segunda-feira, 30 de abril de 2012

Para aprender a paz que dura para sempre



LIÇÃO 121

O perdão é a chave para a felicidade.

1. Eis aqui a resposta para a tua busca de paz. Eis aqui a chave para o sentido em um mundo que parece não fazer nenhum sentido. Eis aqui o caminho para a segurança nos perigos aparentes que parecem te ameaçar a cada esquina e trazer incerteza para todas as tuas esperanças de encontrar serenidade e paz em algum momento. Nisto, todas as perguntas são respondidas; nisto, finalmente, garante-se o fim de toda incerteza.

2. A mente que não perdoa está cheia de temor e não oferece nenhum espaço para que o amor seja ele mesmo; nenhum lugar em que ele possa estender suas asas em paz e se elevar acima do tumulto do mundo. A mente que não perdoa é triste, não tem esperança de descanso e de alívio da dor. Ela sofre e habita no sofrimento, perscrutando no escuro, sem ver, mas certa do perigo que a espreita lá.

3. A mente que não perdoa está dilacerada pela dúvida, confusa acerca de si mesma e de tudo o que vê; amedrontada e com raiva, fraca e violenta, com medo de seguir adiante, com medo de ficar, com medo de acordar ou de ir dormir, com medo de qualquer som e com mais medo ainda do silêncio; aterrorizada pelo escuro e ainda mais aterrorizada com a aproximação da luz. O que a mente que não perdoa pode perceber a não ser sua condenação? O que ela pode ver exceto a prova de que todos os seus pecados são reais?

4. A mente que não perdoa não vê nenhum erro, mas apenas pecados. Ela olha para o mundo com olhos cegos e grita estridentemente quando vê suas próprias projeções se erguerem para atacar sua paródia lamentável da vida. Ela quer viver, mas deseja estar morta. Ela quer o perdão, mas não vê nenhuma esperança. Ela quer uma saída, mas não pode conceber nenhuma porque vê o pecado em todos os lugares.

5. A mente que não perdoa está em desespero, sem perspectiva de um futuro que possa oferecer qualquer coisa a não ser mais desespero. Porém, considera seu julgamento do mundo irreversível, e não percebe que condenou a si mesma a este desespero. Ela pensa que não pode mudar, porque o que vê testemunha que seu julgamento está correto. Ela não pergunta porque pensa que sabe. Ela não questiona, segura de que está correta.

6. O perdão é conquistado. Ele não é inerente à mente, que não pode pecar. Uma vez que o pecado é uma ideia que ensinaste a ti mesmo, o perdão também tem de ser aprendido por ti, mas de um Professor diferente de ti mesmo, Que representa o outro Ser em ti. Por meio d'Ele tu aprendes como perdoar o ser que pensas que fizeste e permites que ele desapareça. Deste modo, devolves tua mente unificada Àquele Que é teu Ser e Que jamais pode pecar.

7. Toda mente que não perdoa te apresenta uma oportunidade de ensinares a tua própria mente como se perdoar. Cada uma delas espera liberação do inferno por teu intermédio e se volta para ti implorando pelo Céu aqui e agora. Ela não tem nenhuma esperança, mas tu te tornas a esperança dela. E, na condição de esperança dela, tu, de fato, te tornas tua própria esperança. A mente que não perdoa tem de aprender com o teu perdão que ela está salva do inferno. E, à medida que ensinas a salvação, tu aprenderás. Contudo, todo o teu ensinamento e todo o teu aprendizado não virão de ti, mas do Professor Que te foi dado para te mostrar o caminho.

8. Hoje praticamos aprender a perdoar. Se estiveres disposto, podes aprender hoje a pegar a chave da felicidade e a usá-la em teu próprio benefício. Dedicaremos dez minutos pela manhã e outros dez à noite, para aprender como oferecer o perdão e também como recebê-lo.

9. A mente que não perdoa não acredita que dar e receber são a mesma coisa. No entanto, tentaremos aprender que eles são a mesma coisa pela prática do perdão a alguém em quem pensas como sendo um inimigo e a alguém que consideras um amigo. E, enquanto aprendes a vê-los como um só, estenderemos a lição a ti mesmo e veremos que a saída deles incluía a tua.

10. Começa os períodos de prática mais longos pensando em alguém de quem não gostas, que parece te irritar ou te causar desgosto caso tenhas de encontrá-lo; alguém a quem desprezas vivamente ou a quem simplesmente tentas ignorar. Não importa a forma que tua raiva toma. É provável que já o tenhas escolhido. Ele servirá.

11. Agora fecha os olhos e vê-o em tua mente, e olha para ele por um momento. Tenta perceber alguma luz nele em algum lugar; um pequeno raio que nunca notaste. Tenta achar uma pequena centelha de alegria brilhando através do retrato desagradável que manténs dele. Olha para este retrato até veres uma luz em algum lugar nele e tenta, em seguida, permitir que esta luz se estenda até envolvê-lo e tornar o retrato bonito e bom.

12. Olha para esta percepção transformada por um momento e volta tua mente para aquele a quem chamas de amigo. Tenta transferir para ele a luz que aprendeste a ver em torno de teu "inimigo" anterior. Percebe-o agora como mais do que amigo para ti, pois nesta luz a santidade dele te mostra teu salvador, salvo e capaz de salvar, curado e íntegro.

13. Deixa, então, que ele te ofereça a luz que vês nele e permite que teu "inimigo" e teu amigo se unam para te abençoar com o que deste. Agora és um só com eles e eles contigo. Agora estás perdoado por ti mesmo. Ao longo de todo o dia, não te esqueças do papel que o perdão desempenha para trazer a felicidade a todas as mentes que não perdoam, a tua entre elas. Dize a ti mesmo a cada hora:

O perdão é a chave para a felicidade.
Despertarei do sonho de que sou mortal,
falível e pecador, e saberei que sou o Filho perfeito de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Após o término da terceira revisão, vamos retomar a caminhada. E vamos fazê-lo com alegria, neste dia 30 de abril, firmando mais uma vez, com nós mesmos, o compromisso de continuar firmes nas práticas, porque, de fato, como estamos aprendendo, ainda há muito a se fazer, para encontrarmos a salvação para nós mesmos e para o mundo todo. Para podermos viver, mesmo neste mundo, o "sonho feliz", a paz e a alegria completas, que são a Vontade de Deus para todos e cada um de nós.

A ideia que vamos praticar hoje traz consigo o germe da cura de todos os males do mundo. Daí a importância de que a pratiquemos de todo o coração, com toda a alma e com a maior atenção possível. É só aprendendo a importância de se fazer do perdão uma prática diária que vamos ser capazes de ter acesso à paz ilimitada, sem obstáculos, sem medos, sem dúvidas.


Lembrando em parte o comentário anterior a esta lição, podemos voltar um pouco nossa atenção ao Capítulo 19 do Curso e ler a parte que trata dos obstáculos à paz, entre eles o desejo de ficar livre da paz, que se apresenta quando passamos por um momento de muita tranquilidade em nossas vidas, aquele momento em que parece que tudo está indo "bem demais", que tudo está "bom demais" para ser verdade, para durar. Quem já não passou por experiências assim? É aí que entra o dito "desejo de ficar livre da paz", o instante em que passamos a nos julgar e a acreditar que não merecemos a paz que estamos vivendo.


Merecemos, sim! Toda a paz, toda a alegria e todo o amor. Para que possamos olhar para o mundo sem impor a ele nossos julgamentos. Algo que não somos capazes de fazer quando estamos em paz. Pois estar em paz indica que nos perdoamos e perdoamos o mundo e tudo o que há nele.

Toda dificuldade que temos em lidar com qualquer coisa que se apresente a nossa experiência está sempre ligada ao julgamento, como eu já disse antes também. Está sempre ligada à necessidade que temos, em sintonia com o falso eu, de controlar o mundo, dando a ele, e a tudo e a todos nele, todas as características que queremos acreditar que sejam verdadeiras.


Esquecemo-nos a maior parte do tempo que só podemos ver fora de nós aquilo mesmo que trazemos no interior e que, por isso, tudo o que o mundo nos apresenta são apenas aspectos daquilo que trazemos dentro de nós. Isto é, como o Curso diz, o mundo não é nada mais do que uma projeção de nossos desejos, de nossos pensamentos e de nossos julgamentos.

É para corrigir esta percepção equivocada que o Curso nos oferece esta série de lições. Para nos levar de volta a nós mesmos, para nos pôr de novo em contato com o espírito, com o divino, em nós, que é a única parte verdadeira, a única que existe realmente. E é para nos oferecer nova oportunidade de experimentar a paz que a lição de hoje nos dá a ideia que pode abrir as portas da alegria e nos apresentar, como é a Vontade de Deus e a nossa, a paz que dura para sempre.


Às práticas, pois.

domingo, 29 de abril de 2012

O mundo, feito só de ilusões, não leva a lugar algum



LIÇÃO 120

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (109) Eu descanso em Deus.

Eu descanso em Deus hoje e O deixo trabalhar em mim,
e por meu intermédio, enquanto descanso n'Ele em paz e
em perfeita segurança.

2. (110) Eu sou como Deus me criou.

Eu sou o Filho de Deus. Hoje deixo de lado
todas as ilusões doentias acerca de mim mesmo e permito que
meu Pai me diga Quem eu sou realmente.

3. Para a hora:
Eu descanso em Deus.

Para a meia hora:
Eu sou com Deus me criou.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, dia 29 de abril, chegamos ao fim de mais uma revisão com duas ideias que trazem em si toda a força e todo o poder para nos libertar para sempre de todas as ilusões que inventamos a respeito do que somos e a respeito do que pensamos ser o mundo.

É bom, como eu disse também no ano passado, que lembremos sempre de que "todas as coisas cooperam para o bem" e de que, ao contrário do que podemos pensar, fazendo o que quer que façamos, é em Deus que  o fazemos, pois nos movemos n'Ele. 


E, ainda que não tenhamos consciência disso o tempo todo, descansamos em Deus, enquanto a ilusão de nós mesmos, que criamos, pensando-nos separados d'Ele, se debate em um mundo de fantasias, um mundo de ilusão, que não leva a lugar nenhum. 


O melhor de tudo isso, porém, é que este mundo a respeito do qual pensamos é um mundo de ilusão que podemos abandonar tranquilamente a qualquer instante. Agora mesmo, neste exato momento, se assim o desejarmos. Basta acreditar de fato nesta ideia para reconhecermos que não há nada que queiramos mudar no mundo, ou em nós mesmos, porque ainda somos como Deus nos criou. E porque o mundo e tudo nele só pode ser exatamente como em todo e qualquer momento em que voltamos nossa atenção para ele.

Reforçando: independente do que fizermos, somos como Deus nos criou. Vamos ser sempre assim. Nada nesta vida ilusória de sofrimento, de dor e de morte que pensamos levar pode mudar a verdade do que somos. Esta ideia deveria bastar para nos dar a tranquilidade, a serenidade e a paz, que completam a alegria perfeita que é a Vontade de Deus para nós.

Às práticas, pois.



sábado, 28 de abril de 2012

Afastando-nos do julgamento e do medo da verdade



LIÇÃO 119

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (107) A verdade corrigirá todos os erros em minha mente.

Estou errado quando penso que posso
 ser ferido de alguma forma. Eu sou o Filho de Deus,
cujo Ser repousa em segurança na Mente de Deus.

2. (108) Dar e receber são a mesma coisa na verdade.

Vou perdoar todas as coisas hoje, para poder aprender como
aceitar a verdade em mim, para vir a reconhecer minha inocência.

3. Para a hora:
A verdade corrigirá todos os erros em minha mente.

Para a meia hora:
Dar e receber são a mesma coisa na verdade.

*

COMENTÁRIO:

Agora já nos aproximamos do final de mais uma revisão. Neste sábado, dia 28 de abril, as ideias que vamos praticar são extremamente importantes para o reconhecimento, a aceitação e para o cumprimento de nosso papel no plano de Deus para a salvação.

Revendo comentários feitos anteriormente , acho que ainda se pode dizer que a educação que recebemos, formal ou não, quer se refira à espiritualidade, quer se refira às vicissistudes da vida e às formas de se viver, de modo mais ou menos geral, ensinava o temor a Deus, ensinava a temer a verdade. Pois quase sempre, quando contávamos a verdade a respeito de alguma coisa que tínhamos feito, traquinagem ou não, éramos castigados.

Aonde isso poderia nos levar a não ser à mentira e à corrupção? Afastamo-nos de nós mesmos, em função de um medo ilógico e irracional da verdade, uma vez que, aprendemos agora, o que quer que Deus seja só pode ser entendido como expressão de um Amor Incondicional e Infinito. E da Verdade. 

Jesus, pelo que nos contam as histórias a seu respeito, em sua passagem pelo mundo ensinava: " Eu sou o caminho, a verdade e a vida". E nos ofereceu um mandamento diferente daquele ensinado por todos os que vieram antes dele, o do "olho por olho, dente por dente". Ele ensinava apenas o mandamento do amor. E nos garantia que Deus nos ama a todos como um só, pois somos todos, na unidade da qual não podemos nos separar, o Filho único de Deus.

O Curso, portanto, nos ensina, como eu já disse antes e como ele mesmo diz na revisão de hoje, a inverter as leis e os ensinamentos do mundo, instando-nos a praticar a aceitação da verdade como forma de corrigir todos os erros e ensinando-nos que "dar e receber são a mesma coisa". 

Por isso, reconhecer como verdadeiras, aceitar e praticar as ideias para este dia podem nos levar para bem mais perto da salvação do que imaginamos. Pois as práticas destas ideias vão nos afastar do julgamento, eliminar nosso medo da verdade e extinguir nosso medo de perder qualquer coisa ao dá-la.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O ruído mental impede nosso encontro com o Ser



LIÇÃO 118

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (105) A paz e a alegria de Deus são minhas.

Hoje, aceitarei a paz e a alegria de Deus, em uma troca feliz
por todos os substitutos que invento para a felicidade e para a paz.

2. (106) Que eu me aquiete e escute a verdade.

Que minha voz insignificante se cale e me permita ouvir a Voz poderosa
pela Própria Verdade me assegurar que sou o Filho perfeito de Deus.

3. Para a hora:
A paz e a alegria de Deus são minhas.

Para a meia hora:
Que eu me aquiete e escute a verdade.

*

COMENTÁRIO:

Voltando ao comentário já feito anteriormente para esta lição, quero lembrá-los de que Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Agora, diz que o maior obstáculo que temos de enfrentar para alcançar o Ser, o divino em nós mesmos, Aquilo que de fato somos, na verdade, é nossa "identificação com a mente". 


É esta identificação, diz Tolle, que "faz com que estejamos sempre pensando em alguma coisa. Ser incapaz de parar de pensar é uma aflição terrível, mas ninguém percebe porque quase todos nós sofremos disso e, então, consideramos uma coisa normal. O ruído mental incessante nos impede de encontrar a área de serenidade interior, que é inseparável do Ser. Isso faz com que a mente crie um filtro interior que projeta uma sombra de medo e sofrimento sobre nós".

Como já lhes disse antes, referindo-me à necessidade de fazer cessar o ruído, a estática mental, acredito que as práticas diárias que o Curso propõe, os exercícios, são uma forma de fazer calar a voz de nossa mente e de fazer interromper, mesmo que apenas por alguns poucos instantes, o ruído mental que nossa aparente incapacidade de parar de pensar gera. 


Assim, não é diferente a oportunidade que as ideias para a revisão desta sexta-feira, dia 28 de abril, nos oferecem. Alguns momentos em que decidimos parar para ouvir a Voz do Ser, a Voz por Deus, e experimentar como nossas a paz e a alegria perfeitas e completas que são a Vontade d'Ele para nós.

Que tal tentarmos?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Não podemos ter uma vontade diferente da Deus



LIÇÃO 117

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (103) Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Que eu me lembre de que amor é felicidade e de que nada mais
traz alegria. E, por isto, escolho não levar em consideração nenhum
substituto para o amor.

2. (104) Busco apenas o que me pertence na verdade.

O amor é minha herança e, com ele, a alegria.
Estas são as dádivas que meu Pai me deu.
Quero aceitar tudo o que é meu na verdade.

3. Para a hora:
Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Para a meia hora:
Busco apenas o que me pertence na verdade.

*

COMENTÁRIO:

Nesta quinta-feira, dia 26 de abril, vamos revisar duas ideias muito importantes, não que todas as outras também não sejam, é claro. No entanto, toca trabalhar o presente que é agora. Por isso, é que vamos tentar, com as práticas de hoje, trazê-las à mente, e mantê-las aí, sempre que qualquer situação aparentemente ameaçar nossa paz e nossa alegria. Na verdade, são elas - a paz e a alegria - que nos pertencem eternamente.

Como eu já disse várias vezes, só podemos abrir espaço para o sofrimento quando acreditamos que podemos, ou que alguém dentre nós pode, ter uma vontade diferente e separada da Deus. Na verdade, o Curso afirma, "dar e receber são a mesma coisa". É por isso que o ensinamento diz que só não temos aquilo que não damos. E porque ainda não aprendemos a reconhecer - e a aceitar - a Vontade de Deus para nós como sendo a nossa própria vontade..

É, pois, para nos ajudar a reconhecer, a entender e a aceitar que a Vontade de Deus para nós só pode ser a mesma que a nossa, uma vez que já aprendemos que não existe nenhuma outra vontade separada da d'Ele, que se destinam as práticas deste dia.


Às práticas?


quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Céu que buscamos está dentro de cada um



LIÇÃO 116

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (101) A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita. E eu só
posso sofrer a partir da crença em que existe outra vontade
separada da d'Ele.

2. (102) Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

Eu compartilho a Vontade de meu Pai para mim, Seu Filho.
Tudo o que quero é o que Ele me dá. Tudo o que existe é o
que Ele me dá.

3. Para a hora:
A Vontade de Deus para mim é a felicidade perfeita.

Para a meia hora:
Eu compartilho a Vontade de Deus de felicidade para mim.

*

COMENTÁRIO:

Nesta quarta-feira, dia 25 de abril, continuamos nossa revisão para aprender ou re-aprender, ou reconhecer e aceitar como verdade, com a primeira ideia que o Curso oferece que a Vontade de Deus para nós é a felicidade completa e perfeita. E para aprender também, ou re-aprender, reconhecer e aceitar, com a segunda ideia, que compartilhamos da Vontade de Deus para nós mesmos. O que significa reconhecer e aceitar que a Vontade de Deus e a nossa são a mesma.

Repetindo a pergunta que fiz no ano passado: por que precisamos das práticas de hoje? Precisamos delas para aprender de uma vez por todas que só é possível se acreditar no sofrimento quando acreditamos que existe em nós uma vontade diferente da Deus, separada da d'Ele. Isto é, quando acreditamos em um Deus separado de nós e daquilo que somos, na verdade.

Como já disse várias vezes antes, de acordo com o que o Curso ensina, o mundo não deve ser um local de sofrimento, até porque ele só existe como projeção do que pensamos que ele é e podemos escolher o que queremos pensar. Se já aprendemos que nossa única função aqui é a salvação, como e por que manter o mundo aprisionado a pensamentos de dor, de sofrimento, de doença, de separação e de morte?

E o que é a salvação? A salvação é também cura para nossas percepções equivocadas, cura para esta crença em uma separação que não existe, como  já disse também tantas vezes. Então, o que é cura para o Curso? Para ele, "curar é devolver à alegria". O que é a mesma coisa que devolver à unidade. Assim, a salvação, a cura, a alegria e a felicidade completas e perfeitas são todas formas diferentes de definir a única Vontade de Deus para nós.

A única coisa que pode nos afastar de Deus - e apenas na ilusão - é aquilo que nos afasta de nós mesmos. Uma impossibilidade. Só se pode crer nisto como possibilidade, se acreditarmos que podemos existir separados de Deus, o que equivale a acreditar que podemos nos separar de nós mesmos, daquilo que somos em essência. Ou a acreditar que é possível para alguém, qualquer um de nós, estar em algum lugar diferente daquele em que está em Deus. Pois sempre estamos em Deus, aonde quer que estejamos.

Ao contrário do que o mundo ensina, não somos nossos corpos, nem nossos pensamentos. Não somos nossas mentes. Somos espírito. E só podemos chegar a Deus, aprendendo a chegar a nós mesmos. Abandonando toda e qualquer crença de que existe algo de valor maior do que a Vontade de Deus para nós na experiência da ilusão. Para isto, precisamos aceitar nossa única função aqui. Precisamos aprender e aceitar a Vontade de Deus para nós, que, como já se disse, é a mesma nossa. E aceitar o papel que nos cabe na salvação.

Peço-lhes mais uma vez que me desculpem um comentário tão longo, na linha do que fiz no ano passado, mas, para esclarecer um equívoco comum que vivemos quase que o tempo inteiro - e repetindo ainda uma vez mais o comentário anterior -, é preciso enfatizar, como bem o diz Ken Wilber em seu livro O Espectro da Consciência, que já citei outras vezes, que aceitar o papel que nos cabe na salvação envolve aprender que "nosso estado de consciência cotidiano atual, seja ele qual for, triste, feliz, deprimido, extático, agitado, calmo, preocupado ou amedrontado - exatamente isso, exatamente como é, é o Nível da Mente [isto é, o Nível de Deus, da Consciência Infinita, da Verdade Absoluta ou do Ser, que é o que somos, na verdade]. [Deus, ou qualquer outro nome que se dê a Ele,] não é uma experiência particular, [um] nível de consciência ou [um] estado de alma - [Ele] é, antes, precisamente o nível que temos agora, seja ele qual for, e a compreensão disto nos confere um profundo centro de paz, situado debaixo das piores depressões, ansiedades e medos, e que persiste enquanto duram [estes estados de depressão, ansiedade ou medo]".

Isto significa dizer que nenhum de nós em tempo algum pode estar em lugar diferente daquele que está, ou fazer algo diferente daquilo que está fazendo. Aceitar nosso papel na salvação é compreender que, uma vez tomada a decisão em favor do Céu, não vamos deixar de ser exatamente o que sempre fomos, somos e seremos eternamente. O Céu, como o Curso ensina, não é um lugar ao qual precisamos ir. É um estado que precisamos encontrar em nós mesmos. Sempre esteve em nós. Está agora. Vai estar permanentemente.




terça-feira, 24 de abril de 2012

Cabe a cada um de nós ser a expressão do divino



LIÇÃO 115

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (99) A salvação é minha única função aqui.

Minha função aqui é perdoar o mundo por todas os
erros que faço. Pois, deste modo, sou liberado deles
com todo o mundo.

2. (100) Meu papel é essencial ao plano de Deus para a salvação.

Eu sou essencial ao plano de Deus para a salvação
do mundo. Pois Ele me deu Seu plano para que eu
possa salvar mundo.

3. Para a hora:
A salvação é minha única função aqui.

Para a meia hora:
Meu papel é essencial ao plano para salvação.


*

COMENTÁRIO:

Convido-os a lembrarem, mais uma vez, do que diz Eckhart Tolle, a respeito da magnitude de nossa importância - a de cada um de nós -, conforme comentário feito a esta lição no ano passado. Diz ele, "você está aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele. Veja como você é importante!"

Não há desculpas nem justificativas para qualquer um de nós se sentir pequeno ou incapaz. Todas as dádivas de Deus estão à disposição de todos e de cada um de nós. Cabe, pois, a cada um de nós - se quisermos viver a experiência da alegria que é a condição natural do filho de Deus -, ser a manifestação do divino para mostrar ao mundo o propósito divino do universo.

Para tanto, as ideias que vamos revisar com a lição desta terça-feira, dia 24 de abril, oferecem-nos uma nova chance de aprender que nossa única função neste mundo é a salvação. Alguém acredita que haja um papel mais importante do que este? É claro que não. E, se alguém acha que não tem as condições necessárias para cumprir este papel, está enganado. Está se deixando enganar pelo sistema de pensamento do falso eu, a quem o Curso chama de ego, e que é apenas uma ideia ilusória que temos de nós. Uma ideia que nem de longe tem a ver com o que somos na verdade.

Na verdade, como eu já disse antes, o ego não quer que acreditemos que cada um de nós é essencial ao plano de Deus para a salvação. Ele também não quer que saibamos que temos a capacidade de perdoar o mundo, porque é só a partir da orientação do ego que podemos condenar o mundo, aprisionando-o numa condição e numa imagem que, de fato, não tem nada a ver com o mundo real, e dando, assim, ao ego, uma realidade que ele não tem.

Por isso, repetindo o que eu disse para finalizar o comentário do ano passado, é nossa a responsabilidade de perdoar o mundo, deixando de dar ouvidos ao ego. Pois, ao aprender a reconhecer que todos os erros do mundo são apenas equívocos de nossa percepção, podemos perdoá-lo, pelo perdão que damos a nós mesmos. E nos salvamos. E salvamos o mundo inteiro.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A forma não pode limitar o que somos na verdade



LIÇÃO 114

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (97) Eu sou espírito.

Eu sou o Filho de Deus. Nenhum corpo pode conter
meu espírito nem impor sobre mim uma limitação
que Deus não criou.

2. (98) Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

O que pode ser minha função exceto aceitar a Palavra de
Deus, Que me criou para o que sou e serei para sempre?

3. Para a hora:
Eu sou espírito.

Para a meia hora:
Vou aceitar meu papel no plano de Deus para a salvação.

*

COMENTÁRIO:

As ideias que revisamos nesta segunda-feira, dia 23 de abril, conforme já disse em comentário anterior, trazem em si tudo aquilo que precisamos aprender, reconhecer e aceitar a respeito do que somos [espírito] e do papel que nos cabe neste mundo [aceitar minha parte no plano de Deus para a salvação].

Não nos deixemos enganar pelo uso que o ego faz da mente, buscando nos limitar com a crença de que somos apenas corpos e que estamos destinados aos limites que a separação nos impõe. O que ele tenta fazer é que acreditemos ser só um corpo perecível, frágil e destinado a voltar ao pó de onde aparentemente vieram todos os corpos. O que somos não pode ser contido ou limitado por um corpo, por uma forma. E, certamente, não foi do pó que viemos. O espírito de luz que nos anima modifica o pó e lhe dá sentido. Nosso destino, de onde nunca saímos, é apenas a luz.

É isto que revisamos nas ideias de hoje. Ao nos aceitarmos como espírito, e espírito de luz, e não corpo, não podemos fazer nada a não ser aceitar o papel que nos cabe no plano de Deus para a salvação. E são só o reconhecimento e a aceitação disso  que podem nos devolver à alegria e à felicidade, que retratam a condição natural do Filho de Deus e espelham a Vontade d'Ele para todos e cada um de nós.

domingo, 22 de abril de 2012

A salvação há de vir, de nós, para o mundo inteiro



LIÇÃO 113

Para revisão pela manhã e à noite:

1. (95) Eu sou um Ser único unido ao meu Criador.

A serenidade e a paz perfeitas são minhas agora,
porque sou um Ser único, completamente íntegro,
em unidade com toda a criação e com Deus.

2. (96) A salvação vem de meu Ser único.

De meu Ser único, Cujo conhecimento ainda permanece
em minha mente, vejo o plano perfeito de Deus para a
minha salvação realizado de forma completa.

3. Para a hora:
Eu sou um Ser único unido ao meu Criador.

Para a meia hora:
A salvação vem de meu Ser único.

*

COMENTÁRIO:

Neste domingo, 22 de abril, vamos continuar as práticas de revisão das lições que este terceiro período reserva para nós. Revisamos todas as ideias que nos permitem reforçar o aprendizado acerca de nós mesmos, do que somos, na verdade, e a respeito de nossa unidade com Deus, nosso Criador.

É no reconhecimento da unidade com tudo e com todos e no abandono da crença em uma separação que nunca existiu, não existe e não existirá jamais, que podemos compreender o plano de Deus para a salvação e assumir o compromisso de cumprir nosso papel, sem o qual a salvação não pode se realizar, conforme eu disse também no ano passado.

Repetindo, então, pois nunca é demais lembrar da necessidade das práticas, pratiquemos, pois, reconhecer nosso Ser único, unido ao Criador e à criação toda. Pratiquemos, pois, a salvação. E ela há de vir, de nós, para nós mesmos e para o mundo inteiro.