terça-feira, 31 de julho de 2012

Retirando o julgamento de fatos e circunstâncias


LIÇÃO 213

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (193) Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda.

Uma lição é um milagre que Deus me oferece em lugar de pensamentos que tive, que me ferem. O que aprendo d'Ele é o modo pelo qual me liberto. E, por isto, escolho aprender as lições d'Ele e esquecer minhas próprias lições.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Este comentário, com as pequenas alterações necessárias, é o mesmo feito para esta lição nos dois últimos anos passados. Continuo a achar que vale a pena refletir a seu respeito novamente. O que vocês acham?

Assim como não existem acasos, conforme sabemos, também não existem coincidências. Caso contrário, a quem atribuir a responsabilidade pela experiência? Se não há nenhum mundo, a não ser o que vejo como expressão manifesta de meu mundo interior - e o de cada um individualmente - o que preciso salvar? A quem preciso salvar a não ser a mim mesmo, se acredito que alguém precisa ser salvo?

É maravilhoso praticar, e compreender bem, a ideia que revisamos nesta terça-feira, dia 31 de julho, "na contagem milenar". Ela abre diante de nós todas as possibilidades do aprendizado da percepção verdadeira. Pois é a compreensão desta ideia que vai fundamentar e facilitar nossa aceitação da responsabilidade que nos cabe por tudo o que acontece na vida. Em nossa própria vida e na vida em geral.

Precisamos nos lembrar de que compreender é aceitar. Pois, de fato, só não aceitamos aquilo que ainda não compreendemos. E, quando nos recusamos a compreender algo, estamos apenas nos aferrando a uma ideia, a um preconceito [pré-conceito, conceito prévio ou anterior], a um julgamento que fizemos e não queremos mudar.

Assim, na verdade, a ideia das práticas de hoje é um milagre que Deus nos oferece para substituir quaisquer pensamentos que tivemos a respeito de qualquer coisa que se apresente a nós em nossa experiência. Pois permite que retiremos todo o julgamento dos fatos e das circunstâncias. Praticar esta ideia permite que olhemos para eles com um novo olhar, um olhar diferente. Um olhar que busca apreender, compreender e aceitar a lição que se apresenta daquele modo, naquele momento, seja ela qual for, seja qual for o momento.

É importante sabermos que, de acordo com o Curso, uma lição nos vai ser apresentada tantas vezes quantas forem necessárias e de tantas formas diferentes quantas forem preciso até que a aprendamos. Para, então, passarmos a uma nova lição, a um novo aprendizado. Enquanto resistirmos às lições, considerando-as acaso, coincidência, má sorte, infortúnio, desgraça, algo que não deveria ter acontecido, ou nos considerando infelizes pelas experiências que vivemos, deixamos de ver o milagre que há por trás de todos os acontecimentos de nossas vidas. 


Às práticas?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tudo e todos se recobrem de sentido no Amor



LIÇÃO 212

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (192) Tenho uma função que Deus quer que eu cumpra.

Busco a função que me libertará de todas as vãs ilusões do mundo. Só a função que Deus me dá pode oferecer liberdade. É apenas isto que busco, e só aceitarei isto como meu.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Nesta segunda-feira, dia 30 de julho, vamos revisar uma ideia que tem importância vital para a re-descoberta de nosso papel na ordem das coisas, para dar sentido à vida que vivemos neste mundo, de acordo com a Vontade de Deus. Tudo o que precisamos fazer, a partir também da ideia que praticamos ontem, é lembrar de nossa condição de Filhos santos do Próprio Deus.

Uma passagem do livro texto sugere que reconheçamos e aceitemos a seguinte ideia: "O Próprio Deus é incompleto sem mim".  Ora, esta ideia é fundamental para que recobremos o direito legítimo à herança divina que nos cabe, para que possamos ser a manifestação do Deus Vivo em nosso aparente estar-no-mundo.

E não há como não reconhecê-la se pensarmos que Deus, ou melhor dizendo, a ideia de Deus é uma ideia todo-abrangente. Ele [ou a ideia d'Ele] só existe para mim, para nós, para quem quer que seja, quando tudo e todos começam e terminam n'Ele. Tudo se recobre de sentido no Amor que é capaz de abarcar a tudo e a todos em Si.

Assim, da mesma forma que precisamos de Deus [ou da ideia de Deus] para que nossas vidas tenham sentido, Deus [mesmo que apenas como ideia] precisa de todos e de cada um de nós assumindo o compromisso com a função que nos cabe para a realização de Seu plano para a salvação do mundo, para a realização de Sua Vontade de alegria e paz perfeitas e completas para cada um. E para todos nós. Uma vontade que é também a nossa.



domingo, 29 de julho de 2012

As práticas diárias são uma forma de sair do transe



LIÇÃO 211

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (191) Eu sou o Próprio Filho santo de Deus.

Em silêncio e em verdadeira humildade eu busco a glória de Deus, para vê-la no Filho Que Ele criou como o meu Ser.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 29 de julho, revisamos aquela ideia que nos põe em contato com a verdade acerca de nós mesmos, a ideia que nos devolve à condição de Filhos santos do Próprio Deus, devolvendo-nos, assim, àquilo que somos na verdade.

Como eu já disse no passado, a respeito desta lição específicamente, a repetição continuada das afirmações ou declarações que unificam este período de revisão [Eu não sou um corpo. Eu sou livre. Pois ainda sou como Deus me criou.] visa a re-criar e reforçar em nós a sensação da unidade com Deus. 

Na verdade, se buscarmos refletir bem a respeito do que somos e da experiência que vivemos, não existe nada que possa nos fazer acreditar na possibilidade de uma vida separada de Deus, a não ser na ilusão. Pois, para que tal separação pudesse existir de fato, teríamos de estar separados de nós mesmos. O que não é possível! O que só pode acontecer quando nos dissociamos de nós mesmos. Um processo que é apenas mental. Ou quando vivemos um transe, uma aparente separação da realidade.

Porém, sendo o mais honestos possível para com nós mesmos, é preciso reconhecer que, vivemos em transe a maior parte do tempo. Pois, em geral não nos damos conta de que fomos e estamos hipnotizados, acreditando viver, em um mundo que não existe, uma "realidade" que é apenas uma sugestão hipnótica, uma ilusão criada por um sistema de crenças que, aparentemente, nos afasta de nós mesmos, do que somos, e de Deus. 


Mais uma vez: Isto é impossível! E é exatamente para aprendermos de que forma podemos sair do transe que as práticas se fazem necessárias.

Às práticas, pois.

sábado, 28 de julho de 2012

A escolha que nos cabe fazer por direito de filhos



LIÇÃO 210

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (190) Escolho a alegria de Deus em vez da dor.

A dor é uma ideia minha. Não é um Pensamento de Deus, mas um pensamento que tive separado d'Ele e de Sua Vontade. A Vontade d'Ele é alegria e apenas alegria para Seu Filho. E é isto que escolho em lugar do que fiz.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

A ideia da lição 190 - Escolho a alegria de Deus em vez da dor. - é a ideia para nossas práticas neste sábado, dia 28 de julho. Esta escolha é a decisão que precisa ser feita agora, de acordo com o que lhes disse ontem. Uma decisão que precisamos tomar e reafirmar a todo instante, minuto após minuto, hora após hora, dia após dia. Uma escolha que podemos manter simples e facilmente com as práticas diárias.

Como eu disse antes, esta é uma escolha que nos oferece uma forma simples de manter a vigilância sobre os pensamentos, pois sempre que algo em nossa mente parece - uma ideia, um pensamento, um medo, um arrepio indefinível, por menos que dure, - nos afastar da alegria a vigilância sobre nossos pensamentos vai permitir que sejamos capazes de perceber que nos afastamos daquilo que, segundo o Curso, é a Vontade de Deus para nós, que é também a nossa. Esta é uma escolha que nos cabe fazer por direito de filhos de Deus.

A dor, o sofrimento, a morte, a miséria, a escassez, a escuridão, a fome, a discórdia e todos os aparentes "males" do mundo são apenas efeitos de nossos pensamentos que "criam" de modo equivocado - mais certo seria dizer inventam. São efeitos da crença na ideia de que é possível fazermos qualquer coisa separados de Deus. 

As práticas de hoje, portanto, nos oferecem de novo mais um instrumento para o aprendizado e a prática do "orai e vigiai" a que nos exorta o texto biblíco desde muitos anos. Se aprendermos a manter uma vigilância constante e permanente sobre os pensamentos, livrando-os de qualquer sombra de medo,  já não haverá possibilidade de que eles "criem" de forma equivocada, pois a sintonia com o Pai será ininterrupta e seremos capazes da comunicação perfeita com Ele.


Às práticas?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Não há outro tempo a não ser o presente



LIÇÃO 209

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (189) Sinto o Amor de Deus em mim agora.

O Amor de Deus é o que me criou. O Amor de Deus é tudo o que sou. O Amor de Deus demonstra que sou Seu Filho. O Amor de Deus em mim me liberta.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Penso que grande parte da ingenuidade, da espontaneidade, da alegria e do destemor da maioria das crianças muito pequenas se deve a sua quase que total dependência dos pais e à confiança que lhes dedicam, uma vez que sua razão ainda não lhes dá a capacidade de pensar lógica e racionalmente, o que só vai acontecer em uns poucos anos.

A depender da forma com que forem ensinadas a se relacionar com as pessoas e coisas do mundo, elas vão continuar a desenvolver sua confiança em si mesmas e nas outras pessoas, a partir da confiança que devotam aos pais, ao mesmo tempo em que vão começar a ser menos dependentes deles.

É, pois, muito importante que aprendamos, se ainda não aprendemos, a confiar nas pessoas, pois é só este aprendizado que vai nos dar a confiança necessária para que nos entreguemos à vida de forma incondicional, reconhecendo, aceitando e acolhendo toda e qualquer experiência que se apresentar, porque cientes de que nós as escolhemos, mesmo quando não temos consciência do momento em que se deu a escolha e, às vezes, nem da razão ou razões por que ela foi feita.

E digo tudo isto apenas para que busquemos nos pôr em sintonia com o que trazemos de nossa experiência em relação à ideia que o Curso nos oferece para as práticas desta sexta-feira, dia 27 de julho.

Nada do que passou importa. E se não fomos ensinados a confiar, ou se não fomos educados de forma a ser cada vez mais livres, em harmonia com a Vontade de Deus para nós, o momento para corrigir a percepção é agora. O momento para ser livre é agora. É agora, neste momento, que podemos sentir o Amor de Deus. E, não importa o que estejamos passando, se quisermos perceber alguma mudança no mundo, é só agora, no instante presente, que precisamos e podemos mudar nosso modo de olhar para ele.

Não há outro tempo a não ser o presente. Quando nos deixamos enganar por aquilo a que damos nome de passado, imaginando que, se alguma coisa lá tivesse sido diferente, a situação que vivemos hoje poderia ser diferente, estamos nos auto-enganando. Estamos da mesma forma nos auto-enganando, quando buscamos nos convencer de que amanhã tudo vai ser diferente, porque vamos começar a fazer as coisas de forma diferente. 

Basta pensarmos na terceira daquelas quatro leis espirituais que se ensina na Índia: "toda vez que você iniciar é o momento certo". Mas não dá para deixar para amanhã. É preciso tomar a decisão agora. E tomar a decisão é apenas o começo. 


OBSERVAÇÃO: Este comentário, com pequenas modificações, é o mesmo que fiz para esta lição no ano passado.



quinta-feira, 26 de julho de 2012

A vida só quer ser o que é sem complicações



LIÇÃO 208

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (188) A paz de Deus brilha em mim agora.

Vou me aquietar e deixar que a terra se aquiete comigo. E, neste silêncio, encontraremos a paz de Deus. Ela está dentro do meu coração, que dá testemunho do Próprio Deus.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Repetindo, com as mínimas adequações, o comentário feito a esta lição no ano passado, a ideia que vamos praticar nesta quinta-feira, dia 27 de julho, pode nos ajudar a aprender a salvação e a estendê-la ao mundo, livrando-nos de todos os equívocos e permitindo que a luz de Deus brilhe sobre cada um e sobre todos nós. Aliás, isto é o que cada uma das ideias que praticamos nesta revisão pode fazer, se aprendida, aceita e aplicada, conforme o Curso nos diz.

Para aproveitar mais uma vez o comentário feito a esta lição antes gostaria de convidá-los a pensarem de novo da frase: "A vida é muito simples." O que isto lhes diz? Parece-lhes verdade? Ou lhes parece muito simplista dizer isto assim?
  
Na verdade, a partir do que sabemos de tudo o que recebemos como legado de inúmeros mestres, a vida é de fato muito simples. Nós é que a complicamos, é o que dizem quases todos. Cada um a complica a sua maneira própria. Fazendo dela um bicho-de-sete-cabeças, damos à vida uma complexidade que ela, em absoluto, não tem, se prestarmos atenção verdadeira a suas manifestações e desdobramentos. 

A vida só quer ser o que é, cumprir seu papel, e é isso o que ela faz, diferentemente da maioria de nós, que se sente paralisada com apenas a menção de que é preciso antes de tudo ser, ou de agir no mundo a partir do que se é. Afinal, alguém sabe dizer o que somos? 

A vida sempre cumpre seu papel independentemente daquelas dificuldades que atribuímos a seu desdobrar-se. Não há dificuldades para ela. Tudo e todos fazem parte do que ela é. Da mesma forma que tudo e todos são partes do que somos, na verdade.

Entretanto, naquilo que nos diz respeito, as coisas são diferentes. Muitas vezes, por medo de manifestar o que somos, ou por medo de ser aquilo que acreditamos ser no mais íntimo de nós mesmos, negamos a vida em nós. Passamos a cultivar, ao mesmo tempo, um medo e um desejo mórbidos de morte em qualquer das formas que acreditamos que ela se apresente. Matamo-nos uns aos outros e a nós mesmos das mais variadas maneiras.

Em nome do orgulho, como eu disse também em anos passados, deixamos de estender a mão a quem precisa receber algum conforto de nós. Em nome do medo, deixamos de nos mostrar, defendendo-nos constante e continuamente daquilo a que chamamos de ataques, mas que não passam de pedidos de ajuda. De pedidos de atenção instando-nos a mudar nossa forma de ver o mundo, a mudar nossa maneira de criar e construir o mundo, a mudar nossa maneira de nos relacionarmos com o mundo para que ele possa experimentar a paz e a luz de Deus.

Pensemos nisso durante as práticas de hoje.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Será possível a liberdade sem Deus?



LIÇÃO 207

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (187) Abençoo o mundo porque abençoo a mim mesmo.

A bênção de Deus brilha sobre mim desde o interior do meu coração, onde Ele habita. Só preciso me voltar para Deus e todo o pesar se dissipa à medida que aceito Seu Amor infinito por mim.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

A ideia que o Curso nos oferece para as práticas desta quarta-feira, dia 25 de julho, dá-nos a novamente a oportunidade de reconhecermos nossa completa dependência de Deus, pois só n'Ele podemos abençoar o mundo, por nos reconhecermos abençoados e aceitarmos a bênção que Ele nos dá. 

Em Deus tudo é bênção. E não há um momento sequer em que não estejamos em n'Ele. É só na ilusão que podemos acreditar em uma separação que nunca existiu, não existe e não existirá jamais. Pois vivemos e nos movemos em Deus o tempo todo, mesmo quando aparentemente não O sentimos próximo de nós. Na verdade, nosso existir só tem sentido porque existimos na Unidade com o Pai. Sem Ele nada existe.

Lembrando mais uma vez da passagem do Curso que citei nos dois últimos anos: "não podes conhecer o poder real do Filho em seu verdadeiro relacionamento com o Pai, a menos que reconheças tua completa dependência de Deus". E é também só a partir desse reconhecimento que podemos conhecer também todas as bênçãos que o Pai nos dá. Ou reconhecer tudo como bênção. Pois, se há alguém de quem depender, quem senão Deus pode nos dar tudo aquilo de que precisamos?

De fato, só seremos capazes de aprender, reconhecer e viver a liberdade quando reconhecermos, aceitarmos e formos agradecidos por nossa total dependência de Deus. Ou vocês acham que existe outra forma de ser livre? Que é possível a liberdade sem Deus? 


Às práticas, pois. 


OBSERVAÇÃO: Este comentário é a repetição daquele feito para esta lição no ano passado.



terça-feira, 24 de julho de 2012

Por que as profecias quase sempre se realizam?



LIÇÃO 206

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (186) A salvação do mundo depende de mim.

Deus me confiou Suas dádivas, porque sou Seu Filho. E quero levar Suas dádivas aonde Ele deseja que elas estejam.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Vocês já se deram conta de, já repararam, que a maioria das profecias sempre se realizou, ou quase sempre se realiza e de que é bem possível que aquilo que se prenuncia vai, quase que com certeza, nalgum momento, se realizar? 


Por quê? - vocês hão de se perguntar. 


O que se pode dizer a respeito? O que se pode pensar? 


Ao fazer a pergunta que abre este comentário, lembrei-me de um filme relativamente recente, intitulado "O Pagamento", com Ben Affleck e Uma Thurman, ao mesmo tempo em que me veio à lembrança o título que dei ao comentário a esta lição no ano passado. Lembram? 


É óbvio que, de acordo, com o ensinamento do UCEM o que vivemos neste mundo não passa de ilusão, porque o mundo só existe como projeção daquilo que pensamos, para materializar as informações, as experiências, as situação pelas quais queremos - e pensamos precisar - passar  para confirmar aquilo em que acreditamos a respeito de mundo e a nosso próprio respeito. 


Na verdade, a partir disto, é bastante lógico se concluir que tudo aquilo que pensamos, tudo aquilo em que acreditamos vai se concretizar, quer neste momento, quer em algum momento do futuro, próximo ou distante, uma vez que nossos pensamentos, nossas crenças, nossos medos, se materializam em forma de experiências, problemas, situações por que precisamos passar, como eu disse acima, para confirmar que temos razão para acreditar naquilo em que acreditamos. 


É por esta razão que o protagonista do filme chega à conclusão de que é necessário se destruir a máquina que ele tinha criado - uma máquina que podia prever o futuro. Pois o futuro tende a materializar aquilo que prevemos, se acreditamos na previsão. Embora, no fundo, saibamos que o que o mundo nos oferece é apenas uma experiência de ilusões, baseadas na imagem de nós mesmos que inventamos - o falso eu, o ego do Curso -, que não é o que somos de fato, é esta experiência de ilusões que compõe a aparente realidade que o mundo nos apresenta. 


É apenas modificando nossas crenças que podem modificar a experiência das ilusões, a experiência deste mundo, transformando-o no lugar para viver "o sonho feliz", em lugar de lidar com um pesadelo que se torna a cada dia mais apavorante, a se acreditar nas previsões dos pessimistas de plantão. 


Assim é que chegamos à ideia para as práticas deste dia 24 de julho, terça-feira, que nos ensina que A salvação do mundo depende de mim. Para que possamos aprender a vigiar nossos pensamentos, para que a ilusão de mundo que construímos para nós mesmos e para todos os que habitam este mundo conosco seja a ilusão de um mundo perdoado, um mundo de alegria, de paz e de amor. 


Às práticas?
 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quanto vamos esperar para aceitar a paz de Deus?



LIÇÃO 205

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (185) Eu quero a paz de Deus.

A paz de Deus é tudo o que quero. A paz de Deus é minha única meta; o objetivo de todo o meu viver aqui, o fim que busco, meu propósito e minha função, e minha vida, enquanto eu morar em um lugar em que não estou em casa.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Nesta segunda-feira, dia 23 de julho, vamos revisar aquela ideia que nos ensinou manifestar de forma clara e inequívoca o único desejo que pode nos levar a alcançar salvação, para nós mesmos e para o mundo inteiro, além de nos colocar a todos em contato com a luz de que somos feitos e que nos mostra a verdade a nosso próprio respeito.

Como eu já disse várias vezes antes, o pensamento que vamos utilizar para as práticas de hoje é o único pensamento verdadeiro de que precisamos para transformar de modo indescritível nossa experiência de estar no mundo. Ele é um pensamento que pode nos transportar para além de todas as aparentes barreira e obstáculos que parecem impedir de alcançar a alegria e a paz perfeitas, que são a Vontade de Deus para todos e cada um de nós.

Só por isso vale perguntar mais uma vez: Quanto tempo ainda vamos esperar para aceitar a ideia de que tudo o que queremos, de fato, é a paz de Deus? De que ela é a única coisa que pode preencher nossas vidas com a alegria perfeita e completa, que é a condição natural do Filho de Deus?

domingo, 22 de julho de 2012

Uma experiência de mundo capaz de incluir tudo


LIÇÃO 204

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (184) O Nome de Deus é minha herança.

O Nome de Deus me lembra de que sou Seu Filho, não escravo do tempo, livre das leis que governam o mundo de ilusões doentias, livre em Deus, um com Ele para todo o sempre.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.


*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 22 de julho, a ideia que vamos praticar em nossa revisão revela a verdadeira herança a que temos direito na condição de filhos de Deus. Ela complementa e estende a ideia das práticas de ontem. Por isso, repetindo o que eu já disse várias vezes antes, gostaria de lembrá-los de que, assim como herdamos, de nossa família terrena, um nome que é o que nos acompanha desde o nascimento até o fim de nossa existência na forma humana, o fato de sermos Filhos de Deus também nos dá o direito de carregar o Nome d'Ele, até mesmo durante o tempo em que permanecemos em contato com o corpo que nos serve de veículo neste mundo. 

É preciso que nos lembremos ainda de que, quando nos decidimos, de fato, a voltar nossa vida "completamente para Deus", podemos ter a impressão de que alguns dos relacionamentos que mantemos, e que se baseiam na busca da satisfação no mundo, acabam. 


Algumas das pessoas que conhecemos e com quem convivemos até então se afastam e mostram uma espécie de não-reconhecimento, quando não um tipo de rejeição, àquilo [à ameaça] que passamos a representar a seus egos [o falso eu, a imagem que fazem de si], quando resolvemos aceitar nosso papel no plano de Deus para a salvação do mundo.

Uma das lições que já praticamos diz que "só o plano de Deus para a salvação funcionará". Quando reconhecemos isso, entendendo o fato de que, como também diz Keating, "somente a experiência de Deus pode colocar em perspectiva todas as outras formas de prazer ou as promessas de felicidade que várias criaturas [no e do mundo] nos proporcionam". 


O que o Curso pede que façamos não é abandonar o mundo ou as coisas e pessoas e criaturas do mundo. O que ele nos pede é que olhemos para o mundo de modo diferente, que olhemos primeiro para nós mesmos para encontrar as dádivas que recebemos, a fim de que sejamos capazes de oferecê-las, da mesma forma que Deus as oferece a todos e a cada um de nós.

Há ainda um texto que já mencionei outras vezes, intitulado "Estabelecer a meta", na página 388, para quem tem o livro, que fala claramente da necessidade de tomarmos a decisão de viver para a verdade, aceitando e reconhecendo a Vontade de Deus de alegria e paz completas para nós como nossa própria vontade. Se estabelecemos a verdade como meta, toda e qualquer situação que se apresentar vai ser vivenciada como significativa para nos levar na direção dela.

O que eu acho que posso dizer, depois de quinze anos em contato com o curso e mais de doze com as práticas diárias, é que quando escolhemos de verdade voltar "nossas vidas completamente para Deus", vamos ser capazes, a partir da fidelidade a nós mesmos e a nossa decisão de praticar diariamente lembrar de Deus, em nós, de perceber que tudo e todos a nossa volta são manifestações do mesmo divino que nos define. 


Vamos finalmente aprender que a separação nunca existiu, não existe e não poderá jamais existir. É isso que vai nos permitir construir uma experiência de mundo diferente. Uma experiência que não exclui nada, mas, ao contrário, inclui tudo. 


OBSERVAÇÃO: Quem estiver atento vai perceber que este comentário é praticamente o mesmo feito para esta lição no ano passado, apesar das pequenas e necessárias modificações que fiz. Boa prática a todos!

sábado, 21 de julho de 2012

Para nos identificarmos com o amor incondicional



LIÇÃO 203

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (183) Invoco o Nome de Deus e o meu próprio nome.

O Nome de Deus é minha liberação de todo pensamento de mal e de pecado, porque é meu próprio nome assim como o d'Ele.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Lembram-se de que no ano passado, ao comentar a lição deste dia 21 de julho, sábado, eu me referi a um livrinho: A condição humana, de Thomas Keating? Acho que vale a pena relembrar o que eu disse que ele tinha a nos ensinar. Em sintonia com o que o Curso quer que aprendamos. 


A certa altura, eu dizia, Keating diz que quem está envolvido em uma prática espiritual precisa de orientação e que "nem todo guia espiritual que aparece pode oferecê-la. O mais importante é a fidelidade à prática diária de uma forma contemplativa de oração" [o grifo é meu]. Não é isso o que lhes parece serem os exercícios?

À medida que buscamos nos lembrar, o autor diz que prática diária "gradativamente nos expõe ao inconsciente em um ritmo com que podemos lidar, e [nos] coloca... sob a orientação do Espírito Santo. O amor divino prepara-nos, então, para receber o máximo que Deus pode comunicar de sua luz interior".

Assim, resta lembrar que a ideia que praticamos hoje chama a atenção para o fato de que, ao invocar o Nome de Deus, reconhecemos que "o mesmo amor incondicional, que se move em Deus, está se movendo em nós pela graça, suplantando o ego humano com o divino 'Eu'", para que possamos começar a "manifestar na vida diária, não nossos falsos egos e preconceitos, mas a ternura infinita de Deus, o interesse de Deus por cada coisa viva", de acordo com o que diz Keating em seu livro.

E ainda de acordo com o que ele diz, "enquanto nos identificarmos com algum papel ou pessoa, não estaremos livres para manifestar a pureza da presença de Deus. Parte da vida é um processo de abandonar qualquer papel, embora digno, com que você se identifica. Ele [o papel com o qual você se identifica] não é você. Suas emoções não são você. Seu corpo não é você. Se você não é nada disso, que é você", então?

E para terminar este comentário conforme o fiz no ano passado: "se nós [ainda] não tivermos experimentado a nós mesmos como amor incondicional, temos mais trabalho a fazer - porque isso [amor incondicional] é o que realmente somos".

Às práticas, pois!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

As práticas são um modo de integrar a "sombra"



LIÇÃO 202

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (182) Eu me aquietarei por um momento e irei para casa.

Por que eu escolheria ficar por mais um momento onde não é meu lugar, quando o Próprio Deus me dá Sua Voz e me chama de volta a casa?

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Vou repetir o comentário feito a esta lição no ano passado, por julgá-lo ainda pertinente ao que vamos praticar. Aí vai então:


Como vimos ontem, de acordo com a instruções que recebemos para as práticas durante este período de revisão, qualquer uma das lições que vamos praticar, entendida, praticada, aceita e aplicada a tudo o que aparentemente nos acontecer ao longo de todo o dia, todos os dias, é suficiente para nossa salvação individual e, por consequência, para a salvação do mundo inteiro, uma vez que cada uma delas contém todo o currículo. E nós trazemos o mundo inteiro em nós.

Nesta sexta-feira, dia 20 de julho, a ideia que praticamos chama nossa atenção para o anseio que nos leva a buscar de forma incessante um modo de voltar para casa, uma vez que, em geral, mesmo que de modo muito sutil e, muitas vezes, inconsciente, não nos sentimos em casa aqui, neste mundo, estejamos aonde estivermos.

A razão para este "desconforto", para esta "inquietação", está na crença na separação. A percepção do mundo das formas nos mostra, separados de nós, aspectos do divino em nós mesmos em tudo e em todos, que muitas vezes temos dificuldade para reconhecer, aceitar e acolher. Entre estes aspectos está aquele que se denomina "sombra".

Ken Wilber, em seu livro A Visão Integral, entre outros, diz que "sombra" é um termo que representa "o inconsciente pessoal ou o material psicológico que reprimimos, negamos, dissociamos ou rejeitamos". Diz mais que, "infelizmente, negar esse material não faz com que ele vá embora; pelo contrário, ele volta para nos perturbar com dolorosos sintomas neuróticos, obsessões, medos e ansiedades. Trazer este material à superfície, familiarizar-se com ele e apropriar-se dele é necessários não apenas para a eliminação dos sintomas dolorosos, mas também para a formação de uma auto-imagem mais verdadeira e saudável".

Acredito que a prática diária pode nos dar condições de reconhecer, sem medo, aqueles aspectos de nós que buscamos reprimir, negar, dissociar ou rejeitar. Mais, os exercícios com as ideias que o Curso nos apresenta são um ótimo instrumento para aprendermos a aceitá-los, acolhê-los, encará-los, conversar com eles e integrá-los a nossa experiência. Isto tudo facilita a volta a casa, que não é nada mais nada menos do que voltar para nós mesmos, incluindo tudo o que vemos aparentemente separado de nós.

Voltar a casa, pode-se dizer, talvez seja apenas reconhecer a verdade do que o Curso diz quando diz que "já somos aquilo que estamos buscando".
 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

"O Espírito atua sem cessar." (Joel S. Goldsmith)



REVISÃO VI

Introdução

1. Para esta revisão tomamos apenas uma ideia a cada dia e a praticamos tantas vezes quanto possível. Além do tempo que dedicas pela manhã, que não deve ser menos do que quinze minutos e das lembranças de hora em hora, ao longo do dia, usa a ideia tantas vezes quanto puderes entre estas práticas. Cada uma destas ideias, por si só, seria suficiente para a salvação, se fosse verdadeiramente aprendida. Cada uma seria suficiente para dar liberdade a ti e ao mundo, de todas as formas de escravidão, e para convidar a lembrança de Deus a vir outra vez.

2. Com isto em mente, começamos nossa prática na qual revisamos cuidadosamente os pensamentos que o Espírito Danto nos deu em nossas últimas vinte lições. Cada um deles, se compreendido, praticado, aceito e aplicado a todos os acontecimentos aparentes ao longo de todo o dia, contém todo o currículo. Um só é suficiente. Mas, a partir deste único, não se pode fazer nenhuma exceção. E, assim, precisamos usá-los todos e permitir que eles se fundam em um só, à medida que cada um contribui para o todo que aprendemos.

3. Estas sessões de prática, como em nossa última revisão, estão centradas em torno de um tema central com o qual começamos e terminamos cada lição. É este:

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

O dia começa e termina com isto. E nós o repetimos a cada hora ou nos lembramos, nos intervalos, de que temos uma função que transcende o mundo que vemos. Além disso, e de uma repetição do pensamento particular que praticamos no dia, não se insiste em nenhuma forma de exercício, exceto em um abandono sincero de tudo o que atravanca a mente e a torna surda à razão, à sanidade e à simples verdade.

4. Para esta revisão, tentaremos ir além das palavras e das formas específicas de prática. Pois, desta vez, tentamos combinar um ritmo mais rápido com um caminho mais curto para a serenidade e para a paz de Deus. Nós simplesmente fechamos os olhos e, em seguida, esquecemos tudo o que pensávamos saber e compreender. Pois, deste modo, ficamos livres de tudo o que não sabíamos e de tudo o que não éramos capazes de compreender.

5. Há apenas uma exceção a esta falta de estrutura. Não permitas que nenhum pensamento vão passe sem ser questionado. Se perceberes algum, nega-lhe seu domínio e te apressa a assegurar a tua mente que não é isto que ela quer. Em seguida, deixa que o pensamento que negaste seja abandonado de forma tranquila em uma troca rápida e segura pela ideia que praticamos no dia.

6. Quando fores tentado, apressa-te em declarar tua liberdade da tentação, enquanto dizes:

Eu não quero este pensamento. Em seu lugar, escolho __________ .

E, em seguida, repete a ideia para o dia e deixa que ela tome o lugar daquilo que pensaste. Além de tais aplicações particulares de cada uma das ideias do dia, acrescentaremos apenas algumas expressões planejadas ou pensamentos específicos para auxiliar na prática. Como alternativa, damos estes momentos de tranquilidade ao Professor Que ensina no silêncio, fala da paz e dá a nossos pensamentos qualquer significado que eles possam ter.

7. Ofereço a Ele esta revisão por ti. Eu te coloco sob a responsabilidade d'Ele e deixo que Ele te ensine o que fazer e dizer e pensar, cada vez que te voltares para Ele. Ele não vai deixar de estar a tua disposição cada vez que O chamares para te ajudar. Vamos oferecer a Ele toda a revisão que começamos agora e não nos esqueçamos também a Quem ela foi dada, ao praticarmos dia após dia, avançando na direção da meta que Ele estabeleceu para nós; deixando que Ele nos ensine como seguir, e confiando completamente n'Ele quanto à melhor maneira pela qual cada período de prática pode se tornar uma dádiva amorosa de liberdade para o mundo.

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LIÇÃO 201

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (181) Confio em meus irmãos, que são um comigo.

Não há ninguém que não seja meu irmão. Sou abençoado pela unidade com o universo e com Deus, meu Pai, o único Criador do todo que é meu Ser, para sempre Um comigo.

Eu não sou um corpo. Sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

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COMENTÁRIO:

Este ano de 2012 marca o décimo-quinto aniversário, se se pode dizer assim, de meu contato com Um Curso em Milagres. Participei pela vez primeira de um encontro de leitura do Curso na casa de uma das frequentadoras, Lucia, do grupo que tinha Anna Sharp como facilitadora, no início de julho de 1997. 


Depois do terceiro encontro concluí, então, que era necessário comprar o livro, para começar a estudar de forma séria, uma vez que o ensinamento encontrara eco em meu coração e parecia trazer respostas para minhas dúvidas. Mesmo sem entender de fato o que ele oferecia.


Só muito tempo depois, e depois de várias tentativas frustradas, apesar das recomendações da Anna no sentido de que era preciso fazer as lições, que o encontro semanal não era suficiente para que o aprendizado se desse, é que consegui começar e dar continuidade às práticas, o que venho fazendo desde o dia 1º de janeiro de 2000.


O que posso dizer do processo passados estes quinze anos? Que tomar a decisão a cada momento é crucial, para aprendermos a ser capazes de questionar o que a percepção nos oferece, para não nos deixarmos influenciar pelo mundo e por tudo o que a percepção dos sentidos nos mostra, como se o mundo, este mundo, fosse a única realidade com que podemos contar. Não é! O Curso ensina em uma das lições: Eu sou espírito.


É claro que o Curso, como ele mesmo diz, é apenas um caminho. E precisamos ter isso bem claro, para não corrermos o risco de embarcar na mesma jornada a que nos levam as "religiões" institucionalizadas, que se satisfazem com oferecer ídolos, orientando-nos a uma obediência cega, que priva todos os fieis de qualquer tipo de liberdade, oferecendo-lhes no lugar dela, prisões e mais prisões. Dogmas e mais dogmas.


Ora, só podemos aprender com a liberdade e só podemos ser livres quando aprendemos a oferecer a todos os que passam por nossa vida a mesma liberdade que nos põe em contato com a alegria e com a paz completas e perfeitas que, no dizer do Curso, são a Vontade de Deus para cada um e para todos nós.


Por isto é que os convido agora, a todos que já estão aqui, e a quem mais vier, a darmos mais uma vez os últimos vinte passos que restam para chegarmos ao ponto em que as lições vão ensinar mais a respeito da forma a ser usada para que nos lembremos do que, e de quem, somos na verdade. 


Lembrando que já lhes falei mais uma vez do "livrinho" A Arte de Curar pelo Espírito, de Joel S. Goldsmith, cuja leitura recomendo muito, as lições que praticamos visam a nos levar ao ponto em que vamos ter certeza e confiança de que, como diz Joel, "o Espírito atua sem cessar, atraindo a nós o que é nosso, seja o que isso for". É isto que vai nos permitir "entregar" ao Espírito toda a nossa vida, abandonando por completo qualquer medo, qualquer culpa.


Mais, ele diz: "lembra-te dele [de Deus, do Espirito] em todos os teus caminhos e ele te guiará no caminho certo". 


Repetindo  o que eu disse no ano passado ao comentar esta lição, que marca o início da última revisão, peço-lhes que revisemos, pois, com passos leves, sabendo agora que qualquer um destes últimos passos, por si só, dado com toda a disposição, de mente e coração abertos, pode nos devolver a herança que Deus, nosso Pai, reserva para cada um de nós, quando nos voltamos amorosamente para Ele dispostos a reconhecer, aceitar e assumir o compromisso com o papel que nos cabe em Seu plano para a salvação do mundo.

Ele vai conosco aonde formos. Que esta certeza permaneça em nossos corações e mentes. Que Sua presença torne cada vez mais leve nosso caminhar. Vamos com Ele. Não há mais como nos desviarmos do caminho. A Vontade d'Ele de alegria e paz completas para nós é também a nossa vontade. 


É para aprender isto que praticamos nesta quinta-feira, dia 19 de julho de 2012.

Às práticas, pois. Boa revisão a todos.