segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aprendendo a aceitar as dádivas do perdão

Comecemos, hoje, seguindo a orientação da Carmen, dando as boas vinda a nossa querida Ana. Bem-vinda, Ana. E, por favor, fique à vontade para perguntar, esclarecer, comentar, contribuir, sempre que possível e necessário. Obrigado, Carmen, por seu comentário complementar à lição de ontem e obrigado, Cristina, por compartilhar suas sensações e experiência relacionadas à ideia que praticamos ontem. E obrigado, Nina, pela presença constante. Espero que o exercício de domingo e as sugestões da Carmen tenham sido instrumentos eficazes para aliviar e esclarecer as questões relacionadas a tua "alergia". E para afastá-la.

Neste dia 30 de novembro, a lição 334 nos convida a dar mais um passo na direção da "percepção verdadeira", reclamando, por direito de nossa herança de Filhos de Deus, as dádivas de alegria, de paz e de harmonia, que só o perdão dá. Assim, lembrando sempre que nossas práticas têm como tema central nesta série a questão O que é o ego?, praticamos, hoje, da forma seguinte:

Reivindico, hoje, as dádivas que o perdão dá.

1. Não vou esperar outro dia para achar os tesouros que meu Pai me oferece. Todas as ilusões são vãs e os sonhos desaparecem uma vez que são tecidos por pensamentos que se baseiam em percepções falsas. Permite que eu não aceite dádivas tão insatisfatórias hoje. A Voz de Deus oferece a paz de Deus a todos que ouvem e escolhem seguí-Lo. Esta é minha escolha hoje. E, assim, vou achar os tesouros que Deus me dá.

2. Busco apenas o eterno. Pois Teu Filho não pode se satisfazer com nada menos do que isso. O que, então, pode servir de consolo a ele, a não ser o que Tu ofereces a sua mente confusa e a seu coração assustado, para lhe dar confiança e lhe trazer a paz? Hoje quero ver meu irmão sem pecado. Esta é Tua Vontade para mim, pois dessa forma verei minha inocência.

domingo, 29 de novembro de 2009

Para acabar com o sonho de conflito

Depois de nos libertarmos do medo, oferecendo também ao mundo essa liberdade, que aprendemos e conquistamos, por meio do perdão, neste dia 29 de novembro, com a lição de número 333, vamos praticar uma ideia que vai nos permitir acabar com o sonho do conflito neste mundo. Da seguinte forma:

O perdão acaba com o sonho de conflito aqui.

1. O conflito tem de ser resolvido. Se se quiser achar uma saída para ele, não se pode evitá-lo, pô-lo de lado, negá-lo, disfarçá-lo, vê-lo em outro lugar, dar-lhe outro nome ou escondê-lo por meio de qualquer tipo de truque. Ele tem de ser visto exatamente como é, onde se pensa que está, na realidade que lhe foi dada e com o propósito que a mente conferiu a ele. Pois só assim suas defesas são suspensas e a verdade pode brilhar sobre ele, quando ele desaparecer.

2. Pai, o perdão é a luz que Tu escolheste para iluminar todos os conflitos e todas as dúvidas, e para iluminar o caminho de nossa volta a Ti. Nenhuma luz a não ser essa pode acabar nosso sonho mau. Nenhuma luz a não ser essa pode salvar o mundo. Pois apenas essa não falhará jamais em coisa alguma, por ser Tua dádiva para Teu Filho amado.

sábado, 28 de novembro de 2009

Aprendendo a se libertar do medo

Neste dia 28 de novembro, a lição 332 nos convida a praticar uma ideia que oferece a libertação ao mundo. Pelo entendimento de que o medo só faz aprisionar. Pela compreensão de que o perdão é a unica coisa que pode nos libertar do medo. E de tudo o que ele traz consigo, disfarçado nas mais variadas formas. Praticamos assim:

O medo aprisiona o mundo. O perdão o liberta.

1. O ego faz ilusões. A verdade desfaz seus sonhos maus emitindo luz sobre eles para afastá-los. A verdade nunca ataca. Ela é simplesmente. E, a partir de sua presença, a mente se lembra das fantasias e desperta para o real. O perdão convida essa presença a entrar e a tomar seu legítimo lugar na mente. Sem o perdão, a mente fica prisioneira, acreditando em sua própria inutilidade. No entanto, com o perdão, a luz, de fato, resplandece no sonho das trevas, oferecendo-lhe esperança, e lhe dá o meio de perceber claramente a liberdade que é sua herança.

2. Não queremos aprisionar o mundo novamente hoje. O medo o mantém prisioneiro. E, no entanto, Teu Amor nos dá o meio de libertá-lo. Pai, queremos libertá-lo agora. Pois na medida em que oferecemos liberdade ela nos é dada. E não queremos continuar a ser prisioneiros, quando Tu nos ofereces a liberdade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O ego e seu sistema de pensamento

Ora, ora... parece-me que temos um caminho bastante promissor pela frente, pelo teor e qualidade dos comentários que as postagens têm recebido. Agradeço muito a todos pela "força", pelo incentivo e pela participação. Já estou pensando em como facilitar as práticas do próximo ano, esperando que possamos todos nós, e todos os que quiserem começar conosco, a partir do dia 1º de janeiro de 2010, dar início a um ano inteiro de mudança. Pela mudança individual e diária, que certamente vai marcar para sempre nossas vidas e as vidas de todos aqueles com quem convivemos. Que não sejamos apenas 50, mas muitos, muitos, e muitos mais, mesmo sabendo que basta um. Mesmo sabendo que somos todos um. Esperando, sim, que possamos exercitar esta unidade. Na prática.

Neste dia 27 de novembro, vamos começar a 12ª série de lições [da 331 até a 340]. Como não poderia deixar de ser, como sempre, em um momento bastante apropriado, em função das discussões e dúvidas que o assunto "ego" sempre provoca, o tema central, que dá unidade a esta série é: O que é o ego? Espero que nos próximos dez dias, antes das práticas, a leitura diária da introdução a estas dez novas lições possa servir de chave para nosso entendimento de como funcionam o ego e seu sistema de pensamento. Para compreendermos, tomara, qual é o propósito dele e aonde, de fato, ele quer nos levar. Para isso a série se apresenta de seguinte forma:

12. O que é o ego?

1. O ego é idolatria; o sinal do ser limitado e separado, nascido em um corpo, condenado a sofrer e a terminar sua vida na morte. Ele é a "vontade" que percebe a Vontade de Deus como inimiga e toma uma forma na qual ela [a Vontade de Deus] é negada. O ego é a "prova" de que a força é fraca e de que o amor é amedrontador, de que a vida é, na verdade, morte e de que só aquilo que contraria Deus é verdadeiro.

2. O ego é louco. Com medo, ele se põe além de Todos os lugares, separado do Todo, separado do Infinito. Em sua loucura, ele pensa ter se tornado um vitorioso sobre o Próprio Deus. E, em sua autonomia insuportável, ele "percebe" que a Vontade de Deus foi destruída. Ele sonha com castigo e treme diante das imagens em seus sonhos; seus inimigos, que buscam assassiná-lo antes de ele poder garantir sua segurança atacando-os.

3. O Filho de Deus não tem ego. O que ele pode saber da loucura e da morte de Deus, se habita n'Ele? O que pode saber da tristeza e do sofrimente, se vive na alegria eterna? O que ele pode saber do medo e do castigo, do pecado e da culpa, do ódio e do ataque, se tudo o que existe a sua volta é a paz perene, sem conflitos e imperturbada para sempre, no silêncio e na tranquilidade mais profundos?

4. Conhecer a realidade é não ver o ego e seus pensamentos, seus esforços, seus atos, suas leis e crenças, seus sonhos, suas esperanças, seus planos para a própria salvação e o custo que a crença nele cobra. O preço pela fé no ego, em termos de sofrimento, é tão imenso que a crucificação do Filho de Deus é oferecida diariamente em seu santuário sombrio, e o sangue tem de jorrar diante do altar em que seus seguidores doentios se preparam para morrer.

5. Porém, um único lírio de perdão transformará as trevas em luz; o altar às ilusões no santuário à Própria Vida. E a paz será devolvida para sempre às mentes santas que Deus criou como Seu Filho, Sua morada, Sua alegria, Seu amor, pertencendo inteiramente a Ele, um só com Ele totalmente.

*

Depois de nos familiarizarmos com o que o ensinamento diz a respeito do ego, estamos prontos para dar início às práticas desta série. Começamos com a lição 331, que nos oferece a continuação de nossa jornada rumo à "percepção verdadeira", aquela que nos dá o olhar do Espírito Santo. Ela começa assim:

Não há nenhum conflito, pois minha vontade é Tua.

1. Quão tolo, Pai, acreditar que Teu Filho pode causar sofrimento a si mesmo! Ele poderia fazer um plano para sua própria salvação e ser deixado sem uma forma segura de liberação? Tu me amas, Pai. Tu nunca poderias me deixar abandonado, para morrer em um mundo de dor e crueldade. Como pude pensar que o Amor abandonou a Si Mesmo? Não há nenhuma vontade exceto a Vontade do Amor. O medo é um sonho, e não existe nenhuma vontade que possa entrar em conflito com a Tua. O conflito é sono e a paz despertar. A morte é ilusão; a vida, verdade eterna. Não existe nenhuma oposição a Tua Vontade. Não existe nenhum conflito, pois minha vontade é Tua.

2. O perdão nos mostra que a Vontade de Deus é Uma Só e que nós a compartilhamos. Vamos olhar para as visões santas que o perdão nos mostra hoje, a fim de podermos encontrar a paz de Deus. Amém.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Voltar à Identidade de Filhos de Deus

Eba, eba... mais gente comentando. Obrigado, Nina. Obrigado, Cassio [vanicer]. Obrigadíssimo, Dani. Espero que todos tenham aproveitado também a postagem de ontem e, principalmente, dado sua atenção à lição, juntamente com todo aquele texto introdutório. Que bom que vocês que vocês o acharam útil, que gostaram.

Ao começar a postagem de ontem, agradecendo a todos pelas manifestações. chamei a atenção para o entendimento da mensagem do Curso e para a aceitação do ensinamento, como formas de ver e construir um mundo melhor. Esqueci de reforçar a ideia de que a proposta do blogue, ao oferecer a possibilidade de fazermos os exercícios em conjunto, também é a de buscar esclarecer as dúvidas que eventualmente possamos ter a respeito de determinadas afirmações do Curso. Por isso, mais uma vez, muito obrigado a todos que se manifestam, com seus comentários, elogios, contribuições. E, ao mesmo tempo, meu pedido de que todos fiquem à vontade para questionar, perguntar e buscar esclarecer suas dúvidas a respeito de qualquer tópico relacionado ao ensinamento, cujo entendimento apresente dificuldades.

É claro que o melhor professor é e será sempre o Espírito Santo, mas enquanto ainda não conseguimos entrar em contato com Ele de forma natural, o blogue e o blogueiro - e, óbvio, espero, todos os seguidores - podem servir de alternativa. Aliás, lá bem no início de meu contato com o Curso, brinquei, num dos encontros, com a ideia de criar um site: o http://www.pergunteaoespiritosanto.edu.br/. E vejam só que, apesar de ele não existir, o computador o destaca como se ele fosse um site existente. A ideia era que o site pudesse resolver aquelas questões menores e mais práticas às quais o texto não se refere. E, claro, todas as questões que não somos capazes de resolver sozinhos. Mas a ideia não foi adiante. Ou foi?

Bem, enquanto o dito site não aparece, fiquemos, neste dia 26 de novembro, com a ideia da lição 320. A lição que põe fim a esta nossa décima-primeira série, nesta segunda parte do Livro de Exercícios. Lembram qual é tema que dá unidade a ela? O que é a criação? Tinham esquecido, não? Pois bem, a ideia para nossas práticas de hoje fecha de modo magistral a série, estendendo e complementando as ideias que praticamos nos últimos dias, guiando-nos luminosamente em direção à "percepção verdadeira", aquela que nos dá a paz e a alegria completas, na liberdade do reconhecimento de que somos Filhos de Deus. Aquela que é, como sabemos, o objetivo desta segunda parte do Livro de Exercícios.

Ela se apresenta assim:

Eu não me ferirei novamente hoje.

1. Vamos aceitar o perdão como nossa única função neste dia. Por que deveríamos atacar nossas mentes e lhes oferecer imagens de dor? Por que deveríamos ensinar a elas que são impotentes, se Deus lhes oferece Seu poder e Seu Amor e as convida a aceitarem o que já é delas? A mente que se tornou disposta a aceitar as dádivas de Deus é devolvida ao espírito, e estende sua liberdade e sua alegria, uma vez que a Vontade de Deus está unida a sua própria vontade. O Ser que Deus criou não pode pecar e, por isso, não pode sofrer. Vamos escolher que Ele seja nossa Identidade hoje e, dessa forma, escapar para sempre de todas as coisas que o sonho de medo parece nos oferecer.

2. Pai, Teu Filho não pode ser ferido. E, se pensamos sofrer, apenas deixamos de conhecer nossa Identidade una que compartilhamos Contigo. Queremos voltar a Ela hoje, para nos tornarmos livres de todos os nossos erros e para sermos salvos daquilo que pensávamos ser.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lembremo-nos de ser normais!

Ora, ora, vivas... Quanta gente se manifestando... Obrigado a todos. Continuem, por favor. Acho que esta é a ideia. Quanto mais buscarmos manifestar nosso entendimento, nossa aceitação da mensagem e do ensinamento do Curso, tanto mais colaboraremos para a construção de um mundo no qual seja possível viver "o sonho feliz". Abandonado de uma vez por todas o aparente pesadelo que o sistema de pensamento do ego nos convida a construir, a partir da crença na separação.

Da leitura feita em grupo no encontro de ontem, O "herói" sonho [T-27.VIII] - obrigado, Roberto -, vem mais uma vez a questão da necessidade do ego, de sua existência. Como tratá-lo? Ele é real? Ele não existe? Como tratar das coisas deste "mundo" em que aparentemente vivemos? Como lidar com o sistema de pensamento do ego, responsável, de acordo com o Curso, por todas as ilusões, por todos os auto-enganos?

Talvez, espero, nos seja de ajuda ouvir o que nos dizem Kenneth Wapnick e Richard Smoley, ambos conhecedores do Curso desde sua publicação, no texto do livro de D. Patrick Miller acerca do UCEM e de sua história.

Kenneth Wapnick diz que "uma das principais percepções equivocadas a surgir entre os estudantes do Curso é o 'conceito de que ouvir o Espírito Santo seja a coisa mais fácil do mundo - que uma breve meditação seja todo o necessário para conseguir que o Espírito Santo nos diga o que fazer. Mas a razão da existência do Curso, como um todo, é ajudar-nos a remover a interferência que bloqueia o Espírito Santo. Essa interferência é grande, e livrar-se dela não é tão simples. O ego não vai se dissolver imediatamente só porque você começa a pensar que quer que ele se dissolva'".

Para Richard Smoley, "as lições do Livro de Exercícios, como a [de] número 97, 'Eu sou espírito', e a [de] número 199, 'Eu não sou um corpo. Eu sou livre.', podem estimular os estudantes do Curso à perda de 'Uma firme ancoragem no físico... Frequentemente sentimos nos estudantes do Curso a falta de um alicerce firme, uma qualidade etérea ou sonhadora que talvez seja agradável ao convívio, mas [que] também pode representar um beco sem saída, espiritualmente falando'".

A essa qualidade, a que se refere Smoley, Wapnick diz identificar "como uma tendência entre os principiantes", dizendo ser "verdade que muitos dos estudantes recém-chegados ao Curso costumam ser sonhadores e visionários. Um amigo meu os chama de 'malucos-beleza'.".. E, continua, "Frequentemente constato que é preciso recomendar às pessoas: Não se esqueçam de ser normais. Os estudantes [novos, inexperientes e ingênuos] podem acabar achando que não precisam trancar a porta à noite, pois o Curso lhes diz que confiem; podem cancelar o seguro, porque o Curso diz que não planejem o futuro; e podem se sentir culpados quando espirram, porque o Curso diz que 'a doença é uma defesa contra a verdade'. Daí eu precisar lembrá-los de serem normais. Naturalmente, que sejam solidários com alguém que está doente. Que não comecem a fazer sermão sobre o fato de a doença ser uma defesa".

Kenneth diz mais: "O que as pessoas costumam fazer é negar o ponto em que se encontram, ou procuram reinterpretar seu comportamento atual dentro das linhas intelectuais do Curso, em vez de se modificarem segundo a orientação interna. O Curso não nos pede que neguemos nossos sentimentos e experiências - de fato, ele faz exatamente o contrário. Ele diz que devemos olhar claramente para nossos sentimentos, a fim de 'trazê-los à verdade'. Não se pode fazer isto sem fazer aquilo, sem se estar plenamente consciente do que sentimos".

Patrick Miller continua: "Sem dúvida, a tendência a negar os próprios defeitos e contradições e a fugir às verdades incômodas é uma expressão universal da condição humana" e não é exclusiva dos estudantes do Curso, "mas é claro que alguns estudantes exploram como novos mecanismos de negação as ideias do Curso acerca do perdão e da natureza ilusória do mundo". Entretanto, de acordo com o que ele diz, recorrer à negação e à fuga é fugir a algumas das "diretrizes explícitas do Curso", tais como:

A honestidade não se aplica apenas ao que dizes. O termo, na verdade, significa coerência. Não há nada que digas que contradiga o que pensas ou fazes; nenhum pensamento contraria qualquer outro pensamento; nenhum ato trai tua palavra; e nenhuma palavra deixa de estar de acordo com outra. Esses são os verdadeiramente honestos. Eles não estão em conflito consigo mesmos em nenhum nível. Por isso é impossível para eles entrar em conflito com alguém ou com alguma coisa... O conflito é o resultado inevitável do auto-engano, e auto- engano é desonestidade. [M-4.II.1:4-9...2:4]

Cada pensamento que queres manter oculto corta a comunicação, porque queres que seja assim. É impossível reconhecer a comunicação perfeita enquanto cortar a comunicação tiver valor para ti. Pergunta a ti mesmo com honestidade: "Eu quero ter comunicação perfeita e estou totalmente disposto a abandonar para sempre tudo o que a atrapalha?" Se a resposta for não, então, a boa vontade do Espírito Santo para dá-la a ti não é suficiente para fazê-la tua, pois não estás pronto para compartilhá-la com Ele.
... Não serás capaz de aceitar a comunicação perfeita enquanto quiseres escondê-la de ti mesmo. Porque aquilo que queres esconder permanece escondido de ti. [T-15.IV.8:1-4...9:6-7]

Dito isto, juntamente com um pedido de desculpas por uma introdução tão longa - apesar de necessária -, vamos à lição 329, para este dia 25 de novembro. Uma lição que deve servir, tomara sirva, para nos ajudar a reconhecer que só há uma escolha a ser feita, se quisermos, de verdade, ser felizes. Praticamos, pois, assim:

Eu já escolhi aquilo que Tu queres.

1. Pai, pensei que me desviava de Tua Vontade, que a desafiava, que quebrava suas leis e interpunha uma segunda vontade mais poderosa do que a Tua. Todavia, o que sou, na verdade, é apenas a Tua Vontade, estendida e se estendendo. Sou isto e isto nunca vai mudar. Da mesma forma que Tu és Um, eu também sou um Contigo. E isto eu escolhi na minha criação, quando minha vontade se tornou uma só com a Tua para sempre. Essa escolha foi feita para toda a eternidade. Ela não pode mudar para ficar em oposição a si mesma. Pai, minha vontade é a Tua. E eu estou seguro, tranquilo e sereno, em alegria infinita, porque é Tua Vontade que seja assim.

2. Hoje aceitaremos nossa união uns com os outros e com nossa Fonte. Não temos nenhuma vontade separada da d'Ele e somos todos um porque todos nós compartilhamos a Vontade d'Ele. A partir dela reconhecemos que somos um só. A partir dela encontramos, enfim, nosso caminho para Deus.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Quem precisa do primeiro lugar?

A lição 328, para este dia 24 de novembro, nos leva de volta a algo a que já me referi antes e que é sempre bom lembrar, para voltar a atenção de modo correto a tudo o que nos cerca sem a intromissão do ego. Para não nos rendermos ao modo de ver dele. Este algo é o que o Curso diz em algum ponto em relação a nossa dependência de Deus. Isto é, o livro afirma que, enquanto não reconhecermos nossa total e completa dependência de Deus, não vamos ser capazes de achar - e de viver - a paz e a alegria completas. Não vamos alcançar a realização da Vontade de Deus para todos e cada um de nós.

Isso é, no mínimo, um ultraje para a vontade do ego, para sua onipotência. Daí a necessidade da prática diária, para reduzir ao mínimo possível e, quem sabe, para se chegar até a anular a influência dos pensamentos de separação que o ego nos oferece. Vejamos, então, como vai se dar nossa prática hoje.

Escolho o segundo lugar para ganhar o primeiro.

1. Aquilo que parece ser o segundo lugar é o primeiro, pois todas as coisas que vemos estão de cabeça para baixo até escutarmos a Voz por Deus. Parece que só ganharemos autonomia por meio de nossa luta para sermos separados e que nossa independência do restante da criação de Deus é o modo pelo qual se alcança a salvação. Porém, tudo o que encontramos é doença, sofrimento, e perda e morte. Não é isso que nosso Pai deseja para nós, nem existe nenhum segundo [lugar] para a Vontade d'Ele. Unir-se à [Vontade] d'Ele é apenas achar nossa própria [vontade]. E, uma vez que nossa vontade é a d'Ele, é a Ele que temos de ir para reconhecer nossa vontade.

2. Não há nenhuma vontade a não ser a Tua. E fico contente de que nada do que imagino contradiga aquilo que Tu queres que eu seja. É Tua Vontade que eu esteja completamente seguro, eternamente em paz. E compartilho alegremente essa Vontade que Tu, meu Pai, me deste como parte de mim.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Para auto-avaliar o aprendizado

Comecemos nossa semana, para auto-avaliar o aprendizado, perguntando a nós mesmos: o que aprendi até agora, a partir dos exercícios que o Curso me oferece? Para, voltando-nos para o interior de nós mesmos, descobrir que sensações as práticas nos oferecem. Para perceber em nós mesmos se o mundo, e tudo o que vemos nele, do modo como pensamos ver, nos informa apenas ou nos afeta. Será que já aprendi a exercitar um modo diferente de olhar para o mundo [o que significa, na prática, criar um mundo diferente para ver]? Já aprendi que são meus pensamentos que criam minha realidade? E que posso escolher pensamentos novos sempre que meus pensamentos me afastam da paz e da alegria completas? Já aprendi que sou responsável pela salvação do mundo, porque o mundo só pode ser salvo se eu salvar a mim mesmo?

Creio que estas perguntas, e suas respostas, são mais do que suficientes como ponto de partida para as práticas que a lição 327 nos oferece neste dia 23 de novembro. Práticas de uma ideia que certamente vai servir para nos ajudar a responder às perguntas que lhes ofereço acima para a reflexão. Uma ideia que precisamos aprender, porque ela nos dá o melhor instrumento de que podemos dispor para mudar nosso modo de ver, de pensar e de, por consequência, criar. Uma ideia que se apresenta assim:

Só preciso chamar e Tu me responderás.

1. Não me é pedido para aceitar a salvação com base em uma fé insustentável. Pois Deus garante que Ele ouvirá meu chamado e que Ele Mesmo me responderá. Deixa apenas que eu aprenda de minha experiência que isso é verdadeiro e a fé n'Ele tem de vir a mim com certeza. Essa é a fé que irá durar e que me levará ainda mais longe pela estrada que conduz a Ele. Pois, desse modo, terei certeza de que Ele não me abandona e de que ainda me ama, e de que apenas espera meu chamado para me dar toda a ajuda de que preciso para chegar até Ele.

2. Pai, eu Te agradeço porque Tuas promessas, se eu simplesmente testá-las, nunca falharão em minha experiência. Permite que eu, portanto, tente testá-las e que não as julgue. Teu Verbo é um só Contigo. Tu dás o meio a partir do qual a convicção vem e a certeza por meio da qual se ganha, enfim, Teu Amor duradouro.

domingo, 22 de novembro de 2009

O que vemos nos informa ou nos afeta?

Neste dia 22 de novembro, nossa lição é a de número 326.

Antes de passarmos a conversar a respeito da ideia para as práticas de hoje, gostaria apenas de registrar meu agradecimento a todos que comentaram as lições deste período de feriadão. Muito interessantes, enriquecedoras e amorosas as observações da Sania, da Carmen, da Nina e da Cristina. Muito obrigado a todas. Respondi ao comentário da Welwitschia - obrigado por compartilhar - a respeito da dificuldade da lição 324 lá no espaço dos comentários do dia 20 mesmo. Espero ter sido capaz de tornar mais fácil o entendimento.

Quanto ao comentário da Cristina, obrigado, querida, sua observação se refere exatamente à ideia que a lição nos oferecia para a prática. E nos traz uma nova oportunidade de aprendizado. Um exemplo bem claro da absoluta impossibilidade do julgamento. Pois só reagimos, de fato, às interpretações das coisas que vemos, não às coisas, que são sempre neutras. E que apenas, como dizia a lição de ontem, refletem as ideias que temos de tudo o que pensamos ver. Mas não são apenas os políticos que podem nos oferecer as lições que precisamos aprender a respeito de nós mesmos. Tudo mesmo, absolutamente tudo, olhado com atenção nos oferece sempre uma oportunidade de testar o modo com que olhamos para o mundo e, por consequência, para nós mesmos, que o criamos. Se o olhamos de modo correto, como já disse outras vezes, tudo o que vemos deve apenas nos informar. Se o que vemos nos afeta, é preciso que mudemos a forma de olhar, pois estamos julgando.

Como complementação às ideias com que trabalhamos nos dois últimos dias, a lição de hoje nos dá, para as práticas, uma ideia vai nos colocar em contato com o que somos na verdade. O que sempre fomos e que seremos para sempre, quando abandonarmos de vez a crença equivocada na separação. Ela se apresenta assim:

Eu sou um Efeito de Deus para sempre.

1. Pai, fui criado na Tua Mente, um Pensamento santo que nunca abandonou sua morada. Sou Teu Efeito para sempre e Tu és eternamente minha Causa. Continuo a ser tal qual Tu me criaste. Ainda habito onde Tu me estabeleceste. E todos os Teus atributos moram em mim, porque é Tua Vontade ter um Filho tão parecido com sua Causa, de tal modo que a Causa e Seu Efeito sejam indistinguíveis. Permite-me conhecer que sou um Efeito de Deus e que, por isso, tenho o poder de criar do mesmo modo que Tu. E que é assim tanto no Céu quanto na terra. Sigo Teu plano aqui e sei que no fim Tu reunirás Teus efeitos no Céu tranquilo de Teu Amor, onde a terra se desvanecerá e todos os pensamentos separados se unirão em glória na condição do Filho de Deus.

2. Vejamos a terra desaparecer hoje, primeiro transformada e, em seguida, perdoada, inteiramente desvanecida na Vontade santa de Deus.

sábado, 21 de novembro de 2009

O princípio fundamental da salvação

Neste dia 21 de novembro, a lição de número 325 nos devolve a uma ideia que já praticamos e que já vimos anteriormente, tanto no texto quanto no Livro de Exercícios. Uma ideia fundamental para nosso aprendizado. Uma ideia que pode nos levar mais facilmente a entender e a aceitar a responsabilidade por tudo aquilo que vemos, uma vez que tudo o que vemos é apenas reflexo daquilo que trazemos dentro de nós. Ou seja, para aproveitar algo do que lemos no encontro desta terça, nenhum de nós reage a nada diretamente, mas apenas à interpretação que fazemos das coisas que pensamos ver.

Vamos, pois, praticar assim hoje:

Todas as coisas que penso ver refletem ideias.

1. Este é o princípio fundamental da salvação: o que vejo reflete um processo em minha mente, que começa com minha ideia do que quero. A partir disso, a mente cria uma imagem da coisa que ela quer, julga favorável e, portanto, busca encontrar. Essas imagens são, em seguida, projetadas para fora, examinadas, consideradas reais e preservadas como pessoais. De desejos insanos surge um mundo insano. Do julgamento brota um mundo condenado. E dos pensamentos de perdão surge um mundo pacífico, com misericórdia para com o Filho de Deus, para lhe oferecer um lar benigno no qual ele possa descansar por um momento antes de prosseguir, para ajudar seus irmãos a seguirem adiante com ele, para encontrarem o caminho para o Céu e para Deus.

2. Pai nosso, Tuas ideias refletem a verdade e as minhas, separadas das Tuas, apenas inventam sonhos. Deixa que eu veja apenas o que reflete Tuas ideias, pois as Tuas, e só as Tuas, estabelecem a verdade.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Para seguir no caminho para Deus

A lição 324, cuja ideia praticamos neste dia 20 de novembro, nos traz de volta à condição verdadeira de Filhos de Deus, que seguem a orientação de seu Pai. Conforme já disse em uma das lições anteriores, citando o livro Graça e Coragem, de Ken Wilber, "o principal ato de vontade não é o esforço, mas o consentimento". Isto é, precisamos aprender a não dar ouvidos ao orgulho que o ego nos aconselha e a ouvir a Voz por Deus, aprendendo com isso a seguir apenas na direção que certamente vai nos levar de volta para casa, ao nos devolver àquilo que somos verdadeiramente.

Não precisamos conduzir, pois não sabemos, de fato, o caminho. Assim, a lição de hoje nos convida a praticar a ideia de seguir. Da seguinte maneira:

Eu sigo apenas, pois não quero conduzir.

1. Pai, Tu és Aquele Que me deu o plano para minha salvação. Tu estabeleceste o caminho que devo seguir, o papel que devo assumir e todos os passos do caminho designado para mim. Eu não posso me perder. Só posso escolher vagar por algum tempo e depois voltar. Tua Voz amorosa sempre vai me chamar de volta e guiar meus pés corretamente. Todos os meus irmãos podem seguir pelo caminho que lhes indico. No entanto, eu apenas sigo o caminho que leva a Ti, conforme Tu me orientas e queres que eu siga.

2. Sigamos, pois, Aquele Que conhece o caminho. Não precisamos esperar e não podemos nos perder de Sua Mão amorosa exceto por um instante. Caminhamos juntos, pois O seguimos. E é Ele Que torna certo o final e assegura uma volta segura para casa.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Aprender a "sacrificar" o medo, a ilusão

Neste dia 19 de novembro, a lição 323 vai nos ensinar que "sacrifício" temos de fazer, para ter de volta a lembrança de Deus, para viver a alegria e a paz completas, que são a Vontade d'Ele para cada um de nós, seus filhos amados. Vamos, pois, aprender com alegria a desistir de todos os sofrimentos, de todas as sensações de perda e de tristeza. E abandonar para sempre quaisquer dúvidas, medos, partes apenas da ilusão, abraçando a certeza de que o Espírito Santo de Deus, e apenas Ele, sabe o que é melhor para nós mesmos.

Para tanto, praticamos assim:

Faço o "sacrifício" do medo com alegria.

1. Eis aqui o único "sacrifício" que Tu pedes a Teu Filho amado: pedes que ele desista de todo o sofrimento, de toda a sensação de perda e de tristeza, de toda ansiedade e dúvida e permita que Teu Amor venha se derramar livremente em sua consciência, curando-o da dor e lhe dando Tua Própria alegria eterna. É este o "sacrifício" que Tu me pedes e ele é um que faço com prazer; o único "custo" do reconhecimento de Tua memória em mim, para a salvação do mundo.

2. E, quando pagamos a dívida que temos para com a verdade - uma dívida que é apenas o abandonar dos auto-enganos e das imagens que adorávamos falsamente -, a verdade volta para nós em completude e na alegria. Não somos mais enganados. O amor volta a nossa consciência agora. E estamos em paz mais uma vez, pois o medo se foi e só o amor permanece.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Só podemos sacrificar ilusões

A lição 322, deste dia 18 de novembro, lida com o tema do sacrifício. E nos convida a refletir a respeito das coisas a que nos apegamos e que temos dificuldade de liberar. Ainda em razão da crença equivocada do ego que nos diz que perdemos aquilo que damos. Fundamentado apenas no sistema de pensamento do ego, este mundo ilusório em que aparentemente vivemos, quer nos tornar prisioneiros, impedindo-nos de ver a verdade, impedindo-nos de reconhecer a verdade a nosso próprio respeito.

Na verdade, de acordo com uma lição anterior, já aprendemos - ao menos intelectualmente - que tudo o que damos é a nós mesmos que damos. Da mesma forma, tudo o que recebemos nos pertence exatamente porque pertence a todos. Todos os dons que recebemos de Deus só fazem sentido se compartilhados. Por isso não existe motivo algum para se acreditar na possibilidade do sacrifício, sob qualquer forma. Tudo o que podemos sacrificar são as ilusões, que não servem para nada, a não ser para tentar esconder de nós a verdade.

Por isso, praticamos hoje do seguinte modo:

Só posso desistir do que nunca foi real.

1. Eu sacrifico ilusões; nada mais. E, à medida que as ilusões se vão, descubro as dádivas que elas tentavam esconder, esperando por mim em acolhida luminosa e prontas para me dar antigas mensagens de Deus. A lembrança de Deus habita em cada dádiva que eu recebo d'Ele. E cada sonho serve apenas para esconder o Ser que é o único Filho de Deus, à semelhança d'Ele Mesmo, O Santo Que ainda habita n'Ele para sempre, do mesmo modo que Ele ainda habita em mim.

2. Pai, todo sacrifício continua a ser eternamente inconcebível para Ti. E, por isso, eu não posso sacrificar nada exceto em sonhos. Uma vez que Tu me criaste, eu não posso desistir de nada do que Tu me deste. Aquilo que Tu não me deste não tem nenhuma realidade. Que perda posso prever exceto a perda do medo e a volta do amor a minha mente?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aprender a entender e a perdoar a criação

Começamos hoje, com a lição 321, a 11ª série de exercícios desta segunda parte do Livro de Exercícios, que vamos finalizar com a lição 330. O tema central para esta série é a criação, que vamos aprender a entender e a perdoar. Vamos ao longo destes próximos dez dias aprender, para ter em mente a cada nova lição, o significado da criação para o ensinamento do UCEM. Assim, antes de cada uma das lições vamos dar uma passada de olhos e acrescentar a nossas práticas as ideias que esta introdução nos apresenta. Do seguinte modo:

11. O que é a criação?

1. A criação é o resultado de todos os Pensamentos de Deus, em número infinito e em todos os lugares sem qualquer limite. Só o amor cria, e só como a si mesmo. Não houve nenhum momento em que tudo o que ele criou não existisse. Tampouco haverá um momento em que qualquer coisa que ele criou sofra qualquer perda. Os Pensamentos de Deus são para todo o sempre exatamente como eram e da forma que são, imutáveis ao longo do tempo e depois que o tempo acabar.

2. Os Pensamentos de Deus recebem todo o poder que seu próprio Criador tem. Pois Ele quer acrescentar ao amor por meio de sua extensão. Desse modo, Seu Filho compartilha da criação e tem, por isso, de compartilhar do poder de criar. Aquilo que Deus quer que seja Um para sempre ainda será Um quando o tempo acabar; e não vai mudar ao longo de todo o tempo, continuando a ser como era antes que a ideia do tempo começasse.

3. A criação é o contrário de todas as ilusões, pois a criação é a verdade. A criação é o Filho santo de Deus, pois, na criação, a Vontade d'Ele está completa em todos os aspectos tornando cada parte continente do todo. Assegura-se que sua unicidade é íntegra para sempre; mantida eternamente em Sua Vontade santa, além de toda possibilidade de dano, de separação, imperfeição e de qualquer mancha em sua inocência.

4. Nós somos a criação; nós, os Filhos de Deus. Parecemos estar separados e não saber de nossa unidade eterna com Ele. Porém, por detrás de todas as nossas dúvidas, além de todos os nossos medos, ainda existe a certeza. Pois o amor permanece com todos os seus Pensamentos, sendo deles sua certeza. A memória de Deus está em nossas mentes santas, que conhecem sua unicidade e sua unidade com seu Criador. Que nossa função seja apenas a de permitir que essa memória volte, apenas para deixar que a Vontade de Deus seja feita na terra, apenas para sermos devolvidos à sanidade, e para sermos tão somente como Deus nos criou.

5. Nosso Pai nos chama. Ouvimos Sua Voz e perdoamos a criação em Nome de seu Criador, a Santidade em Si Mesma, Santidade Que Sua Própria criação compartilha; Santidade Que ainda é uma parte de nós.

*

Depois desta introdução, que unifica as próximas dez lições, a lição deste dia 17 de novembro, estendendo as ideias que praticamos nos últimos dias, se apresenta assim:

Pai, só em Ti está minha liberdade.

1. Não entendi o que me fez livre, nem o que minha liberdade é, nem onde procurar para encontrá-la. Pai, eu procurei em vão até que ouvi Tua Voz a me guiar. Agora não quero mais guiar a mim mesmo. Pois nem fiz nem entendi o modo de achar minha liberdade. Mas confio em Ti. Tu, Que me dotaste de minha liberdade como Teu Filho santo, não permanecerás perdido para mim. Tua Voz me guia e, finalmente, o caminho para Ti está aberto e livre para mim. Pai, só em Ti está minha liberdade. Pai, é minha vontade voltar.

2. Hoje respondemos pelo mundo, que será libertado conosco. Quão alegres ficamos por achar nossa liberdade pelo caminho inevitável estabelecido por nosso Pai. E quão certa é a salvação do mundo inteiro, quando aprendemos que nossa liberdade só pode ser encontrada em Deus.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pontos acerca dos quais vale a pena refletir

Oba, temos um 49º seguidor conosco! Bem-vindo, seja quem for a pessoa que está por trás deste pseudônimo. Espero que nossas lições diárias lhe sejam proveitosas e esclarecedoras. Espero também poder contar com sua colaboração e comentários, sempre que possível e conveniente. Vale também registrar e agradecer ao Cássio [vanicer] por sua reflexão/comentário à ideia da lição 317, ao qual Nina também dedicou sua atenção, comentário e agradecimento.

Antes da ideia que vai servir às nossas práticas de hoje, gostaria de voltar a um tema de que já falamos outras vezes, apenas para que nos situemos em relação as nossas responsabilidades acerca do mundo que percebemos, criamos e construímos a partir de nossas crenças. Sem que isso se torne bem claro, parece-me, não é possível sair de onde estamos para seguir na direção da cura; não é possível compreender claramente o que nos dizia a lição de ontem, ao nos apontar a razão pela qual viemos a este mundo; não é possivel aceitar que viemos para a salvação do mundo.

Assim, como já citei anteriormente, Ramana Maharshi esclarece nossa responsabilidade aqui, ao esclarecer qual é "a posição" de Deus em relação a este mundo. Diz ele que "Deus não tem nenhum desejo ou propósito em seus atos de criação, manutenção, destruição, retirada e salvação aos quais os seres estão sujeitos. (...) À medida que os seres colhem os frutos de suas ações conforme Suas leis [as de Deus], a responsabilidade é deles e não de Deus. (...) Você agradece a Deus as boas coisas que lhe acontecem, mas não Lhe agradece as coisas ruins também, e é aí que você erra".

É exatamente para aprendermos isso que o Curso oferece o Livro de Exercícios, que, já em suas lições iniciais, ensina que o mundo, e tudo o que aparentemente existe nele, é neutro, que todas as coisas do mundo, ele inclusive, só têm o significado que cada um de nós mesmos dá a elas - e a ele.

Outro ponto que precisa ficar bem claro se refere à vontade, à entrega e à dependência de Deus, que precisamos reconhecer, se quisermos nos curar e curar o mundo. Só o ego resiste à entrega, por entender a dependência de Deus como perda de poder. Porque, na verdade, o ego não entende o poder que recebemos de Deus, e que não tem nada a ver com sua própria ilusão de onipotência.

De acordo com o padre Thomas Keating, citado por Ken Wilber no livro Graça e Coragem, "o principal ato de vontade não é o esforço, mas o consentimento... Tentar obter as coisas pela força de vontade é reforçar o falso eu [o ego]... Mas à medida que a vontade sobe a escada da liberdade interior, sua atividade torna-se cada vez mais um consentimento para a aproximação de Deus, para o influxo da graça".

Dito isto, que deve servir como ponto de partida para reflexões mais profundas e para o melhor aproveitamento da lição 320, deste dia 16 de novembro, que encerra mais uma de nossas séries, aquela cujo objetivo foi oferecer uma nova visão do Juízo Final, conforme seu texto introdutório, dediquemo-nos à ideia que deve orientar nossas práticas de hoje, e que é a seguinte:


Meu Pai dá todo o poder a mim.

1. O Filho de Deus não tem limites. Não há nenhum limite para sua força, sua paz, sua alegria, nem para quaisquer características que seu Pai lhe deu em sua criação. O que ele quiser com seu Criador e Redentor tem de se cumprir. Sua vontade santa não pode ser negada nunca, porque seu Pai brilha sobre sua mente e deposita diante dela toda a força e todo o amor na terra e no Céu. Eu sou aquele a quem tudo isso é dado. Eu sou aquele em quem o poder da Vontade de meu Pai habita.

2. Tua Vontade pode realizar todas as coisas em mim e, então, estender-se também ao mundo inteiro por meu intermédio. Não há nenhum limite para Tua Vontade. E, dessa forma, todo o poder foi dado a Teu Filho.

domingo, 15 de novembro de 2009

Por que viemos a este mundo?

Do mesmo modo que ontem, a postagem de hoje se dá em um horário já bastante adiantado, um horário em que as práticas, se ainda não chegaram ao fim, devem estar muito perto dele. Antes de dormir. Mas a lição 319, deste dia 15 de novembro, é uma das mais importantes - se é que se pode dizer que uma lição é mais importante do que outra qualquer - desta segunda parte do Livro de Exercícios. A importância de que falo, porém, não se refere a esta lição específica de forma a compará-la a outras, e sim ao fato de que em muito poucas oportunidades nos damos o direito de exprimir claramente nossa função neste mundo, apesar de nos perguntarmos muitas vezes as razões pelas quais vivemos o que vivemos aqui, neste mundo de ilusões. A importância, pois, que atribuo a esta lição em particular se deve ao fato de ela nos pôr em contato com a ideia que define nossa função neste mundo, e que explica a razão pela qual estamos aqui, caso ainda não a tenhamos aprendido.

Do seguinte modo:

Eu vim para a salvação do mundo.

1. Eis aqui um pensamento do qual toda a arrogância foi retirada e em que só a verdade permanece. Pois a arrogância resiste à verdade. Mas, quando não existir nenhuma arrogância, a verdade virá imediatamente e preencherá o espaço que o ego deixou desocupado por mentiras. Só o ego pode ser limitado e, por isso, ele tem de buscar metas restritas e limitadoras. O ego pensa que a totalidade tem de perder aquilo que um ganha. E, no entanto, é a Vontade de Deus que eu aprenda que aquilo que um ganha é dado a todos.

2. Pai, Tua Vontade é completa. E a meta que brota dela compartilha sua totalidade. Que objetivo, a não ser a salvação do mundo, me poderia ter sido dado? E o que, a não ser isso, poderia ser a Vontade que meu Ser compartilha Contigo?

sábado, 14 de novembro de 2009

Harmonizar os papéis para a salvação

Espero que todos já tenham realizado suas práticas com a ideia da lição 318, deste dia 14 de novembro, apesar de meu atraso para a postagem, pelo que peço que me desculpem todos. Foi um dia atípico, porém, para mim. E só agora pude ligar o computador e entrar no blogue.

As práticas do dia buscaram nos levar a aprender que todos os papéis necessários para a salvação do mundo se harmonizam em cada um de nós, por nossa condição de Filhos santos de Deus. Da seguinte forma:

O meio e o fim da salvação são um só em mim.

1. Todos os papéis do plano do Céu para salvar o mundo se harmonizam em mim, Filho santo de Deus. O que poderia estar em desacordo, quando todos os papéis têm apenas uma finalidade e um único objetivo? Como poderia haver um só papel que fique isolado, ou um de maior ou menor importância do que os restantes? Eu sou o meio pelo qual o Filho de Deus é salvo, porque a finalidade da salvação é encontrar a inocência que Deus pôs em mim. Eu fui criado como a coisa que busco. Eu sou a meta que o mundo procura. Eu sou o Filho de Deus, Seu único Amor eterno. Eu sou o meio também o fim da salvação.

2. Meu Pai, permite que eu assuma hoje o papel que Tu me ofereces em Tua solicitação de que eu aceite a Expiação para mim mesmo. Pois dessa forma aquilo que se harmoniza em mim por meio dela se torna certamente harmonizado para Ti.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O "estado natural de todo Filho de Deus"

Comecemos agradecendo a volta da Duda aos comentários. Obrigado, Duda. É sempre um prazer saber que o objetivo do blogue, que é facilitar o acesso de todos às lições do UCEM, está sendo alcançado. Também há que agradecer a Nina por sua presença constante, por sua força, apoio e incentivo a que mais se manifestem, a que todos se manifestem cada vez mais para, juntos, chegarmos ao entendimento de que todos somos um só: o Filho de Deus, muito amado.

Neste dia 13 de novembro, sexta-feira, a lição de número 317 nos convida a praticar a ideia de que seguimos pelo caminho indicado por Deus. E, mais importante do que qualquer coisa, eu diria, é cada um de nós aprender e aceitar de coração que qualquer que seja o caminho que trilhamos, se encontramos nele a alegria de viver, a paz, a tranquilidade e a certeza de que nada nos pode ameaçar, estamos no caminho que Deus designou para nós. Caso não nos sintamos em casa, em paz, no caminho em que nos encontramos, podemos escolher novamente, pois, como diz o Curso, "a graça é o estado natural de todo Filho de Deus. Quando ele não está em estado de graça, está fora de seu ambiente natural e não funciona bem. (...) Um Filho de Deus só é feliz quando sabe que está em Deus".

É isso, então, que vamos praticar com a lição de hoje. Da seguinte forma:

Sigo pelo caminho que me foi designado.

1. Tenho um lugar específico a ocupar; um papel só para mim. A salvação espera até eu aceitar este papel como aquilo que escolho fazer. Até eu fazer esta escolha, sou escravo do tempo e do destino humano. Mas, quando eu, com boa vontade e alegria, seguir pelo caminho que o plano de meu Pai designou para eu seguir, então, reconhecerei que a salvação já está aqui, já foi dada a todos os meus irmãos e já é minha também.

2. Pai, é Teu caminho que escolho hoje. Escolho ir aonde ele me levar; escolho fazer aquilo que ele quer que eu faça. Teu caminho é inevitável e o fim é certo. A lembrança de Ti me espera lá. E todas as minhas tristezas terminam no Teu abraço, no abraço que Tu prometeste a Teu Filho, que pensou equivocadamente ter se perdido da proteção segura de Teus Braços amorosos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ideias básicas para mudar a percepção

Do mesmo modo como buscamos aprender a reconhecer que todos os dons que nossos irmãos possuem nos pertencem, com a ideia que praticamos ontem, a lição 316, deste dia 12 de novembro, nos dá a oportunidade de reconhecer que todas as dádivas que oferecemos a nossos irmãos também são nossas. Isso é como voltar ao reconhecimento de que "as ideias não deixam sua fonte". Ou de que "só temos, de fato, aquilo que damos". Ou ao conselho do Curso em um de seus capítulos "para ter, dá tudo a todos". Conceitos, ideias que são básicas para a mudança da percepção, a mudança necessária para se alcançar a "percepção verdadeira".

Assim, hoje, praticamos do seguinte modo:

Todas as dádivas que dou aos meus irmãos são minhas.

1. Assim como todas as dádivas que meus irmãos dão são minhas, cada dádiva que dou também me pertence. Cada uma permite que um erro passado se vá e não deixe nenhuma sombra sobre a mente santa que meu Pai ama. Sua graça me é dada em cada dádiva que um irmão recebe ao longo de todo o tempo e também além de todo o tempo. A casa de meu tesouro está cheia e anjos guardam suas portas para que nenhuma dádiva se perca e para que apenas se acrescente mais. Deixa que eu chegue aonde estão meus tesouros e entre no lugar aonde sou verdadeiramente bem-vindo e fico à vontade, entre as dádivas que Deus me dá.

2. Pai, quero aceitar Tuas dádivas hoje. Eu não as reconheço. Mas confio que Tu, Que as deu, vais prover o meio pelo qual eu possa vê-las, perceber seu valor e apreciar apenas elas como aquilo que quero.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Todas as dádivas são de Deus e de todos

Neste dia 11 de novembro, a ideia da lição 315 nos convida a reconhecer que temos todas as dádivas. É o Pai que dá todas as dádivas e não há nada que as possa retirar de nós. Como uma lição praticada anteriormente diz que tudo o que damos é a nós mesmos que damos, a lição de hoje nos presenteia com a possibilidade de aprendermos que todas as dádivas de qualquer um de nossos irmãos também são nossas. Porque todas as dádivas são de Deus e pertencem a todos.

Por isso praticamos da seguinte maneira:

Todas as dádivas que meus irmãos dão me pertencem.

1. A cada dia mil tesouros vêm a mim a todo momento que passa. Ao longo de todo o dia sou abençoado com dádivas cujo valor está muito além das coisas que eu possa imaginar. Um irmão sorri para outro e meu coração se alegra. Alguém diz uma palavra de gratidão ou misericórdia e minha mente recebe essa dádiva e a aceita como sua. E cada um que acha o caminho para Deus se torna meu salvador, indicando o caminho para mim e me dando sua convicção de que o que ele aprendeu certamente é meu também.

2. Eu te agradeço, Pai, pelas muitas dádivas que vêm a mim hoje e todos os dias de cada Filho de Deus. As dádivas de meus irmãos para mim não têm limites. Que eu possa agora lhes oferecer meus agradecimentos, para que a gratidão a eles possa me levar adiante em direção ao meu Criador e à lembrança d'Ele.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Aprendendo a voltar para casa

Conforme já havia dito ontem, é sempre interessante perceber a maneira pela qual o Curso nos conduz de um jeito sutil, suave, paciente e amoroso na direção da mudança de nossa forma de pensar a respeito do mundo, que criamos e construímos a partir da ilusão fundada pelo sistema de pensamento do ego. Todas as lições vão se apresentando de um modo tão sereno e pacífico, que basta abrirmos um pequenina brecha para a luz se apresentar, convidando-nos a voltar para casa. A voltar para o lugar de onde nunca saímos, a não ser na ilusão.

É assim com a lição 314, deste dia 10 de novembro, que complementa de forma perfeita as ideias que praticamos com as três lições anteriores. A primeira delas nos dizia que julgamos todas as coisas de acordo com o que queremos que elas sejam. A segunda, que vemos todas as coisas como queremos que sejam. Isto é, ambas as ideias nos apresentam um atestado de nossa própria responsabilidade em relação a tudo o que criamos e construímos, a partir de nossas crenças. A terceira, por fim, a de ontem, nos ensinava a pedir que o Espírito Santo, Deus, deixasse vir a nós "uma nova percepção". Pois só uma nova percepção do mundo, baseada em nossa aceitação da responsabilidade total e absoluta por tudo e por todos, é que pode nos oferecer a cura, a salvação. E nos devolver à alegria e à paz completas, à Vontade de Deus para nós todos, e para cada um de nós.

A ideia para as práticas de hoje, ampliando a lição a respeito do presente, o único tempo que existe, conforme já vimos anteriormente, nos convida a buscar "um futuro diferente do passado". Ou seja, nos ensina a abandonar o passado, acreditando verdadeiramente que ele se foi e que não pode nos atingir de nenhuma forma. A não ser que, de modo equivocado, nos queiramos manter presos a ele, aprisionando tudo e todos à volta de nós em uma condição que já não existe. Para tanto, nossas práticas se fazem da seguinte forma:

Busco um futuro diferente do passado.

1. A partir da nova percepção do mundo vem um futuro muito diferente do passado. Agora, o futuro é reconhecido apenas como uma extensão do presente. Erros do passado não podem lançar sombras sobre ele, de tal modo que o medo perde seus ídolos e suas imagens e, por não ter mais forma, não tem nenhum efeito. A morte não reivindicará o futuro agora, pois a meta do futuro no presente é a vida e todos os meios necessários são oferecidos com alegria. Quem pode se lamentar e sofrer quando o presente foi libertado e estende sua segurança e sua paz a um futuro tranquilo e cheio de alegria?

2. Pai, estávamos equivocados no passado e escolhemos usar o presente para ser livres. Agora, de fato, deixamos o futuro em Tuas Mãos, abandonando nossos erros passados, e na certeza de que Tu cumprirás Tuas promessas presentes e guiarás o futuro na luz santa delas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Abrir corações e mentes à percepção verdadeira

Na busca da "percepção verdadeira", que o Curso nos oferece como meta para esta segunda parte do Livro de Exercícios, aprendemos, com as duas lições anteriores, que, diferentemente do que nos ensina o mundo da ilusão, criado a partir do sistema de pensamento do ego, só nós mesmos somos os responsáveis por aquilo que vemos e sentimos. Ou não lhes parece que é exatamente isso o que quer dizer: "julgo todas as coisas como quero que sejam" e "vejo todas as coisas como quero que sejam"?

Nas práticas da ideia da lição 313, para este dia 9 de novembro, vamos pedir a Correção do Espírito Santo e do Juízo Final, para nossa percepção, abrindo nossos corações e mentes para um novo modo de julgar, de perceber, e de ver e sentir o mundo e todas as coisas que aparentemente existem na ilusão, pois é só a ilusão que precisa de correção. Da seguinte forma:

Agora, deixa vir a mim uma nova percepção.

1. Pai, há uma visão que percebe todas as coisas como inocentes, de forma que o medo acaba e, aonde ele estava, o amor é convidado a entrar. E o amor virá sempre que for solicitado. Essa visão é Tua dádiva. Os olhos de Cristo olham para um mundo perdoado. Na visão d'Ele todos os pecados estão perdoados, porque Ele não vê nenhum pecado em nada daquilo para que olha. Permite que a percepção verdadeira d'Ele venha a mim, agora, para que eu possa despertar do sonho de pecado e olhar para a inocência dentro de mim, que Tu mantiveste inteiramente inviolada sobre o altar a Teu Filho santo, o Ser com o qual quero me identificar.

2. Olhemos uns para os outros, hoje, com a visão de Cristo. Quão belos somos! Quão santos e quão amorosos! Vem e te junta a mim hoje, irmão. Nós salvamos o mundo, quando nos unimos. Pois em nossa visão ele se torna tão santo quanto a luz em nós.

domingo, 8 de novembro de 2009

"É impossível não ver aquilo que queremos ver."

Neste dia 8 de novembro, a lição 312 nos oferece mais uma oportunidade de mudança, oferecendo mais uma ideia que pode nos ajudar a mudar nosso modo de perceber o mundo. A ideia para as nossas práticas hoje aponta o caminho que pode nos levar a alcançar a "percepção verdadeira", a atingir a meta desta segunda parte do Livro de Exercícios. Ela se apresenta da seguinte forma:

Vejo todas as coisas como quero que sejam.

1. A percepção se segue ao julgamento. Depois de julgar, vemos então aquilo que queremos ver. Pois a vista serve simplesmente para nos oferecer o que queremos. É impossível não ver aquilo que queremos ver e deixar de ver aquilo que escolhemos ver. Com quanta certeza, então, o mundo real tem de vir saudar a visão santa de qualquer pessoa que adota o objetivo do Espírito Santo como sua meta para a visão. Aí, ela não pode deixar de olhar para aquilo que Cristo quer que ela veja e de compartilhar o Amor de Cristo por aquilo que vê.

2. Eu não tenho nenhum objetivo hoje a não ser o de olhar para um mundo liberado, livre de todos os julgamentos que fiz. Pai, esta é a Tua Vontade para mim hoje e, por isso, ela também tem de ser a minha meta.

sábado, 7 de novembro de 2009

O verdadeiro significado do Juízo Final

Hoje iniciamos a décima de nossas séries de lições destinadas a nos devolver, ou a nos oferecer, a "percepção verdadeira". Como não poderia deixar de ser há uma questão central que dá unidade às dez lições que começamos hoje com a de número 311. Um pequeno parêntese: Quem diria, não? Já nos aproximamos do final do ano. E, com ele, do encerramento de nosso primeiro ano de práticas em conjunto. Hoje, declarados, somos 48. Quantos seremos no próximo ano? Bem, voltemos à questão que vai orientar nossas práticas nos próximos dez dias e que se refere ao tão temido, porque não compreendido, Juízo Final, que o Curso nos apresenta da forma seguinte:

10. O que é o Juízo Final?

1. A Segunda Vinda de Cristo dá esta dádiva ao Filho de Deus: ouvir a Voz por Deus revelar que aquilo é falso é falso e que aquilo que é verdadeiro não muda nunca. E este é o julgamento no qual a percepção acaba. Primeiramente tu vê um mundo que aceita isso como verdadeiro, projetado a partir de uma mente, agora, correta. E, com essa visão santa, a percepção dá uma bênção silenciosa e, então, desaparece, alcançada sua meta e cumprida sua missão.

2. O juízo final sobre o mundo não contém nenhuma condenação. Pois ele vê o mundo como totalmente perdoado, inocente e totalmente sem própósito. Sem uma causa e, agora, sem uma função na visão de Cristo, ele finalmente some no nada. Aí ele nasceu e aí também acaba. E todas as imagens no sonho em que o mundo começou vão com ele. Agora, os corpos são inúteis e, por isso, se desvanecerão, porque o Filho de Deus não tem limites.

3. Tu, que acreditaste que o Juízo Final de Deus condenaria o mundo ao inferno junto contigo, aceita esta verdade santa: o Julgamento de Deus é a dádiva da Correção que Ele concedeu a todos os teus erros, libertando-te deles e de todos os efeitos que eles pareceram ter algum dia. Ter medo da graça redentora de Deus é apenas ter medo da liberação total do sofrimento, da volta à paz, à segurança e à felicidade, e da união com tua própria Identidade.

4. O Juízo Final de Deus é tão misericordioso quanto cada passo no plano designado por Ele para abençoar Seu Filho, e lhe pedir que volte à paz eterna que Deus compartilha com ele. Não tenhas medo do amor. Pois só ele pode curar toda a tristeza, enxugar todas as lágrimas e despertar suavemente de seu sonho de dor o Filho a quem Deus reconhece como Seu. Não tenhas medo disso. A salvação pede tu lhe dês boas vindas. E o mundo espera tua alegre aceitação, que o libertará.

5. Este é o Juízo Final de Deus: "Tu ainda és Meu Filho santo, eternamente inocente, eternamente amoroso e eternamente amado, tão sem limites quanto teu Criador, e inteiramente imutável e puro para sempre. Desperta, portanto, e volta para Mim. Eu sou teu Pai e tu és Meu Filho".

A partir deste texto introdutório, que o Curso nos orienta a ler todos os dias antes das lições desta série, passamos à lição de hoje, a de número 311, como já disse lá no início. Que se apresenta assim:

Julgo todas as coisas como quero que sejam.

1. O julgamento foi feito para ser uma arma contra a verdade. Ele separa aquilo contra o qual está sendo usado e o isola como se fosse uma coisa separada. E, então, faz dela aquilo que queres que seja. Ele julga aquilo que não pode compreender, porque não pode ver a totalidade e, por isso, julga de forma falsa. Não vamos usá-lo hoje, mas fazer dele uma dádiva Àquele Que tem um uso diferente para ele. Ele nos aliviará da agonia de todos os julgamentos que fazemos de nós mesmos e restabelecerá a paz de espírito, dando-nos o Juízo de Deus de Seu Filho.

2. Pai, esperamos com a mente aberta, hoje, ouvir Teu Juízo do Filho que Tu amas. Não o conhecemos e não podemos julgá-lo. E, assim, deixamos que Teu Amor decida o que ele, a quem Tu criaste como Teu Filho, tem de ser.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Persistir e persevar para viver a paz

Obrigado, Nina. Obrigado, Sania. Os comentários que vocês fazem - e todos os outros que partilham conosco suas impressões eventualmente - são sempre um incentivo à continuidade, à fidelidade ao compromisso de ser útil, via blogue, ao menos, buscando facilitar o acesso às lições e o entendimento delas para aprendermos, na prática, a dominar o ego, colocando-o a nosso serviço, a serviço do mundo e do Ser.

Neste dia 06 de novembro, com a lição 310, mais uma vez, chegamos ao fim de mais uma série destas lições destinadas a abrirem para nós as portas da "percepção verdadeira". Tomara sejamos persistentes e perseveremos em nossa caminhada até chegar a viver, não apenas hoje, mas todos os dias que restam em nossa caminhada por este mundo, na prática, a ideia que o Curso nos oferece hoje. E que se apresenta assim:

Passo o dia de hoje sem medo e com amor.

1. Este dia, meu Pai, quero passá-lo Contigo, da forma que Tu escolheste que todos os meus dias deveriam ser. E aquilo que experimentarei não pertence de modo algum ao tempo. A alegria que vem a mim não é dos dias nem das horas, pois ela vem do Céu a Teu Filho. Este dia será Teu doce lembrete para eu me lembrar de Ti, Teu chamado benevolente a Teu Filho santo, o sinal de que Tua graça veio a mim e de é Tua Vontade que eu seja libertado hoje.

2. Tu e eu passamos este dia juntos. E o mundo inteiro se junta a nós em nossa canção de agradecimento e alegria Àqule Que nos deu a salvação, e Que nos libertou. Fomos devolvidos à paz e à santidade. Não há lugar para o mundo em nós hoje, pois acolhemos o amor em nossos corações.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Olhar para dentro e achar a Vontade de Deus

Para começar, um agradecimento a Carmen, por sua contribuição, sempre preciosa. Obrigado, Carmen, muito interessante mesmo este seu comentário a respeito do "tempo do relógio" e do "tempo psicológico". Em seguida, como tem a ver com a ideia que vamos praticar com a lição 309 neste dia 05 de novembro, um pequenino trecho de Wei Wu Wei, se vocês me permitem. Diz o seguinte:

A maior parte de nossas dificuldades, aquilo que os Mestrem descrevem como nossa "ignorância", é resultado de nossa objetivização inata de tudo.
A resposta, naturalmente, está dentro, a visão subjetiva - registra-se o próprio Jesus como tendo dito isso pelo menos um par de vezes.

Esta nossa "objetivização inata" é que nos faz transformar tudo o que vemos em objetos, como se o que somos dependesse daquilo que podemos objetivizar. Esquecemo-nos de que tudo o que vemos é apenas uma projeção daquilo que está dentro de nós, uma vez que "não há nada fora de ti", como já disse anteriormente Wei Wu Wei e como diz o Curso. Como podemos ver isso está em perfeita sintonia com a ideia que a lição de hoje nos oferece para as práticas, e que se apresenta assim:

Não terei medo de olhar para dentro hoje.

1. A inocência eterna está dentro de mim, porque é Vontade de Deus que ela esteja lá para todo o sempre. Eu, Seu Filho, cuja vontade não tem limites tal qual a Própria Vontade d'Ele, não posso desejar nenhuma mudança nisso. Pois negar a Vontade de meu Pai é negar minha própria vontade. Olhar para dentro é apenas encontrar minha vontade tal qual Deus a criou e tal qual ela é. Eu tenho medo de olhar para dentro porque imagino que criei outra vontade que não é verdadeira e a tornei real. Mas ela não tem nenhum efeito. Dentro de mim está a Santidade de Deus. Dentro de mim está a lembrança d'Ele.

2. O passo que dou hoje, meu Pai, é minha liberação infalível de sonhos vãos de pecado. Teu altar continua sereno e puro. É o altar santo para meu Ser, e encontro nele minha Identidade verdadeira.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Alcançar a salvação no presente

O encontro de ontem! Ah, o encontro de ontem! Apesar da ausência de muitos colegas, que habitualmente estão conosco, o encontro foi maravilhoso. Como não podia deixar de ser. Como sempre é, não é mesmo? O texto para a leitura e reflexão, selecionado a dedo pelo Espírito Santo, foi A dádiva da liberdade, quarto subcapítulo do Capítulo 8, A JORNADA DE VOLTA, das páginas 153 a 155. Começa assim: " Se a Vontade de Deus para ti é a paz e a alegria completas, a menos que vivencies [vivas, experimentes] só isso, tens de estar te recusando a reconhecer a Vontade d'Ele". Vale a pena ler e reler, pois contém vários pontos muito importantes para o entendimento do Curso, por qualquer um que esteja, de fato, interessado em aprender.

Antes da ideia da lição 308, deste dia 04 de novembro, quero lhes oferecer um pequeno trecho de um livro intitulado A história da Lili, escrito pela querida Lillian Paes, a tradutora do UCEM para a Língua Portuguesa, a quem somos todos muito agradecidos. O trecho, em meu modo de entender, diz respeito às nossas conversas de ontem e também tem relação com a ideia para nossas práticas de hoje. Por isso o incluo aqui. Diz ele o seguinte:

Não procurar justificar, nem mudar, nem fazer diferente. Tu te preocupas em tentar mudar o conteúdo de um sonho ao acordar? A criatura que conheces, esse pequeno ser sempre ameaçado, sempre na defensiva, precisa da tua proteção, não do teu ataque. Contudo, essa possibilidade só nos é dada quando somos capazes de oferecê-la ao outro.

Essa luz nos é dada. Não há nada a fazer. Quanto mais nos empenhamos em negar o sonho, mudar o sonho, criticar o sonho, mais 'real' ele se torna. (...) Olha para todas as coisas da vida como são, e age na prática de acordo com os teus desejos mais profundos. Pouco importa se são nobres ou ignóbeis [aos olhos do ego, eu diria].

Estendendo e complementando as ideias do texto de ontem e deste trecho do livro de Lillian, a lição de hoje nos convida a fincar pé no presente. E a perceber que "este instante", o que vivemos aqui e agora, "é o único tempo que existe". E é só nele que podemos alcançar a salvação. A nossa e a do mundo inteiro. Assim, praticamos do seguinte modo:

Este instante é o único tempo que existe.

1. Concebo o tempo de tal maneira que frustro meu objetivo. Se eu escolher alcançar a intemporalidade além do tempo, tenho de mudar minha percepção a respeito da serventia do tempo. A finalidade do tempo não pode ser a de manter o passado e o futuro como uma coisa só. O único espaço em que posso ser salvo do tempo é agora. Pois o perdão chega para me libertar neste instante. O nascimento de Cristo é agora, sem um passado ou um futuro. Ele vem para dar Sua bênção presente ao mundo, devolvendo-o à intemporalidade e ao amor. E o amor está sempre presente, aqui e agora.

2. Obrigado por este instante, Pai. É agora que sou redimido. Este instante é o momento que Tu escolheste para a liberação de Teu Filho, e para a salvação do mundo nele.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Minha vontade e a de Deus são a mesma

Antes de passarmos à ideia da lição 307, para as práticas deste dia 3 de novembro, vamos dar as boas vindas a mais uma pessoa que se junta a nós, e que se identifica como 'Eu Sou Luz', que é o que somos todos nós, na verdade. Bem-vinda, Eu Sou Luz. Espero que você se sinta à vontade aqui para compartilhar suas descobertas, suas questões e dividir conosco aquela parte da sabedoria que temos em comum na unidade de que fazemos parte e da qual não lembramos sozinhos. Pelo que desde já agradecemos, agradecendo a todos também pelas contribuições e comentários todos dos últimos dias e lições.

A lição de hoje nos convida a praticar apenas aquilo que é nossa vontade em Deus, deixando de lado quaisquer ideias que reforcem a crença de uma vontade diferente da d'Ele, que não existe e que só pode ser ilusão. Para tanto, ela se apresenta assim:

Desejos contraditórios não podem ser minha vontade.

1. Pai, Tua Vontade é a minha, e só ela. Não existe nenhuma outra vontade para mim. Não permitas que eu tente criar outra vontade, pois isso não faz sentido e me trará sofrimento. Só Tua Vontade pode me trazer felicidade, e só Tua Vontade existe. Se eu quiser ter aquilo que só Tu podes dar, tenho de aceitar Tua Vontade para mim, para alcançar a paz onde o conflito é impossível; onde nada contradiz a verdade santa segundo a qual continuo a ser como Tu me criaste.

2. E, com esta prece, penetramos silenciosamente em um estado ao qual o conflito não pode vir, porque unimos nossa vontade à de Deus, em reconhecimento de que elas são a mesma.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Para ver um mundo perdoado e em paz

Neste dia 2 de novembro, com a lição 306 a ideia que praticamos é a que nos leva a buscar apenas a dádiva que a visão de Cristo nos pode dar. A paz que nos permite salvar o mundo inteiro. E, se praticamos desde o início do ano de acordo com as orientações que o Curso nos oferece, o mundo já não é mais o mesmo. Já aprendemos a olhar para ele, ao menos em alguns momentos, de modo diferente. E a vê-lo perdoado e em paz. Por isso, a lição de hoje nos pede para praticar assim:

A dádiva de Cristo é tudo o que busco hoje.

1. O que, a não ser a visão de Cristo, eu usaria hoje, se ela pode me oferecer um dia em que vejo um mundo tão parecido com o Céu que uma lembrança antiga volta a mim? Hoje posso esquecer o mundo que fiz. Hoje posso ultrapassar todo o medo e ser devolvido ao amor, e à santidade e à paz. Hoje sou redimido, e nasço de novo em um mundo de misericórdia e de carinho; de bondade amorosa e da paz de Deus.

2. E, assim, Pai nosso, voltamos a Ti, lembrando-nos de que nunca partimos, lembrando-nos de Tuas dádivas santas para nós. Com gratidão e reconhecimento vimos de mãos vazias e corações e mentes abertos, pedindo apenas aquilo que Tu dás. Nós não podemos fazer uma oferenda adequada a Teu Filho. Mas, no Teu Amor, a dádiva de Cristo é dele.

domingo, 1 de novembro de 2009

Para alcançar a paz que só Cristo dá

Neste dia 1º de novembro, as práticas com a ideia da lição 305 querem nos lembrar de uma paz de que nos esquecemos há muito tempo. Uma paz que está escondida em nós mesmos, mas que não podemos perceber ou experimentar, enquanto dermos ouvidos às ilusões com que o ego busca manter seu mundo e nos manter presos a ele. É essa paz que buscamos. É a paz que herdamos do Pai, e que poderemos alcançar sempre que abandonarmos a visão de mundo que o ego nos oferece e a substitirmos pela visão do Cristo.

Hoje praticamos buscar contato com essa paz, por meio da lição que se apresente assim:

Há uma paz que Cristo nos dá.

1. Aquele que utiliza apenas a visão de Cristo encontra uma paz tão profunda e serena, tão imperturbável e tão totalmente imutável, para a qual o mundo não tem nenhum equivalente. As comparações se calam diante dessa paz. E o mundo inteiro se afasta em silêncio quando essa paz o envolve e o traz suavemente à verdade, para não ser mais a morada do medo. Pois o amor chegou e curou o mundo ao lhe dar a paz de Cristo.

2. Pai, a paz de Cristo nos é dada porque é Tua Vontade que sejamos salvos. Ajuda-nos hoje a aceitar apenas Tua dádiva e a não julgá-la. Pois ela veio para nos salvar de nosso julgamento de nós mesmos.