domingo, 28 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (9)

LIÇÃO 59

As seguintes ideias são para a revisão de hoje:

1. (41) Deus vai comigo aonde eu for.

Como posso estar só, se Deus sempre vai comigo? Como posso ter dúvidas e ficar inseguro de mim mesmo, se a certeza perfeita habita n'Ele? Como posso ser perturbado por qualquer coisa, se Ele descansa em mim na paz absoluta? Como posso sofrer, se o amor e a alegria me envolvem por intermédio d'Ele? Que eu não nutra ilusões acerca de mim mesmo. Eu sou perfeito porque Deus vai comigo aonde eu for.

2. (42) Deus é minha força. A visão é Sua dádiva.

Que eu não recorra a meus próprios olhos para ver hoje. Que eu esteja disposto a trocar minha ilusão lamentável de ver pela visão que é dada por Deus. A visão de Cristo é sua dádiva, e Ele a dá a mim. Que eu invoque esta dádiva hoje, para que este dia possa me ajudar a compreender a eternidade.

3. (43) Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso ver.

Posso ver aquilo que Deus quer que eu veja. Não posso ver mais nada. Além da Vontade d'Ele só existem ilusões. É isto que escolho quando penso poder ver separado d'Ele. É isto que escolho quanto tento ver com os olhos do corpo. Apesar disso, a visão de Cristo me é dada para substituí-los. É por meio desta visão que escolho ver.

4. (44) Deus é a luz na qual eu vejo.

Não posso ver na escuridão. Deus é a única luz. Por isso, se é para eu ver, tem de ser por meio d'Ele. Eu tento definir o que é ver e estou errado. Agora me é dado compreender que Deus é a luz na qual eu vejo. Que eu receba bem a visão e o mundo feliz que ela me mostrará.

5. (45) Deus é a Mente com a qual eu penso.

Não tenho nenhum pensamento que eu não compartilhe com Deus. Não tenho nenhum pensamento separado d'Ele, porque não tenho nenhuma mente separada da d'Ele. Como parte da Mente d'Ele, meus pensamentos são os d'Ele e os Pensamentos d'Ele são os meus.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (8)

LIÇÃO 58

Estas são as ideias para revisar hoje:

1. (36) Minha santidade envolve tudo o que vejo.

É da minha santidade que nasce a percepção do mundo verdadeiro. Ao perdoar, eu não me vejo mais como culpado. Posso aceitar a inocência que é a verdade a meu respeito. Vista por meio de olhos compreensivos, a santidade do mundo é tudo o que vejo, pois só posso conceber os pensamentos que tenho acerca de mim mesmo.

2. (37) Minha santidade abençoa o mundo.

A percepção de minha santidade não abençoa só a mim. Todos e tudo o que vejo em sua luz compartilham da alegria que ela me traz. Não há nada que esteja separado desta alegria, porque não existe nada que não compartilhe minha santidade. À medida que reconheço minha santidade, a santidade do mundo também traz seu brilho para todos verem.

3. (38) Não há nada que minha santidade não possa fazer.

Minha santidade é ilimitada em seu poder de curar, porque é ilimitada em seu poder de salvar. De que mais se pode ser salvo exceto de ilusões? E o que são todas as ilusões exceto ideias falsas a respeito de mim mesmo? Minha santidade desfaz todas elas pela afirmação da verdade acerca de mim. Na presença de minha santidade, que compartilho com o Próprio Deus, todos os ídolos desaparecem.

4. (39) Minha santidade é minha salvação.

Já que minha santidade me salva de toda culpa, reconhecer minha santidade é reconhecer minha salvação. É também reconhecer a salvação do mundo. Uma vez que eu aceite minha santidade, nada pode me amedrontar. E, em razão de eu não ter medo, todos têm de compartilhar minha compreensão, que é a dádiva de Deus para mim e para o mundo.

5. (40) Eu sou abençoado como um Filho de Deus.

Aqui está minha reivindicação a todo o bem, e só ao bem. Eu sou abençoado como um Filho de Deus. Todas as coisas boas são minhas, porque Deus as destinou a mim. Não posso sofrer nenhuma perda ou privação ou dor em razão de ser Quem sou. Meu Pai me apoia, me protege e me orienta em todas as coisas. Seu cuidado por mim é infinito e está comigo para sempre. Eu sou eternamente abençoado como Seu Filho.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (7)

LIÇÃO 57

Hoje vamos revisar estas ideias:

1. (31) Eu não sou vítima do mundo que vejo.

Como posso ser vítima de um mundo que pode ser completamente desfeito, se eu escolher fazê-lo? Minhas correntes estão soltas. Posso me livrar delas simplemente por desejar fazê-lo. A porta da prisão está aberta. Posso abandoná-la simplesmente caminhando para fora dela. Nada me prende a este mundo. Só meu desejo de ficar me mantém prisioneiro. Quero desistir de meus desejo loucos e caminhar, enfim, na direção da luz do sol.

2. (32) Eu invento o mundo que vejo.

Eu inventei a prisão na qual me vejo. Tudo o que preciso fazer é reconhecer isto e estou livre. Eu me engano ao acreditar que é possível aprisionar o Filho de Deus. Fui cruelmente enganado nesta crença, que não quero mais. O Filho de Deus tem de ser livre para sempre. Ele é tal como Deus o criou, e não o que quero fazer dele. Ele está aonde Deus quer que ele esteja, e não aonde eu imaginava mantê-lo.

3. (33) Existe outro modo de olhar para o mundo.

Uma vez que a finalidade do mundo não é aquela que atribuí a ele, tem de haver outro modo de olhar para ele. Eu vejo tudo de cabeça para baixo e meus pensamentos são o contrário da verdade. Eu vejo o mundo como uma prisão para o Filho de Deus. A verdade, então, tem de ser que o mundo realmente é um lugar no qual ele pode ser libertado. Quero olhar para o mundo como ele é, e vê-lo como um lugar onde o Filho de Deus encontra sua liberdade.

4. (34) Eu poderia ver paz em vez disto.

Quando eu vir o mundo como um lugar de liberdade, perceberei claramente que ele reflete as leis de Deus em lugar das regras que inventei para ele obedecer. Compreenderei que a paz, não a guerra, habita nele. E perceberei que a paz também habita nos corações de todos aqueles que compartilham este lugar comigo.

5. (35) Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou absolutamente santo.

Quando compartilho a paz do mundo com meus irmãos, começo a compreender que esta paz nasce do fundo de mim mesmo. O mundo para o qual olho adquire a luz do meu perdão e me devolve o brilho do perdão. Nesta luz eu começo a ver aquilo que minhas ilusões a meu próprio respeito mantinham escondido. Começo a compreender a santidade de todas as coisas vivas, incluindo a mim mesmo, e a unidade delas comigo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (6)

LIÇÃO 56

Nossa revisão para o dia de hoje abrange o seguinte:

1. (26) Meus pensamentos de ataque ferem minha invulnerabilidade.

Como posso saber quem sou, se me vejo sob ataque constante? A dor, a doença, a perda, a idade e a morte parecem me ameaçar. Todas as minhas esperanças, e desejos e planos, parecem estar à mercê de um mundo que não posso controlar. No entanto, a segurança perfeita e a realização completa são minha herança. Eu tento entregar minha herança em troca do mundo que vejo. Mas Deus mantém minha herança a salvo para mim. Meus próprios pensamentos verdadeiros me ensinarão o que ela é.

2. (27) Acima de tudo, eu quero ver.

Reconhecendo que o que vejo reflete o que penso que sou, percebo claramente que a visão é minha maior necessidade. O mundo que vejo á a confirmação da natureza terrível da auto-imagem que criei. Se eu quiser me lembrar de quem eu sou, é essencial que eu abandone esta imagem de mim mesmo. Quando ela for substituída pela verdade, a visão certamente me será dada. E, com essa visão, olharei para o mundo e para mim mesmo com caridade e amor.

3. (28) Acima de tudo, quero ver as coisas de modo diferente.

O mundo que vejo mantém minha auto-imagem terrível no lugar e assegura sua continuidade. Enquanto eu vir o mundo tal como o vejo agora, a verdade não pode penetrar em minha consciência. Quero permitir que a porta por trás deste mundo seja aberta para mim, para eu poder olhar, adiante dela, para o mundo que reflete o Amor de Deus.

4. (29) Deus está em tudo o que vejo.

Por trás de cada imagem que faço, a verdade permanece inalterada. Por trás de cada véu com que cubro a face do amor, sua luz continua a ser radiante. Além de todos os meus desejos loucos está minha vontade, unida à Vontade de meu Pai. Deus ainda está em todos os lugares e em todas as coisas para sempre. E nós, que somos parte d'Ele, ainda olharemos para o que há além de todas as aparências e reconheceremos a verdade além de todas elas.

5. (30) Deus está em tudo o que vejo, porque Deus está em minha mente.

Em minha própria mente, por trás de todos os meus pensamentos loucos de separação e de ataque, existe o conhecimento de que tudo é um para sempre. Eu não perdi o conhecimento de Quem eu sou, porque me esqueci disso. Ele está guardado para mim na Mente de Deus, Que não abandona Seus Pensamentos. E eu, que estou entre eles, sou um com eles e um com Ele.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (5)

LIÇÃO 55

A revisão de hoje inclui o seguinte:

1. (21) Estou decidido a ver as coisas de modo diferente.

O que vejo agora são apenas sinais de doença, de infelicidade e de morte. Não pode ser isto o que Deus criou para Seu Filho amado. O próprio fato de eu ver tais coisas é prova de que não compreendo a Deus. Por isto, eu também não compreendo Seu Filho. O que vejo me diz que não sei quem eu sou. Estou decidido a ver as testemunhas da verdade em mim em lugar daquelas que me mostram uma ilusão de mim mesmo.

2. (22) O que vejo é uma forma de vingança.

O mundo que vejo raramente é uma representação de pensamentos amorosos. É um retrato do ataque a tudo por tudo. É tudo menos um reflexo do Amor de Deus e do Amor de Seu Filho. São meus próprios pensamentos de ataque que dão origem a este retrato. Meus pensamentos amorosos vão me salvar desta percepção do mundo e me darão a paz que Deus pretendia que eu tivesse.

3. (23) Posso escapar deste mundo desistindo de meus pensamentos de ataque.

A salvação está nisto, e em nenhum outro lugar. Sem pensamentos de ataque eu não poderia ver um mundo de ataque. À medida que o perdão permitir que o amor volte a minha consciência, verei um mundo de paz e de segurança e de alegria. E é isto que escolho ver em lugar daquilo para que olho agora.

4. (24) Eu não percebo meus maiores interesses.

Como eu poderia reconhecer meus maiores interesses se não sei quem sou? O que penso serem meus maiores interesses apenas me prenderia mais ao mundo de ilusões. Estou disposto a seguir o Guia que Deus me dá para descobrir quais são meus maiores interesses, reconhecendo que não posso percebê-los por mim mesmo.

5. (25) Eu não sei para serve coisa alguma.

Para mim, a finalidade de todas as coisas é a de provar que minhas ilusões a meu próprio respeito são verdadeiras. É para este fim que tento usar todos e tudo. É para isto que acredito que o mundo serve. Por esta razão não reconheço a verdadeira finalidade dele. A finalidade que dou ao mundo conduz a um quadro amedrontador dele. Que eu abra minha mente à verdadeira finalidade do mundo retirando aquela que lhe dou e aprendendo a verdade a respeito dele.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (4)

LIÇÃO 54

Estas são as ideias para a revisão de hoje:

1. (16) Eu não tenho nenhum pensamento neutro.

Pensamentos neutros são impossíveis porque todos os pensamentos têm poder. Eles tanto criarão um mundo falso quanto me conduzirão para o mundo verdadeiro. Mas os pensamentos não podem deixar de ter efeitos. Da mesma forma que o mundo que vejo surge dos erros de meu modo de pensar, o mundo verdadeiro também despontará diante de meus olhos quando eu permitir qeu meus erros sejam corrigidos. Meus pensamentos não podem ser verdadeiros e falsos ao mesmo tempo. Eles têm de ser uma coisa ou outra. O que vejo me mostra qual das duas coisas eles são.

2. (17) Eu não vejo nenhuma coisa neutra.

O que vejo testemunha o que penso. Se eu não pensasse, não existiria, porque vida é pensamento. Que eu olhe para o mundo que vejo como a representação de meu próprio estado de espírito. Sei que meu estado de espírito pode mudar. E, por isso, sei também que o mundo que vejo pode mudar do mesmo modo.

3. (18) Não estou sozinho ao experimentar os efeitos de meu modo de ver.

Se não tenho nenhum pensamento privado, não posso ver um mundo privado. Até mesmo a ideia louca de separação teve de ser compartilhada antes de poder dar forma à base do mundo que vejo. Contudo, esse compartilhar foi um compartilhar do nada. Eu também posso apelar a meus pensamentos verdadeiros, que compartilham tudo com todos. Uma vez que meus pensamentos de separação convocam os pensamentos de separação dos outros, meus pensamentos verdadeiros também despertam os pensamentos verdadeiros neles. E o mundo que meus pensamentos verdadeiros me mostram depontará tanto na sua vista quanto na minha.

4. (18) Não estou sozinho ao experimentar os efeitos de meus pensamentos.

Não estou sozinho em nada. Tudo o que penso, ou digo, ou faço ensina a todo o universo. Um Filho de Deus não pode pensar ou falar ou agir à toa. Ele não pode estar sozinho em coisa alguma. Por isso, está ao meu alcance mudar todas as mentes junto com a minha, porque o poder de Deus me pertence.

5. (20) Eu estou decidido a ver.

Reconhecendo a natureza fracionada de meus pensamentos, estou decidido a ver. Quero olhar para as testemunhas que me mostram que o modo de pensar do mundo mudou. Quero ver a prova de que aquilo que foi realizado por meu intermédio capacitou o amor a substituir o medo, o riso a substituir as lágrimas e a abundância a substituir a perda. Quero olhar para o mundo verdadeiro e deixar que ele me ensine que minha vontade e a Vontade de Deus são uma só.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (3)

LIÇÃO 53

Hoje revisaremos o seguinte:

1. (11) Meus pensamentos sem significado me mostram um mundo sem significado.

Já que os pensamentos dos quais estou ciente não significam nada, o mundo que os retrata não pode ter nenhum significado. O que produz este mundo é insano e o que ele produz também é. A realidade não é insana e eu tenho tanto pensamentos reais quanto pensamentos insanos. Por isso eu posso ver um mundo real, se confiar em meus pensamentos reais como guia para a visão.

2. (12) Eu estou transtornado porque vejo um mundo sem significado.

Pensamentos loucos são perturbadores. Ele produzem um mundo no qual não há nenhuma ordem em lugar algum. Somente o caos governa um mundo que representa um modo de pensar caótico, e o caos não tem nenhuma lei. Não posso viver em paz em tal mundo. Eu me sinto grato porque este mundo não é verdadeiro e porque não preciso vê-lo a menos que escolha dar valor a ele. E não escolho dar valor àquilo que é totalmente insano e não tem nenhum significado.

3. (13) Um mundo sem significado gera medo.

O totalmente insano gera medo porque é completamente inseguro e não oferece nenhuma base para a confiança. Nada é seguro na loucura. Ela não oferece nenhuma segurança e nenhuma esperança. Mas tal mundo não é verdadeiro. Eu lhe dou a ilusão de realidade e sofro em função da minha crença nele. Agora escolho retirar esta crença e colocar minha confiança na realidade. Ao escolher isto, escaparei dos efeitos do mundo de medo, porque estou reconhecendo que ele não existe.

4. (14) Deus não criou um mundo sem significado.

Como pode existir um mundo sem significado, se Deus não o criou? Ele é a Fonte de todo o significado e tudo o que é verdadeiro está na Mente d'Ele. Está em minha mente também, porque Ele o criou comigo. Por que eu deveria continuar a sofrer os efeitos de meus próprios pensamentos insanos, se meu lar é a perfeição da criação? Que eu me lembre do poder de minha decisão e reconheça o lugar onde, de fato, habito.

5. (15) Meus pensamentos são imagens que faço.

Tudo o que vejo reflete meus pensamentos. São meus pensamentos que me dizem onde estou e o que sou. O fato de eu ver um mundo no qual o sofrimento, a perda e a morte existem me mostram que estou vendo apenas a respresentação de meus pensamentos insanos e que não estou permitindo que meus pensamentos verdadeiros distribuam sua luz generosa sobre o que vejo. O caminho de Deus é seguro, porém. As imagens que faço não podem predominar sobre Ele, porque não é minha vontade que o façam. Minha vontade é a d'Ele e não colocarei outros deuses diante d'Ele.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (2)

LIÇÃO 52

A revisão de hoje abrange estas ideias:

1. (6) Eu estou transtornado porque vejo o que não existe.

A realidade nunca é assustadora. É impossível que ela possa me transtornar. A realidade só traz a paz perfeita. Quando estou transtornado, é sempre porque substituí a realidade por ilusões que inventei. As ilusões são perturbadoras porque lhes dou realidade e, deste modo, considero a realidade uma ilusão. Nada na criação de Deus, de nenhuma forma, se deixa abalar por esta minha confusão. Eu sempre estou transtornado por nada.

2. (7) Eu só vejo o passado.

Ao olhar a minha volta, condeno o mundo para o qual eu olho. Chamo a isto de ver. Utilizo o passado contra todos e contra tudo, transformando-os em meus inimigos. Quando eu me perdoar e me lembrar de Quem sou, abençoarei a todos e a tudo o que vir. Não haverá passado e, por isso, nenhum inimigo. E olharei com amor para tudo o que deixei de ver antes.

3. (8) Minha mente está preocupada com pensamentos passados.

Eu só vejo meus próprios pensamentos e minha mente está preocupada com o passado. O que, então, posso ver tal como é? Que eu me lembre de que olho para o passado a fim de impedir que o presente desponte em minha mente. Que eu compreenda que estou tentando usar o tempo contra Deus. Que eu aprenda a entregar o passado, percebendo claramente que, ao fazê-lo, não estou desistindo de nada.

4. (9) Eu não vejo nada tal como é agora.

Se eu não vejo nada tal como é agora, pode-se verdadeiramente dizer que não vejo nada. Eu só posso ver o que existe agora. A escolha não está entre ver o passado ou o presente; a escolha está simplesmente entre ver ou não. Aquilo que escolhi ver me custou a visão. Agora quero escolher outra vez a fim de poder ver.

5. (10) Meus pensamentos não significam coisa alguma.

Eu não tenho nenhum pensamento privado. No entanto, é apenas de pensamentos privados de que estou ciente. O que estes pensamentos podem significar? Eles não existem e, por isso, não significam nada. Contudo, minha mente é parte da criação e parte de seu Criador. Será que eu não prefiro me unir ao modo de pensar do universo a esconder tudo o que, de fato, é meu com meus pensamentos "privados" lamentáveis e sem significado?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Revisando o aprendizado (1)

REVISÃO I*

Introdução

1. A partir de hoje, teremos uma série de períodos de revisão. Cada um deles abrangerá cinco ideias já apresentadas, começando com a primeira e terminando com a quinquagésima. Haverá alguns comentários curtos depois de cada uma das ideias a respeito dos quais deves refletir em tuas revisões. Nos períodos de prática, os exercícios devem ser feitos da forma indicada a seguir:

2. Começa o dia lendo as cinco ideias e os comentários incluídos. Depois disso não é necessário seguir nenhuma ordem particular para refletir sobre elas, embora cada uma deva ser praticada pelo menos uma vez. Dedica dois minutos ou mais a cada período de prática, pensando a respeito da ideia e dos comentários relativos a ela depois de lê-los. Faze isso com a maior frequência possível durante o dia. Se qualquer uma das ideias te atrair mais do que as outras, concentra-te naquela. Ao final do dia, porém, certifica-te de revisar todas elas mais uma vez.

3. Não é necessário abordar nem de forma literal ou minuciosa os comentários que se seguem a cada ideia nos períodos de prática. Tenta, em vez disso, enfatizar o ponto central e pensa nele como parte de tua revisão da ideia à qual ele se relaciona. Depois de leres a ideia e os comentários relacionados a ela, os exercícios devem ser feitos, se possível, de olhos fechados e quando estiveres sozinho em um lugar tranquilo.

4. Enfatiza-se isto para os períodos de prática em teu estado atual de aprendizado. Contudo, será necessário que aprendas a não precisar de nenhum cenário especial no qual aplicar o que aprendes. Vais necessitar de teu aprendizado principalmente em situações que parecem ser perturbadoras, mais do que naquelas que já parecem ser calmas e tranquilas. O objetivo de teu aprendizado é te capacitar a carregares a serenidade contigo e a curar a aflição e o tumulto. Não se faz isto evitando-os e buscando um refúgio de isolamento para ti mesmo.

5. Tu ainda vais aprender que a paz é parte de ti e só pede que estejas presente para envolver qualquer situação em que te encontrares. E, por fim, aprenderás que não há nenhum limite em relação ao lugar onde te encontras, de modo que tua paz está em todos os lugares do mesmo modo que tu.

6. Vais perceber que, para os objetivos da revisão, algumas das ideias não são dadas exatamente em sua forma original. Usa-as como são dadas aqui. Não é necessário voltar às declarações originais nem aplicar as ideias da forma sugerida então. Agora estamos enfatizando as relações entre as primeiras cinquenta ideias que abordamos e a lógica do sistema de pensamento ao qual elas te conduzem.

LIÇÃO 51

A revisão para o dia de hoje abrange as seguintes ideias:

1. (1) Nada do que vejo significa coisa alguma.

A razão para isto ser verdade é que eu vejo o nada e o nada não tem nenhum significado. É necessário que eu reconheça isto, para eu poder aprender a ver. O que penso ver agora ocupa o lugar da visão. Eu tenho de abandoná-lo percebendo claramente que isto não tem nenhum significado, a fim de que a visão possa assumir seu lugar.

2. (2) Dou ao que vejo todo o significado que tem para mim.

Julgo todas as coisas que vejo, e é isto, e apenas isto, que vejo. Isto não é visão. É simplesmente uma ilusão de realidade, porque meus julgamentos são feitos de modo bem separado da realidade. Estou disposto a reconhecer a falta de legitimidade em meus julgamentos, porque quero ver. Meus julgamentos me ferem e eu não quero ver em consonância com eles.

3. (3) Eu não compreendo nada do que vejo.

Como eu poderia compreender o que vejo se o julgo errado? O que vejo é a projeção de meus próprios erros de pensamento. Não compreendo o que vejo porque o que vejo não é compreensível. Não há sentido em tentar compreendê-lo. Mas existem inúmeras razões para abandonar isto e criar espaço para o que pode ser visto e compreendido e amado. Posso trocar o que vejo agora por isto simplesmente estando disposto a fazê-lo. Esta não é uma escolha melhor do que a que fiz antes?

4. (4) Estes pensamentos não significam coisa alguma.

Os pensamentos de que estou ciente não significam nada, porque estou tentando pensar sem Deus. Aquilo que chamo de "meus" pensamentos não são meus pensamentos verdadeiros. Meus pensamentos verdadeiros são os pensamentos que penso com Deus. Não estou consciente deles porque crio meus pensamentos para tomar o lugar deles. Estou disposto a reconhecer que meus pensamentos não significam nada e a abandoná-los. Escolho tê-los substituídos por aquilo que eles pretendiam substituir. Meus pensamentos são sem significado, mas toda a criação está nos pensamentos que penso com Deus.

5. (5) Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.

Nunca estou transtornado pela razão que imagino, porque estou constantemente tentando justificar meus pensamentos. Tento constantemente torná-los verdadeiros. Torno todas as coisas minhas inimigas a fim de que minha raiva seja justificada e meus ataques sejam autorizados. Não percebo claramente o quanto uso de modo equivocado todas as coisas que vejo por lhes conferir este papel. Faço isto para defender um sistema de pensamento que me fere e que não quero mais. Estou disposto a abandoná-lo.

* Não pretendo incluir nenhum comentário às lições durante o período de revisões, uma vez que o trabalho que há para se fazer a cada dia já é suficientemente claro e vai exigir bastante de cada um de nós. Queiram, por favor, incluir suas dúvidas, observações, perguntas e comentários no espaço que o blogue destina para tanto. Obrigado.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Se Deus é por nós, quem será contra?

LIÇÃO 50

É o Amor de Deus que me anima.

1. Eis aqui a resposta a todos os problemas com os quais te defrontarás hoje e amanhã e ao longo do tempo. Neste mundo, tu acreditas que tudo te dá forças, menos Deus. Colocas tua fé nos símbolos mais insignificantes e loucos; pílulas, dinheiro, roupa "de proteção", influência, prestígio, ser querido, conhecer as pessoas "certas" e uma infinidade de formas do nada às quais dotas de poderes mágicos.

2. Todas estas coisas são teus substitutos para o Amor de Deus. Todas estas coisas são alimentadas para assegurar uma identificação com o corpo. Elas são cantos de louvor ao ego. Não ponhas tua fé naquilo que é inútil. Ele não te dará forças.

3. Só o Amor de Deus te protegerá em todas as circunstâncias. Ele te elevará acima de todas as provações e te erguerá bem alto, acima de tudo o que se considera serem os perigos deste mundo, na direção de um clima de paz e segurança perfeitas. Ele te transportará a um estado de espírito que nada pode ameaçar, nada pode perturbar e no qual nada pode se intrometer na serenidade eterna do Filho de Deus.

4. Não ponhas tua fé em ilusões. Elas te abandonarão. Põe toda a tua fé no Amor de Deus dentro de ti; eterno, imutável e infalível para sempre. Esta é a resposta para qualquer coisa que enfrentares hoje. Por meio do Amor de Deus em ti podes resolver todas as aparentes dificuldades sem esforço e com confiança infalível. Dize isto a ti mesmo com frequência hoje. É uma declaraão de libertação de tua crença em ídolos. É teu reconhecimento da verdade a teu próprio respeito.

5. Por dez minutos, duas vezes hoje, pela manhã e à noite, deixa a ideia para hoje mergulhar profundamente em tua consciência. Repete-a, pensa a respeito dela, deixa que ideias afins venham te ajudar a reconhecer sua verdade, e permite que a paz flua sobre ti como um manto de proteção e segurança. Não deixes que nenhum pensamento inútil e tolo entre para perturbar a mente santa do Filho de Deus. Assim é o Reino do Céu. Assim é o local de repouso em que teu Pai te colocou para sempre.

*

COMENTÁRIO:

Neste dia 19 de fevereiro chegamos à lição de número 50 e vamos, a partir de amanhã, começar o primeiro período de revisão, em que vamos nos dedicar a lembrar e a relembrar de cada uma das 50 primeiras ideias que o Curso nos oferece como forma de limpar a mente dos ensinamentos equivocados do ego, isto é, de desaprender o que o mundo nos ensinou e busca ensinar com o objetivo de perpetuar nossa crença na ilusão, na separação.

Atentemos, pois, para praticar com fé, na certeza de que as práticas vão nos levar a alcançar os objetivos com que nos comprometemos ao aceitar as orientações do Espírito Santo de fazer os exercícios diariamente. A ideia para as práticas de hoje traz em si aquilo de que falei outro dia, ao me referir ao adesivo "Deus é fiel". É nisto, e apenas nisto, que precisamos aprender a acreditar. Pois, se tivermos consciência da fidelidade de Deus, nunca mais teremos nada a temer, nenhuma ilusão jamais vai nos enganar e a paz e a alegria perfeitas estarão permanentemente ao nosso alcance. Alguém precisa mais do que isso?

Para encerrar com outro dito bastante conhecido, a respeito do qual também vale a pena refletir de modo mais demorado e profundo, a ideia de hoje, nos permite fazer a pergunta - Se Deus é por nós, quem será contra? -, certos de que a resposta para quem confia vai ser a de que nada nem ninguém tem qualquer poder para desafiar a força de Deus que nos anima.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Abrir espaço para a Voz por Deus

LIÇÃO 49

A Voz de Deus fala comigo durante todo o dia.

1. É bem possível escutar a Voz de Deus durante todo o dia sem interromper tuas atividades normais de modo algum. A parte de tua mente na qual a verdade habita está em comunicação permanente com Deus, quer estejas ciente disso quer não. É a outra parte da tua mente que atua no mundo e que obedece às leis do mundo. É esta parte que está constantemente distraída, desorganizada e é muito inconstante.

2. A parte que ouve a Voz por Deus é calma, está sempre em paz e é totalmente segura. Ela é, de fato, a única parte que existe. A outra parte é uma ilusão louca, frenética e perturbada, mas destituída de qualquer tipo de realidade. Tenta não dar ouvidos a ela. Tenta te identificar com a parte de tua mente em que a serenidade e a paz reinam para sempre. Tenta ouvir a Voz de Deus te chamar amorosamente, lembrando-te de que teu Criador não Se esqueceu de Seu Filho.

3. Hoje precisamos pelo menos quatro períodos de prática de cinco minutos, e mais, se possível. Tentaremos, de fato, ouvir a Voz de Deus fazendo-te lembrar d'Ele e de teu Ser. Vamos nos aproximar com confiança destes pensamentos que são os mais felizes e santos, sabendo que, ao fazê-lo, estamos unindo nossa vontade à Vontade de Deus. Ele quer que ouças Sua Voz. Ele A deu a ti para ser ouvida.

4. Escuta em profundo silêncio. Fica muito sereno e abre tua mente. Ultrapassa todos os guinchos estridentes e todas as fantasias doentias que encobrem teus pensamentos verdadeiros e escondem tua ligação eterna com Deus. Mergulha profundamente na paz que espera por ti além dos pensamentos frenéticos e desenfreados e das cenas e sons deste mundo louco. Tu não vives aqui. Estamos tentando alcançar teu lar verdadeiro. Estamos tentando alcançar o lugar aonde tu és verdadeiramente bem-vindo. Estamos tentando alcançar Deus.

5. Não te esqueças de repetir a ideia de hoje com muita frequência. Faze-o de olhos abertos quando necessário, mas fechados quando possível. E, sempre que puderes, certifica-te de te sentares tranquilamente e repetir a idea para hoje, fechando os olhos ao mundo e percebendo claramente que convidas a Voz de Deus a falar contigo.

*

COMENTÁRIO:

A lição 41 nos dizia que "é bem possível [e muito fácil] alcançar Deus", por ser isto "a coisa mais natural do mundo", ou melhor dizendo, "a única coisa natural no mundo". A ideia que praticamos neste dia 18 de fevereiro, do mesmo modo, afirma ser possível ouvir a Voz de Deus durante todo o dia, independente do que estivermos fazendo.

Para tanto, basta que busquemos colocar nossa atenção naquela parte de nossa mente que nunca se separou de Deus, aquela parte que é única que existe verdadeiramente. A única que é real e que não dá crédito à louca ilusão a que chamamos de mundo. E nem obedece a suas leis.

Basta, portanto, que nos calemos e busquemos criar um espaço de silêncio e calma no interior de nós mesmos, evitando quaisquer discussões ou conflitos com o que quer que seja. Para buscar estar presentes, abertos para a Voz por Deus em nós, para ouví-La e para sentir Sua Presença. Já que, no dizer de Peter Schellenbaum, o "Estar-Presente, pouco importando o que quer que tenha sido dito, pensado ou feito... elimina as contradições entre a felicidade e a infelicidade, o prazer e a dor, a vida e a morte". E nos devolve à alegria, que apaga e cura todas as ilusões.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O mundo não oferece nenhum perigo

LIÇÃO 48

Não há nada a temer.

1. A ideia para hoje simplesmente declara um fato. Não é um fato para aqueles que acreditam em ilusões, mas ilusões não são fatos. Na verdade, não há nada a temer. É muito fácil reconhecer isto. Mas, para aqueles que querem que as ilusões sejam verdadeiras, é muito difícil reconhecê-lo.

2. Os períodos de prática de hoje serão muito breves, muito simples e muito frequentes. Repete simplesmente a ideia tantas vezes quanto possível. Podes usá-la de olhos abertos a qualquer momento e em qualquer situação. Recomenda-se com veemência, porém, que reserves cerca de um minuto sempre que possível para fechar os olhos e repetir a ideia lentamente para ti mesmo várias vezes. É particularmente importante que utilizes a ideia imediatamente, se alguma coisa perturbar tua paz de espírito.

3. A presença do medo é um forte indício de que estás confiando em tua própria força. A consciência de que não há nada a temer demonstra que em algum lugar em tua mente, embora não necessariamente em um lugar que já reconheças, tu te lembraste de Deus e deixaste a força d'Ele tomar o lugar de tua fraqueza. No instante em que estiveres disposto a fazer isto, de fato, não há nada a temer.

*

COMENTÁRIO:

Quem neste mundo cheio de ilusões tem consciência de que "não há nada a temer" nunca? Todos os perigos que o mundo nos apresenta são apenas ilusões. Tudo aquilo em que se baseiam nossas formas de viver, nossos valores e nossas buscas pela felicidade não passam de auto-enganos a que nos induz o sistema de pensamento do ego. Pois, se pensarmos bem, há tantas formas de viver quanto seres humanos ou não-humanos neste mundo. Nenhuma é melhor do que qualquer outra. Nenhuma está totalmente fundamentada na verdade. Todas sofrem com a falta dela em algum momento. E todas estão coalhadas dos enganos que as ilusões provocam e dos perigos que as ilusões tentam vender.

A ideia da lição deste dia 17 de fevereiro, a quarta-feira de cinzas, é uma das mais importantes que o Curso nos oferece neste início das práticas do Livro de Exercícios, que objetivam a desfazer o modo com que vemos tudo agora, preparando-nos para a percepção verdadeira que a segunda parte do Livro dos Exercícios vai nos apresentar.

Pratiquemos, pois, com afinco, para aprender que não há nada que o mundo possa fazer que ofereça qualquer perigo ao Filho de Deus, que somos todos e cada um de nós.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Deixar-se envolver no Abraço Amoroso de Deus

LIÇÃO 47

Deus é a força na qual eu confio.

1. Se tua confias na tua própria força, tens todas as razões para ficar apreensivo, ansioso e amedrontado. O que podes prever ou controlar? O que há em ti com que se possa contar? O que te daria a capacidade de estar ciente de todas as características de qualquer problema e de resolvê-lo de tal modo que apenas o bem pudesse advir dele? O que há em ti que te dê o reconhecimento da solução correta e a garantia de que ela será alcançada?

2. Tu não podes fazer nenhuma destas coisas por ti mesmo. Acreditar que podes é colocar tua confiança onde a confiança não é justificada e confirmar o medo, a ansiedade, a depressão, a raiva e o pesar. Quem pode colocar sua fé na fraqueza e se sentir seguro? Mas quem pode colocar sua fé na força e se sentir fraco?

3. Deus é tua segurança em todas as circunstâncias. Sua Voz fala por Ele em todas as situações e em todos os aspectos de todas as situações, dizendo-te exatamente o que fazer para invocar Sua força e Sua proteção. Não há nenhuma exceção porque Deus não tem nenhuma exceção. E a Voz que fala por Ele pensa da mesma forma que Ele.

4. Hoje tentaremos ir além de tua própria fraqueza e alcançar a Fonte da força verdadeira. Quatro períodos de prática de cinco minutos são necessários hoje e insiste-se em períodos mais longos e frequentes. Fecha os olhos e começa, como de costume, pela repetição da ideia para o dia. Em seguida, passa um ou dois minutos em busca de situações às quais revestiste de medo em tua vida, descartando cada uma delas dizendo a ti mesmo:

Deus é a força na qual eu confio.

5. Tenta, agora, escapar de todas as preocupações relativas a tua percepção de falta de capacidade. É óbvio que qualquer situação que te cause preocupação está associada a sensações de falta de capacidade, pois, do contrário, acreditarias que podes lidar com a situação com sucesso. Não é acreditando em ti mesmo que vais adquirir confiança. Mas a força de Deus em ti é bem-sucedida em todas as coisas.

6. O reconhecimento de tua própria fragilidade é um passo necessário na correção de teus erros, mas raramente é um passo suficiente para te dar a confiança de que necessitas e à qual tens direito. Tu também tens de ganhar a consciência de que a confiança em tua força verdadeira é inteiramente justificada sob todos os aspectos e em todas as circunstâncias.

7. Na fase final do período de prática tenta ir fundo em tua mente para alcançar um lugar de segurança verdadeira. Tu reconhecerás que o alcançaste se experimentares uma sensação de paz profunda, ainda que breve. Abandona todas as coisas sem importâncias que se agitam e borbulham na superfície de tua mente, e desce mais para alcançar o Reino do Céu. Há um lugar em ti onde existe a paz perfeita. Há um lugar em ti onde a força de Deus habita.

8. Repete a ideia com frequência durante o dia. Utiliza-a como a tua resposta a qualquer inquietação. Lembra-te de que a paz é teu direito porque depositas tua confiança na força de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Um adesivo que é comum vermos hoje em dia em muitos dos carros que circulam pelas cidades do país tem estampada a seguinte frase: "Deus é fiel."

Muito poucas vezes, porém, acredito, nos damos ao trabalho de pensar, de refletir no significado desta frase. Acho que nem mesmo aqueles que a carregam em seus carros pensam de modo mais demorado e profundo na ideia que há por trás dela.

"Deus é fiel". Acho que é possível dizer que só Deus é fiel, ou que Deus é o Único fiel a Seus Compromissos, fiel a Sua Criação, a cada um de Seus Filhos e à Filiação toda. Ele é o Único que não nos abandona nunca e que mantém a Força de Seu Amor sempre à disposição de quem quer de nós que se volte para Ele em qualquer momento de sua vida.

Em outras palavras, parafraseando o dito de Mirdad citado em um dos comentários de uma lição recente, Deus é o único que Se dá por inteiro a toda a Filiação para todo o sempre. Basta confiar n'Ele, reconhecer nossas fraquezas e nos voltarmos para Ele para que Ele nos envolva e acolha em Seu Infinito Abraço Amoroso, de onde nunca saímos.

As práticas deste dia 16 de fevereiro, nesta terça-feira de carnaval, vão permitir que aprendamos a reconhecer isso. Tomara possamos aprender também a dar graças por tudo aquilo que Deus reserva a cada um de nós em todos os momentos de nossas vidas. É d'Ele que vem nossa força. É n'Ele que podemos confiar sempre. De fato, só "Deus é fiel".

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O perdão é a maior necessidade do mundo

LIÇÃO 46

Deus é o Amor no qual eu perdoo.

1. Deus não perdoa porque Ele nunca condena. E tem de haver condenação antes que o perdão seja necessário. O perdão é a grande necessidade deste mundo, mas isto porque ele é um mundo de ilusões. Aqueles que perdoam estão, deste modo, se liberando das ilusões, enquanto aqueles que negam o perdão estão se comprometendo com elas. Uma vez que só condenas a ti mesmo, tu também só perdoas a ti mesmo.

2. Contudo, embora Deus não perdoe, Seu Amor é, apesar de tudo, a base do perdão. O medo condena e o amor perdoa. Deste modo, o perdão desfaz o que o mundo produz, devolvendo a mente à consciência de Deus. Por esta razão, o perdão pode verdadeiramente ser chamado de salvação. É ele o meio pelo qual as ilusões desaparecem.

3. Os exercícios de hoje pedem, pelo menos, três períodos de cinco minutos completos e tantos períodos mais breves quantos possíveis. Começa os períodos de prática mais longos com a repetição da ideia para ti mesmo, como de costume. Fecha os olhos ao fazê-lo e passa um minuto ou dois examinando tua mente à procura daqueles a quem não perdoas. Não importa "o quanto" não os perdoas. Tu os perdoas inteiramente ou não os perdoas em absoluto.

4. Se estiveres fazendo bem os exercícios não deves ter nenhuma dificuldade para encontrar várias pessoas a quem não perdoas. Um critério seguro é o de que qualquer pessoa de quem não gostes é um sujeito adequado. Cita cada um pelo nome e dize:

Deus é o Amor no qual eu te perdoo, [nome].

5. O objetivo da primeira fase dos períodos de prática de hoje é te colocar em uma posição para perdoares a ti mesmo. Depois de aplicares a ideia a todos que te vieram à mente, dize a ti mesmo:

Deus é o Amor no qual eu me perdoo.

Em seguida, dedica o restante do período de prática a acrescentar ideias afins tais como:

Deus é o Amor com o qual amo a mim mesmo.
Deus é o Amor no qual sou abençoado.

6. A forma da aplicação pode variar consideravelmente, mas não se deve perder de vista a ideia central. Poderias dizer, por exemplo:

Eu não posso ser culpado porque sou um Filho de Deus.
Eu já estou perdoado.
Nenhum medo é possível em uma mente amada por Deus.
Não há nenhuma necessidade de atacar porque o amor me perdoa.

O período de prática deve terminar, porém, com uma repetição da ideia de hoje conforme sua declaração original.

7. Os períodos de prática mais breves podem consistir tanto em uma repetição da ideia na forma original quanto em uma forma afim, conforme preferires. Certifica-te, no entanto, de fazer aplicações mais específicas, se necessário. Elas serão necessárias a qualquer momento, durante o dia, em que ficares ciente de qualquer tipo de reação negativa a qualquer pessoa, presente ou não. Neste caso, dize-lhe em silêncio:

Deus é o Amor no qual eu te perdoo.

*

COMENTÁRIO:

O perdão é a maior necessidade do mundo, porque tudo o que o mundo nos ensina a fazer é condenar, comparar e julgar. É claro que tudo isso só acontece na ilusão. Mas durante a maior parte do tempo estamos por demais imersos na ilusão para nos apercebermos disso com clareza. Só quando, nalgum instante de nossas vidas, passamos por uma experiência de silêncio, de beleza, de dor profunda ou por um trauma qualquer, paramos para pensar e, com sorte, vislumbramos um mundo diferente deste que a ilusão nos apresenta. Um mundo perdoado.

Os exercícios com a ideia deste dia 15 de fevereiro visam a nos pôr em contato com esse mundo. Ao nos ensinar a perdoar o mundo, e a tudo e a todos nele, a partir do Amor de Deus, as práticas podem nos levar mais perto da experiência que o perdão oferece a todos que já aprenderam a perdoar. Uma experiência de um mundo de calma, de tranquilidade, de serenidade e de paz.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Existe apenas uma Mente

LIÇÃO 45

Deus é a Mente com a qual eu penso.

1. A ideia de hoje contém a chave para o que teus pensamentos verdadeiros são. Eles não são nada do que pensas que pensas, do mesmo modo que nada do que pensas ver está relacionado à visão de nenhuma forma. Não há nenhuma relação entre o que é verdadeiro e o que pensas ser verdadeiro. Nada do que pensas serem teus pensamentos verdadeiros se assemelha a teus pensamentos verdadeiros em nenhum aspecto. Nada do que pensas ver tem qualquer semelhança com aquilo que a visão te mostrará.

2. Tu pensas com a Mente de Deus. Por isso, compartilhas teus pensamentos com Ele, do mesmo modo que Ele compartilha os d'Ele contigo. Eles são os mesmos pensamentos, porque é a mesma Mente que os pensa. Compartilhar é tornar igual, ou tornar um só. Os pensamentos que pensas com a Mente de Deus também não deixam tua mente, porque pensamentos não deixam sua fonte. Por isso, teus pensamentos estão na Mente de Deus, do mesmo modo que tu estás. Eles também estão em tua mente, aonde Ele está. Uma vez que és parte da Mente d'Ele, teus pensamentos também são parte da Mente d'Ele.

3. Onde, então, estão teus pensamentos verdadeiros? Hoje tentaremos alcançá-los. Teremos de procurá-los em tua mente, porque é aí que eles estão. Eles ainda têm de estar aí, porque não podem deixar sua fonte. Aquilo que a Mente de Deus pensa é eterno, por ser parte da criação.

4. Nossos três períodos de prática de cinco minutos para hoje terão a mesma forma geral que utilizamos para aplicar a ideia de ontem. Experimentaremos abandonar o irreal e buscar o real. Negaremos o mundo em favor da verdade. Não permitiremos que os pensamentos do mundo nos detenham. Não deixaremos que as crenças do mundo nos digam que o que Deus quer que façamos é impossível. Ao contrário, tentaremos reconhecer que somente aquilo que Deus quer que façamos é possível.

5. Também vamos tentar compreender que só aquilo que Deus quer que façamos é o que queremos fazer. E também tentaremos nos lembrar de que não podemos deixar de fazer aquilo que Ele quer que façamos. Tudo nos leva a nos sentirmos confiantes de que seremos bem-sucedidos hoje. É esta a Vontade de Deus.

6. Começa os exercícios para hoje pela repetição da ideia para ti mesmo, fechando os olhos ao fazê-lo. Em seguida, passa um período relativamente breve pensando acerca de alguns poucos de teus próprios pensamentos que tenham relação com a ideia, mantendo-a em mente. Depois de acrescentares quatro ou cinco de teus próprios pensamentos à ideia, repete-a mais uma vez e dize a ti mesmo silenciosamente:

Meus pensamentos verdadeiros estão em minha mente.
Eu gostaria de achá-los.

Tenta, então, ir além de todos os pensamentos irreais que escondem a verdade em tua mente para alcançar o eterno.

7. Os pensamentos que pensaste com Deus no princípio estão sob todos os pensamentos sem sentido e as ideias loucas com as quais entulhaste tua mente. Eles estão aí em tua mente agora, completamente imutáveis. Eles sempre vão estar em tua mente exatamente como sempre estiveram. Tudo o que pensas desde então mudará, mas a Base sobre a qual isto se funda é totalmente imutável.

8. É na direção desta Base que os exercícios de hoje se orientam. Nela tua mente está unida à Mente de Deus. Nela todos os teus pensamentos são um só com os d'Ele. Para este tipo de prática é necessário apenas uma coisa: que te aproximes dela como te aproximarias de um altar dedicado a Deus, o Pai, e a Deus, o Filho, no Céu. Pois é este o lugar que tentas alcançar. É provável que ainda não sejas capaz de perceber claramente quão alto estás tentando ir. No entanto, mesmo com a pouca compreensão que já adquiriste, deves ser capaz de te lembrar de que isto não é nenhuma brincadeira à toa, mas um exercício em santidade e uma tentativa de alcançar o Reino do Céu.

9. Nos períodos dos exercícios mais breves para hoje, tenta lembrar quão importante é para ti compreender a santidade da mente que pensa com Deus. Reserva um minuto ou dois, enquanto repetes a ideia ao longo do dia, para refletir a respeito da santidade de tua mente. Por mais breve que seja, afasta-te de todos os pensamentos indignos d'Aquele de Quem és o anfitrião. E agradece a Ele pelos pensamentos que Ele está tendo contigo.

*

COMENTÁRIO:

Como vimos nas primeiras lições deste Curso, aquilo que pensamos ser nossos pensamentos não significam nada e nada do que pensamos ver se nos mostra com seu significado verdadeiro na aparência que enxergamos. Isto é, com os olhos do corpo, no mundo, vemos apenas a ilusão porque é apenas dela que o mundo se alimenta. É apenas a ilusão que o mundo nos ensina a valorizar, a preservar e a construir. A ilusão é tudo o que o mundo quer perpetuar. Mas a ilusão não nos satisfaz, porque em nosso íntimo vive um anseio que a ilusão não pode satisfazer.

As práticas deste dia 14 de fevereiro certamente vão nos devolver ao caminho certo, porque vão uma vez mais nos ensinar a abrir espaço em nós mesmos e em nossa mente para encontrar os verdadeiros pensamentos que nos animam. Os pensamentos que podem nos dar a visão. Os pensamentos que pensamos com Deus. Vamos, hoje, começar de novo nossa caminhada na direção do reconhecimento de que existe apenas uma Mente, A que compartilhamos com Deus. Isso, com certeza, vai nos devolver ao que somos na verdade. Mesmo que por breves momentos. Mas vai servir de estímulo e incentivo para que continuemos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A luz do mundo é uma forma de escuridão

LIÇÃO 44

Deus é a luz na qual eu vejo.

1. Hoje estendemos a ideia de ontem acrescentando-lhe outra dimensão. Tu não podes ver no escuro e não podes criar luz. Tu podes fazer a escuridão e, então, pensar que vês nela, mas luz reflete vida e é, por isso, um aspecto da criação. A criação e as trevas não podem coexistir, mas luz e vida têm de estar em harmonia, por serem apenas aspectos diferentes da criação.

2. A fim de veres, tens de reconhecer que a luz está dentro, não fora. Tu não vês fora de ti mesmo; tampouco está fora de ti a capacidade para ver. Uma parte essencial desta capacidade é a luz que torna possível ver. Ela está sempre contigo, tornando a visão possível em todas as circunstâncias.

3. Hoje vamos tentar alcançar essa luz. Para este fim, usaremos uma forma de exercício sugerida antes, e que utilizaremos cada vez mais. É uma forma particularmente difícil para a mente indisciplinada e representa uma das metas mais importantes do treinamento da mente. Ele exige precisamente aquilo que falta para a mente não-treinada. Mas este treinamento tem de ser bem-sucedido, se for para veres.

4. Faze pelo menos três períodos de prática hoje, cada um com três a cinco minutos. Recomenda-se muito um tempo maior, mas só se achares que o tempo passa com pouca ou nenhuma sensação de esforço. A forma de prática que utilizaremos hoje é a mais natural e fácil do mundo para a mente disciplinada, exatamente do mesmo modo que parece ser a mais estranha e difícil para a mente sem treino.

5. Tua mente não é mais totalmente sem treino. Estás bastante preparado para aprender a forma de exercícios que usaremos hoje, mas é possível que descubras que vais encontrar forte resistência. A razão é muito simples. Enquanto praticares deste modo, deixarás para trás tudo aquilo em que acreditas agora, e todos os pensamentos que inventaste. Na verdade, isto é a liberação do inferno. Entretanto, aos olhos do ego, é perda de identidade e uma descida ao inferno.

6. Se puderes te afastar do caminho do ego, por pouco que seja, não terás nenhuma dificuldade para reconhecer que sua contrariedade e seus medos não têm significado. Podes achar proveitoso, de vez em quando, lembrar-te de que alcançar a luz é escapar das trevas, apesar de qualquer coisa que possas acreditar em contrário. Deus é a luz na qual vês. Estás tentando alcançá-Lo.

7. Começa o período de prática repetindo a ideia de hoje com os olhos abertos e fecha-os lentamente, repetindo a ideia várias vezes mais. Tenta, em seguida, mergulhar na tua mente, abandonando qualquer tipo de intromissão e intrusão, aprofundando-te serenamente além delas. Tua mente não pode ser impedida disso, a menos que tu escolhas impedí-la. Ela está apenas seguindo seu curso natural. Tenta observar os pensamentos que passam sem envolvimento e passa por eles calmamente.

8. Embora não se recomende nenhuma abordagem particular para esta forma de exercício, o que é indispensável é uma percepção da importância do que fazes; seu valor inestimável para ti; e uma consciência de que estás te aventurando em algo verdadeiramente santo. A salvação é a tua realização mais feliz. Ela também é a única que tem qualquer significado, porque é absolutamente a única que tem qualquer utilidade verdadeira para ti.

9. Se surgir resistência, de qualquer forma, faze um intervalo longo o suficiente para repetir a ideia de hoje, mantendo os olhos fechados, a menos que fiques ciente de medo. Neste caso, é provável que aches mais tranquilizador abrir brevemente os olhos. Tenta, porém, voltar aos exercícos com os olhos fechados assim que possível.

10. Se estiveres fazendo os exercícios corretamente, deves experimentar uma sensação de relaxamento, e até mesmo um sentimento de que estás te aproximando, se não, de fato, entrando na luz. Tenta pensar em luz sem forma e sem limite, ao passares pelos pensamentos deste mundo. E não te esqueças de que eles não podem te prender ao mundo, a menos que tu lhes dês o poder para fazê-lo.

11. Repete a ideia muitas vezes ao longo do dia, de olhos abertos ou fechados, conforme te parecer melhor no momento. Mas não te esqueças. Acima de tudo, decide-te a não esquecer hoje.

*

COMENTÁRIO:

Vivemos no escuro, apesar da luz que aparentemente nos oferece o mundo. Porque o mundo, e sua luz, é também uma forma de escuridão, na qual mergulhamos cada vez mais desde o nosso nascimento na forma. Desde quando escolhemos vir ao mundo, acreditando que ao fazê-lo nos separamos da Fonte de toda a Luz Verdadeira. Da Única Fonte de Luz Que existe.

Não podemos, de fato, nos separar de Deus. E, conforme o Curso ensina, nunca houve um momento em que a separação aconteceu. Como já disse algumas vezes, também a partir do ensinamento do UCEM, vivemos em Deus e nos movemos n'Ele e, por consequência, é só em Sua Luz que podemos ver. Isto é, só poderemos ver, de verdade, quando abandonarmos a crença na separação de uma vez por todas e dirigirmos a tudo e a todos aquele nosso olhar que bebe na fonte da luz divina do Ser de Luz que mora em nós, do qual nunca nos afastamos e que nunca se afastou de nós.

As práticas deste dia 13 de fevereiro vão nos devolver ao caminho da Luz, lembrando-nos de que é na Luz de Deus que podemos ver verdadeiramente. E que a Luz d'Ele está sempre em nós. Às práticas, pois.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vivemos em Deus e nos movemos n'Ele

LIÇÃO 43
Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso ver.
1. Percepção não é uma característica de Deus. A Ele pertence o reino do conhecimento. No entanto, Ele criou o Espírito Santo como o Mediador entre percepção e conhecimento. Sem esta ligação com Deus, a percepção substituiria o conhecimento para sempre em tua mente. Com esta ligação com Deus, a percepção se tornará tão mudada e purificada que conduzirá ao conhecimento. Esta é a função dela tal como o Espírito Santo a vê.

2. Em Deus não podes ver. A percepçao não tem nenhuma função em Deus e não existe. Porém, na salvação, que é o desfazer do que nunca existiu, a percepção tem um propósito poderoso. Feita pelo Filho de Deus para um propósito não-santo, ela tem de se tornar o meio para o restabelecimento de sua santidade em sua consciência. A percepção não tem nenhum significado. No entanto, o Espírito Santo lhe dá um significado muito próximo ao de Deus. A percepção curada vem a ser o meio pelo qual o Filho de Deus perdoa seu irmão e, deste modo, perdoa a si mesmo.

3. Separado de Deus, tu não podes ver porque não podes existir separado de Deus. Tudo o que fazes fazes n'Ele, porque tudo o que pensas tu pensas com a Mente d'Ele. Se a visão for verdadeira, e ela é verdadeira na medida em que compartilha o propósito do Espírito Santo, então, tu não podes ver separado de Deus.

4. Pede-se três períodos de prática de cinco minutos hoje; um, o mais cedo possível, e outro, o mais tarde possível no dia. Podes empreender o terceiro no momento mais conveniente e oportuno que as circunstâncias e a disposição permitirem. No começo destes períodos de prática, repete para ti mesmo a ideia para hoje de olhos abertos. Depois, olha a tua volta por um breve momento, e aplica a ideia especificamente ao que vires. Quatro ou cinco sujeitos são suficientes para esta fase do período de prática. Poderias dizer, por exemplo:

Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso ver esta escrivaninha.
Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso ver aquele retrato.


5. Embora esta parte do período de exercícios deva ser relativamente breve, certifica-te de que escolhes os sujeitos para esta fase da prática de forma indistinta, sem inclusão ou exclusão auto-determinadas. Para a segunda fase, mais longa, fecha os olhos, repete a ideia de hoje mais uma vez e, então, deixa que quaisquer pensamentos afins que te ocorrerem contribuam com a ideia a tua própria maneira pessoal. Pensamentos tais como:

Eu vejo pelos olhos do perdão.
Eu vejo o mundo como abençoado.
O mundo pode me mostrar a mim mesmo.
Eu vejo meus próprios pensamentos, que são como os de Deus.

Qualquer pensamento relacionado de forma mais ou menos direta com a ideia de hoje é adequado. Os pensamentos não precisam ter nenhuma relação óbvia com a ideia, mas não devem ser contrários a ela.

6. Se achares que tua mente divaga; se começares a perceber pensamentos que estejam claramente em desacordo com a ideia de hoje, ou se parecer que não és capaz de pensar em nada, abre os olhos, repete a primeira fase do exercícios e, em seguida, tenta a segunda fase mais uma vez. Não permitas a ocorrência de nenhum período longo em que fiques preocupado com pensamentos inoportunos. Volta à primeira fase do exercício tantas vezes quantas forem necessárias para impedir isso.

7. Na aplicação da ideia de hoje nos períodos breves de prática, a forma pode variar de acordo com as circunstâncias e situações em que te encontrares durante o dia. Quando estiveres com alguém, por exemplo, tenta te lembrar de lhe dizer silenciosamente:

Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso te ver.
Esta forma tanto é aplicável a estranhos quanto àqueles que pensas serem mais próximos de ti. De fato, tenta não fazer distinções deste tipo de modo algum.

8. A ideia de hoje também deve ser aplicada, ao longo do dia, a várias situações e acontecimentos que possam se apresentar, particularmente àqueles que pareçam te afligir de algum modo. Para este fim, aplica a ideia desta forma:

Deus é minha Fonte. Separado d'Ele, não posso ver isto.

9. Se, no momento, nenhum sujeito particular se apresentar a tua consciência, simplesmente repete a ideia em sua forma original. Tenta, hoje, não permitir que se passem quaisquer períodos longos de tempo sem te lembrares da ideia de hoje e, deste modo, te lembrares de tua função.


*

COMENTÁRIO:
Se a visão, conforme vimos na lição de ontem, é a dádiva de Deus para cada um de nós e se é d'Ele que recebemos toda a nossa força, não há como duvidar de que Ele é nossa Fonte. Não há como duvidar da afirmação do Curso, segundo a qual pensamentos não deixam sua fonte. Uma vez que, na Unidade com Deus, somos todos um, precisamos acreditar que Ele é indivisível e que ao nos dotar da visão Ele não nos abandonou e nem se separou de nós. Ao contrário, apesar do que podemos acreditar em função do que o mundo nos ensina, vivemos em Deus e nos movemos n'Ele. Assim, podemos praticar a ideia deste dia 12 de fevereiro com toda a convicção de que somos capazes, pois ela vai nos dar a certeza de que nunca nos separamos de Deus, não estamos separados e nunca poderemos nos separar d'Ele. Não importa o que nos ensine o ego. Não importa o que o mundo nos queira ensinar.
Pratiquemos, pois!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Reconhecer nas dádivas nossa herança

LIÇÃO 42

Deus é minha força. A visão é Sua dádiva.

1. A ideia para hoje combina dois pensamentos muito poderosos, ambos de importância vital. Ela também demonstra uma relação de causa e efeito que explica a razão pela qual não podes fracassar em teus esforços para alcançar a meta do curso. Tu verás porque é a Vontade de Deus. É a força d'Ele, não a tua, que te dá poder. E é a dádiva d'Ele, em lugar de tua própria, que te oferece a visão.

2. Deus é, de fato, tua força e o que Ele dá é dado verdadeiramente. Isto significa que podes recebê-lo a qualquer momento, em qualquer lugar, aonde quer que estejas e em qualquer circunstância em que te encontrares. Tua passagem pelo tempo e pelo espaço não é fruto do acaso. Tu não podes senão estar no lugar certo, no momento certo. Assim é a força de Deus. Assim são Suas dádivas.

3. Hoje teremos dois períodos de prática de três a cinco minutos, um assim que possível depois de acordares e outro tão próximo quanto possível da hora em que fores dormir. É melhor, porém, esperar até que possas te sentar tranquilamente sozinho, em um momento em que te sintas preparado, do que te preocupares com a hora da prática em si.

4. Começa estes períodos de prática com a repetição da ideia para hoje lentamente, de olhos abertos, olhando ao teu redor. Em seguida, fecha os olhos e repete a ideia outra vez, ainda mais devagar do que antes. Depois disso, tenta não pensar em nada, a não ser nos pensamentos relacionados com a ideia para o dia que te ocorrerem. Poderias pensar, por exemplo:

A visão tem de ser possível. Deus dá verdadeiramente.

ou:

As dádivas de Deus têm de ser minhas, porque Ele as deu a mim.

5. Qualquer pensamento claramente relacionado à ideia para hoje é adequado. Podes, de fato, ficar bastante surpreso com o tamanho da compreensão a respeito do curso que alguns de teus pensamentos contêm. Deixa-os virem sem censura, a menos que aches que tua mente está apenas divagando e que deixaste pensamentos obviamente inoportunos se intrometerem. É possível também que chegues a um ponto em que absolutamente nenhum pensamento pareça vir a tua mente. Se tais intromissões ocorrerem, abre os olhos e repete o pensamento mais uma vez enquanto olhas lentamente a tua volta; fecha os olhos, repete a ideia uma vez mais e, então, continua a buscar em tua mente os pensamentos relacionados a ela.

6. Lembra-te, contudo de que uma busca por pensamentos afins que exija muito esforço não é apropriada aos exercícios de hoje. Tenta apenas dar um passo atrás e permitir que os pensamentos venham. Se achares isto difícil, é melhor passar o período de prática alternando entre as repetições lentas da ideia de olhos abertos e de olhos fechados do que te esforçares para achar pensamentos adequados.

7. Não há nenhum limite para o número de períodos de prática breves que seriam benéficos hoje. A ideia para o dia é um passo inicial para reunir os pensamentos e para te ensinar que estás estudando um sistema de pensamento unificado ao qual nada de necessário está faltando e no qual não se inclui nada contraditório ou inoportuno.

8. Quanto mais vezes repetires a ideia durante o dia, tanto mais vezes lembrarás a ti memso de que a meta do curso é importante para ti e de que não te esqueces dela.

*

COMENTÁRIO:

Depois de aprender com as práticas de ontem que Deus vai comigo aonde eu for, nada melhor do que aprender que é d'Ele que vem minha força e que a dádiva que Ele reserva para mim é a visão, uma vez que ando cego e surdo pelo mundo, equivocado ao me perceber fraco e impotente.

É, no mínimo, reconfortante saber, mesmo que ainda não acreditemos nisso, que não há modo de fracassar em nossos esforços para alcançar a meta do Curso. A Vontade de Deus para nós é a visão, que Ele nos oferece tão logo nos voltemos para a busca de conhecer-nos e de conhecer a santidade que herdamos d'Ele.

Utilizando também a fonte à qual a Carmen se refere nos últimos dias [Obrigado pela indicação, Carmen, querida.], O Livro de Mirdad, cada um de nós precisa aprender a reconhecer que:

Deus não vos dotou de nenhuma fração de Si - pois Ele é indivisível; mas de toda a sua divindade, indivisível, impronunciável, Ele vos dotou a vós todos. A que maior herança podeis vós aspirar? E quem ou o que vos impede de vos apossardes dela senão a vossa própria timidez e cegueira?
As práticas deste dia 11 de fevereiro certamente vão nos orientar na direção do reconhecimento disso.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Deus está em todos os caminhos

LIÇÃO 41

Deus vai comigo aonde eu for.

1. Mais cedo ou mais tarde, a ideia de hoje superará por completo a sensação de solidão e abandono que todos os separados experimentam. Depressão é uma consequência inevitável da separação. Ansiedade, angústia, uma sensação de profundo desamparo, miséria, sofrimento e medo intenso de perda também são.

2. Os separados inventam muitas "curas" para o que acreditam serem "os males do mundo". Mas a única coisa que eles não fazem é questionar a realidade do problema. No entanto, seus efeitos não podem ser curados porque o problema não é real. A ideia para hoje tem o poder para pôr fim a toda essa tolice para sempre. E é tolice, apesar das formas perigosas e trágicas que pode tomar.

3. Tudo o que é perfeito está no mais íntimo de ti, pronto para se irradiar por meio de ti para o mundo. Isso vai curar todo o pesar, e a dor, e a perda, porque vai curar a mente que pensou que essas coisas fossem verdadeiras e sofreu em função de sua sujeição a elas.

4. Tu não podes ser privado nunca de tua santidade perfeita porque a Fonte dela vai contigo aonde fores. Tu não podes sofrer nunca porque a Fonte de toda a alegria vai contigo aonde fores. Tu não podes nunca estar só porque a Fonte de toda vida vai contigo aonde fores. Nada pode destruir tua paz de espírito porque Deus vai contigo aonde fores.

5. Compreendemos que não acredites em tudo isso. Como poderias, se a verdade está escondida no mais íntimo de ti, sob uma nuvem pesada de pensamentos insanos, impenetráveis e disfarçados, que representam, não obstante, tudo o que vês? Hoje faremos nossa primeira tentativa verdadeira de ultrapassar essa nuvem escura e pesada, e atravessá-la para chegar à luz que está além.

6. Hoje haverá apenas um período de prática longo. Pela manhã, se possível assim que levantares, senta tanquilamente durante três a cinco minutos, de olhos fechados. No início do período de prática, repete a ideia de hoje bem devagar. Em seguida, não faças nenhum esforço para pensar em nada. Tenta, em vez disso, obter uma sensação de te voltares para dentro, além de todos os pensamentos vãos do mundo. Tenta penetrar bem fundo em tua própria mente, mantendo-a livre de quaisquer pensamentos que possam distrair tua atenção.

7. Se achares útil, podes repetir a ideia de vez em quando. Mas, acima de tudo, tenta ir o mais fundo dentro de ti, longe do mundo e de todos os pensamentos tolos do mundo. Estás tentando ir além de todas essas coisas. Estás tentando abandonar as aparências e te aproximar da realidade.

8. É bem possível alcançar Deus. De fato, é bem fácil, porque é a coisa mais natural no mundo. Poder-se-ia até dizer que é a única coisa natural no mundo. O caminho se abrirá, se acreditares que é possível. Este exercícios pode trazer resultados muito surpreendentes, mesmo na primeira tentativa e, mais cedo ou mais tarde, ele é sempre bem-sucedido. Entraremos em mais detalhes acerca deste tipo de prática à medida que avançarmos. Mas ela nunca fracassará por completo, e é possível o sucesso imediato.

9. Usa a ideia de hoje com frequência durante todo o dia, repetindo-a bem devagar, de preferência de olhos fechados. Pensa no que dizes; no que as palavras significam. Concentra-te na santidade que elas pressupõem em ti; na companhia infalível que tens; na proteção total que te envolve.

10. De fato, podes te dar ao luxo de rir de pensamentos de medo, ao te lembrares de que Deus vai contigo aonde fores.

*

COMENTÁRIO:

A ideia da lição para este dia 10 de fevereiro me remeteu ao Salmo 138, que aprendi a partir de uma música que cantávamos nas celebrações da Igreja que frequentei há muitos anos. Na verdade, a música é inspirada no salmo e diz assim:

Tu me conheces quanto estou sentado/Tu me conheces quanto estou em pé/
Vês claramente quando estou andando/Quando repouso Tu também me vês/
Se pelas costas, sinto que me abranges/ Também de frente sei que me percebes/
Para ficar longe do Teu Espírito, o que farei aonde irei não sei.

Para onde irei? Para onde fugirei?/Se subo aos céus ou se me prostro no abismo,/
Eu Te encontro lá/Para onde irei?/ Para onde fugirei?/
Se estás no alto da montanha verdejante ou nos confins do mar.

Dá-me Tuas mãos, ó meu Senhor bendito/ Benditas sejam sempre as Tuas mãos/
Prova-me, Deus, e vê meus pensamentos/ Olha-me, Deus, e vê meu coração/
Livra-me, Deus, de todo mau caminho/ Quero viver, quero sorrir, cantar/
Pelo caminho da eternidade, Senhor terei toda a felicidade.

Para onde irei?...

Não há, pois, como fugir. Como diz a primeira frase da lição de hoje, mais cedo ou mais tarde, vamos nos render à ideia de que nunca nos separamos de Deus. Não há como estar separado d'Ele e viver. Mais dia, menos dia, vamos aprender que só alcançaremos a felicidade sonhada, no caminho da eternidade. E reconheceremos que Deus vai conosco aonde formos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A bênção da volta ao Céu

LIÇÃO 40

Eu sou abençoado como um Filho de Deus.

1. Hoje começaremos a reivindicar algumas das coisas felizes às quais tens direito por seres o que tu és. Não se pede períodos longos de prática hoje, mas são necessários períodos breves e muito frequentes. Seria muito desejável um a cada dez minutos e insiste-se que experimentes este horário e que sejas fiel a ele sempre que possível. Se esqueceres, tenta novamente. Se houver longas interrupções, tenta novamente. Sempre que lembrares, tenta novamente.

2. Não precisas fechar os olhos para os períodos de exercícios, embora seja provável que aches mais proveitoso se o fizeres. Contudo, pode ser que, durante o dia, te encontres em várias situações nas quais não seria possível fechar os olhos. Não percas um período de prática por causa disso. Tu podes praticar muito bem sob quaisquer circunstâncias, se quiseres de fato.

3. Os exercícos de hoje tomam pouco tempo e não exigem nenhum esforço. Repete a ideia para hoje e, em seguida, acrescenta várias das características que associas a ser um Filho de Deus, aplicando-as a ti mesmo. Um período de prática poderia, por exemplo, consistir no seguinte:

Eu sou abençoado como um Filho de Deus.
Eu sou feliz, sereno, amoroso e contente.

Outro poderia tomar esta forma:

Eu sou abençoado como um Filho de Deus.
Eu sou calmo, tranquilo, seguro e confiante.

Se só dispuseres de um período breve, será suficiente dizer a ti mesmo simplesmente que és abençoado como um Filho de Deus.

*

COMENTÁRIO:

Não é uma bênção entrar em contato com um ensinamento que busca facilitar que nos lembremos de quem verdadeiramente somos? Que busca nos pôr em contato com o divino em nós mesmos, do qual não podemos nos separar a não ser em pesadelos e sonhos insanos? E sem custo nenhum, a não ser o abandono de tudo aquilo que não serve para nada mesmo. Tudo aquilo que o mundo nos ensinou errado a nosso próprio respeito. E que apenas nos afasta do estado de alegria e da paz perfeitas em que Deus deseja que vivamos.

As práticas deste dia 9 de fevereiro, mesmo que por breves instantes, durante um dia inteiro, vão nos devolver ao Céu. Vão nos devolver à condição de filhos muito amados de um Pai Que nunca esquece de Seus Filhos, de quem nunca Se separou. Um Pai Que ama a todos igualmente, como se foram um só. O que é a mais absoluta verdade a respeito de cada um de nós.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Abandonar a culpa e ser "o aprendiz feliz"

LIÇÃO 39

Minha santidade é minha salvação.

1. Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela? Da mesma forma que o texto para o qual este livro de exercícios foi escrito, as ideias para os exercícios são muito simples, muito claras e totalmente inequívocas. Não estamos interessados em proezas intelectuais nem em jogos de lógica. Lidamos apenas com o verdadeiramente óbvio, que passa despercebido nas nuvens de complexidade nas quais pensas que pensas.

2. Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela? Isto não é difícil, certamente. A hesitação que podes sentir para responder não se deve à ambiguidade da pergunta. Mas tu acreditas que a culpa é o inferno? Se acreditasses, verias imediatamente o quanto o texto é direto e simples, e não precisarias absolutamente de um livro de exercícios. Ninguém precisa praticar para adquirir o que já é seu.

3. Já dissemos que tua salvação é a salvação do mundo. E qual é a novidade a respeito de tua própria salvação? Tu não podes dar aquilo que não tens. Um salvador tem de estar salvo. De que outro modo ele poderia ensinar a salvação? Os exercícios de hoje se aplicarão a ti, reconhecendo que tua salvação é vital para a salvação do mundo. Enquanto aplicas os exercícios ao teu mundo, todo o mundo é beneficiado.

4. Tua santidade é a resposta para todas as perguntas que já foram feitas, que estão sendo feitas agora, ou que serão feitas no futuro. Tua santidade significa o fim da culpa e, portanto, o fim do inferno. Tua santidade é a salvação do mundo e a tua própria. Como poderias tu, aquele a quem tua santidade pertence, ser excluído dela? Deus não conhece o imperfeito. É possível que Ele não conheça Seu Filho?

5. Insiste-se em cinco minutos completos para os quatro períodos mais longos de prática de hoje e se encoraja sessões de prática mais demoradas e frequentes. Se quiseres ultrapassar as solicitações mínimas, recomenda-se um número maior de sessões em lugar de sessões mais longas, embora se sugira ambas.

6. Começa o período de prática, como de costume, pela repetição da ideia para ti mesmo. Em seguida, de olhos fechados, descobre teus pensamentos não-amorosos em qualquer forma que se apresentem: inquietação, depressão, raiva, medo, angústia, insegurança e assim por diante. Seja qual for a forma que tomem, eles não são amorosos e são, portanto, amedrontadores. E é deles, então, que precisas ser salvo.

7. Situações específicas, acontecimentos ou pessoas que associas a qualquer tipo de pensamentos não-amorosos são sujeitos adequados para os exercícios de hoje. É imprescindível que os vejas de modo diferente para tua salvação. E é tua bênção sobre eles que te salvará e que te dará a visão.

8. Devagar, sem escolha consciente e sem ênfase particular indevida a qualquer um deles examina tua mente em busca de cada pensamento que se interpõe entre tua salvação e tu. Aplica a ideia para hoje a cada um deles deste modo:

Meus pensamentos não-amorosos a respeito de ________ estão me
mantendo no inferno. Minha santidade é minha salvação.

9. É possível que aches estes períodos de prática mais fáceis se os intercalares com vários períodos breves durante os quais apenas repetes lentamente a ideia de hoje para ti mesmo algumas vezes. Também podes achar útil incluir alguns breves intervalos nos quais apenas relaxas e pareces não pensar em nada. No início é muito difícil concentração prolongada. Ela virá a ser mais fácil quanto tua mente se tornar mais disciplinada e menos passível de distração.

10. Enquanto isso, deves te sentir livre para introduzir variações nos períodos de exercícios de qualquer forma que te agrade. Contudo, ao modificares o método de aplicá-la, não mudes a ideia em si. De qualquer modo que escolhas usá-la, a ideia deve ser declarada de maneira que seu significado seja o fato de que tua santidade é tua salvação. Conclui cada período de prática com a repetição da ideia em sua forma original mais uma vez, e acrescentando:

Se a culpa é o inferno, qual é o oposto dela?

11. Nas aplicações mais breves, que devem ser feitas cerca três ou quatro vezes por hora, e mais se possível, podes fazer esta pergunta a ti mesmo, repetir a ideia de hoje, e ambas de preferência. Se surgirem tentações, uma forma particularmente útil da ideia é:

Minha santidade é minha salvação disto.

*

COMENTÁRIO:

Há que se ter a convicção de que a culpa é o inferno, e que não queremos o inferno, se de fato se quiser praticar para abandonar toda e qualquer culpa, para se andar na direção de se tornar aquilo que o Curso chama de "o aprendiz feliz".

O que o mundo nos ensina é abominar o erro, é exigir uma perfeição que egos não podem atingir. Ora, para o aprendiz feliz, que entrou em contato com sua própria santidade, o erro é apenas mais uma oportunidade de exercitar o aprendizado. Como aprender sem errar? E não há razão para ninguém se culpar por quaisquer erros, quando tem consciência de que está buscando aprender.

Assim, as práticas deste dia 8 de fevereiro vão nos levar, sem dúvida a estender a santidade sobre tudo aquilo que nos atrapalha de entrar em contato com a alegria perfeita, que é a condição natural do Filho de Deus.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Uma ideia que nos devolve todo o poder

LIÇÃO 38

Não há nada que minha santidade não possa fazer.

1. Tua santidade inverte todas as leis do mundo. Ela está além de todas as restrições do tempo, do espaço, da distância e de qualquer tipo de limites. Tua santidade é totalmente sem limites em seu poder, porque ela te estabelece como um Filho de Deus, na unidade com a Mente de seu Criador.

2. O poder de Deus se manifesta por intermédio de tua santidade. O poder de Deus se faz disponível por intermédio de tua santidade. E não há nada que o poder de Deus não possa fazer. Então, tua santidade pode eliminar toda dor, pode pôr fim a todo pesar e pode resolver todos os problemas. Ela pode fazê-lo com relação a ti mesmo e com qualquer outra pessoa. Ela é igual em poder para ajudar qualquer um porque ela é igual em seu poder para salvar qualquer um.

3. Se tu és santo, tudo o que Deus criou também é. Tu és santo porque todas as coisas que Ele criou são santas. E todas as coisas que Ele criou são santas porque tu és. Nos exercícios de hoje aplicaremos o poder de tua santidade a todos os problemas e dificuldades ou a qualquer tipo de sofrimento em que por acaso pensares, em relação a ti mesmo ou em relação a outra pessoa. Não faremos nenhuma distinção porque não há nenhuma distinção.

4. Nos quatro perídos de prática mais longos, cada um dos quais deve durar cinco minutos completos de preferência, repete a ideia para hoje, fecha os olhos e, então, examina tua mente em busca de qualquer sensação de perda ou de infelicidade tal como a vês. Tenta fazer a menor distinção possível entre uma situação que seja difícil para ti e uma que seja difícil para outra pessoa. Identifica a situação de forma específica e também o nome da pessoa envolvida. Para a aplicação da ideia para hoje, utiliza esta forma:

Na situação que envolve _____________ na qual me vejo,
não há nada que minha santidade não possa fazer.
Na situação que envolve _________ na qual ________ se vê,
não há nada que minha santidade não possa fazer.

5. Podes querer variar este procedimento de vez em quando e acrescentar alguns de teus próprios pensamentos pertinentes. Poderias gostar, por exemplo, de incluir pensamentos tais como:

Não há nada que minha santidade não possa fazer
porque o poder de Deus está nela.

Introduz quaisquer variações que te agradem, mas mantém os exercícios focalizados no tema: "Não há nada que minha santidade não possa fazer". O objetivo dos exercícios de hoje é começar a inspirar em ti uma sensação de que tens domínio sobre todas as coisas em razão daquilo que tu és.

6. Nas aplicações mais breves e frequentes, utiliza a ideia em sua forma original, a menos que um problema específico relacionado a ti ou a alguma outra pessoa surja, ou venha à mente. Nesse caso, usa a forma mais específica da aplicação da ideia a ele.

*

COMENTÁRIO:

Quantas vezes já não surpreendemos ouvindo-nos dizer, "este não é um problema meu", "eu não tenho nada ver com isso", na tentativa de, por assim dizer, "tirar o corpo fora", "livrar a cara" de alguma situação, acontecimento ou problema com que não queremos nos envolver nem pensar a respeito?

É óbvio que a ideia para as práticas deste dia 7 de fevereiro vem nos lembrar de nossa responsabilidade em relação a tudo o que experimentamos, a toda e qualquer situação ou pessoa que se apresente em nosso caminhos. E à nossa capacidade de envolver a tudo e a todos em nossa santidade para promover e facilitar a cura e a solução dos problemas.

Se, em função daquilo que somos, temos domínio sobre todas as coisas, não há, pois, como fugir às responsabilidades que este domínio nos dá. Como lidar com tudo, então? Apelando para nossa santidade. Pois, como as práticas nos orientam, tudo o que precisamos aprender para salvar a nós mesmos, e ao mundo inteiro, é que não há nada que nossa santidade não possa fazer.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Abençoar é estar pronto para o inesperado

LIÇÃO 37

Minha santidade abençoa o mundo.

1. Esta ideia contém o primeiro vislumbre de tua função verdadeira no mundo, ou da razão pela qual estás aqui. Teu propósito é ver o mundo por meio de tua própria santidade. Deste modo, tu e o mundo são abençoados ao mesmo tempo. Ninguém perde; não se tira nada de ninguém; todos ganham por meio de tua visão santa. Ele significa o fim do sacrifício porque oferece a todos seu direito integral. E cada um tem direito a todas as coisas porque elas são seu direito como um Filho de Deus.

2. Não existe nenhuma outra maneira que possa eliminar a ideia de sacrifício do modo de pensar do mundo. Qualquer outro modo de ver exigirá pagamento de alguém ou de alguma coisa inevitavelmente. Como consequência, aquele que percebe perderá. E nem sequer terá ideia do motivo pelo qual perde. Contudo sua integridade lhe é devolvida à consciência por meio de tua visão. Tua santidade o abençoa por não lhe pedir nada. Aqueles que se veem íntegros não fazem nenhuma exigência.

3. Tua santidade é a salvação do mundo. Ela te permite ensinar ao mundo que ele é um contigo, não por meio de sermão, nem por lhe dizeres qualquer coisa, mas simplesmente por teu reconhecimento sereno de que em tua santidade todas as coisas são abençoadas junto contigo.

4. Os quatro períodos mais longos de exercícios de hoje, que devem envolver de três a cinco minutos de prática, começam com a repetição da ideia para hoje, seguida de mais ou menos um minuto no qual olhas ao teu redor enquanto aplicas a ideia a qualquer coisa que vejas:

Minha santidade abençoa esta cadeira.
Minha santidade abençoa aquela janela.
Minha santidade abençoa este corpo.

Em seguida, fecha os olhos e aplica a ideia a qualquer pessoa que te ocorrer, usando o nome dela e dizendo:

Minha santidade te abençoa, [nome].

5. Podes continuar o período de prática de olhos fechados; podes abrir os olhos novamente e aplicar a ideia para hoje ao teu mundo exterior se assim desejares; podes alternar entre a aplicação da ideia ao que vês a tua volta e àquilo que está em teus pensamentos; ou podes utilizar qualquer combinação destas duas fases da aplicação que preferires. Os períodos de prática devem ser concluídos com uma repetição da ideia de olhos fechados e outra, imediatamente em seguida, de olhos abertos.

6. Os exercícios mais breves consistem em repetir a ideia tantas vezes quanto puderes. É particularmente útil aplicá-la em silêncio a qualquer um que encontrares, usando seu nome ao fazê-lo. É essencial usar a ideia se alguém parecer te causar uma reação hostil. Oferece-lhe imediatamente a bênção de tua santidade, a fim de que possas aprender a mantê-la em tua própria consciência.

*

COMENTÁRIO:

Mario Sergio Cortella diz que "aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar". Algo mais ou menos equivalente ao que me referi no ano passado como uma das lições que aprendi de um grande amigo e mentor, que aconselhava a quem lhe quisesse dar ouvidos "a estar sempre preparado para o inesperado". Ou não é isso que nos reservam todos os momentos de nossas vidas? Todas as pessoas que pensamos conhecer podem muito bem nos surpreender com uma atitude diferente daquela que poderíamos esperar em determinada situação. E o que fazer em tal situação? Abençoar a tudo e a todos que se apresentam em nosso caminho, sendo-lhes grato por quaisquer lições.

Poderíamos até, como diz também Cortella, pensar que "é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando... Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano [em] que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente".

Isso não lhes lembra a história de Benjamin Button, no filme? Salvo engano, o personagem do filme "abençoava" seu momento o tempo inteiro, as pessoas com quem convivia e as experiências que se apresentavam em sua vida.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Entrar em contato com a santidade

LIÇÃO 36

Minha santidade envolve tudo o que vejo.

1. A ideia de hoje estende a de ontem daquele que percebe para o percebido. Tu és santo porque tua mente é parte da Mente de Deus. E, porque és santo, tua visão também tem de ser santa. "Impecável" quer dizer sem pecado. Tu não podes ser ligeiramente sem pecado. És impecável ou não. Se tua mente é parte da Mente de Deus, tens de ser impecável, ou uma parte da Mente d'Ele seria pecadora. Tua visão está relacionada à Santidade d'Ele, não a teu ego e, por isso, não a teu corpo.

2. Pede-se para hoje quatro períodos de prática de três a cinco minutos. Tenta distribuí-los de modo razoavelmente uniforme e faz as aplicações mais breves com frequência, para preservar tua proteção o dia inteiro. Os períodos de prática mais longos devem tomar esta forma:

3. Primeiro, fecha os olhos e repete a ideia para hoje várias vezes, lentamente. Em seguida, abre os olhos e olha bem devagar a tua volta, aplicando a ideia de modo específico a qualquer coisa que observares em teu exame casual. Dize, por exemplo:

Minha santidade envolve aquele tapete.
Minha santidade envolve aquela parede.
Minha santidade envolve estes dedos.
Minha santidade envolve aquela cadeira.
Minha santidade envolve aquele corpo.
Minha santidade envolve esta caneta.

Durante estes períodos de prática, fecha os olhos e repete a ideia para ti mesmo. Em seguida, abre os olhos e continua como antes.

4. Para os períodos mais breves, fecha os olhos e repete a ideia; olha a tua volta quando repetires mais uma vez e conclui com mais uma repetição de olhos fechados. Todas as aplicações devem, é claro, ser feitas bem devagar, tão sem esforço e sem pressa quanto possível.

*

COMENTÁRIO:

"Sede santos assim como o Pai que está no Céu é santo". Esta fala de Jesus, que nos foi legada pela história, tem de servir como ponto de partida, o ponto a partir do qual decidimos de que forma queremos olhar para o mundo. Isto é, a partir de nosso olhar santo, a partir da condição de santidade, que é nossa herança divina. E já lhes disse de que forma penso que devemos ouvir a palavra "santo", e o que significa e qual deve ser nossa forma de agir a partir da ideia de "santidade", e de nosso reconhecimento desta condição como a nossa condição verdadeira.

Se aprendermos a reconhecer e a assumir nossa santidade como o meio pelo qual podemos nos salvar - ou nos vermos salvos - e, por consequência, salvar o mundo inteiro, vamos ser capazes de olhar para o mundo de modo diferente. E de ver nele apenas aquilo que Deus criou perfeitamente santo. Tudo o que não nos parecer assim, saberemos, é apenas fruto de um modo equivocado de olhar. Um modo que aprendemos com o mundo, a partir do sistema de pensamento do ego, e que precisamos cada vez mais deixar de usar. Por ser o modo de olhar que nos afasta de nós mesmos, daquilo que somos na verdade, da unidade e de Deus. Um modo que reforça a crença equivocada na separação, que nunca existiu, não existe e nunca existirá.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Assumir a responsabilidade. E a santidade

LIÇÃO 35

Minha mente é parte da Mente de Deus.
Eu sou absolutamente santo.


1. A ideia de hoje não descreve o modo como te vês agora. Ela descreve, porém, o que a visão te mostrará. É difícil, para qualquer um que pense estar neste mundo, acreditar nisto a respeito de si mesmo. No entanto, o fato de não acreditar nisto é a razão para ele pensar que está neste mundo.

2. Tu acreditarás ser parte do lugar aonde pensas estar. Isto porque te cercas do ambiente que queres. E tu o queres para proteger a imagem que fazes de ti mesmo. A imagem é parte desse ambiente. O que vês enquanto acreditas estar nele é visto pelos olhos da imagem. Isto não é visão. Imagens não podem ver.

3. A ideia para hoje apresenta uma perspectiva bem diferente de ti mesmo. Ao estabelecer tua Fonte, ela estabelece tua Identidade e te descreve do modo que realmente tens de ser na verdade. Utilizaremos uma aplicação um pouco diferente para a ideia de hoje porque a ênfase para hoje está mais no que percebe do que naquilo que ele percebe.

4. Começa cada um dos três períodos de prática de cinco minutos de hoje pela repetição da ideia para ti mesmo e, depois, fecha os olhos e examina tua mente em busca dos vários tipos de termos descritivos nos quais te vês. Inclui todas as características baseadas no ego que atribuis a ti mesmo, positivas ou negativas, desejáveis ou indesejáveis, grandiosas ou humilhantes. Todas são igualmente irreais, porque não olham para ti mesmo com os olhos da santidade.

5. Na parte inicial do período de exame mental, é provável que enfatizes aquilo que consideras serem os aspectos mais negativos de tua percepção de ti mesmo. Perto da última parte do período de exercícios, no entanto, termos descritivos mais auto-elogiosos podem muito bem te passar pela mente. Tenta reconhecer que a direção de tuas fantasias a teu próprio respeito não importa. Ilusões, na realidade, não têm nenhuma direção. Elas simplesmente não são verdadeiras.

6. Uma lista aleatória adequadas para a aplicação da ideia para hoje poderia ser a seguinte:

Eu me vejo submisso.

Eu me vejo deprimido.

Eu me vejo fracassado.

Eu me vejo ameaçado.

Eu me vejo desamparado.

Eu me vejo vitorioso.

Eu me vejo perdedor.

Eu me vejo generoso.

Eu me vejo virtuoso.

7. Não deves pensar nestes termos de um modo abstrato. Eles te ocorrerão à medida que várias situações, pessoas e acontecimentos em que tomes parte passarem por tua mente. Escolhe qualquer situação específica que ter ocorrer, identifica o termo ou termos descritivos que acreditas serem aplicáveis a tuas reações àquela situação e usa-os para a aplicação da ideia de hoje. Depois de citares cada um, acrescenta:

Mas minha mente é parte da Mente de Deus.
Eu sou absolutamente santo.


8. Durante os períodos mais longos de exercícios, é provável que haja intervalos em que não te ocorra nada específico. Não te esforces para imaginar situações específicas para preencer o intervalo, mas apenas relaxa e repete a ideia de hoje devagar até que algo te ocorra. Embora nada do que, de fato, te ocorrer deva ser omitido dos exercícios, nada deve ser "desencavado" com esforço. Não se deve usar nem coerção nem discriminação.

9. Tantas vezes quanto possível durante o dia, escolhe uma característica ou características específicas que atribuis a ti mesmo no momento e aplica a ideia para hoje a elas, acrescentando a cada uma delas a ideia na forma indicada acima. Se não te ocorrer nada em particular, simplesmente repete a ideia para ti mesmo de olhos fechados.

*

COMENTÁRIO:

Há uma diferença na versão publicada da ideia para as práticas deste dia 4 de fevereiro e a que lhes ofereço neste espaço. Na versão publicada a ideia aparece assim: Minha mente é parte da Mente de Deus. Eu sou muito santo. A palavra que me levou a mudar a versão de Lillian é, no original, very, que, de fato, entre outros significados, pode significar muito. Mas me parece não haver muito sentido em se dizer "eu sou muito santo", com base no que o Curso busca nos ensinar. Ou se é santo ou não se é santo. Ou como se costuma dizer popularmente "mulher nenhuma fica meio grávida".



Lembrem-se pois, por favor, de que:


Não existe ordem de dificuldades em milagres.

Nenhum é mais "difícil" ou maior do que "outro".


Isto é, nenhum é mais santo do que outro. Assim, em meu modo de entender a palavra very precisa ser traduzida de um modo que deixe perfeitamente claro o que somos na verdade. Isto é, o Ser que é nossa Identidade verdadeira é absolutamente santo, uma vez que somos todos filhos de Deus, na unidade. E lembrem-se também do que quero dizer quando uso a palavra santo, conforme chamei sua atenção algumas vezes no ano passado.

Para relembrá-los, de acordo com as palavras de Roberto Crema, se referindo a Teresa d'Ávila: "a santidade não é um privilégio de poucos; é uma responsabilidade de todos nós. Ser santo é ser inteiro, é ser simples, é ser transparente. É ser tudo aquilo que realmente somos. É uma conquista do processo de individuação, da travessia das sombras rumo ao ser, processo que jamais termina e que começa com o primeiro passo neste labirinto de nós mesmos".

Pratiquemos, portanto, para assumir nossa responsabilidade. E nossa santidade.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Praticando um novo modo de olhar

LIÇÃO 34

Eu poderia ver paz em vez disso.

1. A ideia para hoje começa a descrever as condições que predominam no outro modo de ver. Paz de espírito é evidentemente uma questão interior. Ela tem de começar com teus próprios pensamentos e, então, se estender para fora. É de tua paz de espírito que surge uma percepção pacífica do mundo.

2.Pede-se três períodos mais longos de prática para os exercícios de hoje. Aconselha-se um pela manhã e um à noite, com um período adicional a ser empreendido no intervalo a qualquer momento que pareça o mais adequado à disposição. Todas as aplicações devem ser feitas de olhos fechados. É para teu mundo interior que as aplicações da ideia de hoje devem ser feitas.

3. Pede-se cerca de cinco minutos de exame mental para cada um dos períodos mais longos de prática. Examina tua mente em busca de pensamentos de medo, situações que provoquem ansiedade, pessoas ou acontecimentos "desagradáveis", ou qualquer outra coisa a respeito da qual nutras pensamentos não amorosos. Observa-os todos despreocupadamente, repetindo a ideia para hoje devagar enquanto os observa surgirem em tua mente e deixa que cada um seja substituído pelo seguinte.

4. Se começares a sentir dificuldade para pensar em sujeitos específicos, continua a repetir a ideia para ti mesmo de uma maneira calma, sem aplicá-la a nada em particular.Certifica-te, porém, de não fazer nenhuma exclusão específica.

5. As aplicações mais breves têm de ser frequentes e devem ser feitas sempre que sentires que tua paz de espírito está ameaçada de algum modo. O objetivo é o de te protegeres da tentação durante o dia inteiro. Se surgir uma forma específica de tentação em tua consciência, o exercício deve tomar esta forma:

Eu poderia ver paz nesta situação em vez do que vejo nela agora.

6. Se as invasões a tua paz de espírito tomarem a forma de emoções adversas mais genéricas, tais como depressão, ansiedade ou angústia, usa a ideia em sua forma original. Se achares que precisas de mais do que uma aplicação da ideia de hoje para te ajudar a mudar o modo de pensar em qualquer contexto específico, tenta reservar alguns minutos e dedicá-los à repetição da ideia até experimentares alguma sensação de alívio. Ela te será útil se disseres a ti mesmo especificamente:

Eu posso substituir minhas sensações de depressão,
ansiedade ou angústia [ou meus pensamentos
a respeito desta situação, pessoa ou acontecimento] pela paz.

*


COMENTÁRIO:

Exatamente da mesma maneira que a ideia da lição de ontem, a lição deste dia 3 de fevereiro, traz uma alternativa para a substituição dos pensamentos que se baseiam na crença na separação por outros que nos indicam a direção da paz e da alegria.

Em qualquer situação pela qual passamos, para qualquer pessoa que encontremos, ou para qualquer acontecimento que nos chegue aos ouvidos ou mesmo um de que sejamos testemunhas, e que possam despertar sensações desagradáveis em nós, há outro modo de olhar que pode mostrar a paz em lugar do que vemos e experimentamos no primeiro momento de modo irrefletido e inconsequente.

Por que não experimentar?

Post Scriptum: Aproveito para agradecer e dar as boas vindas ao ou à OaujzDOms8yFlziHDXJLz._Ln4ei3hT1lo, que se juntou a nós no último dia 29, estendendo os agradecimentos e as boas vindas a Denise que também o fez há alguns dias. Se alguém tiver a curiosadade pode ? xeretar o blogue dela, Tecendo ideias, que é muito bacana. Basta clicar sobre a foto dela, que o Blogger vai fornecer o link para o endereço. Bem-vinda, Denise. Fique à vontade para contribuir, compartilhar, criticar ou acrescentar suas observações e experiências sempre que julgar necessário e pertinente. E bem-vindo(a) anônimo(a). Vale o mesmo convite.