quinta-feira, 31 de maio de 2012

Receber de volta o poder que Deus nos dá


LIÇÃO 152

O poder de decisão é meu.

1. Ninguém pode sofrer perda a menos que ela seja sua própria decisão. Ninguém pode sentir dor a não ser que sua escolha determine este estado para si. Ninguém pode se afligir, nem ter medo, nem pensar que está doente a menos que estes sejam os resultados que queira. E ninguém morre sem sua própria permissão. Tudo o que acontece não representa nada senão teu desejo e não se omite nada do que escolhes. Eis aqui teu mundo, completo em todos os detalhes. Eis aqui toda a realidade dele para ti. E é só nisto que a salvação está.

2. Podes acreditar que esta posição seja extrema e abrangente demais para ser verdadeira. Mas a verdade pode ter exceções? Se tens a dádiva de todas as coisas, a perda pode ser real? A dor pode ser parte da paz, ou a tristeza parte da alegria? O medo e a doença podem entrar em uma mente na qual habitem o amor e a santidade perfeita? A verdade tem de ser todo-abrangente, se é que é absolutamente a verdade. Não aceites nenhum oposto e nenhuma exceção, pois fazê-lo é contradizer inteiramente a verdade.

3. A salvação é o reconhecimento de que a verdade é verdadeira e de que nada mais é verdadeiro. Ouviste isto antes, mas podes ainda não aceitar ambas as partes. Sem a primeira, a segunda não faz nenhum sentido. Mas sem a segunda, a primeira não é mais verdadeira. A verdade não pode ter um oposto. Nunca é demais dizer isto e pensar a este respeito. Pois se o que não é verdadeiro fosse tão verdadeiro quanto o que é verdadeiro, então, parte da verdade seria falsa. E a verdade perde seu sentido. Nada a não ser a verdade é verdadeiro, e o que é falso é falso.

4. Esta é a mais simples das distinções, embora a mais enigmática. Mas não em razão de que seja uma distinção difícil de perceber. Ela está escondida atrás de um vasto conjunto de escolhas que não parecem ser inteiramente tuas. E, deste modo, a verdade parece ter alguns aspectos que descaracterizam a coerência, mas que não parecem ser apenas contradições que tu inseriste.

5. Uma vez que Deus te criou, tu tens de permanecer imutável, com estados transitórios falsos por definição. E isso inclui todas as mudanças de sensações, alterações nas condições do corpo e da mente; em toda a consciência e em todas as reações. Esta é a abrangência total que separa a verdade do falso e pela qual o falso se mantém separado da verdade assim como ele é.

6. Não é estranho que acredites que pensar que fizeste o mundo que vês seja arrogância? Deus não o fez. Podes ter certeza disto. O que Ele pode saber do efêmero, do pecador e do culpado, do medroso, do sofredor e do solitário, e da mente que vive em um corpo que tem de morrer? Tu apenas O acusas de loucura ao pensar que Ele fez um mundo onde tais coisas parecem ter realidade. Ele não é louco. Contudo, só a loucura faz um mundo como este.

7. Pensar que Deus fez o caos, contradisse Sua Vontade, inventou opostos para a verdade e permite que a morte triunfe sobre a vida, tudo isto é arrogância. A humildade veria imediatamente que estas coisas não vêm d'Ele. E tu podes ver aquilo que Deus não criou? Pensar que podes é apenas acreditar que podes perceber aquilo que Deus não quis que existisse. E o que pode ser mais arrogante do que isto?

8. Sejamos verdadeiramente humildes hoje e aceitemos o que fazemos assim como é. O poder de decisão é nosso. Decide apenas aceitar teu lugar legítimo como co-criador do universo e tudo o que pensas que fizeste desaparecerá. O que surge na consciência, então, será tudo o que sempre existiu, eternamente tal como é agora. E isto tomará o lugar dos auto-enganos feitos apenas para usurpar o altar do Pai e do Filho.

9. Hoje praticamos a verdadeira humildade, abandonando a falsa presunção a partir da qual o ego busca provar que ela é arrogante. Só o ego pode ser arrogante. A verdade, porém, é humilde ao reconhecer seu poder, sua imutabilidade e sua eterna integridade, sua abrangência total, a dádiva perfeita de Deus para Seu Filho amado. Abandonamos a arrogância que diz que somos pecadores, culpados e medrosos, envergonhados daquilo que somos e, em lugar disto, em verdadeira humildade, elevamos nossos corações Àquele Que nos criou imaculados, iguais a Si Mesmo em poder e em amor.

10. O poder de decisão é nosso. E aceitamos aquilo que somos e reconhecemos o Filho de Deus humildemente. Reconhecer o Filho de Deus também pressupõe que todos os auto-conceitos foram abandonados e reconhecidos como falsos. Percebeu-se a arrogância deles. E, na humildade, aceitamos alegremente como nossas a radiância do Filho de Deus, sua benevolência, sua completa inocência, o Amor de seu Pai, seu direito ao Céu e a libertação do inferno.

11. Agora nos unimos em alegre reconhecimento de que as mentiras são falsas e só a verdade é verdadeira. Pensamos apenas na verdade ao nos levantarmos e passarmos cinco minutos praticando seus caminhos, encorajando nossas mentes assustadas com isto:

O poder de decisão é meu. Neste dia, eu me aceitarei
como aquilo que a Vontade de meu Pai me criou para ser.

Esperaremos, então, em silêncio, desistindo de todos os auto-enganos, enquanto pedimos a nosso Ser que Ele Se revele a nós. E Aquele Que nunca partiu virá a nossa consciência mais uma vez, grato por devolver Seu lar a Deus, como ele se destinava a ser.

12. Espera por Ele com paciência ao longo do dia e, de hora em hora, convida-O com as palavras com as quais o dia começou, concluindo-o com o mesmo convite para teu Ser. A Voz de Deus responderá porque Ele fala por ti e por teu Pai. Ele substituirá todos os teus pensamentos desvairados pela paz de Deus, os auto-enganos pela verdade de Deus e as ilusões de ti mesmo pelo Filho de Deus.

*

COMENTÁRIO:


Nesta quinta-feira, dia 31 de maio, conforme já vimos anteriormente vamos praticar uma ideia que quer nos devolver o poder que pensamos ter perdido, ou que pensamos nos fora tirado por Deus por não nos acreditarmos merecedores de tanto. Ela também vai nos ensinar que não é arrogância pensar que fazemos o mundo que pensamos ver. E que só a verdade é verdadeira. E que, por consequência, o falso é falso e não pode nunca ser verdadeiro.

Como eu também já disse antes, em comentários outros, a verdadeira humildade está em reconhecer nosso poder e, a partir deste reconhecimento, em fazer de nossa presença no mundo uma manifestação amorosa do divino em nós. 


Ao contrário do que o mundo busca nos ensinar, é humildade, sim, reconhecer que somos Filhos de Deus e que isso nos dá direito a tudo o que foi criado por Ele para Seu Filho. Isso também nos dá o poder de criar, ou co-criar, com Ele. Só vamos ser capazes de vivenciar a verdadeira humildade aceitando o poder do divino em nós e não fazendo-nos fracos ou impotentes como o mundo ensina e quer que pensemos que somos.



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ouvir a voz interior que traz a lembrança do Céu



LIÇÃO 151

Todas as coisas são ecos da Voz por Deus.

1. Ninguém pode julgar com base em evidência tendenciosa. Isto não é julgamento. É apenas uma opinião baseada na ignorância e na dúvida. Sua aparente certeza é apenas um disfarce para a incerteza que ele quer esconder. Precisa de defesa irracional porque é irracional. E sua defesa parece forte , convincente e indubitável em razão de todas as dúvidas subjacentes.

2. Tu não pareces duvidar do mundo que vês. Tu não questionas realmente o que os olhos do corpo te mostram. E também não perguntas por que acreditas nele, muito embora tenhas aprendido há muito tempo que teus sentidos, de fato, enganam. Quando paras para te recordar com que frequência eles foram testemunhas falhas, de fato, é ainda mais estranho que acredites no que eles contam até o último detalhe. Por que acreditarias neles de forma tão irrestrita? Por que, a não ser em razão da dúvida subjacente, que queres esconder com uma demonstração de certeza?

3. Como podes julgar? Teu julgamento se baseia nos testemunhos que teus sentidos te oferecem. E nunca houve testemunho mais falso do que este. Mas de que outra forma julgas o mundo que vês? Depositas uma fé lamentável naquilo que teus olhos e ouvidos contam. Pensas que teus dedos tocam a realidade e se fecham sobre a verdade. É esta a consciência que compreendes e que pensas ser mais verdadeira do que aquilo que a Voz eterna pelo Próprio Deus testemunha.

4. Isto pode ser julgamento? Insiste-se muitas vezes contigo para que te abstenhas do julgamento, não porque ele seja um direito que se nega a ti. Tu não podes julgar. Tu podes apenas acreditar nos julgamentos do ego, que são todos falsos. Ele orienta teus sentidos com cuidado para provar quão fraco és, quão indefeso e amedrontado, quão receoso da punição merecida, quão imundo pelo pecado, quão desprezível em tua culpa.

5. Ele te diz que esta coisa, de que ele fala e ainda quer defender, és tu mesmo. E tu acreditas que isto é verdade com obstinada certeza. Porém, interiormente, permanece a dúvida oculta de que ele não acredita naquilo que te apresenta como realidade com tanta convicção. É só a si mesmo que ele condena. É dentro de si mesmo que ele vê a culpa. É seu próprio desespero que ele vê em ti.

6. Não dês ouvidos à voz dele. As testemunhas que ele te envia para te provar que o mal dele é teu próprio mal são falsas e falam com segurança daquilo que não conhecem. Tua fé nelas é irracional porque tu não compartilharias as dúvidas que o senhor delas não pode derrotar por completo. Tu acreditas que duvidar de seus vassalos é duvidar de ti mesmo.

7. No entanto, tens de aprender a duvidar de que o testemunho delas desobstruirá o caminho para te reconheceres e permitir que só a Voz por Deus seja o Juiz do que é digno de tua própria crença. Ele não te dirá que teu irmão deve ser julgado por aquilo que teus olhos veem nele, nem por aquilo que sua boca diz a teus ouvidos, nem por aquil que o toque de teus dedos te contam a respeito dele. Ele não toma conhecimento de tais evidências inúteis, que apenas levantam falso testemunho contra o Filho de Deus. Ele reconhece apenas aquilo que Deus ama e, na luz santa daquilo que Ele vê todos os sonhos do ego acerca do que és se desvanecem diante do esplendor que Ele vê.

8. Deixa que Ele seja o Juiz do que tués, pois Ele tem uma certeza na qual não há nenhuma dúvida, porque se baseia em tão grande Certeza que a dúvida fica sem significado diante de Sua face. Cristo não pode duvidar de Si Mesmo. A Voz por Deus pode apenas exaltá-Lo, regozijando-se na inocência total e eterna d'Ele. Aquele a Quem Ele julga só pode rir da culpa, agora sem vontade de brincar com brinquedos de pecado, ignorando os testemunhos do corpo diante do arrebatamento que a face santa do Cristo provoca.

9. E Ele te julga deste modo. Aceita a Palavra d'Ele como o que tu és, pois Ele dá testemunho de tua bela criação e da Mente Cujo Pensamento criou tua realidade. O que o corpo pode significar para Aquele Que conhece a glória do Pai e do Filho? A que sussurros do ego Ele pode dar ouvidos? O que pode convencê-Lo de que teus pecados são reais? Deixa que Ele também seja o Juiz de todas as coisas que parecem te acontecer neste mundo. As lições d'Ele vão te capacitar a construir uma ponte sobre a brecha entre as ilusões e a verdade.

10. Ele eliminará toda a fé que colocaste na dor, na infelicidade, no sofrimento e na perda. Ele te dá a visão que pode ver além destas aparências sombrias e que pode ver a bondosa face de Cristo em todas elas. Tu não duvidarás mais de que apenas o bem pode vir a ti que és amado por Deus, pois Ele julgará todos os acontecimentos e ensinará a única lição que todos eles contêm.

11. Ele escolherá nelas os elementos que representam a verdade e desconsiderará aqueles aspectos que apenas refletem sonhos inúteis. E Ele reinterpretará tudo o que vês, e todas as ocorrências, cada circunstância e todos os acontecimentos que parecem te tocar de qualquer modo a partir de Seu único ponto de referência, totalmente unificado e certo. E tu verás o amor por trás do ódio, a constância na mudança, o puro no pecado e somente as bênçãos do Céu sobre o mundo.

12. Esta é a tua ressurreição, pois tua vida não é uma parte do nada que vês. Ela fica além do corpo e do mundo, depois de todo testemunho da maldade, no interior do Sagrado, santo como Ele Mesmo. Em tudo e em todos a Voz d'Ele não quer te falar de outra coisa senão de teu Ser e de teu Criador, Que é um com Ele. Deste modo verá a santa face do Cristo em tudo e não ouvirás em tudo nenhum som a não ser o eco da Voz de Deus.

13. Hoje praticamos sem palavras, exceto no início do período que passamos com Deus. Nós começamos estes períodos com apenas uma única e lenta repetição da ideia com a qual o dia começa. E, em seguida, observamos nossos pensamentos pedindo silenciosamente a intercessão d' Àquele Que vê os elementos da verdade neles. Deixa que Ele avalie cada pensamento que vem à mente, elimine os elementos de sonho e os devolva novamente como ideias puras que não contradizem a Vontade de Deus.

14. Dá teus pensamentos a Ele e Ele os devolverá como milagres que revelam de forma clara, alegremente, a totalidade e a felicidade que Deus deseja para Seu Filho, como prova de Seu Amor eterno. E à medida que cada pensamento é transformado desta maneira, ele assum o poder de cura da Mente que viu a verdade nele e deixou de ser enganada por aquilo que lhe foi acrescentado equivocadamente. Todos os fios da fantasia acabam. E o que permanece fica unificado em um Pensamento perfeito que oferece sua perfeição em todos os lugares.

15. Passa cinco minutos deste modo quando acordares e dá com alegria outros quinze mais antes de ires dormir. Teu ministério começa quando todos os pensamentos forem purificados. Assim se ensina a ti a ensinar ao Filho de Deus a lição sagrada de sua santidade. Ninguém pode deixar de ouvir, quando ouves a Voz por Deus prestar homenagem ao Fiho de Deus. E todos compartilharão contigo os pensamentos que Ele retraduz em tua mente.

16. Esta é a tua Páscoa. E assim depositas a dádiva de lírios brancos sobre o mundo, substituido as testemunhas do pecado e da morte. O mundo é redimido pela tua transfiguração e liberado da culpa alegremente. Agora, de fato, erguemos nossas mentes ressurrectas em alegria e gratidão Àquele Que nos devolve a sanidade.

17. E nos lembraremos a cada hora d'Aquele Que é salvação e liberdade. À medida que damos graças, o mundo se une a nós e aceita alegremente nossos pensamentos sagrados, que o Céu corrige e torna puros. Agora começa nosso ministério, enfim, para levar ao mundo a boa nova de que a verdade não tem nenhuma ilusão e de que a paz de Deus, por meio de nós, pertence a todos.

*

COMENTÁRIO:

Vamos recomeçar nossa caminhada mais uma vez, terminado mais um período de revisão. Nesta quarta-feira, dia 30 de maio, vamos praticar com mais uma das ideias que pode nos libertar do julgamento de uma vez por todas. 


Ela nos ensina que tudo o que existe, tudo aquilo que vemos, por mais estranho que nos possa parecer, é eco da Voz por Deus. Isto é, daquela voz no interior de nós que ainda traz em si a lembrança do Céu, a lembrança de sua divina condição de alegria e de paz completas e perfeitas, que é a única coisa que é real em nós.

Isso é tudo que precisamos lembrar. E é a isto que nossas práticas se destinam.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sois o templo de Deus e o Espírito habita em vós.



LIÇÃO 150

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(139) Aceitarei a Expiação para mim mesmo.

(140) Pode-se dizer que só a salvação cura.

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COMENTÁRIO:

Nesta terça-feira, dia 29 de maio, chegamos à última das lições desta quarta revisão, com duas ideias vitais para facilitar o aprendizado e para tornar mais suave a caminhada rumo ao conhecimento de nós mesmos, que é o caminho que este Curso oferece como forma de permitir que alcancemos a consciência do divino em nós. Pois, como diz a Bíblia: "Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (I Cor. 3:16)

A primeira das ideias que revisamos hoje é o ponto de partida para limparmos a percepção equivocada que temos de nós mesmos, do mundo e de todas as coisas do/e no/ mundo. Aceitar a Expiação é permitir que o erro se desfaça. Qualquer erro. Conseguimos isso por meio das práticas, desaprendendo o que o mundo nos ensinou e aprendendo a respeito do que somos na verdade. 


Para aqueles que em algum momento entraram em contato com a ideia das práticas do ho'oponopono, é preciso salientar que "ho'oponopono" e "Expiação" são sinônimos. As práticas, pois, com esta primeira ideia podem, e o fazem, de fato, nos levar ao início do aprendizado de que o mundo - e tudo e todos que aparentemente estão nele - é neutro.

Aceitar a Expiação é começar a aprender que, na verdade, não existem erros. Dizendo de outra forma, aceitar a Expiação, o que equivale a desfazer os erros, é retirar o julgamento de toda e qualquer experiência, permitindo que ela seja apenas o que é: simplesmente uma experiência, que vai nos oferecer um resultado, a partir de uma escolha ou decisão que tomamos. 


É o resultado que a experiência mostra que vai determinar se nossa escolha foi acertada ou equivocada, não no sentido de julgamento, mas apenas no sentido da constatação daquilo que a experiência nos trouxe. Se o resultado dela nos afastou da alegria e da paz, então é preciso escolher outra vez. Lembrando-nos sempre de que, para escolher de novo, é necessário acolher o resultado, reconhecer que ele era a única coisa que podia ter acontecido e ser grato por ele e pela experiência.

Como eu já disse no passado, aceitar a Expiação também significa começar a aprender a ser agradecido por toda e qualquer experiência que se apresente, entendendo que todas elas são apenas a materialização aparente de um desejo nosso, de uma escolha que fizemos nalgum momento, conscientes dela ou não. Se o resultado da experiência não é algo que nos põe em contato com a alegria, se é algo que nos tira a paz de espírito e nos afasta de nós mesmos e dos envolvidos na experiência e se resistimos ao que se apresenta a nós, a sensação de se estar separado fica mais aguda. Daí a necessidade de acolher e agradecer por todas as experiências e por todos os resultados delas, sejam elas quais forem, sejam quais forem os resultados.

As práticas da segunda ideia tratam de nos devolver a liberdade e o poder para experimentar o mundo sem susto, sem medo, ao nos ensinarem a perceber claramente que tudo o que pensamos a respeito da cura e das doenças, neste mundo, é apenas ilusão, sonho. A segunda ideia, ao devolver nossa condição original de Filhos de Deus, nos restitui a santidade, a pureza e a inocência em que fomos criados, das quais nunca nos separamos, a não ser na percepção equivocada do sistema de pensamento do ego, o falso eu, a imagem de nós mesmos que construímos para viver a experiência deste mundo. 


Às práticas?



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Que tal ter a experiência da mudança na prática?



LIÇÃO 149

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(137) Quando sou curado, não sou curado sozinho.

(138) O Céu é a decisão que tenho de tomar.

*

COMENTÁRIO:

Nesta segunda-feira, dia 28 de maio, a primeira das ideias para a revisão nos remete a dois princípios muito importantes dos milagres. Dois princípios que estão lá no início do livro texto. São eles o trigésimo quinto, que diz: "os milagres são expressões do amor, mas podem não ter sempre efeitos observáveis", e o quadragésimo quinto: "Um milagre nunca se perde. Pode tocar muitas pessoas que nem mesmo encontraste e produzir mudanças não sonhadas em situações das quais nem mesmo estás ciente".

A ideia da lição 137, conforme eu já disse anterioremente, nos assegura de forma muito clara que, ao nos curarmos, não curamos apenas a nós mesmos. Isto significa dizer - para que o reconheçamos de forma definitiva - que tudo o que fazemos traz consequências, para nós mesmos, para os que estão próximos de nós, para os que estão distante de nós, de quem nos lembramos, e também para o mundo inteiro, mesmo que elas não sejam visíveis para nós. Ela nos ensina, também de forma bem clara, que temos cem por cento de responsabilidade por tudo o que nos acontece, bem como por tudo o que acontece no mundo que construímos e que nos chegue à consciência. Quer estejamos dispostos a reconhecer isto, quer não. Lembram-se do que eu disse no comentário de ontem?

A segunda ideia que revisamos, a da lição 138, põe em nossas mãos todo o poder de que necessitamos para transformar o mundo no Céu que queremos viver, a partir do momento em que assumimos completa e total responsabilidade por ele. Para tanto, basta apenas nossa tomada de decisão. Pois o mundo muda conosco, quando mudamos. E é muito fácil experimentar isto na prática, conforme já sugeri nas práticas dos anos anteriores e volto a repetir aqui, hoje. Vale a pena fazer o teste. Faça-o.

Alguma coisa ou alguém o (a) incomoda em seu dia a dia? Experimente mudar sua forma de pensar a respeito de tal coisa ou de tal alguém. Faça-o de forma decidida pensando em curar-se da percepção equivocada (primeira ideia) e em criar uma experiência de Céu, de paz, de alegria e de felicidade (segunda ideia). Em pouco tempo, a coisa, ou a pessoa, que parecia ser um problema vai certamente deixar de sê-lo. E você vai poder passar a curar outras coisas que sua percepção lhe mostra de forma equivocada.

Pode nos contar, se quiser, é claro, os resultados depois de experimentar. Acho que todos vão se beneficiar da experiência e de compartilhá-la. 


Como vocês podem ver [podem?] este comentário é praticamente uma repetição do comentário feito em 2011. É claro que, em função da mudança das datas no calendário, tive de fazer alguns ajustes. Acho que ele continua a ser muito pertinente até para abrirmos nossos olhos para o fato de que basta que aceitemos a experiência que se apresenta, que a acolhamos e agradeçamos por ela, em todas as situações, para podermos fazer novas escolhas, quando for o caso. Escolhas que nos ponham sempre mais perto da alegria que deve ser nosso estado natural.

domingo, 27 de maio de 2012

A melhor defesa é sempre a inocência, não o ataque



LIÇÃO 148

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(135) Se eu me defendo, sou atacado.

(136) A doença é uma defesa contra a verdade.

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COMENTÁRIO:

Este comentário, com algumas modificações muito pequenas é a reprodução quase que integral daqueles que fiz para esta lição em anos passados. Vou copiar inclusive o título, fazendo apenas uma inversão de posição de palavras. E, mais uma vez, não por preguiça, mas porque, em meu modo de ver, continua a ser pertinente com as ideias que praticamos neste momento da revisão. Corrijam-me, por favor, se eu estiver equivocado. Em todo o caso - quando a preguiça bate algumas vezes, fico perguntando a mim mesmo - será que alguém vai lembrar do comentário que já fiz a alguma das lições? Não ficamos nos repetindo o tempo todo? Acho que, por isso, vale a pena dar uma passada de olhos nele novamente.

É a percepção equivocada que temos de nós mesmos e, por consequência, do mundo inteiro e de tudo o que aparentemente existe nele, que nos põe permanentemente na defensiva, pois nos vemos como criaturas frágeis, destinadas a voltar ao pó de onde viemos, por nos identificarmos com um corpo perecível, a forma que percebemos, que está sujeita ao ataque de parte de nós mesmos, de outros de nós mesmos, da passagem do tempo, das condições climáticas e de todas as coisas que povoam o mundo amedrontador que construímos a partir desta percepção distorcida.

O fato de vivermos na defensiva, identificador do julgamento que fazemos de nós mesmos e projetamos em tudo o que vemos, abre espaço para o ataque, melhor dizendo, autoriza a que nos sintamos atacados pelas outras pessoas e por outras coisas vivas, vírus, bactérias, animais, grandes e pequenos, visíveis e invisíveis; e por coisas aparentemente inanimadas, utensílios, plantas, líquidos e alimentos. No momento mesmo em que digito este comentário, estou passando por um processo gripal, que já dura alguns dias.

A primeira ideia que revisamos neste domingo, dia 27 de maio, ensina de forma clara como deslocar o ataque de qualquer coisa aparentemente externa a nós, atribuindo-o à única fonte de onde ele pode surgir: de nossa posição de defesa. Isto contraria aquele pensamento do mundo segundo o qual "a melhor defesa é o ataque", ensinando-nos que não há necessidade de defesas, que não podemos ser atacados por nada nem por ninguém, a não ser por nossa própria percepção equivocada de nós mesmos, que constrói todo este mundo de ilusões em que pensamos habitar. Na verdade, a melhor defesa não é o ataque, é a inocência do olhar amoroso que que não percebe o ataque, porque não cogita a possibilidade de atacar a nada nem a ninguém.

A segunda nos informa a razão pela qual inventamos a doença, que consegue ser, ao mesmo tempo, uma forma de defesa e de ataque. Contra a verdade e contra nós mesmos. Sempre. Por mais que queiramos nos auto-enganar atribuindo uma doença qualquer a alguma coisa exterior a nós, todas as doenças são escolhas que fazemos - claro que as mais das vezes de forma inconsciente - e das quais nos valemos para atacar a verdade, ou para fazê-la calar, quando não queremos aceitar a completa e total responsabilidade por tudo o que nos acontece na vida. Que dirá aceitar a responsabilidade por tudo o que vemos no mundo, isto é, por tudo aquilo que nos chega à consciência?

Pratiquemos, portanto, hoje, para aprender a abandonar tanto a defensiva quanto o ataque, entregando-nos por inteiro à verdade cujo conhecimento, segundo o que disse Jesus, nos libertará.

sábado, 26 de maio de 2012

O melhor instrumento para a liberação dos apegos



LIÇÃO 147

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(133) Não darei valor àquilo que não tem valor.

(134) Que eu perceba o perdão tal como ele é.

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COMENTÁRIO:

Neste sábado, dia 26 de maio, vamos reforçar em nossa consciência o aprendizado de duas ideias que também são vitais para nossa busca do autoconhecimento, isto é, o aprendizado e o reconhecimento do que somos verdadeiramente, que é o que o ensinamento do UCEM visa a nos oferecer.

A primeira delas, como eu já disse, nos convida a praticar e a reforçar o entendimento de que o mundo que vemos não contém nada daquilo que, de fato, queremos. Ou algum de nós, querendo muito alguma coisa, já se satisfez com ela, após obtê-la?

Esta ideia, pelo convite a aprendermos a não dar valor àquilo que não tem valor, nos incita a abandonar o apego às coisas todas do mundo, reconhecendo a neutralidade delas a fim de que aprendamos a usá-las apenas como instrumentos que podem nos servir de auxílio na caminhada em direção ao mundo que queremos.

A segunda indica o melhor instrumento a ser usado para nos livrarmos do apego às coisas do mundo. O perdão, que cura nossa percepção equivocada. Ao aprendermos a perceber o perdão como ele é, ou seja, um meio de eliminar a crença na separação, que apenas a percepção equivocada pode reforçar, seremos capazes de dar valor apenas àquilo que, de verdade, tem valor. À paz, à alegria e à felicidade completas, que são a Vontade de Deus para nós, em Seu Amor Infinito.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Nosso estado natural é a alegria: o estado de graça



LIÇÃO 146

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(131) Ninguém que busque alcançar a verdade pode falhar.

(132) Libero o mundo de tudo o que eu pensava que ele fosse.

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COMENTÁRIO:

Esta sexta-feira, dia 25 de maio, assinala minha chegada à marca dos 60 anos. Que idade será esta? A primeira, a segunda, a terceira... a boa idade? Nenhuma, talvez, para quem aprende a viver apenas o presente. A idade cronológica, que se refere a um tempo visto de forma linear, não tem significado a não ser para marcar um início e para antecipar um fim para o corpo de que nos valemos como veículo de comunicação, se aprendemos qual é a função verdadeira que cabe a ele. Porque a vida, que habita aparente e momentaneamente um corpo, essa não tem fim.


Assim, é bom chamar a atenção para a primeira das ideias que revisamos hoje. Uma ideia que nos põe em contato direto com a possibilidade alcançarmos a verdade a nosso próprio respeito, além de qualquer sombra de dúvida, além de qualquer idade e de qualquer medida no tempo. Só quem pode duvidar disso é o falso eu [o ego do Curso], aquela parte de nossa mente que acredita na separação e que busca nos convencer de que a ilusão que este mundo nos oferece é que é a verdade.

Voltando ao comentário feito no ano passado para esta mesma lição, eu dizia que uma das leituras que fizemos em grupo afirmava que o estado natural de todo Filho de Deus é o estado de graça, ressaltando que "quando ele [o Filho de Deus] não está em estado de graça, está fora de seu ambiente natural e não funciona bem".

Noutro ponto o texto dizia que só fora de nosso ambiente natural é que podemos nos perguntar: "O que é a verdade?", já que a verdade é o ambiente pelo qual e para o qual fomos criados. Isto, sem dúvida, dá todo o sentido à primeira das ideias que revisamos hoje.

Do mesmo modo, repetindo, a segunda ideia indica a maneira pela qual podemos alcançar a verdade. Isto é, pela liberação do mundo, pela compreensão de que tudo o que pensávamos que o mundo fosse não é a verdade. Já aprendemos que o mundo, e tudo o que aparentemente existe nele, é neutro. Isto quer dizer, conforme já vimos lá atrás, nas primeiras lições, que todas as coisas só adquirem significado a partir daquilo que pensamos delas. Em outras palavras, o mundo, as coisas e as pessoas do, e no, mundo têm apenas o significado que queremos que tenham. Assim como a idade que pensamos ter.

Refazendo, portanto, a pergunta feita antes, compreender isto não é, de fato, um grande passo em direção à liberdade e, por consequência, em direção à verdade? E mais: um grande passo na direção do estado de graça, nosso estado natural, que fica além do tempo e de qualquer medida que possamos inventar na experiência dos sentidos e da forma? 


Às práticas?





quinta-feira, 24 de maio de 2012

A crença na percepção equivocada faz o mundo



LIÇÃO 145

Minha mente contém só o que penso com Deus.



(129) Além deste mundo há um mundo que eu quero.

(130) É impossível ver dois mundos.


*


COMENTÁRIO:

As ideias que revisamos nesta quinta-feira, dia 24 de maio, conforme eu disse nos dois últimos comentários a esta lição feitos em anos passados, são a sequência natural das ideias de nossa revisão de ontem. São elas que explicam a razão pela qual não há nada que, de fato, queiramos neste mundo. Ele não é verdadeiro. Pelo menos não da maneira como o percebemos.

Elas também servem para assegurar que não nos sintamos perdidos em um mundo que é apenas fruto de uma ilusão da percepção equivocada. Uma percepção que tem por ponto de partida a crença na possibilidade de uma existência separada do que somos verdadeiramente e, por consequência, separada de Deus e de todas as manifestações d'Ele.

A segunda ideia de nossa revisão de hoje, repetindo o que disse nos comentários anteriores, ao garantir que não é possível ver dois mundos, nos assegura a existência de apenas um mundo verdadeiro: aquele que está além do que vemos na ilusão e que é o que queremos.

E, mais uma vez - para nos lembrarmos -, o que o Curso nos pede não é que desistamos deste mundo, mas que o troquemos por um mundo muito mais satisfatório, mais pleno de alegria. Um mundo que pode nos oferecer a paz. Para tanto, basta escolhermos mudar nossa forma de pensar a respeito do mundo que vemos. Como todos já aprendemos, não há nada a mudar fora de nós. Só dentro.

Precisamos nos lembrar também de que o mundo que vemos apenas reflete nossa forma de pensar, que, por sua vez, é influenciada por nossas crenças para se tornar o reflexo de nossa escolha do que queremos ver. É só a partir de um ponto de vista equivocado que podemos pensar em mundo no qual possam existir o ódio e o amor ao mesmo tempo.

As práticas ensejam a mudança na forma de pensar, de que precisamos para limpar nossa consciência do auto-engano a que nos induz o sistema de pensamento do falso eu, em que este mundo de ilusões se baseia.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Tudo aquilo que vemos no mundo é passageiro



LIÇÃO 144

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(127) Não há nenhum amor a não ser o de Deus.

(128) O mundo que vejo não tem nada que eu queira.

*

COMENTÁRIO:

Continuamos nossa revisão nesta quarta-feira, dia 23 de maio. As ideias que usamos para as práticas devem servir para reforçar em nossa consciência o aprendizado de que não há nenhum amor a não ser o de Deus. Isto é, a partir desta ideia, pode-se dizer também que todo o amor vem de Deus. E que tudo aquilo que não vem d'Ele é ilusão, não existe e não é amor.

A segunda das ideias que praticamos nos convida a reconhecer que o mundo que vemos não tem nada que, de fato, queiramos. Pois, quando paramos para refletir, podemos perceber claramente que, na verdade, tudo o que vemos no mundo é passageiro, é efêmero e não pode e nem vai durar. 


E, como eu já disse outras vezes, nossos anseios mais profundos sempre nos levam em direção ao duradouro, ao eterno. Isso é bastante claro quando pensamos nas coisas todas que já obtivemos e que deixaram de nos interessar após obtidas. Não lhes parece que nada no mundo ou do mundo pode satisfazer nosso desejo pelo Céu?

Sugiro, pois, que pratiquemos com disposição para nos abrirmos ao amor de Deus em nós, que é a única coisa que verdadeiramente existe. Para aprendermos a renunciar ao mundo, abrindo-nos, deste modo, à eternidade do que somos em Deus, com Ele.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Eliminar ilusões que bloqueiam o autoconhecimento



LIÇÃO 143

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(125) Eu recebo a Palavra de Deus em paz hoje.

(126) Tudo o que dou é dado a mim mesmo.

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COMENTÁRIO:

Mais um repeteco de comentário. Vamos revisar, nesta terça-feira, dia 22 de maio, mais duas ideias das práticas recente, com o firme propósito de nos aquietarmos para, em primeiro lugar, ouvir e receber em nós a Palavra de Deus e para, em seguida, aprender que tudo o que damos damos apenas a nós mesmos. Sempre. Em toda e qualquer circunstância.

Se voltarmos ao texto que a lição 126 nos oferece, como lembrei anteriormente, vamos ler lá que esta segunda ideia, ou seja, a de que tudo o que damos é apenas a nós mesmos que damos, é completamente estranha para o ego, que se vê separado e distante de tudo e de todos, lutando para tentar manter em pé as ilusões que criou e nas quais acredita.

Seguindo, pois, as orientações que recebemos antes, podemos descobrir nisto a importância das práticas. Em primeiro lugar, para aprendermos que, no silêncio e em paz, podemos nos abrir para ouvir a Voz por Deus e receber em nós Sua Palavra com alegria. E, segundo, para compreendermos que, em contato com o divino em nós, podemos abandonar todas as crenças a que o ego quer nos induzir, eliminando, assim, as ilusões que nos impedem de chegar ao conhecimento de nós mesmos,  e de entrar em contato com o que somos, na verdade, em Deus.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Para abandonar a identificação com o falso eu



LIÇÃO 142

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(123) Agradeço a meu Pai por Suas dádivas para mim.

(124) Que eu me lembre de que sou um com Deus.

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COMENTÁRIO:

Nesta segunda-feira, dia 21 de maio, revisamos as ideias das práticas das lições 123 e 124. Ambas, como eu já disse no passado, de vital importância para se chegar ao aprendizado de abandonar os ensinamentos do ego e os do mundo. Ambas podem servir para nos levar a entender que, na verdade, aquilo que pensamos ser não existe, é apenas uma falsa imagem que construímos de nós mesmos. O que somos é parte da Unidade com Deus e vive em Deus, mesmo quando nos percebemos e acreditamos separados e distantes, de nós mesmos, uns dos outros e de Deus.

As práticas,  se feitas de acordo com as orientações do texto introdutório a esta nova revisão vão nos levar a dar os primeiros passos na direção do despertar, auxiliando-nos a perceber o quanto nossa identificação com o falso eu [o ego do Curso], com corpo e com a mente nos atrapalha e impede de andar na direção do reconhecimento, da aceitação e do cumprimento da Vontade de Deus para nós.

Repetindo, mais uma vez, o que Eckhart Tolle diz em seu livro O Poder do Agora: "Estamos tão identificados [com a mente] que nem percebemos que somos seus escravos. É quase como se algo nos dominasse sem termos consciência disso e passássemos a viver como se fôssemos a entidade dominadora. A liberdade começa quando percebemos que não somos a entidade dominadora, o pensador. Saber disso nos permite observar a entidade. No momento em que começamos a observar o pensador, ativamos um nível mais alto da consciência. Começamos a perceber, então, que existe uma vasta área de inteligência além do pensamento, e que este é apenas um aspecto diminuto da inteligência. Percebemos também que as coisas realmente importantes como a beleza, o amor, a criatividade, a alegria e a paz interior surgem de um ponto além da mente. É quando começamos a acordar".

É para este nível e para este despertar que as práticas podem nos remeter.


Às práticas?

domingo, 20 de maio de 2012

Aprender a abandonar os ensinamentos do mundo



REVISÃO IV

Introdução

1. Agora revisamos de novo, desta vez conscientes de que nos preparamos para a segunda parte do aprendizado de como se pode aplicar a verdade. Hoje, vamos começar a nos concentrar no preparo para o que virá a seguir. É este nosso objetivo para esta revisão e para as lições que se seguem. Desta forma, revisamos as lições recentes e o pensamento central delas de tal modo que facilitará a prontidão que queremos alcançar agora.

2. Há um tema central que unifica cada passo nesta revisão que empreendemos, que pode ser declarado simplesmente nestas palavras:

Minha mente contém só o que eu penso com Deus.

Isto é um fato e representa a verdade do Que tu és e do Que teu Pai é. É este pensamento pelo qual o Pai deu a criação ao Filho, estabelecendo o Filho como co-criador com Ele Mesmo. É este pensamento que garante plenamente a salvação para o Filho. Pois em sua mente não pode habitar nenhum pensamento a não ser aqueles que seu Pai compartilha. A ausência do perdão bloqueia este pensamento de sua consciência. No entanto, ele é verdadeiro para sempre.

3. Comecemos nossa preparação com alguma compreensão das muitas formas pelas quais a ausência do verdadeiro perdão pode ser cuidadosamente escondida. Em função de elas serem ilusões, elas não são percebidas como sendo apenas o que são: defesas que protegem teus pensamentos rancorosos de serem vistos e reconhecidos. O propósito deles é te mostrar outra coisa e impedir a correção por meio de auto-enganos feitos para tomarem o lugar dela.

4. E, não obstante, tua mente contém só o que pensas com Deus. Teus auto-enganos não podem tomar o lugar da verdade. Não mais do que uma criança que joga um pedaço de pau no oceano pode mudar o movimento das marés, o aquecimento da água pelo sol, a lua de prata sobre ela à noite. Por isto começamos cada um de nossos períodos de prática nesta revisão aprontando nossas mentes para compreenderem as lições que lemos e perceberem o sentido que elas nos oferecem.

5. Começa cada dia com tempo dedicado à preparação de tua mente para aprender o que cada ideia que vais revisar pode te oferecer em termos de liberdade e paz. Abre tua mente e a purifica de todos os pensamentos que querem enganar e deixa que apeenas este a ocupe por inteiro, e elimina o resto:

Minha mente contém só o que penso com Deus.

Cinco minutos com este pensamento serão suficientes para ajustar o dia de acordo com a linhas que Deus designou e para colocar todos os pensamentos que receberás naquele dia sob o comando da Mente d'Ele.

6. Eles não virão só de ti, pois todos serão compartilhados com Ele. E, assim, cada um deles trará a mensagem de Seu Amor para ti, devolvendo mensagens do teu para Ele. Então, a comunhão com o Senhor dos Anfitriões será tua, como Ele Próprio quer que seja. E, enquanto Sua Própria completude se junta a Ele, da mesma forma Ele Se une a ti que ficas completo quando te juntas a Ele e Ele a ti.

7. Depois de tua preparação, lê simplesmente cada uma das duas ideias designadas para ti para serem revistas naquele dia. Fecha os olhos, em seguida, e dize-as lentamente para ti mesmo. Não há nenhuma pressa agora, pois usas o tempo com a finalidade para a qual ele foi destinado. Deixa que cada palavra brilhe com o significado que Deus lhe dá, tal qual ela te foi dada por Sua Voz. Deixa que cada ideia que revisas naquele dia te dê a dádiva que Ele colocou nela para a que a tivesses d'Ele. E não usaremos nenhum formato para nossa prática a não ser este:

8. Traze a tua mente, a cada hora do dia, o pensamento com o qual o dia começou e passa um momento tranquilo com ele. Em seguida, repete as duas ideias que praticas no dia, sem pressa, com tempo suficiente para perceber as dádivas que elas contêm para ti e deixa que elas sejam recebidas no lugar destinado a elas.

9. Não acrescentamos nenhum outro pensamento, mas deixamos que estas sejam as mensagens que são. Não precisamos mais do que isto para nos dar felicidade e descanso, tranquilidade sem fim, completa convicção e tudo o que nosso Pai quer que recebamos como a herança que temos d'Ele. Terminamos cada dia de prática, à medida que revisamos, da forma que começamos, repetindo em primeiro lugar o pensamento que tornou o dia uma momento especial de bênção e de felicidade para nós e que, por nossa fidelidade devolveu o mundo das trevas à luz, da aflição à alegria, da dor à paz, do pecado à santidade.

10. Deus dá graças a ti que praticas desta forma o cumprimento de Sua Palavra. E, ao entregares tua mente às ideias para o dia mais uma vez antes de dormir, Sua gratidão de envolve na paz aonde Ele quer que fiques para sempre, a qual aprendes agora a reclamar novamente como tua herança.

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LIÇÃO 141

Minha mente contém só o que penso com Deus.

(121) O perdão é a chave para a felicidade.

(122) O perdão oferece tudo o que quero.

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COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 20 de maio, damos início a uma nova revisão, a quarta. Com ela teremos, mais uma vez, a oportunidade de praticar, para fixar em nossas mentes, as ideias que aprendemos nos últimos vinte dias e que podem nos colocar mais de foma mais rápida e fácil no caminho que leva à salvação.

As ideias que vamos revisar servem também como uma preparação para a segunda parte do aprendizado, pois nos estimulam e ensinam a maneira de abandonar os ensinamentos do mundo, cuja existência, ilusória, está embasada em uma separação nunca aconteceu e que não leva a lugar nenhum.

Como o próprio Curso diz, cada uma das ideias que praticamos, por si só, praticada de forma correta, com honestidade, seria suficiente para nos levar ao auto-conhecimento, para nos devolver à consciência a verdade acerca do que somos,  e nos dar a capacidade de assumir o compromisso com nossa própria salvação e, por consequência, com a salvação do mundo inteiro.

Às práticas?