca há espaço para o sofrimento ou para a dor, sejam quais forem as formas com que se apresentem. Isto é a mesma coisa que dizer que quando entramos em contato com o sofrimento e com a dor é porque nos percebemos, equivocadamente, separados da unidade com Deus, separados do amor.

Por isso praticamos. Para reconhecer que nossa vontade e a de Deus são a mesma, que "dar e receber são a mesma coisa" e que temos direito a tudo o que Deus tem porque ainda somos como Ele nos criou. 

Às práticas?

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Salvação é também a cura da percepção equivocada


LIÇÃO 116

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (101) A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita. E eu só
posso sofrer a partir da crença em que existe outra vontade
separada da d'Ele.

2. (102) Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

Eu compartilho a Vontade de meu Pai para mim, Seu Filho.
Tudo o que quero é o que Ele me dá. Tudo o que existe é o
que Ele me dá.

3. Para a hora:
A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

Para a meia hora:
Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 116

Continuemos nossa revisão com vistas a aprender ou re-aprender, reconhecer e aceitar como verdades, a primeira ideia para as práticas e, como desdobramento natural dela, e não menos verdadeira, a segunda das ideias de hoje. Ambas pressupõem e afirmam a verdade de que a Vontade de Deus e a nossa são a mesma, uma vez que tudo o que queremos e buscamos, de fato, façamos o que quer que façamos, pensemos o que quer que pensemos, é a felicidade. Ou me engano?

Para chegar a ela [à felicidade], precisamos das práticas de hoje. E das práticas de todos os dias. Precisamos delas para aprender de uma vez por todas que só é possível se acreditar no sofrimento quando acreditamos que existe em nós uma vontade diferente da Deus, separada da d'Ele. Isto é, quando acreditamos em um Deus separado de nós e daquilo que somos, na verdade.

De acordo com o ensinamento do Curso, o mundo não precisa, nem deve, ser um local de sofrimento, até porque ele só existe como projeção do que pensamos que ele é, isto é, da interpretação que fazemos dele. Mas como já sabemos só nós mesmos escolhemos nossos pensamentos. Se já aprendemos que nossa única função aqui é a salvação, como e por que manter o mundo aprisionado a pensamentos de escassez, de falta, de necessidades, de dor, de sofrimento, de doença, de separação e de morte? 

"Tu não precisas fazer nada." 

Esta é uma das ideias centrais do ensinamento. O que ela significa, no entanto, não tem nada a ver com o que o ego entende por não fazer nada. Ela se refere, sim, à entrega. Isto é, no sentido mais profundo que podemos encontrar para ela, esta ideia significa render-se à condição de Filho de Deus. Aceitar-se como filho de Deus e acreditar, pondo em prática, a ideia de que ainda somos como Deus nos criou. Sempre fomos. Sempre seremos. Ou como abaixo.

Ela também se relaciona de forma estreita à aceitação de outra das ideias centrais do ensinamento: 

"Eu [ainda] sou como Deus me criou". 

Isto é, nada do que eu faça ou de que possa pensar em fazer pode macular minha inocência ou pureza. É preciso também que estejamos dispostos a aceitar por completo o fato de que não sabemos o que é melhor para nós, em nenhuma circunstância, mesmo quando pensamos ser capazes de decidir sozinhos, por nós mesmos. 

Todas as decisões que tomamos e todas as escolhas que fazemos, ou pensamos fazer, só podem nos levar na direção certa, se forem permeadas por nossa busca pela orientação do Ser em nós. Afinal, não sabemos escolher nem decidir sozinhos. Por quê? Porque é só na ilusão que podemos escolher. Há apenas uma escolha a se fazer, o Curso ensina: é a decisão de escolher o Céu. Como uma lição diz: "O Céu é a decisão que tenho de tomar". Sem esta decisão não há como encontrar sentido em nada do que nos acontece. Não há como se chegar à salvação. 

E a salvação não é nada mais do que dar ouvidos, com seriedade, porém, com alegria ao que as ideias que revisamos hoje nos dizem. O que poderia ser melhor do que reconhecer, aceitar e compreender de uma vez por todas que a Vontade de Deus para nós é a felicidade completa e perfeita, e que compartilhamos da Vontade d'Ele?

A salvação é também cura para nossas percepções equivocadas, cura para esta crença em uma separação que não existe, nem pode jamais existir. E cura para o Curso é isso: "curar é devolver à alegria". O que é a mesma coisa que devolver à unidade. Assim, a salvação, a cura, a alegria e a felicidade completas e perfeitas são todas formas diferentes de definir a única Vontade de Deus para nós, que em nenhuma hipótese pode ser diferente da nossa.

É nesta direção que nos encaminham as práticas. Hoje é todos os dias. 

A elas, pois.

domingo, 24 de abril de 2016

Só os equívocos da percepção podem mostrar erros


LIÇÃO 115

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (99) A salvação é minha única função aqui.

Minha função aqui é perdoar o mundo por todos os
erros que faço. Pois, deste modo, sou liberado deles
com todo o mundo.

2. (100) Meu papel é essencial ao plano de Deus para a salvação.

Eu sou essencial ao plano de Deus para a salvação
do mundo. Pois Ele me deu Seu plano para que eu
possa salvar mundo.

3. Para a hora:
A salvação é minha única função aqui.

Para a meia hora:
Meu papel é essencial ao plano para salvação.


*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 115

Convido-os, hoje, mais uma vez, como já fiz antes aqui, noutras vezes, a se lembrarem do que diz Eckhart Tolle, a respeito da magnitude de nossa importância - a importância que cada um de nós tem. Diz ele, "você está aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele. Veja como você é importante!"

Não há desculpas nem justificativas para qualquer um de nós se sentir pequeno ou incapaz. Pois como o Curso diz: "O amor descansa na certeza. Só a incerteza pode ser defensiva. E toda incerteza é dúvida acerca de si mesmo".

Todas as dádivas de Deus estão à disposição de todos e de cada um de nós. Cabe, pois, a cada um de nós - se quisermos viver a experiência da alegria que é a condição natural do filho de Deus - ser a manifestação do divino para mostrar ao mundo o propósito divino do universo.

Por isso, as ideias que revisamos hoje nos oferecem nova chance de aprender que nossa única função neste mundo é a salvação. Alguém acredita que haja um papel mais importante do que este? É claro que não. E, se alguém acha que não tem as condições necessárias para cumprir este papel, está enganado. Redondamente. Está se auto-enganando e se deixando enganar pelo sistema de pensamento do falso eu, a quem o Curso chama de ego, ou de "o grande impostor", e que é apenas uma ideia ilusória que temos de nós. Uma ideia que nem de longe tem a ver com o que somos na verdade.

Na verdade, sabemos, à luz do ensinamento, que o ego não quer que nos acreditemos essenciais ao plano de Deus para a salvação. Ele também não quer que nos saibamos capazes de perdoar o mundo, porque é só a partir da orientação dele - do ego, o falso eu - que podemos condenar o mundo, aprisionando-o numa condição e numa imagem que, de fato, não tem nada a ver com o mundo real, e dando, assim, ao ego, uma realidade que ele não tem.

É por isso que precisamos reconhecer e aceitar nossa a responsabilidade pelo perdão do mundo e de tudo o que há nele, deixando de dar ouvidos ao ego. Pois, quando aprendemos a reconhecer que todos os erros do mundo são apenas equívocos de nossa percepção, pois só estes equívocos é que podem mostrar quaisquer erros, podemos perdoá-lo, pelo perdão que damos a nós mesmos e a nossa própria percepção. E nos salvamos. E salvamos o mundo inteiro, por consequência e extensão, conforme eu disse há pouco em um dos comentários anteriores.

Simples assim! 

Às práticas?

sábado, 23 de abril de 2016

O natural em nós está na alegria e na felicidade


LIÇÃO 114

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (97) Eu sou espírito.

Eu sou o Filho de Deus. Nenhum corpo pode conter
meu espírito nem impor sobre mim uma limitação
que Deus não criou.

2. (98) Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

O que pode ser minha função exceto aceitar a Palavra de
Deus, Que me criou para o que sou e serei para sempre?

3. Para a hora:
Eu sou espírito.

Para a meia hora:
Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 114

As ideias da revisão hoje são uma nova oportunidade para que nos lembremos de tudo aquilo que precisamos aprender [ou lembrar], para sermos capazes de reconhecer e aceitar o que somos na verdade [espírito, em unidade com o divino] e o papel que cabe a cada um neste mundo [aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação].

Não nos deixemos enganar pelo uso que o ego faz da mente, buscando nos limitar com a crença de que somos apenas corpos e de que estamos destinados aos limites que a separação nos impõe. O que ele tenta fazer é que acreditemos ser só um corpo perecível, frágil, destinado a voltar ao pó de onde aparentemente vieram todos os corpos. 

O que somos não pode ser contido ou limitado por um corpo, por uma forma. E, certamente, não foi do pó que viemos, mas da luz. É o espírito de luz que nos anima e modifica o pó e lhe dá sentido. A luz é nosso destino, o lugar de onde nunca saímos.

É isto que revisamos e praticamos com as ideias de hoje. Ao nos aceitarmos como espírito - e espírito de luz -, e não corpo, não podemos fazer nada a não ser aceitar o papel que nos cabe no plano de Deus para a salvação. E são só o reconhecimento e a aceitação disso que podem nos devolver à alegria e à felicidade, que mostram o que é natural em nós, em nossa condição de Filhos de Deus e espelham a Vontade d'Ele para todos e cada um de nós.

Às práticas?