quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Na consciência da Presença de Deus está a verdade


LIÇÃO 59

As seguintes ideias são para a revisão de hoje:

1. (41) Deus vai comigo aonde eu for.

Como posso estar só, se Deus sempre vai comigo? Como posso ter dúvidas e ficar inseguro de mim mesmo, se a certeza perfeita habita n'Ele? Como posso ser perturbado por qualquer coisa, se Ele descansa em mim na paz absoluta? Como posso sofrer, se o amor e a alegria me envolvem por intermédio d'Ele? Que eu não nutra ilusões acerca de mim mesmo. Eu sou perfeito porque Deus vai comigo aonde eu for.

2. (42) Deus é minha força. A visão é Sua dádiva.

Que eu não recorra a meus próprios olhos para ver hoje. Que eu esteja disposto a trocar minha ilusão lamentável de ver pela visão que é dada por Deus. A visão de Cristo é sua dádiva, e Ele a dá a mim. Que eu invoque esta dádiva hoje, para que este dia possa me ajudar a compreender a eternidade.

3. (43) Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso ver.

Posso ver aquilo que Deus quer que eu veja. Não posso ver mais nada. Além da Vontade d'Ele só existem ilusões. É isto que escolho quando penso poder ver separado d'Ele. É isto que escolho quanto tento ver com os olhos do corpo. Apesar disso, a visão de Cristo me é dada para substituí-los. É por meio desta visão que escolho ver.

4. (44) Deus é a luz na qual eu vejo.

Não posso ver na escuridão. Deus é a única luz. Por isso, se é para eu ver, tem de ser por meio d'Ele. Eu tento definir o que é ver e estou errado. Agora me é dado compreender que Deus é a luz na qual eu vejo. Que eu receba bem a visão e o mundo feliz que ela me mostrará.

5. (45) Deus é a Mente com a qual eu penso.

Não tenho nenhum pensamento que eu não compartilhe com Deus. Não tenho nenhum pensamento separado d'Ele, porque não tenho nenhuma mente separada da d'Ele. Como parte da Mente d'Ele, meus pensamentos são os d'Ele e os Pensamentos d'Ele são os meus. 

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 59


Já lhes disse certa vez que ouvi, não sem alguma surpresa, é claro, no primeiro disco de Raul Seixas, o Krig-ha Bandolo, se não me engano, ao final da última faixa, quando ainda se escutava vinil, uma fala de Raul que repetia várias vezes: "Deus é aquilo que me falta para compreender o que ainda não compreendo".

E é exatamente disto que vão tratar hoje as ideias que a lição oferece. Comecemos pela primeira:

"Deus vai comigo aonde eu for."

É certo que Deus vai comigo aonde eu for, mas preciso convidá-lo. É preciso que eu queira conscientemente Sua Presença comigo. Pois se acho que posso dispensar Sua companhia. Ele vai estar comigo, mas não vou ser capaz de perceber.

É como diz Joel Goldsmith em vários de seus livros: a consciência da Presença de Deus pode aparecer - e aparece, muitas vezes - perceptivelmente como forma, como manifestação, para satisfazer e realizar uma necessidade que temos, aonde aparentemente não havia nada. Na verdade, Deus estava lá o tempo todo e não fez nada. Foi a percepção consciente da Presença d'Ele que trouxe os resultados.

É também a consciência da Presença de Deus que vai nos fazer perceber a verdade eterna que há na segunda ideia para as práticas deste dia.

"Deus é minha força. A visão é Sua dádiva."

Como já vimos antes, Deus é tudo de tudo. Aonde Ele está nada pode faltar. E quando O vemos, isto é, quando percebemos Sua Presença em nós, podemos ver. A consciência da Presença de Deus é a base de toda a nossa experiência de vida, é o fundamento a partir do qual podemos ver e escolher o que é real.

Tudo aquilo que aparentemente vivemos na ilusão de que estamos separados de Deus, de que Deus está lá em algum lugar distante de nós e que é a maior parte do tempo inacessível, não conta. Isto é, tudo aquilo que experimentamos, que não encontre eco no amor, na alegria, no poder único e na paz não vem de Deus e é apenas ilusório.

Também é disso que vai falar a terceira ideia que revisamos hoje.

"Deus é minha Fonte. Separado d'Ele não posso ver."

É claro que, se Deus é tudo de tudo, Ele tem de ser a Fonte. Sendo minha Fonte e sendo Sua dádiva para mim a visão, então é óbvio também que separado d'Ele não posso ver. Melhor dizendo, quando penso que posso estar ou ser separado de Deus, tudo o que posso ver é a ilusão que resulta da crença na separação. E, uma vez que ilusão não tem nada a ver com realidade, o que penso ver na verdade não é ver. É como o Curso diz projeção de imagens.

Mas o que é ver, então? Ver é, na verdade, abrir-se a uma nova perspectiva, uma perspectiva que deve se renovar a cada instante, para que sejamos capazes de oferecer a completa e total liberdade àquilo que vemos.
Alguns exemplos do que a visão nos mostraria talvez sejam o que Richard Bach escreveu no Manual do Messias em seu livro Ilusões, onde se lê, entre outras coisas:

Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que você o sabe.
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.
A sua única obrigação em qualquer vida é ser sincero consigo mesmo.
Você ensina melhor o que mais precisa aprender.

Percebem? 

Por mais que a escuridão pareça tomar conta de nossas vidas em alguns momentos e nos julguemos incapazes de carregar o fardo que parece se ter depositado sobre nossos ombros, é a luz que vai nos mostrar o poder que trazemos em nós e que tem sua origem na única Fonte: Deus.

É com essa luz que vamos entrar em contato a partir da quarta ideia de nossas práticas com esta lição:

"Deus é a luz na qual eu vejo."

É só na luz de Deus que podemos ver o que somos realmente. Porque é só em Deus que podemos, de fato, ver. E ver significa também entrar em contato com o espírito em nós, com o ser interior que é nosso guia e que é o que somos em Deus, com Ele.

É em contato com a luz que vamos ser capazes de transformar nosso olhar da forma que fala o texto de Octávio Paz a seguir:

Todos os dias atravessamos a mesma rua ou o mesmo jardim. Todas as tardes os nossos olhos batem no mesmo muro avermelhado, feito de tijolos e tempo urbano.
De repente, num dia qualquer, a rua dá para um outro muro, o jardim acaba de nascer, o muro fatigado se cobre de signos. Nunca os tínhamos visto e agora ficamos espantados por eles serem assim: tanto e tão esmagadoramente reais.
Isso que estamos vendo pela primeira vez já havíamos visto antes. Em algum lugar, no qual nunca estivemos, já estavam o muro, a rua, o jardim. E à surpresa segue-se a nostalgia. Parece que nos recordamos e queríamos voltar para lá, para esse lugar onde as coisa são sempre assim, banhadas por uma luz antiquíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Um sopro nos golpeia a fronte. Estamos encantados, suspensos no meio da tarde imóvel.

Que luz pensam que é essa?

É preciso que façamos algum esforço mental para entrar em contato com aquilo que somos na verdade? Para estar de acordo com o que o Curso ensina, é forçoso dizer que não. Pois ele ensina que não precisamos fazer nada. Basta que desejemos voltar a casa do Pai e reconheçamos que não sabemos nada e aceitemos entregar a Deus, à Mente em que vivemos, tudo o que somos, tudo o que queremos ser.

A quinta e última ideia desta lição é que vai nos dizer isso.

"Deus é a Mente com a qual eu penso."  

Vejamos um pequeno trecho de um livro que me salta às mãos para continuar este comentário. Diz ele:

A forma como você pensa sobre si mesmo afeta profundamente a maneira como se sente a respeito de si mesmo e de sua vida. Examinando o mundo a partir do ponto interior em si mesmo, é preciso que você passe algum tempo contemplando seu sentimento pessoal de bondade fundamenta. Porque, no fundo, você sabe e sente que é basicamente bom de uma forma profunda, uma forma que vai além dos conceitos convencionais de "bom" e "mau".

Esta lição permite que você pratique encarar suas dúvidas a respeito de si mesmo, a respeito de sua bondade fundamental e a respeito da bondade fundamental dos outros. Permite que você, admitindo suas dúvidas a seu próprio respeito, possa colocá-las de lado por um tempo e pensar que no fundo, no fundo, você é essencialmente bom.

Você pode pensar em como sente carinho, ternura e afeto por outras pessoas, animais ou lugares de sua vida; como sente o afeto que recebe dos outros; de que modo ele afeta sua vida. De que maneira a bondade fundamental se manifesta sua vida? Já houve momentos, com certeza, que você sentiu o mundo de um modo simples e genuíno? 

Esquecendo-se de noções, ideias e conceitos, esquecendo-se do que você "tem" de fazer e das obrigações: o que o faz rir ou chorar? O que produz um efeito em suas emoções? Onde está seu coração? 

Praticando as lições do modo que o Curso orienta é possível entrarmos em contato com a Mente que está por trás de nossa mente e experimentar a condição de santidade do mundo. Aí podemos dizer que estamos em sintonia com a Mente de Deus, que Ele é a Mente com que pensamos.

Às práticas?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A aceitação da santidade pode nos tornar humanos


LIÇÃO 58

Estas são as ideias para revisar hoje:

1. (36) Minha santidade envolve tudo o que vejo.

É da minha santidade que nasce a percepção do mundo verdadeiro. Ao perdoar, eu não me vejo mais como culpado. Posso aceitar a inocência que é a verdade a meu respeito. Vista por meio de olhos compreensivos, a santidade do mundo é tudo o que vejo, pois só posso conceber os pensamentos que tenho acerca de mim mesmo.

2. (37) Minha santidade abençoa o mundo.

A percepção de minha santidade não abençoa só a mim. Todos e tudo o que vejo em sua luz compartilham da alegria que ela me traz. Não há nada que esteja separado desta alegria, porque não existe nada que não compartilhe minha santidade. À medida que reconheço minha santidade, a santidade do mundo também traz seu brilho para todos verem.

3. (38) Não há nada que minha santidade não possa fazer.

Minha santidade é ilimitada em seu poder de curar, porque é ilimitada em seu poder de salvar. De que mais se pode ser salvo exceto de ilusões? E o que são todas as ilusões exceto ideias falsas a respeito de mim mesmo? Minha santidade desfaz todas elas pela afirmação da verdade acerca de mim. Na presença de minha santidade, que compartilho com o Próprio Deus, todos os ídolos desaparecem.

4. (39) Minha santidade é minha salvação.

Já que minha santidade me salva de toda culpa, reconhecer minha santidade é reconhecer minha salvação. É também reconhecer a salvação do mundo. Uma vez que eu aceite minha santidade, nada pode me amedrontar. E, em razão de eu não ter medo, todos têm de compartilhar minha compreensão, que é a dádiva de Deus para mim e para o mundo.

5. (40) Eu sou abençoado como um Filho de Deus.

Aqui está minha reivindicação a todo o bem, e só ao bem. Eu sou abençoado como um Filho de Deus. Todas as coisas boas são minhas, porque Deus as destinou a mim. Não posso sofrer nenhuma perda ou privação ou dor em razão de ser Quem sou. Meu Pai me apoia, me protege e me orienta em todas as coisas. Seu cuidado por mim é infinito e está comigo para sempre. Eu sou eternamente abençoado como Seu Filho.

*

COMENTÁRIO: 

Explorando a LIÇÃO 58


As ideias que vamos revisar neste dia tratam de nos fazer reconhecer, aceitar e aplicar nossa santidade em nosso dia, levando nossa condição natural de santos a se transformar na base para todas as experiências que vamos escolher em nossa vida.

Comecemos, então, pela primeira:

"Minha santidade envolve tudo o que vejo."

É assim que nos vemos normalmente? É assim que olhamos para tudo, vendo as coisas, as pessoas, as situações e tudo que as envolve, presas num abraço de nossa santidade? 

Será que de fato podemos pensar em nós mesmos como santos? 

Bem, se olho para o mundo com os olhos do corpo e me acredito separado de tudo e de todos, onde posso ver a santidade: a minha e a de todos os outros, ou a de cada um daqueles com quem cruzo pelos meus caminhos?

Lembremo-nos de que a santidade a que se refere o Curso não tem nenhuma relação com aquela santidade que nos foi e continua a ser ensinada pelas religiões. Antes, a santidade de que o Curso fala é exatamente nossa condição natural com Deus, n'Ele, mesmo que não tenhamos consciência o tempo todo de que vivemos e nos movemos em Deus.

Isso nos leva a segunda das ideias para as práticas de hoje:

"Minha santidade abençoa o mundo."

Só Deus é eternamente santo. E somos como Ele. Fomos criados a Sua imagem e semelhança. E quando nos pensamos separados d'Ele e da santidade, que é nossa condição natural, é porque estamos dando realidade à ilusão do ego que quer que acreditemos numa separação que não existe.

Deus nunca condena. Seu Amor só pode abençoar. E, ao voltarmos nossa consciência para Ele, temos de reconhecer que somos abençoados como filhos de Deus. Somos absolutamente santos. Só podemos, pois, abençoar o mundo, a partir de nossa santidade. E vivendo em mundo abençoado somos capazes de experimentar e viver a alegria e a paz, completas e perfeitas, que são a Vontade de Deus para nós. Mais, na alegria e na paz, de posse de nossa santidade, podemos tudo.

É isso que vamos praticar com a terceira das ideias para este dia.

"Não há nada que minha santidade não possa fazer."

O Curso ensina que "o poder do desejo do Filho de Deus continua a ser a prova de que ele está errado quando se percebe impotente". É desta verdade eterna que trata esta ideia nesta lição. É preciso que reconheçamos que só quando negamos nossa filiação, quando negamos o Ser, o Divino em nós, aceitando o engano que nos oferece o mundo do ego, é que podemos pensar em nós mesmos como seres frágeis, fracos e amedrontados por um mundo cheio de perigos a nos ameaçar.

Lembremo-nos de que nada a não ser nossos pensamentos podem nos ferir. Mas lembremo-nos também de que não somos o que pensamos e de que nossos pensamentos não significam coisa alguma, a não ser que estejamos pensando com Deus. E sempre podemos buscar n'Ele descobrir nossos pensamentos verdadeiros e, assim, chegar à salvação. A nossa - a de cada um individualmente - e a do mundo inteiro.

É o que a quarta ideia que precisamos aplicar hoje vai nos mostrar:

"Minha santidade é minha salvação."

Além disso, minha santidade é também a salvação do mundo. Primeiro porque, se estou salvo, só posso ver um mundo salvo. Um mundo que Deus nunca condenou e que eu também não condeno. Um mundo que vejo com os olhos do espírito de Deus em mim e que só pode ser exatamente como é a cada momento. Uma manifestação de minha santidade. A santidade que compartilho com Deus e com todos os meus irmãos. Com todos os seres vivos e com tudo no mundo.

Salvo por minha santidade sei que "não há nada a temer". Sei que minha condição verdadeira só pode ser expressa pela quinta e última das ideias que vamos explorar em seguida:

"Eu sou abençoado como um Filho de Deus."

Somos santos tal como somos. Aqui e agora. Somos todos abençoados e a condição de Filho de Deus não é só minha, nem de ninguém de forma exclusiva. A santidade envolve a tudo e a todos em seu abraço amoroso. Não há nada para ser acrescentado, nem nada a ser tirado de nenhum de nós. 

Isto é, mesmo aparentemente vivendo em um corpo, somos abençoados. E é a santidade que pode nos dar - e dá - poderes ilimitados e permite que, se assim desejarmos, todas as nossas ações e todos os nossos pensamentos durante nosso aparente estar-no-mundo sejam expressão e manifestação do divino. É, como já lhes disse antes, o reconhecimento e a aceitação de nossa santidade que pode, de fato, nos tornar humanos, no melhor sentido que se pode dar à humanidade.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Praticar para aprender o milagre da entrega


LIÇÃO 57

Hoje vamos revisar estas ideias:

1. (31) Eu não sou [a] vítima do mundo que vejo.

Como posso ser vítima de um mundo que pode ser completamente desfeito, se eu escolher fazê-lo? Minhas correntes estão soltas. Posso me livrar delas simplesmente por desejar fazê-lo. A porta da prisão está aberta. Posso abandoná-la simplesmente caminhando para fora dela. Nada me prende a este mundo. Só meu desejo de ficar me mantém prisioneiro. Quero desistir de meus desejo loucos e caminhar, enfim, na direção da luz do sol.

2. (32) Eu invento o mundo que vejo.

Eu inventei a prisão na qual me vejo. Tudo o que preciso fazer é reconhecer isto e estou livre. Eu me engano ao acreditar que é possível aprisionar o Filho de Deus. Fui cruelmente enganado nesta crença, que não quero mais. O Filho de Deus tem de ser livre para sempre. Ele é tal como Deus o criou, e não o que quero fazer dele. Ele está aonde Deus quer que ele esteja, e não aonde eu imaginava mantê-lo.

3. (33) Existe outro modo de olhar para o mundo.

Uma vez que a finalidade do mundo não é aquela que atribuí a ele, tem de haver outro modo de olhar para ele. Eu vejo tudo de cabeça para baixo e meus pensamentos são o contrário da verdade. Eu vejo o mundo como uma prisão para o Filho de Deus. A verdade, então, tem de ser que o mundo realmente é um lugar no qual ele pode ser libertado. Quero olhar para o mundo como ele é, e vê-lo como um lugar onde o Filho de Deus encontra sua liberdade.

4. (34) Eu poderia ver paz em vez disto.

Quando eu vir o mundo como um lugar de liberdade, perceberei claramente que ele reflete as leis de Deus em lugar das regras que inventei para ele obedecer. Compreenderei que a paz, não a guerra, habita nele. E perceberei que a paz também habita nos corações de todos aqueles que compartilham este lugar comigo.

5. (35) Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou absolutamente santo.

Quando compartilho a paz do mundo com meus irmãos, começo a compreender que esta paz nasce do fundo de mim mesmo. O mundo para o qual olho adquire a luz do meu perdão e me devolve o brilho do perdão. Nesta luz eu começo a ver aquilo que minhas ilusões a meu próprio respeito mantinham escondido. Começo a compreender a santidade de todas as coisas vivas, incluindo a mim mesmo, e a unidade delas comigo.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 57

A primeira das ideia que vamos explorar em nossas práticas da revisão de hoje tem a ver com a forma pela qual vemos a nós mesmos, vemos o mundo e trazemos a nós as experiências que vão fazer parte de nossa vida. É:

"Eu não sou [a] vítima do mundo que vejo."

Uma chamada de atenção de Louise Hay, logo na introdução de seu livro Você Pode Curar Sua Vida, põe em xeque a ideia que o ego quer nos vender de que podemos ser vítimas de alguma coisa fora de nós no mundo. Diz Louise, referindo-se a alguns pontos de sua filosofia de vida:

"Somos todos cem por cento responsáveis por nossas experiências.
Cada pensamento que temos está criando nosso futuro.
O ponto de poder está sempre no momento presente.
Todos sofrem de culpa e ódio voltados contra si próprios.
A frase chave de todos é: 'Não sou bastante bom'.
É apenas um pensamento e um pensamento pode ser modificado.
Ressentimento, crítica e culpa são os padrões mais prejudiciais.
A liberação do ressentimento pode remover até o câncer.
Quando realmente amamos a nós mesmos, tudo na vida funcional.
Devemos nos libertar do passado e perdoar a todos.
Devemos estar dispostos a começar a aprender a nos amarmos.
A auto-aprovação e auto-aceitação no agora são a chave para mudanças positivas.
Cada uma das chamadas 'doenças' em nosso corpo é criada por nós."

Onde então a vítima?

Vê-se que a partir desta ideia é perfeitamente lógico praticar com a segunda de hoje.

"Eu invento o mundo que vejo."

É claro que se somos cem por cento responsáveis por nossas experiências, temos de ser nós mesmos a inventar o mundo que vemos, com tudo o que há nele, alegria, tristeza, dor, amor, felicidade e angústia. Porém, é preciso ficarmos atentos para o fato de que há um só e único poder. O de Deus. Tudo o que pensamos criar, que inventamos, aparentemente separados de Deus, é apenas ilusão. Para o bem ou para o mal.

Como diz Joel Golsdmith: "Enquanto não percebermos que nossos pensamentos bons não são o poder espiritual, não seremos capazes de perceber que mesmo os pensamentos maus do mundo também não são poder". O único poder é Deus.

É claro também que a partir das práticas das duas ideias anteriores, pode-se depreender que:

"Existe outro modo de olhar para o mundo."

Não cabe a nenhum de nós determinar a finalidade do mundo, uma vez que em momento algum temos todos os dados ou todas as informações de que necessitaria alguém para resolver uma questão qualquer de modo que só o bem pudesse resultar dela.

Nós nem sabemos o que pode ser o bem para nós, conforme já praticamos. Não sabemos para que serve coisa alguma neste mundo. Nem ao menos sabemos o que somos, a maior parte do tempo. Valendo-nos ainda do que diz Joel Goldsmith, é preciso ponderar que:

A verdade obtida por meio do intelecto, do cérebro, como diria Tara Singh, e que permanecer no nível da mente humana, independente de quão lógica ou razoável possa parecer, não tem nada a ver com a percepção espiritual. E é só a partir do contato com o Espírito em nós é que vamos ser capazes de descobrir, reconhecer e aceitar a verdade eterna desta terceira ideia de hoje. A verdade que pode nos colocar em contato com o Céu na terra e permitir que cheguemos mais perto da verdade a respeito de nós mesmos.

Precisamos nos decidir o quanto antes a emprestar um olhar diferente a tudo que vemos no mundo, se quisermos obter o que a quarta ideia de nossas práticas diz ser possível.

"Eu poderia ver paz em vez disto."

O que nos impede de ficar em paz? De viver a paz de espírito que só pode ser resultado da alegria e do amor pela vida que recebemos e que não tem fim?

Mateus, no Novo Testamente, dá-nos uma pista das razões por que vemos o que vemos e permitimos que o que vemos nos tire a paz nos afaste da alegria e nos cegue para o amor.

Diz ele: 

Porque o coração deste povo se tornou insensível.
E eles ouviram de má vontade,
e fecharam os olhos,
para não acontecer que vejam com os olhos,
e ouçam com os ouvidos,
e entendam com o coração, e se convertam,
e assim eu os cure.

Para Goldsmith, nisto está "toda a história do mundo humano". O mundo, que se orienta pelo sistema de pensamento de separação do ego, "não quer que [se] lhe tire o dinheiro, o poder ou a posição. O mundo tem medo de ouvir esta mensagem, por temer que possa se convencer de que a guerra não é uma necessidade e que os pânicos e as crises são inúteis". O mundo, de fato, não quer ver a paz.

Quando alcançamos a paz de espírito somos capazes de compreender que somos muito mais do que corpos e formas e sentidos. Em paz, é possível aprender, reconhecer, aceitar e pôr em prática tudo aquilo que precisamos fazer para ser no mundo uma manifestação do divino.

É a partir da experiência da paz interior que podemos praticar a última das ideias deste dia, com a confiança e a certeza de que ela é a expressão da verdade acerca de nós.

"Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou absolutamente santo."

Mas qual de nós acredita nisto de si mesmo? Ou qual de nós vive a partir desta convicção: a de que é absolutamente santo? E o que significa para nós ser santo?

Ser santo não tem nada a ver com não cometer erros, com não ter dúvidas ou com não se deixar enganar pelo ego às vezes. Tem a ver, sim, com a tomada de decisão de ver de modo diferente. De ver, acima de tudo. Ser santo, do modo como acredito que o Curso entende, é aceitar-se como se é. E ser no mundo a expressão mais autêntica do divino. O que significa ser capaz de entregar ao Espírito, à Mente de Deus, tudo aquilo com que não se pode lidar.

É ser e aceitar-se por inteiro, incluindo nesta aceitação toda e qualquer experiência que se escolher e que se apresentar. Fazer como diz Eckhart Tolle:

Perdoe-se por não estar em paz.
Quando você aceita totalmente a sua falta de paz,
essa falta se transforma em paz.
Tudo o que você aceita totalmente o conduz para lá,
o leva para a paz.
Este é o milagre da entrega.

Às práticas?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Chegar a conhecer a verdade que nos libertará


LIÇÃO 56

Nossa revisão para o dia de hoje abrange o seguinte:

1. (26) Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade.

Como posso saber quem sou, se me vejo sob ataque constante? A dor, a doença, a perda, a idade e a morte parecem me ameaçar. Todas as minhas esperanças, e desejos e planos, parecem estar à mercê de um mundo que não posso controlar. No entanto, a segurança perfeita e a realização completa são minha herança. Eu tento entregar minha herança em troca do mundo que vejo. Mas Deus mantém minha herança a salvo para mim. Meus próprios pensamentos verdadeiros me ensinarão o que ela é.

2. (27) Acima de tudo, eu quero ver.

Reconhecendo que o que vejo reflete o que penso que sou, percebo claramente que a visão é minha maior necessidade. O mundo que vejo é a confirmação da natureza terrível da auto-imagem que criei. Se eu quiser me lembrar de quem eu sou, é essencial que eu abandone esta imagem de mim mesmo. Quando ela for substituída pela verdade, a visão certamente me será dada. E, com essa visão, olharei para o mundo e para mim mesmo com caridade e amor.

3. (28) Acima de tudo, quero ver de modo diferente.

O mundo que vejo mantém minha auto-imagem terrível no lugar e assegura sua continuidade. Enquanto eu vir o mundo tal como o vejo agora, a verdade não pode penetrar em minha consciência. Quero permitir que a porta por trás deste mundo seja aberta para mim, para eu poder olhar, adiante dela, para o mundo que reflete o Amor de Deus.

4. (29) Deus está em tudo o que vejo.

Por trás de cada imagem que faço, a verdade permanece inalterada. Por trás de cada véu com que cubro a face do amor, sua luz continua a ser radiante. Além de todos os meus desejos loucos está minha vontade, unida à Vontade de meu Pai. Deus ainda está em todos os lugares e em todas as coisas para sempre. E nós, que somos parte d'Ele, ainda olharemos para o que há além de todas as aparências e reconheceremos a verdade além de todas elas.

5. (30) Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente.

Em minha própria mente, por trás de todos os meus pensamentos loucos de separação e de ataque, existe o conhecimento de que tudo é um para sempre. Eu não perdi o conhecimento de Quem eu sou, porque me esqueci disso. Ele está guardado para mim na Mente de Deus, Que não abandona Seus Pensamentos. E eu, que estou entre eles, sou um com eles e um com Ele.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 56


Para lembrar algo de que já falamos antes, em geral, não nos damos conta de que nossos pensamentos, mal dirigidos, se voltam sempre diretamente contra nós mesmos. E podemos começar a explorar a lição e as ideias que vamos revisar hoje com a primeira delas:


"Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade."

Não poderia ser diferente, uma vez que não há nada fora de mim. Tudo o que faço só pode ter como efeito algo que acontece para mim mesmo. Se ataco alguém, também me firo. Se ofendo alguém, também obtenho os resultados da ofensa cometida. E, se machuco alguém a dor, normalmente, é maior em mim.

O desafio que esta ideia apresenta deve servir para nos levar à consciência de que precisamos aprender a olhar para as coisas de modo diferente, decidindo-nos a ver, como vamos rever com a segunda das ideias para as práticas de hoje.


"Acima de tudo, eu quero ver."

Ver verdadeiramente é o que pode nos devolver a consciência de nossa unidade com Deus. Ver é tudo o que precisamos para abandonar a imagem que fazemos de nós mesmos a partir do ego e de sua crença na separação.

Para Joel Goldsmith, "entender o que é Deus é ver Deus como a verdadeira vida do ser individual". A minha, a tua, a nossa vida e a de todo e qualquer ser. Isso é, na verdade, ver. Não a partir do que nos mostram os olhos do corpo, mas a partir do espírito, que está além do corpo, além das formas.

E aí vamos à terceira ideia de hoje:


"Acima de tudo, eu quero ver as coisas de modo diferente."

E por que acima de tudo? Porque hoje não vejo. Melhor dizendo, o que penso ser a visão hoje é aquilo que está relacionado aos sentidos de meu corpo. Visão, audição, olfato, paladar e tato. Isso não mostra, nem pode mostrar, a realidade de nada.

Voltando ainda a Goldsmith: "... Deus é a Alma do nosso ser, Deus é a Mente, o Espírito Santo, a verdadeira Essência da qual somos formados. Deus é o centro do nosso ser". 

Como "ver" isto com os olhos do corpo? Com os sentidos? A partir do modo de pensar do mundo?

Para tanto precisamos praticar e aplicar a quarta das ideias que estamos revisando hoje, mudando o foco de nosso olhar, e de nossos sentidos, para descobrir que:


"Deus está em tudo o que vejo."

O valor de reconhecer isto e de reconhecer que "Deus é a Alma do nosso ser... o centro de nosso ser" está em nos levar à gratidão, que permite dizermos: "Obrigado, Pai". Somos gratos por podermos ter contato com a verdade a respeito do que somos em Deus, com Ele. E o que é verdadeiro para nós - para cada um de nós de forma individual -, tem de ser verdadeiro para todo o universo, em todo lugar e em todo o tempo.

Isso nos traz à última das ideias para as práticas de hoje:


"Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente."

Se já aprendemos que não há nada fora de nós, então Deus só pode estar em nós, em cada um de nós. O que somos, na verdade, em essência, é o que Deus é.

E, mais uma vez, Joel Goldsmith pode nos ajudar a refletir e a praticar melhor o que a ideia nos pede para aplicarmos a nossas vidas.

Diz ele:

"A consciência é Deus - a tua consciência, a minha consciência. Uma consciência infinita e indivisível, que se manifesta individualmente como a tua consciência e a minha consciência - isto é Deus. É atividade da tua consciência e da minha, que resulta no desenvolvimento da nossa experiência harmônica diária. Não podemos nos sentar com uma mente inerte, apática e descuidada e acreditar que há um poder de Deus agindo por nós em algum lugar. O poder de Deus é a atividade de nossa consciência."

Eis aí a verdade eterna por detrás das palavras da lição de hoje. Eis aí o desafio que precisamos enfrentar, para domar as incoerências do ego e chegar a conhecer à verdade que nos libertará.

Às práticas?

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Nada no mundo é eterno, nada dura para sempre.


LIÇÃO 55

A revisão de hoje inclui o seguinte:

1. (21) Estou decidido a ver as coisas de modo diferente.

O que vejo agora são apenas sinais de doença, de infelicidade e de morte. Não pode ser isto o que Deus criou para Seu Filho amado. O próprio fato de eu ver tais coisas é prova de que não compreendo a Deus. Por isto, eu também não compreendo Seu Filho. O que vejo me diz que não sei quem eu sou. Estou decidido a ver as testemunhas da verdade em mim em lugar daquelas que me mostram uma ilusão de mim mesmo.

2. (22) O que vejo é uma forma de vingança.

O mundo que vejo raramente é uma representação de pensamentos amorosos. É um retrato do ataque a tudo por tudo. É tudo menos um reflexo do Amor de Deus e do Amor de Seu Filho. São meus próprios pensamentos de ataque que dão origem a este retrato. Meus pensamentos amorosos vão me salvar desta percepção do mundo e me darão a paz que Deus pretendia que eu tivesse.

3. (23) Posso escapar deste mundo desistindo dos pensamentos de ataque.

A salvação está nisto, e em nenhum outro lugar. Sem pensamentos de ataque eu não poderia ver um mundo de ataque. À medida que o perdão permitir que o amor volte a minha consciência, verei um mundo de paz e de segurança e de alegria. E é isto que escolho ver em lugar daquilo para que olho agora.

4. (24) Eu não percebo meus maiores interesses.

Como eu poderia reconhecer meus maiores interesses se não sei quem sou? O que penso serem meus maiores interesses apenas me prenderia mais ao mundo de ilusões. Estou disposto a seguir o Guia que Deus me dá para descobrir quais são meus maiores interesses, reconhecendo que não posso percebê-los por mim mesmo.

5. (25) Eu não sei para serve coisa alguma.

Para mim, a finalidade de todas as coisas é a de provar que minhas ilusões a meu próprio respeito são verdadeiras. É para este fim que tento usar todos e tudo. É para isto que acredito que o mundo serve. Por esta razão não reconheço a verdadeira finalidade dele. A finalidade que dou ao mundo conduz a um quadro amedrontador dele. Que eu abra minha mente à verdadeira finalidade do mundo retirando aquela que lhe dou e aprendendo a verdade a respeito dele.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 55


Comecemos com a primeira das ideias desta revisão, que completa e estende a última das que vimos ontem:

"Estou decidido a ver as coisas de modo diferente."

Estou? Estás? Estamos? Mesmo?
Por quanto tempo? Quão firme é minha-tua-nossa decisão?

O desfio que esta ideia apresenta é, mais uma vez, no mínimo, aceitar a Expiação para mim mesmo, aceitando a responsabilidade pelos desastres que vejo. Também faz parte do desafio, a partir do momento em que aceito a Expiação para mim mesmo, que eu me proponha a mudar o modo de olhar para o mundo.

Perdoando-me pelo equívoco de vê-lo imperfeito, incompleto, e me decidindo a olhar para tudo de modo diferente, posso alcançar a verdade em mim. Posso reconhecer e receber o milagre que a lição oferece e aceitar e acolher o divino, que é minha identidade.

Agora a segunda ideia:


"O que vejo é uma forma de vingança."

As práticas com esta ideia é que me podem fazer perceber que meus pensamentos, fundados na crença na separação que o ego quer me fazer acreditar verdadeira, não podem refletir o amor de Deus. Longe disso, eles são reflexos de meu orgulho, que é a negação do amor e da verdade do que sou.

Isso me leva à terceira ideia. Como escapar deste mundo? O que posso fazer para manter minha decisão de ver de modo diferente e renunciar à vingança de meu modo de ver baseado no orgulho do ego?


"Posso escapar deste mundo desistindo dos pensamentos de ataque."

De fato, os pensamentos de ataque não fazem senão perpetuar o círculo vicioso de defesa-ataque, ataque-defesa. E, na verdade, não preciso me defender de nada, quando não julgo.

Se eu não aprisionar nada nem ninguém em meu julgamento, posso viver a liberdade de um mundo perfeito, onde tudo acontece e coopera para o bem, sem a necessidade egoica de compreender por que razão as coisas acontecem da forma que acontecem.

Só o ego quer compreender e pensa que precisa fazê-lo. Só o ego precisa fazer, e fazer, e fazer. O divino não precisa fazer nada e é isso que o Curso ensina. Em Deus não preciso fazer nada.

Sem Deus, acreditando estar separado de tudo e de todos, não posso ser capaz de reconhecer, nem de aceitar,  como diz a quarta das ideias de hoje, que:


"Eu não percebo meus maiores interesses."

Não é possível conhecer o que são meus interesses, se não sei quem sou, se não sei qual é minha função neste mundo e se acredito que este mundo de ilusões possa conter alguma coisa de valor, alguma coisa que compense meu esforço. Alguma coisa que eu necessite e pela qual valha a pena lutar.

Conforme o Curso ensina, qualquer coisa neste mundo que acredites ter valor, ser algo pelo qual valha a pena lutar, pode te ferir e o fará.

Não porque tenha o poder para te ferir, mas porque, ao dares realidade a ela, abres as portas para que entrem todas as formas loucas da ilusão, para o bem ou para o mal.

É por isso que precisamos também praticar mais uma vez a quinta ideia de hoje:


"Eu não sei para que serve coisa alguma."

O orgulho do ego nasce de sua vontade de ser onipotente e de poder ocupar o lugar de Deus. É por isso que ele se arvora conhecedor do que é melhor para mim. É por isso que a lição ensina, com esta ideia, que, para mim, em sintonia com o ego, a finalidade de todas as coisas é provar que as ilusões a meu próprio respeito são verdadeiras.

É para isso que o ego busca usar todas as pessoas e todas as coisas. Para me - e nos - convencer de que o mundo - e a coisas do mundo - tem algum valor em si mesmo.

Não tem! 

Por mais que tentemos nos convencer de que há no mundo qualquer coisa que possa nos trazer alegria, paz e felicidade, somos forçados por nossas experiências no mundo a reconhecer e a admitir que tudo o que o mundo consegue nos dar é apenas temporário.

Nada nele dura. Nada nele é eterno.

É também por isso que não há como saber para que serve coisa alguma neste mundo. E só quando aprendemos a soltar, a abandonar, a abrir mão do apego e do controle às coisas, às pessoas, e ao mundo é que a verdadeira finalidade de tudo pode se mostrar.

É só a partir deste modo de olhar que podemos deixar que o mundo e tudo nele seja apenas e exatamente o que é, livre de qualquer julgamento que tenhamos posto sobre qualquer coisa.

Às práticas?