segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Todas as coisas do mundo são neutras

A lição 243, para este dia 31 de agosto, oferece uma ideia que nos permite aprender a pôr em prática o ensinamento do Curso segundo o qual todas as coisas do mundo são neutras. O pensamento a orientar nossas práticas diz: Hoje não julgarei nada do que acontecer. Nada mais adequado a se fazer quando temos consciência de que não sabemos, de fato, o que é o mundo, nem para que ele serve, não é mesmo?

Assim, a lição se apresenta do seguinte modo:

Hoje não julgarei nada do que acontecer.

1. Serei honesto comigo mesmo hoje. Não vou pensar que já sei aquilo que tem de permanecer além do meu entendimento atual. Não vou pensar que compreendo o todo a partir de fragmentos da minha percepção, que são tudo o que posso ver. Reconheço hoje que isso é assim. E, por isso, estou livre de julgamentos que não posso fazer. Desta forma me liberto e liberto aquilo que vejo para ficar em paz tal como Deus nos criou.

2. Pai, hoje deixo a criação livre para ser ela mesma. Louvo todas as suas partes nas quais me incluo. Somos um porque cada parte contém a memória de Ti e porque a verdade tem de brilhar em todos nós como em um só.

domingo, 30 de agosto de 2009

Entregar nossos caminhos a Deus

A lição 242, deste 30 de agosto, nos convida a oferecer este dia a Deus. Eu diria, aliás, melhor se aprendêssemos a oferecer a Ele todos os nossos dias, reconhecendo que não sabemos o que é melhor para nós, certos de que Seu Espírito Santo, que vai conosco aonde formos, sabe.

Dentro do tema, O que é o mundo?, a lição de hoje nos orienta a deixarmos a cargo de Deus a condução de nossos caminhos, para não retardarmos nossa volta a casa, ao lugar de onde nunca saímos. Assim, ela se apresenta do seguinte modo para nossas práticas:

Este dia é de Deus. É minha dádiva a Ele.

1. Eu não vou conduzir minha vida sozinho hoje. Eu não entendo o mundo e, por isso, tentar conduzir minha vida sozinho tem de ser apenas tolice. Mas há Alguém Que sabe tudo o que é melhor para mim. E Ele fica feliz por não fazer nenhuma escolha por mim a não ser aquelas que conduzem a Deus. Eu ofereço este dia a Ele, pois não quero atrasar minha volta a casa, e é Ele Quem conhece o caminho para Deus.

2. E assim Te damos o dia de hoje. Viemos com mentes inteiramente abertas. Não pedimos nada do que achamos que queremos. Dá-nos aquilo que Tu queres que recebamos. Tu conheces todos os nossos desejos e todas as nossas necessidades. E Tu vais nos dar tudo o que precisamos para nos ajudar a achar o caminho para Ti.

sábado, 29 de agosto de 2009

Aprender o que é o mundo

Damos início hoje, 29 de agosto, a uma nova série cujo tema central é: O que é o mundo? E para que pensemos melhor acerca de tudo que julgamos que o mundo é, ou não é, o Curso apresenta o tema central com a afirmação: "O mundo é percepção falsa". E por quê? Continua, porque "ele nasceu do erro, e não abandona sua fonte". Lembram das primeiras lições que nos diziam que as ideias não abandonam sua fonte? Assim também é com o mundo, que é apenas uma ideia que, como todas, não pode abandonar sua fonte.

Melhor ainda é que o UCEM nos informa que o mundo "não durará mais do que o tempo no qual o pensamento que lhe deu origem é cultivado". Isto é, vem a seguir, "quando a ideia de separação se tranformar em um pensamento de perdão verdadeiro, o mundo será visto sob outra luz; e uma luz que leva à verdade, na qual o mundo inteiro tem de desaparecer e todos os seus efeitos sumirem".

Assim, nossas práticas de hoje, da lição 241, devem utilizar a seguinte forma:

A salvação chegou neste instante santo.

1. Que alegria existe hoje! É um momento de celebração especial. Pois o dia de hoje oferece ao mundo sombrio o instante em que se estabelece sua liberação. Chegou o dia em que a tristeza acaba e a dor desaparece. Hoje a glória da salvação desponte sobre um mundo liberto. Este é o momento da esperança para milhões incontáveis. Eles serão reunidos agora à medida que os perdoas a todos. Pois hoje eu serei perdoado por ti.

2. Agora nós nos perdoamos uns aos outros e, deste modo, enfim, chegamos a Ti novamente. Pai, Teu Filho, que nunca partiu, volta ao Céu e a seu lar. Quão alegres estamos por ter de volta nossa santidade e por lembrar que somos todos um só.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Salvar-se é libertar-se do medo

Não quero me alongar muito neste comentário que antecede a lição 240, deste dia 28 de agosto. Encerramos hoje a segunda série de lições dedicadas à "aquisição de percepção verdadeira". E, para tanto, o Curso nos oferece uma ideia capaz de, por si só, nos salvar - a cada um de nós individualmente - e ao mundo inteiro, por consequência. Lembram-se de que o tema central desta série é a salvação? O que poderia ser mais libertador do que abolir o medo de nossas vidas? Qualquer medo? O que poderia nos dar mais liberdade do que aprender que nunca há justificativa para o medo?

Vejamos, pois, de que forma a lição se apresenta [as diferenças, quando houver, se devem ao fato de eu estar traduzindo direto do original, como já expliquei]:

O medo não se justifica de forma alguma.

1. Medo é engano. Ele declara que vês a ti mesmo de uma forma que nunca poderias ser e, por isso, olhas para um mundo que é impossível. Nem uma única coisa neste mundo é verdadeira. Não importa a forma com a qual ela se apresente. Ela apenas testemunha tuas próprias ilusões a respeito de ti mesmo. Não nos deixemos enganar hoje. Somos os Filhos de Deus. Não existe medo em nós, porque cada um de nós é uma parte do Próprio Amor.

2. Quão tolos são nossos medos! Tu permitirias que Teu Filho sofresse? Dá-nos fé para reconhecermos Teu Filho hoje e para o libertarmos. Vamos perdoá-lo em Teu Nome, para podermos entender sua santidade e sentir por ele o amor que é Teu Próprio Amor também.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Todas as coisas cooperam para o bem!

Neste dia 27 de agosto, antes de passarmos à lição 239, gostaria de aproveitar o momento para agradecer pelos comentários postados ontem por Marilisa, Carmen, Nina, Duda e Dani, dois deles falando a respeito das percepções acerca do encontro de terça.

É claro que é o ego que cria toda a confusão e toda a discussão, e busca argumentos e alega se apoiar na lógica e na razão. E também é ele que gosta e se alegra com tais situações. Sempre! Isto, porém, não significa dizer que o que aconteceu é bom ou ruim. É neutro, como tudo o que existe neste mundo, apenas para situar as sensações resultantes do embate de ideias desencontradas a respeito do que é e do que não é o ego, do questionamento acerca da possibilidade de se viver ou não neste mundo sem ele. Significa somente que, de acordo com o ensinamento do UCEM, ainda não aprendemos que todas as coisas cooperam para o bem, que todas as situações por que passamos, mesmo as experimentadas a partir do ego, na ilusão, podem ser - e são - aproveitadas pelo Espírito Santo para nos mostrar o caminho que leva na direção do Ser. Para nos ajudar a lembrar, por assim dizer, daquilo que verdadeiramente somos.

Agradeço imensamente pela oportunidade de compartilhar com cada um de vocês meu modo de ver e entender o que o Curso tenta nos ensinar. Creio, pedindo licença para citá-lo, que nosso amigo, colega, estudante e também trabalhador/professor de UCEM, Roberto Gaensly, recém chegado a nosso grupo, é capaz de se referir ao ensinamento a partir de uma reflexão bastante profunda quanto à possibilidade de que as práticas a que o Curso nos convida sirvam como um instrumento para que, de verdade, abandonemos o ego. Pois, quem, de fato, acredita na mensagem e na fonte da qual ela veio até nós, tem de se lembrar que Jesus dizia que cada um de nós é capaz de fazer tudo o que ele fez da mesma forma que ele, ou mais e melhor. Isso não significará que, sim, podemos aprender a viver neste mundo "o sonho feliz", por saber que o que vivemos aqui, na forma, por meio dos sentidos, é um sonho?

Lembram-se da citação de que lhes falei duas semanas atrás?

"Quando ainda estás fragmentado,
e inseguro - que diferença
faz quais sejam as tuas decisões?" (Hakim Sarai)

Simplificando ao extremo, é mais ou menos isso, eu diria, que o Curso busca nos fazer ver. E mais, que, enquanto acreditarmos na separação, vamos ter medo da unidade e de tudo o que ela nos oferece.

Talvez possamos aproveitar a lição de hoje para aprofundar a reflexão a respeito de tudo quanto falamos. Vamos, então, a ela:

A glória de meu Pai é minha.

1. Não deixemos que a verdade sobre nós mesmos fique escondida hoje por uma humildade falsa. Sejamos gratos, em vez disso, pelas dádivas que nosso Pai nos deu. Podemos ver qualquer traço de culpa naqueles com quem Ele compartilha Sua glória? E é possível que não estejamos entre eles, se Ele ama Seu Filho para sempre com fidelidade perfeita, sabendo que ele é como Ele o criou?

2. Nós Te agradecemos, Pai, pela luz que brilha em nós para sempre. E nós a reverenciamos porque Tu a compartilhas conosco. Somos um só, unidos nessa luz e um Contigo, em paz com toda a criação e com nós mesmos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sabemos o quanto Deus nos ama?

Antes de passarmos à lição 238 deste dia 26 de agosto, quero aproveitar para fazer um breve comentário a respeito da leitura que fizemos em grupo ontem e da conversa que tivemos acerca do que lemos, e de nosso entendimento - o de cada um - do significado de alguns dos conceitos e do objetivo do Curso.

Antes de mais nada, gostaria de dizer, é necessário termos em mente que o que se espera dos encontros é que eles sejam um momento em que buscamos deixar o ego de lado, para, abrindo-nos ao divino em nós mesmos, nos ligarmos ao Espírito Santo, entregando a Ele todos os nossos equívocos, todas as nossas dúvidas, todas as nossas questões. Não é preciso, de modo algum, que busquemos defender qualquer ponto de vista próprio [do ego], nem que reforcemos o quanto ainda nos sentimos separados uns dos outros, discordando ou fechando nossas mentes e corações aos modos pelos quais os outros se expressam ou exprimem seu modo de entender.

O que buscamos, via UCEM, na verdade, é aprender uma forma de olhar para o outro [e para o mundo todo] amorosamente, sabendo-o um aspecto diferente do divino em nós, que se revela sem deixar de ser parte da unidade de que todos somos partes e completamos. Enfim, o que buscamos é "um outro jeito" de lidar com o mundo e com tudo o que aparentemente existe, isto é, a mesma coisa que Bill dizia a Helen antes da existência do Curso. E, de acordo, com Helen, o Curso, aparentemente, é este "outro jeito".

Apenas para situar um ponto muito importante para todos os que tomam contato com o UCEM, e que participam de grupos de estudos, é, eu diria, primordial, crucial, vital [e poupa muito tempo e discussão] a leitura, antes de qualquer coisa, da Introdução Geral ao Curso, das notas a respeito da tradução e do Prefácio. Da mesma forma que é preciso dar o primeiro passo para se começar a caminhar em qualquer direção, é também necessário que se leia, ao final do livro, um pequeno capítulo intitulado Esclarecimento de Termos. Não há como se lidar com os conceitos que o Curso trabalha sem se estar atento, sem se estar ciente do significado de tais termos para o ensinamento com que estamos em contato.

Dito isto, vamos, hoje, buscar nos lembrar de que o tema central que norteia esta série de lições que praticamos é a salvação: O que é a salvação? Reforçando, o texto introdutório a esta série nos diz que "a salvação é uma promessa, feita por Deus, de que encontrarias finalmente teu caminho até Ele", uma promessa que será cumprida sem sombra de dúvida. Pois "ela garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamentos nascidos do tempo também terão um fim"... Assim, a salvação é tão somente um "desfazer", isto é, um não dar crédito às ilusões que construímos neste mundo, o que as afasta e as abandona.

A lição 238, então, se apresenta da seguinte forma [estou traduzindo do original utilizando palavras um pouco diferentes das do livro]:

Toda a salvação depende de minha decisão.

1. Pai, Tua confiança em mim é tão grande que eu tenho de ser digno. Tu me criaste e me conheces tal como sou. E, mesmo assim, Tu puseste em minhas mãos a salvação de Teu Filho e a deixaste depender de minha decisão. Eu, realmente, tenho de ser Teu amado. E devo permanecer imperturbável na santidade também, para que, na certeza de que ele está seguro, queiras me dar Teu Filho, Que ainda é parte de Ti e que, não obstante, é meu, porque Ele é meu Ser.

2. E, assim, mais uma vez hoje, paramos para pensar o quanto nosso Pai nos ama. E quão caro Seu Filho, criado por Seu Amor, continua sendo para Aquele Cujo Amor se torna completo nele.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Aceitar a verdade a nosso próprio respeito

Caros, caras, vocês já repararam como todas as ideias que o Curso oferece estão intimamente ligadas umas às outras para formar um sistema de pensamento perfeitamente orientado pelo Espírito Santo, o único capaz de permitir a correção dos equívocos a que nos induz o sistema de pensamento do ego?

Se não, vejamos. Não lhes parece ficar bem claro que a lição de ontem foi apenas uma preparação para a de hoje, uma vez que a lição 237, deste dia 25 de agosto, para nossa alegria e salvação, convida a sermos agora como Deus nos criou? E deixa claro também que, para "eu ser como Deus me criou", preciso aprender a dominar e a dirigir minha mente, conforme ensinava a ideia de nossas práticas de ontem?

Nossa salvação, a de cada um de nós e a do mundo inteiro, tema central desta série de exercícios, objeto de nossas práticas atuais, está diretamente relacionada à aceitação da verdade a respeito de nós mesmos. Só aceitando que "ainda sou como Deus me criou", uma ideia que já vimos várias vezes, posso permitir que a luz da alegria perfeita e da perfeita inocência em mim se mostre, e venha iluminar o mundo, oferecendo-lhe a paz e o amor que Deus estende a tudo e a todos, por meu intermédio e por intermédio de todos e de cada um de nós, uma vez aceita a Expiação.

Nossas práticas de hoje, obedecendo às instruções dadas anteriormente para elas, se fazem, então, do seguinte modo:

Agora quero ser como Deus me criou.

1. Aceitarei a verdade acerca de mim mesmo hoje. E me elevarei em glória e permitirei que a luz em mim brilhe sobre o mundo ao longo de todo o dia. Trago ao mundo as boas novas da salvação que ouço quando Deus, meu Pai, fala comigo. E vejo o mundo que Cristo quer que eu veja, ciente de que ele põe fim ao sonho amargo de morte, ciente de que ele é o Chamado de meu Pai para mim.

2. Cristo é os meus olhos hoje, e Ele é os ouvidos que escutam a Voz por Deus hoje. Pai, venho a Ti por intermédio d'Aquele Que é Teu Filho e também meu Ser verdadeiro. Amém.

Post Scriptum:
Acho que sempre vale a pena e aconselho a leitura dos comentários de nossos colegas, alunos e mestres, estudantes e professores de milagres, quando eles aparecem após uma postagem. Muitas vezes eles se referem a dúvidas e/ou certezas comuns a nós todos e podem servir também, noutras, para revelar aspectos de nós mesmos que não conhecíamos, ou dos quais não tínhamos consciência, entre outras coisas.

Para os que não as conhecem, Dani (bobdaniela) e Cristiane (cristianemadsen) - vejam os comentários da lição de ontem - são duas amigas brasileiras, que moram na Indonésia e em Cingapura, respectivamente, e que nos oferecem o privilégio de sua amizade e compartilham conosco seu interesse pelo UCEM. Mais interessante ainda foi descobrir há alguns dias que a família da Dani é minha vizinha no bairro onde moro. Ela já disse que em uma das vindas ao Brasil vai tentar participar de um encontro em um de nossos grupos de estudo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Para aprender a dominar a mente

"Neste dia de tua vida, caro(a) amigo(a), eu acredito que Deus quer que saibas...

... que ninguém precisa de tua ajuda.

Eu sei, eu sei... esta é difícil. Mas é verdade.

Isso não significa, porém, que ninguém quer tua ajuda, ou que ninguém poderia utilizar tua ajuda. Significa apenas que o pensamento segundo o qual outro Aspecto do Divino é impotente sem ti é incorreto.

Por isso, não faças nada porque pensas que alguém precisa de ti. Isso só constroi ressentimento. Faze qualquer coisa que fizeres como um meio de decidir, declarar, criar e experimentar quem tu és - e quem escolhes ser. Assim nunca te sentirás vitimizado, impotente ou sem escolha.

Pois não? Vês como tudo é simples? Foge da vitimização.

Com amor, teu amigo

Neale [Donald Walsch]"

Recebi esta mensagem do site do autor da trilogia Conversando com Deus há já algum tempo e já há algum tempo queria compartilhá-la com vocês, mas apenas hoje me pareceu se apresentar a oportunidade correta, uma vez que acho que ela pode ajudar bastante nas práticas da lição 236, que o Curso nos oferece neste dia 24 de agosto. A ideia para hoje nos oferece, além de mais um instrumento muito poderoso, mais uma grande oportunidade para limpar a mente daquelas crenças que dificultam o aprendizado e nos impedem de seguir adiante.

Como já disse algumas vezes anteriormente, nos encontros com os grupos de estudos do UCEM de que participo, uma das maravilhosas lições que aprendi em meus primeiros contatos com o Curso foi a que me informou que só eu sou responsável pelos meus pensamentos. E são eles que desencadeiam em mim, assim como em qualquer um de nós, as emoções todas que alteram os processos químicos e biológicos internos e provocam as reações que escolho experimentar e que ajudam, ou atrapalham - em geral nossas reações mais atrapalham do que ajudam -, a construir de forma saudável e equilibrada meus relacionamentos com o mundo e com as coisas e pessoas do mundo.

Assim, as práticas da ideia da lição de hoje, com a mente já livre da ideia de que alguém precisa de nossa ajuda, conforme a mensagem que abriu esta conversa, vão nos ensinar a usar a mente do modo certo, o modo que leva em conta o sistema de pensamento do Espírito Santo. E novamente vou lhes oferecer uma versão levemente diferente da oferecida pelo livro, uma vez que escolhi outras palavras para traduzir a lição do original. Mas lembrem-se, como já disse antes, de usar a forma que lhes soar melhor para as práticas, considerando como o mais importante apenas aquilo que as palavras não conseguem dizer.

A lição se apresenta, então, da seguinte forma:

Eu domino minha mente, que só eu tenho de dominar.

1. Possuo um reino que tenho de governar. Às vezes, não parece absolutamente que sou seu rei. Ele parece triunfar sobre mim e me dizer o que pensar, e o que fazer e sentir. E, não obstante, ele me foi dado para atender a qualquer objetivo que eu perceba nele. Minha mente só pode servir. Hoje entrego o serviço dela ao Espírito Santo para que Ele a empregue como julgar conveniente. Deste modo, eu dirijo minha mente que só eu tenho de dominar. E deste modo eu a liberto para fazer a Vontade de Deus.

2. Pai, minha mente está aberta a Teus Pensamentos e fechada, hoje, a qualquer pensamento que não o Teu. Eu domino minha mente e a ofereço a Ti. Aceita minha dádiva, pois ela é Tua para mim.

domingo, 23 de agosto de 2009

Mais um passo para a percepção verdadeira

Espero, a esta altura, neste 23 de agosto, que todos já tenham feito suas práticas do dia, tendo reservado apenas um espaço para a última antes de deitar, além, é claro, da lembrança da ideia de hoje a cada hora. A lição 235 deste dia traz mais uma ideia bastante útil para a "aquisição da percepção verdadeira", o objetivo desta segunda parte do Livro de Exercícios. E também tem a ver com a salvação, o tema central desta série.

Mais uma vez vou lhes oferecer uma versão um pouco diferente da que está no livro, lembrando que as práticas devem ser feitas com o formato que lhes parecer melhor. Minha versão apenas se vale de outras palavras para dizer a mesma coisa de uma forma que, a mim, parece ficar um pouco mais clara. Porém, vale lembrar que todas as palavras que usamos também são parte da escolha que fazemos. E que o que importa, na verdade, é o que está além das palavras.

Assim temos o seguinte:

Deus, em Sua Misericórdia, quer que eu seja salvo.

1. Eu só preciso olhar para todas as coisas que parecem me ferir e garantir a mim mesmo com perfeita certeza: "Deus quer que eu seja salvo disso", para vê-las desaparecerem simplesmente. Eu só preciso ter em mente que a Vontade de meu Pai é só felicidade para descobrir que só a felicidade vem a mim. E eu só preciso lembrar que o Amor de Deus envolve Seu Filho e mantém perfeita sua inocência para sempre para ter certeza de que estou eternamente salvo e em segurança em Seus Braços. Eu sou o Filho que Ele ama. E estou salvo porque Deus, em Sua misericórdia, quer que assim seja.

2. Pai, Tua Santidade é minha. Teu Amor me criou e tornou minha inocência parte de Ti para sempre. Não há nenhuma culpa nem pecado em mim, porque não há nenhum em Ti.

sábado, 22 de agosto de 2009

Recebendo o abraço amoroso de Deus

Neste dia 22 de agosto, a lição de número 234 traz às nossas práticas uma ideia que permite que nos lembremos de nós mesmos como de fato somos, como nunca deixamos de ser e como nunca poderemos deixar de ser. Dito de outra forma, a ideia para as práticas de hoje nos oferece a salvação e nos devolve aos braços amorosos de Deus, Pai, Mãe, Tudo, de onde, na verdade, nunca saímos. Isso, por sua vez, permite que nos lembremos de que somos também responsáveis pela salvação do mundo inteiro e que basta vê-lo assim, envolvê-lo também no abraço em que estamos envolvidos, para que ele esteja salvo conosco, uma vez que qualquer outro modo de ver é apenas parte da ilusão criada pela crença equivocada na separação.

Li outro dia, num livro de James Carse, uma frase que, acredito, pode ser de muita valia para o aprendizado a que nos dedicamos. Ela pode nos ajudar a deixar de lado as ilusões e a abandonar a ideia de que sabemos alguma coisa. Ou, ainda, nos ajudar a acreditar e a aceitar que aquilo que sabemos, ou que pensamos saber, na verdade, não tem importância nenhuma [lembram-se dos primeiros exercícios?]. Diz o seguinte: "não é aquilo que não sabemos, mas o que sabemos que nos limita". Pensem nisto.

A partir disso, ofereço-lhes aqui, hoje, mais um modo de ver, uma nova forma de traduzir a lição deste dia, que fica assim:

Pai, hoje sou de novo o Teu Filho.

1. Hoje experimentaremos de antemão o momento em que os sonhos de pecado e de culpa desaparecem e no qual alcançamos a santa paz que nunca deixamos. Passou-se apenas um instante muito pequeno entre a eternidade e a intemporalidade. O intervalo foi tão breve que não houve lapso na continuidade nem interrupção nos pensamentos que estão unificados como um só para sempre. Nada jamais acontece para perturbar a paz de Deus o Pai e o Filho. Hoje, aceitamos isso como inteiramente verdadeiro.

2. Pai, nós Te agradecemos porque não podemos perder a lembrança de Ti e do Teu Amor. Reconhecemos nossa segurança e damos graças por todas as dádivas que Tu nos concedes, por toda a ajuda amorosa que recebemos, por Tua paciência eterna e pelo Verbo que Tu nos dás que garante que estamos salvos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Aprendendo a exercitar a entrega

Caros, caras, não consegui chegar ao computador antes desta hora para a postagem da lição de número 233, deste dia 21 de agosto. E sabem quando a gente meio que perde o embalo, por se ocupar de uma série de coisas outras que nos desviam daquilo que, de fato, queremos e achamos que precisamos fazer? Dá uma preguiça, não? Será que agora não é muito tarde? E a gente fica se perguntando se deve ou não deve ir em frente e fazendo todo tipo de elucubrações... Coisas do ego, não é mesmo? Pois foi assim que me senti o tempo todo hoje antes de chegar aqui, apesar de, cumprindo a orientação da prática, buscar entregar meu dia a Deus.

Isto posto vamos à lição, que como todos sabem está vinculada ao tema da salvação, que serve de núcleo para nossas práticas nos próximos dias. Vou novamente lhes oferecer uma versão um pouquinho diferente da que aparece no livro, mas, como já disse, não se prendam à forma. Importante mesmo é que pratiquemos a ideia do modo que melhor sentido fizer para cada um de nós.

Então, em meu modo de ver, a lição de hoje se apresenta assim:

Entrego minha vida para Deus guiar hoje.

1. Pai, hoje Te dou todos os meus pensamentos. Não quero ter nenhum por mim mesmo. Em lugar deles, dá-me Teus Próprios Pensamentos. Também Te dou todas as minhas ações, a fim de poder fazer Tua Vontade em vez de buscar objetivos que não podem ser alcançados e de perder tempo com fantasias inúteis. Venho a Ti hoje. Recuarei e simplesmente Te seguirei. Sê, Tu, o Guia e eu serei o seguidor que não questiona a sabedoria do Infinito, nem o Amor cuja ternura não posso compreender, mas que é, não obstante, Tua dádiva perfeita para mim.

2. Hoje temos um único Guia para nos conduzir adiante. E, enquanto caminhamos juntos, daremos este dia a Ele sem absolutamente nenhuma reserva. Este é o dia d'Ele. E, assim, é um dia de inúmeras dádivas e graças para nós.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Reconhecendo nossa dependência de Deus

A lição de número 232 continua a fazer parte do tema da salvação, o tema que dá unidade a esta nova série de exercícios que começamos ontem, e a ideia que ela nos traz, neste dia 20 de agosto, compreendida, aceita, praticada e aplicada, é também, por si só, suficiente para nos pôr em contato com a salvação, e para nos permitir estendê-la ao mundo inteiro. Pois, por meio dela, podemos ter acesso a um estado de serenidade e paz nunca antes alcançado, ao reconhecer nossa total e completa dependência de Deus, deixando a cargo d'Ele este dia [como parte de um treinamento da mente para aprendermos a entregar a Ele e a Seu Espírito Santo todos os dias de nossas vidas]. Na certeza de que Ele vai conosco aonde formos e nos envolve em Seu abraço de Amor Infinito.

Peço, porém, a todos os que me leem e acompanham as postagens e os comentários aos exercícios neste espaço, que me desculpem por oferecer uma versão levemente diferente daquela que consta no livro. E sugiro que continuem suas práticas tomando por base o texto que consta lá. Minha versão quer ser apenas uma tentativa de, levando em conta o original do texto, tornar mais claro e ser um tantinho mais fiel, em meu modo de ver e de escolher as palavras, ao significado das palavras utilizadas no texto original.

Assim, em minha versão, a lição de hoje toma seguinte forma:

Permanece em minha mente, meu Pai, ao longo de todo o dia.

1. Permanece em minha mente, meu Pai, quando eu acordar e brilha sobre mim durante todo o dia hoje. Permite que cada minuto seja um tempo em que habito Contigo. E não me deixes esquecer a cada hora de dar graças porque Tu permaneceste comigo e vais estar sempre à disposição para ouvir meu chamado a Ti e para me responder. Quando a noite surgir, deixa que todos os meus pensamentos ainda sejam Teus e de Teu Amor. E deixa que eu durma na certeza de minha segurança, certo de Teu cuidado e na consciência feliz de que sou Teu Filho.

2. É assim que todos os dias deveriam ser. Hoje, pratica o fim do medo. Tem fé n'Aquele Que é teu Pai. Confia todas as coisas a Ele. Deixa que Ele revele todas as coisas para ti e fica contente porque tu és o Filho d'Ele.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A promessa

A jornada continua neste dia 19 de agosto. Começa, hoje, com a lição de número 231, a nova série que vai estar relacionada ao tema da salvação. Como parte do treinamento da mente para "a aquisição da percepção verdadeira" vamos buscar aprender de que forma responder à pergunta, O que é a salvação?, que norteia nossas próximas dez lições.

Para tanto, o Curso começa por nos dizer que "a salvação é uma promessa, feita por Deus, de que por fim encontrarias teu caminho até Ele". Uma promessa que não pode deixar de ser cumprida. Uma promessa que "garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamento que nasceram no tempo também findarão".

Da mesma maneira que aprendemos anteriormente que o perdão não faz nada, porque não torna real a ilusão de um pecado, o Curso nos ensina que "a salvação é desfazer no sentido de que ela, deixando de apoiar o mundo de sonhos e de malícia, [também] não faz nada. Deste modo ela abandona as ilusões. Por não apoiá-las, ela simplesmente deixa que elas suavemente se reduzam a pó".

Damos início, então, às nossas práticas deste dia da mesma forma que fizemos com as anteriores, utilizando a ideia da lição 231 da seguinte forma:

Pai, eu só quero me lembrar de Ti.

1. Pai, o que posso buscar a não ser Teu Amor? Talvez eu pense que busco outra coisa, algo a que dei muitos nomes. No entanto, Teu Amor é a única coisa que busco, ou já busquei. Pois não há nada mais que eu possa verdadeiramente querer achar. Permite que eu me lembre de Ti. O que mais eu poderia desejar senão a verdade acerca de mim mesmo?

2. Esta é tua vontade, meu irmão. E compartilhas esta vontade comigo e também com Aquele Que é nosso Pai. Lembrar d'Ele é o Céu. É isto que buscamos. E é só isto que nos será dado encontrar.

Identificar e aceitar a ilusão do mundo

Antes de me ocupar da lição de hoje, o que vou fazer em seguida, gostaria de estender alguns comentários a respeito da conversa que tivemos ontem em nosso encontro para a leitura do UCEM. O assunto de que tratamos é o do subcapítulo VI. O Amigo indicado e está na página 592 do Livro Texto, como parte do capítulo 26: A TRANSIÇÃO. Creio que vale a pena - quem ainda não leu - dar uma espiada ou, quem já leu, revisitar.

Começa assim [estou retraduzindo do original]: "Qualquer coisa neste mundo que acredites ser boa e valiosa, e pela qual vale a pena lutar, pode te ferir, e o fará. Não porque tenha o poder para ferir, mas justamente porque negaste que ela não é só uma ilusão, e a tornaste real [verdadeira]. E ela é real para ti. Ela [já] não é [apenas] nada. E por meio da realidade percebida nela todo o mundo de ilusões doentias se apresenta. Vem a ti toda a crença no pecado, no poder do ataque, no ferimento e no dano, no sacrifício e na morte. Porque ninguém pode tornar verdadeira uma ilusão e escapar do restante [delas]. Pois quem pode escolher manter aquelas que prefere e achar a segurança que só a verdade pode oferecer? Quem pode acreditar que as ilusões são a mesma e ainda assim afirmar que uma ao menos é melhor?"

É neste estado de confusão que o sistema de pensamento do ego quer que permaneçamos. Ele não quer nos permitir perceber que aquilo tudo que vivemos e experimentamos neste mundo é apenas parte de uma grande e única ilusão construída a partir da crença na separação. Ele não quer que compreendamos que aquilo que é verdadeiramente real, como dizem os hindus, é neti neti, ou seja, não é "nem isto nem aquilo". É algo que está além e adiante, no espaço que existe entre isto e aquilo, no interior disto e no interior daquilo e também além e adiante e no interior daquele que pensa que pensa a respeito disto e daquilo, e que não é visível. Nem por isto, nem por aquilo e nem por aquele que pensa que pensa.

Citando partes de uma leitura, como fiz ontem, Lao-Tse diz que "antes que houvessem céus e terra, havia o inominável". E James Carse diz que "as coisas não existem enquanto não houver palavras para nomeá-las. Os nomes, entretanto, não vêm das coisas, mas do silêncio que precede o ato de nomear". "O insight do taoísta aqui", diz ele ainda, "não é [perceber] que somos literalmente os criadores de nossos próprios mundos. É [antes perceber] que no uso da linguagem nós criamos distinções onde não existe nenhuma".

Ao mesmo tempo em que reconhecemos, a partir de nossa leitura de ontem e da conversa a seu respeito, a ilusão de tudo aquilo que percebemos no mundo, podemos concordar com Carse, quando ele diz que "a questão [...] não é se usamos nossa linguagem de forma acurada para descrever o mundo que realmente existe, mas se percebemos que as coisas criadas por nossa linguagem têm a impermanência da espuma sobre a face do Inominável, do Incognoscível, do Impronunciável".

Concluindo, como ressaltei ontem, saber que tudo o que experimentamos neste mundo, mesmo aquilo que, às vezes, se nos afigura importante ou grandioso, não passa de ilusão pode nos trazer a possibilidade de um viver mais leve, mais solto, mais livre. Um viver que nos leve na direção de "curtir" a viagem que fazemos com alegria. Ou, como diz, o Dito, de Guimarães Rosa, "o certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de ruim que acontecesse, alegre nas profundas. Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O perdão é tudo o que precisamos aprender

Neste dia 18 de agosto, com a lição de número 230, encerramos a série de dez exercícios iniciais desta segunda parte do Livro de Exercícios, que tiveram por tema central o perdão. Aliás, pode-se dizer que, da mesma forma que a mensagem central de toda a vida de Jesus, no tempo e no corpo, neste mundo, foi ensinar o perdão - como forma de trazer de volta à consciência nossa unidade com Deus, que é só amor, que é também o que somos -, o ensinamento do Curso também tem seu foco principal no perdão. O perdão que é tudo o que precisamos aprender para lembrar o que somos e de onde viemos.

"O perdão", diz o Curso, "é tranquilo e, de modo sereno, não faz nada. Ele não transgride nenhum aspecto da realidade, nem busca alterá-la para formas que lhe agradem. Ele olha simplesmente e espera, e não julga". Diz mais que "aquele que quer se perdoar tem de aprender a receber a verdade exatamente como ela é". Por isso é que, diz ainda, "não é preciso que faças nada, mas que apenas deixes que o perdão te mostre o que fazer, por intermédio d'Aquele Que é teu Guia, teu Guia, teu Salvador e Protetor", Aquele Que tem certeza de "teu êxito final".

Assim, fechamos esta série com as práticas de hoje fundadas na seguinte ideia:

Agora quero buscar e achar a paz de Deus.

1. Fui criado na paz. E permaneço na paz. Não me é dado mudar meu Ser. Quão misericordioso é Deus, meu Pai, Que, ao me criar, me deu paz para sempre. Agora peço apenas para ser o que sou. E isso, que é eternamente verdadeiro, me pode ser negado?

2. Pai, busco a paz que Tu me deste na minha criação. O que foi dado então tem de estar aqui agora, pois minha criação se deu independentemente do tempo, e ainda permanece além de qualquer mudança. A paz na qual Teu Filho nasceu em Tua Mente brilha aí inalterada. Eu sou como Tu me criaste. Só preciso chamar por Ti para achar a paz que Tu deste. Tua Vontade é que a deu a Teu Filho.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aceitar a Identidade que pensamos perdida

Começamos a semana, neste dia 17 de agosto, com a lição 229, cuja ideia central afirma nossa Identidade verdadeira e busca orientar nossas práticas para aprendermos a viver, e a ser, apenas aquilo que, de fato, somos: amor. Criados amorosamente a partir do próprio amor, como extensões dele, e vivendo nele, que poderíamos ser, senão amor? A Identidade, que pensamos perdida, e que, por vezes, nos parece tão distante e esmaecida pelas ilusões e pelos auto-enganos que inventamos, na verdade não se perdeu. Está sempre junto de nós, à espera de nossa decisão apenas.

Sejamos gratos, pois. Deus nos oferece a cada novo dia a oportunidade da redescoberta de nós mesmos. Ele nos espera de braços abertos para vivermos a alegria perfeita envolvidos em Seu abraço de amor infinito. O que nos impede de aceitar esse abraço? O que nos impede de viver esse amor, estendendo-o, para ver apenas isso neste mundo? A decisão! Ou melhor, a falta dela.

Pratiquemos, então, a lição de hoje, esperando que ela ajude a nos decidirmos pelo amor. E pelo que somos. Fazemos isso lembrando do perdão. O tema central que nos envolve durante as práticas destas lições. Com isso em mente, hoje, praticamos por alguns minutos pela manhã, outros ao final do dia, e nos lembramos da ideia a cada hora, sempre que possível, sem pensar na duração do tempo, que sabemos ilusório.

O amor, que me criou, é o que sou.

1. Busco minha própria Identidade, e A encontro nestas palavras: "O amor, que me criou, é o que sou". Agora não preciso buscar mais. O amor vence. Ele esperou de forma tão serena pela minha volta a casa que não vou mais me afastar da face santa do Cristo. E aquilo que vejo atesta a verdade da Identidade que busquei perder, mas que meu Pai mantém a salvo para mim.

2. Pai, a Ti meus agradecimento pelo que sou; por manteres minha Identidade intocada e inocente em meio a todos os pensamentos de pecado que minha mente tola inventou. E obrigado por me salvares deles. Amém.

domingo, 16 de agosto de 2009

Deus não condena a nenhum de nós

Uma passagem da Bíblia super conhecida e milhares de vezes citada pergunta, "se Deus é por nós, quem será contra nós?". Do mesma forma, a partir do ensinamento do Curso, poderíamos nos perguntar, se Deus não nos condena, quem pode nos condenar? E é isso que a ideia da lição 228, deste dia 16 de agosto, nos pede para praticar.

Assim:

Deus não me condena. Eu também não.

1. Meu pai conhece minha santidade. Negarei o conhecimento d'Ele para acreditar naquilo que Seu conhecimento torna impossível? Aceitarei como verdadeiro aquilo que Ele mostra claramente ser falso? Ou aceitarei Seu Verbo quanto ao que sou, uma vez que Ele é meu Criador, e Aquele Que conhece a condição verdadeira de Seu Filho?

2. Pai, eu estava errado em relação a mim mesmo, pois deixei de perceber claramente a Fonte de onde vim. Não deixei aquela Fonte para escolher um corpo e para morrer. Minha santidade continua a ser uma parte de mim, do mesmo modo que sou parte de Ti. E meus erros acerca de mim mesmo são sonhos. Eu os abandono hoje. E fico pronto para receber apenas Teu Verbo quanto ao que verdadeiramente sou.

sábado, 15 de agosto de 2009

Decidindo-nos pelo instante santo: o presente

Neste dia 15 de agosto, a lição 227 nos presenteia com a ideia de que ESTE é o instante para a nossa liberação. Isto é, nada do que fiz anteriormente conta. Também não posso contar com a liberação a partir de nada do que eu planeje fazer daqui para a frente. Dizendo de outra forma, a ideia que a lição de hoje nos apresenta nos coloca em contato com o único tempo que existe: o presente. E abre todas as possibilidades de uma vida de alegria perfeita na realização da Vontade de Deus para cada um de nós.

Enganamo-nos quando pensamos que há muito tempo para modificar nosso modo de perceber o mundo, se ele não nos satisfaz como é. Enganamo-nos quando adiamos o momento da decisão p0r uma vida melhor, se ela não nos parece tão boa quanto gostaríamos. A vida não pode ser nem melhor nem pior do que é a cada momento. Porque a vida, a cada momento, é resultado da decisão que tomamos agora, neste momento, a cada momento que se apresenta. E porque a vida simplesmente é. Não cabe acrescentar-lhe nenhum adjetivo. Se aquilo que experimentamos em determinado momento nos dá a sensação de que estamos separados da alegria, separados uns dos outros, separados de Deus, então, na verdade, ainda não decidimos viver a liberdade que a criação nos dá. E que pode ser experimentada todos os dias, mesmo nas maiores tribulações, mesmo nas maiores tempestades que se apresentarem.

Oxalá nossas práticas de hoje sirvam para nos abrir os olhos à verdade do que praticamos. E nos permitam agradecer a Deus por suas dádivas e, ao mesmo tempo, nos ajudem a abraçar a liberdade para viver o instante santo a cada momento de nossas vidas. Para tanto, praticamos assim:

Este é meu instante santo de liberação.

1. Pai, é hoje que fico livre, porque minha vontade é Tua. Pensei atender a outra vontade. Porém nada do que pensei separado de Ti existe. E sou livre porque estava equivocado e, com minhas ilusões, não afetei de nenhuma forma minha própria realidade. Agora desisto delas e as deponho diante dos pés da verdade, para serem retiradas de minha mente para sempre. Este é meu instante santo de liberação. Pai, sei que minha vontade é una com a Tua.

2. E assim, hoje, encontramos nossa volta alegre ao Céu, que, de fato, nunca deixamos. O Filho de Deus abandona seus sonhos neste dia. Neste dia, o Filho de Deus volta novamente para casa, liberado do passado e coberto de santidade, com sua mente certa, enfim, restituída a ele.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O que estamos fazendo aqui?

Antes de falar da lição 226, deste dia 14 de agosto, gostaria de aproveitar para dar as boas vindas ao amigo Salviano, que se posicionou, com direito a fotografia e tudo, entre as pessoas que acompanham e enriquecem este blogue. Faço-o porque a lição de hoje trata exatamente de responder a uma pergunta dele, Salviano, em nossos encontros às terças. Pergunta que pode ser expressa assim: se eu estava lá no Céu, no bem-bom, na paz de Deus, o que é que vim fazer aqui?

Espero que o exercício de hoje que, aliás, transcrevo traduzindo do original de maneira um pouco diferente da que aparece no livro - não se incomodem com isso, por favor, é apenas uma tentativa de clarear as ideias usando palavras novas -, seja um esboço de uma resposta à questão do Salviano.

Sempre tendo em mente o tema central desta série, o perdão, a lição se apresenta da seguinte forma:

Meu lar espera por mim. Vou me apressar na direção dele.

1. Se eu assim escolher, posso desistir por completo deste mundo. Não é a morte que torna isso possível, mas a mudança do modo de pensar acerca da finalidade do mundo. Se eu acreditar que ele tem algum valor da forma com que o vejo agora, ele permanecerá assim para mim. Mas, se, quando olhar para ele, eu não vir nenhum valor no mundo, nada que eu queira manter como meu ou buscar como uma meta, ele se afastará de mim. Pois não busco ilusões para substituir a verdade.

2. Pai, meu lar espera minha volta alegre. Teus Braços estão abertos e eu ouço Tua Voz. Que necessidade tenho de me demorar em um lugar de desejos vãos e de sonhos despedaçados, se o Céu pode ser meu de modo tão fácil?

É claro que é muito mais fácil falar do que fazer. Até porque ainda é muito forte em nós a crença de que somos "o corpo" que, na verdade, nos serve apenas de veículo de comunicação, de instrumento de experimentação. No entanto, a se pensar com mais vagar e profundidade, acreditando-se no princípio central do ensinamento do Curso - Nada irreal existe. Nada real pode ser ameaçado. Nisto está a paz de Deus. - podemos ter certeza, mesmo na ilusão, de que o que experimentamos neste mundo, quando não é a alegria perfeita, é apenas mais uma forma de ilusão. Podemos ter a mais alentadora certeza de que o que vivemos não é real, de que nunca nos separamos de Deus, de que vivemos e nos movimentamos n'Ele, e no Céu, o tempo todo. E que não precisamos fazer nada aqui, isto é, não viemos e nem estamos neste lugar para coisa alguma, a não ser para lembrar de quem somos.

Bem-vindo Salviano. Boas práticas. E, é claro, boas práticas a todos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Aprontamo-nos para a percepção verdadeira

A lição 225, deste dia 13 de agosto, nos põe em contato com uma ideia que é uma espécie de contrapartida, mais, talvez, uma complementação da ideia que praticamos ontem. E, antes de lidar com a lição propriamente dita, vamos estender ainda um pouco mais a conversa a respeito do conteúdo do tema central dessas primeiras dez lições da segunda parte do Livro de Exercícios: o tema do perdão que, uma vez aprendido, certamente vai nos levar ao estado de prontidão para a "aquisição da percepção verdadeira". Aquela que vai nos permitir olhar para o mundo, e para todas as coisas, sem nos determos no filtro da visão do ego, e que é a meta destes exercícios.

O tema, O que é o perdão?, de que falamos, diz que "um pensamento que não perdoa é um pensamento que faz um julgamento que ele não questionará", mesmo que esse julgamento não seja verdadeiro. No julgamento, a mente que o projeta se fecha, "e não será libertada". Pois "o pensamento [que é o julgamento] protege a projeção apertando suas correntes de tal modo que as distorções se tornem mais veladas e mais escondidas; menos acessíveis à dúvida e mais afastadas da razão".

Para nos ensinar a evitar o julgamento, os exercícios apresentam as ideias que indicam o modo pelo qual vamos reconhecer a verdade a nosso próprio respeito, orientando-nos quanto às maneiras pelas quais podemos aprender o perdão para nós mesmos e para o mundo inteiro. Assim, nossa lição de hoje diz:

Deus é meu Pai, e Seu Filho O ama.

1. Pai, tenho de retribuir Teu Amor por mim, pois dar e receber são a mesma coisa e Tu dás todo o Teu Amor para mim. Tenho de retribuí-lo, pois o quero meu em plena consciência, proclamando-o em minha mente e mantendo-o ao alcance de sua luz benigna, inviolado, amado, com o medo deixado para trás e apenas a paz pela frente. Quão sereno é o modo pelo qual Teu Filho amado é conduzido a Ti!

2. Irmão, nós encontramos essa serenidade agora. O caminho está aberto. Agora nós o seguimos juntos em paz. Tu estendes tua mão para mim e eu jamais de abandonarei. Somos um só e é apenas essa unidade que buscamos, enquanto damos esses últimos passos que concluem uma jornada que não começou.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Liberando a mente das ideias falsas

Volto a chamar a atenção de todos os que passeiam por este espaço para a necessidade de mantermos em mente o tema central: O Que É o Perdão?, para as práticas desta série de dez exercícios iniciais da segunda parte do Livro de Exercícios.

Alongando o comentário que esbocei nas lições anteriores, o tema nos diz que o pecado nada mais é do que uma ideia falsa acerca do Filho de Deus e que "o perdão simplesmente vê sua falsidade e, em razão disso, a abandona", liberando espaço na mente para que a Vontade de Deus substitua a ideia falsa.

Nossa lição, neste dia 12 de agosto, a de número 224, nos traz o seguinte para as práticas:

Deus é meu Pai, e Ele ama Seu Filho.

1. Minha Identidade verdadeira é tão segura, tão sublime, inocente, gloriosa e formidável, inteiramente generosa e livre de culpa, que o Céu olha para Ela para Lhe dar sua luz. Ela também ilumina o mundo. Ela é a dádiva que meu Pai me deu; a dádiva que também dou ao mundo. Não existe nenhuma dádiva a não ser esta que possa ser dada ou recebida. Ela, e apenas ela, é a realidade. Ela é o fim da ilusão. É a verdade.

2. Meu Nome, ó Pai, ainda Te é conhecido. Eu O esqueci, e não sei para onde vou, quem sou ou o que faço. Lembra-me, Pai, agora, pois estou farto do mundo que vejo. Revela o que Tu queres que eu veja em lugar disso.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O perdão vê que o pecado não existe

Neste dia 11 de agosto, nossa lição é a de número 223. O tema central continua a ser "O Que É o Perdão?" É importante reforçar a ideia de que falei ontem que aparece logo na primeira frase do texto deste tema central. Vamos lá então mais uma vez. Ela diz que "o perdão reconhece que aquilo que pensaste que teu irmão fez a ti não aconteceu". E esta ideia define de forma prática o que o ensinamento do Curso entende por "perdão". Isto é, como vem a seguir, [o perdão] "não perdoa os pecados tornando-os reais. Ele vê [percebe] que não há pecado". Isto significa dizer que o perdão não faz nada a não ser facilitar uma mudança em nosso modo de pensar, o que, por consequência, nos oferece outro modo de ver, de perceber. Pois, se o pecado não existe, tudo o que o outro pode fazer é neutro. Só eu lhe posso atribuir quaisquer julgamentos. Portanto, quaisquer equívocos só podem partir de mim mesmo.

Voltando um pouco mais, à Introdução do Curso para esta segunda parte do Livro de Exercícios, caso alguém não a tenha lido ou para relembrar apenas, é importante lembrar algumas coisas que ela diz. Por exemplo, ela diz que a partir de agora "procuramos deixar que o exercício seja apenas um começo", no qual nos pomos "em serena expectativa pelo nosso Deus e Pai". Diz mais, que "continuaremos a passar algum tempo com Ele de manhã e à noite, tanto quanto nos fizer felizes", pois já aprendemos a não considerar "o tempo uma questão de duração". Portanto, vamos usar "o tempo de que precisarmos para [alcançar] o resultado que desejamos". Também vamos lembrar "de pensar n'Ele a cada hora do dia", chamando-O sempre que precisarmos d'Ele "nos momentos em que nos sentirmos tentados a esquecer nossa meta".

Tendo isso em mente, nossa lição de hoje se apresenta da seguinte forma:

Deus é minha vida. Não tenho nenhuma vida a não ser a d'Ele.

1. Eu estava enganado quando acreditei viver separado de Deus, [quando pensei ser] um ente separado que se movia no isolamento, independente, e alojado em um corpo. Sei agora que minha vida é de Deus, que não tenho nenhum outro lar, e que não existo separado d'Ele. Ele não tem nenhum Pensamento que não seja parte de mim, e eu não tenho nenhum a não ser aqueles que são d'Ele.

2. Pai nosso, deixa-nos ver a face de Cristo em lugar de nossos erros. Pois nós, que somos Teu Filho santo, somos inocentes. Queremos olhar para nossa inocência, porque a culpa afirma que não somos Teu Filho. E não queremos esquecer de Ti por mais tempo. Sentimo-nos solitários aqui e ansiamos pelo Céu, onde nos sentimos em casa. Queremos voltar hoje. Nosso Nome é o Teue reconhecemos que somos Teu Filho.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tudo começa em meus pensamentos

Neste dia 10 de agosto, nossa lição é a de número 222. Lembrem-se, por favor, de que estamos praticando com ideias relacionados ao primeiro dos temas desta segunda parte do Livro de Exercícios que é: O que É o Perdão?

Este tema começa dizendo que "o perdão reconhece que aquilo que pensaste que teu irmão fez a ti [na verdade] não aconteceu". O que significa dizer que nada, absolutamente nada, do que penso que alguém fez a mim ou contra mim aconteceu. A não ser como uma resposta a um pedido meu por uma experiência que preciso viver. Donde posso concluir que ninguém pode fazer nada por mim ou para mim. Nem bem, nem mal. Tudo começa em mim. O que há para perdoar, então?

Por isso exercitamos hoje o seguinte:

Deus está comigo. Vivo e me movimento n'Ele.

1. Deus está comigo. Ele é minha Fonte de vida, a vida interior, o ar que respiro, o alimento que me sustent, a água que reanima e me purifica. Ele é meu lar, onde vivo e me movimento; o Espírito que orienta minhas ações, que me oferece Seus Pensamentos e garante minha segurança contra toda dor. Ele me cumula de bondade e de atenção e conserva no amor o Fulho que Ele ilumina e que também O ilumina. Quão tranquilo é aquele que conhece a verdade daquilo que Ele fala hoje!

2. Pai, não temos nenhuma palavra exceto Teu Nome em nossos lábios e em nossas mentes, ao virmos calmamente a Tua Presença agora e ao pedirmos para descansar em paz Contigo por um momento.

domingo, 9 de agosto de 2009

Decidir-se pela percepção verdadeira

Vamos à segunda parte? Aos exercícios que abrem a possibilidade de encontrarmos a percepção verdadeira. A que não dá ouvidos ao ego e busca tão somente entrar em contato com o divino em nós por intermédio da consulta e da entrega ao Espírito Santo, antes da tomada de quaisquer decisões.

Creio que todos nós, no fundo, no mais íntimo de nós mesmos, sabemos quais são os pensamentos, os padrões e os hábitos que nos impedem de avançar rumo a uma vida mais plena, mais alegre e menos limitada. A questão principal com que precisamos lidar, na maioria das vezes, é com a tomada da decisão que vai nos colocar neste caminho. E com o assumir de todas as responsabilidades que advirão desta decisão, uma vez tomada.

As lições e práticas que o Curso nos oferece nesta segunda parte do Livro de Exercícios dependem menos das palavras do que justamente de nossa decisão de nos mantermos abertos à Voz por Deus, de nos mantermos dispostos a ouvir e a seguir as orientações que o Espírito Santo nos dá todos os dias a partir das práticas. É de suma importância, pois, lermos a Introdução a esta segunda parte, que nos informa que as lições estarão periodicamente relacionadas a um tema central, que muda a cada dez lições e que, também como parte das práticas, deve ser lido todos os dias antes das ideias que utilizaremos para as práticas diárias.

Para a lição 221, deste dia 9 de agosto, e para as subsequentes até a 230, o tema com o qual devemos nos ocupar e que deve ser objeto de nossa reflexão nos próximos dez dias é: O Que é o Perdão? E é preciso, a cada lição que o Curso vai nos apresentar, que tenhamos em mente tudo o que ele nos fala a respeito do que é o perdão.

A lição de hoje, então, se nos apresenta da seguinte forma:

Paz a minha mente. Que todos os meus pensamentos se acalmem.

1. Pai, venho a Ti hoje para buscar a paz que só Tu podes dar. Venho em silêncio. Na calma de meu coração, nos recantos mais profundos de minha mente, espero e presto atenção a Tua Voz. Fala comigo hoje, meu Pai. Venho para ouvir Tua Voz em silêncio e na certeza e nos amor, convencido de que Tu ouvirás meu chamado e de que me responderás.

2. Agora esperamos com tranquilidade. Deus está aqui, porque esperamos juntos. Tenho certeza de que Ele falará contigo e de que ouvirás. Aceita minha confiança, pois ela é tua. Nossas mentes estão unidas. Nós esperamos com uma única intenção: ouvir a resposta de nosso Pai a nosso chamado, para permitir que nossos pensamentos se acalmem e encontrem Sua paz, para ouvi-Lo falar daquilo que somos e para Se revelar a Seu Filho.

sábado, 8 de agosto de 2009

Nossos três estágios na flor


Caros, caras,
encerramos hoje a primeira parte do Livro de Exercícios. Com minha gratidão pela paciência e atenção de todos que se dispuseram a caminhar comigo aqui, ofereço-lhes, por isso, com a lição de hoje, a imagem que veem, como uma metáfora de três estados diferentes que buscamos, e, com certeza, podemos atingir com nossas práticas. O primeiro, a flor do meio, ainda por abrir, representa nosso estado antes de iniciar a série de exercícios; o segundo, a flor à esquerda, o estado em que, talvez, nos encontramos agora, depois de concluída esta primeira etapa, semi-abertos, um pouco mais dispostos a seguir em direção à tarefa que nos espera a seguir; e o terceiro, a flor da direita, já praticamente toda aberta, simbolizando o estado que buscamos, e podemos, e queremos alcançar. E que certamente nos espera depois que concluirmos os exercícios todos e continuarmos nossas lições, pois o aprendizado dura enquanto durar a ilusão da separação.
Boa caminhada a todos.

Alcançamos o objetivo inicial?

A lição 220, deste dia 8 de agosto, encerra nosso período de revisão e, com isso, encerra também a primeira parte do livro de exercícios. Esta primeira parte tem por objetivo, de acordo com o que podemos ler na introdução, ensinar-nos "o desfazer do modo como vês agora". Por isso, e para isso, revisamos hoje a ideia da lição 200, que nos diz: Não existe nenhuma paz exceto a paz de Deus.

Este pensamento, por si só, aprendido, aceito, praticado e aplicado, é suficiente para nos levar a atingir o objetivo desta primeira parte. Ao mesmo tempo, ele serve também para nos preparar para a segunda parte do livro de exercícios, a parte que lida "com a aquisição da percepção verdadeira". Uma vez atingido o objetivo inicial, temos de estar prontos para o que vem a seguir, não é mesmo? Estaremos?

Vamos, então, à pratica de hoje conforme nos orienta o Curso também para a lição que põe fim a este período.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (200) Não existe nenhuma paz exceto a paz de Deus.

Não permitas que eu me desvie do caminho da paz, pois me perco em outras estradas que não essa. Mas permite que eu siga Aquele Que me conduz para casa, e a paz é certa como o Amor de Deus.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Aquietar a mente. Dar espaço à alegria.

Neste dia 7 de agosto, com a lição de número 219, vamos revisar os pensamentos que praticamos na lição 199, pensamentos que fazem parte da estrutura que o Curso nos ofereceu para a unidade deste período de revisão, a última desta primeira parte do livro de exercícios. A lição se apresenta, então, da seguinte forma:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (199) Eu não sou um corpo. Eu sou livre.

Eu sou o Filho de Deus. Aquieta-te, minha mente, e pensa nisso por um momento. E, em seguida, volta à terra, livre da confusão a respeito do que meu Pai ama para sempre como Seu Filho.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
É necessário, como recomenda o Curso, que nos aquietemos, que busquemos fazer um silêncio profundo no interior de nós mesmos, deixando de fora todo o alarido, toda a agitação que o ego e seu mundo de ilusões nos oferecem para que mergulhemos no auto-engano e acreditemos na ideia de que, sendo corpos, podemos existir separados de Deus. Ou que, de algum modo, somos capazes de modificar qualquer coisa que Deus tenha criado, quer em nós mesmos, quer na realidade do que somos e criamos. Assim, aproveitemos esse silêncio, no qual aquietamos a mente, e deixemos que ela volte às origens e encontre a si mesma em Deus, ao encontrar Deus em si mesma, e experimente, deste modo, a alegria perfeita, a felicidade, o amor e a paz.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pequena reflexão


Preciso agradecer a uma amiga, Regina Pereira, esta foto de uma barba-de-gato, que lhes ofereço, para auxiliar na reflexão e nas práticas deste dia. Pensemos o que seria das flores, como apenas um dos exemplos possíveis, se, para desabrocharem, exibirem e oferecem sua beleza, dependessem do que dizem outras plantas? As que não têm flores? Ou que dependessem dos animais? Ou mesmo de nós, seres humanos, que costumamos comparar uma e outras, como se todas não fossem apenas uma extensão da vida, a se oferecer amorosamente para enriquecer nossas vidas e trazer a alegria que a beleza pode dar a nossos dias?
Vocês já pensaram como seria a vida de uma rosa, se ela se comparasse a um lírio? Ou se desse ouvidos a uma orquídea que lhe dissesse que ela não é bela o suficiente para ocupar o lugar que ocupa no mundo? E assim por diante... Há muito o que se pensar, não?

Assumir o papel que nos cabe na salvação

Como que para reforçar, não por acaso, aquilo de que falamos nos últimos dias, a partir das ideias para este período de revisão, o pensamento central da lição 198, Só minha condenação me fere, ao qual vamos dedicar nossa prática neste dia 06 de agosto, também é revelador do papel que temos, do papel que nos cabe reconhecer, aceitar e assumir para a salvação do mundo e para a nossa própria salvação.

Repetindo o que eu disse ontem, isto é, voltando ao texto da leitura de terça, "nenhuma penalidade é jamais imposta ao Filho de Deus, exceto por ele mesmo e a partir dele mesmo" (T-14.III.6:1). Por isso é que não precisamos, melhor dizendo, não podemos e nem devemos depender da opinião de outros a nosso próprio respeito [entendendo-se depender, aqui, como orientar nossa vida no mundo]. Nem de sua gratidão. Sequer podemos ser afetados por quaisquer coisas que digam ou façam.
O(s) outro(s) só existe(m) como projeção de mim mesmo, assim, como de resto, o mundo inteiro. Para meu próprio exercício e aprendizado na busca do autoconhecimento. Ao ceder à crença de que o outro pode me dizer o que fazer, ou basear minha vida naquilo que outro ou outros possam dizer ou querer, tudo o que faço nada mais é do que abrir mão do poder que recebi como herança na condição de Filho de Deus. É a insanidade a que nos leva o sistema de pensamento do ego, que busca nos deixar imersos no auto-engano como forma de se preservar e de preservar a ilusão e de alimentá-la.

Sigamos, pois, com nossa prática. Lembrando-nos de seguir as orientações dadas antes para este período.

Lição 218:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (198) Só minha condenação me fere.

Minha condenação mantém minha visão escura e, com meus olhos cegos, não posso ter a visão de minha glória. Hoje, no entanto, posso ver esta glória e ficar alegre.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quem precisa da gratidão do(s) outro(s)?

Vocês já pararam para pensar que são apenas as nossas próprias opiniões a respeito de nós mesmos que fazem toda a diferença para o nosso viver neste mundo? Para o bem ou para o mal. Explico: nada, absolutamente nada, do que alguém diga ou faça, pode nos afetar de alguma maneira. A menos que aquilo que ouvimos do outro, ou aquilo que o outro fez, represente, ou expresse, o que pensamos a nosso próprio respeito. Aquilo que dizia a lição de ontem: "Só posso crucificar a mim mesmo". Ou, dito de outro modo, só eu mesmo posso me crucificar. Ou como nos disse o texto na leitura de ontem à noite: "Nenhuma penalidade é jamais imposta ao Filho de Deus, exceto por ele mesmo e a partir dele mesmo" (T-14.III.6:1).

Isso também tem a ver com a ideia da lição 197: O que ganho só pode ser a minha própria gratidão, que revisamos neste dia 05 de agosto, na lição 217. Dita de outra maneira, esta ideia poderia também ser expressa assim: "só posso ganhar minha [própria] gratidão", ou "só pode ser minha [própria] gratidão o que ganho". Podemos dedicar um pouquinho de nosso tempo a isso?

Pensemos, pois. Quando não nos basta desfrutar a sensação do dever cumprido, estamos equivocados, porque ainda pensamos ser necessária a gratidão ou a aprovação do(s) outro(s). Seu reconhecimento de que fizemos bem! Para que, no entanto, precisaríamos da gratidão do(s) outro(s) quando nossa doação se faz de fato de forma amorosa? Para nada! Só pensamos precisar dela quando, ainda equivocados, estamos efetuando uma barganha com tudo o que oferecemos, por receio ou medo de que algo ainda possa nos faltar. Porque ainda não aprendemos que dar e receber são a mesma coisa. Que só damos a nós mesmos. E que, por consequência, só temos, de fato, aquilo que damos. Só precisamos mesmo, então, é de nossa própria gratidão. Por entendermos, ao dar, que nada nos falta, e que, por isso, podemos ficar em paz para sempre.

A lição de hoje, praticada de mesma forma que as anteriores, ajuda a lembrar disso. Assim:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (197) O que ganho só pode ser a minha própria gratidão.

Quem, a não ser eu mesmo, deve agradecer pela minha salvação? E de que modo, exceto pela salvação, posso encontrar o Ser a Quem se devem minhas graças?

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Aprendendo a desfazer os equívocos

Meu dia começou, hoje, com um telefonema de um amigo, aquele que frequenta o blogue anonimamente, e que me deu a muda da bromélia cuja foto compartilhei aqui ontem. Um telefonema de congratulações e agradecimento, parabenizando-me pela beleza estampada neste espaço. É óbvio que começar o dia assim faz bem. Obrigado, Ecilas [este é o nome dele]. Pela mensagem, pela atenção e, como não poderia deixar de ser, mais uma vez, pela bromélia. Acho que é preciso dividir com você o mérito da ação que tornou possível trazer, para ser vista por outros olhos que não só os nossos, a beleza da flor fotografada.

Também gostaria de agradecer a todos os que passeiam pelo blogue, e leem, praticam ou não as lições e enviam, ou não, seus comentários e dúvidas. Aproveito ainda para registrar a adesão de três novos seguidores, Rute, a quem já convidei a se manifestar, Malu Mesquita, que frequenta os encontros do grupo de estudos do UCEM conosco, às terças, e Marco Antônio, que não sei quem é, mas que é igualmente bem-vindo.

Minha expectativa, melhor dizendo, o propósito da criação deste espaço é o de que ele seja um instrumento de auxílio e estímulo à prática das lições diárias e que sirva também para as pessoas compartilharem suas impressões acerca do Curso, das mudanças que ele traz a suas vidas, das dúvidas que ele suscita e das certezas que ele confirma. É claro que o espaço está aberto a todos os que quiserem usá-lo para dividir sua(s) experiência(s). E é também claro que este dividir pode vir a ser muito importante para o autoconhecimento de todos e de cada um de nós. Portanto, fiquem à vontade para fazê-lo, por favor.

A lição 216, para esta terça, dia 04 de agosto, nos convida a revisar a ideia: Só posso crucificar a mim mesmo. Ideia esta que praticamos na lição de número 196. Pensamento poderoso para me mostrar a verdade a respeito do modo pelo qual vejo o mundo. Pensamento capaz de me fazer ver a necessidade de mudar meu modo de vê-lo, e a todas as coisas que crio nele. Ou me convenço de que sou eu quem crio todas as situações e experiências que quero [e preciso] viver para conhecer a mim mesmo, a partir do entendimento e aceitação da verdade desta ideia, ou vou continuar a criar, de modo equivocado, um mundo aonde a lei é escrita pelo medo, pela culpa, pela mágoa, pelo ódio, pelo ressentimento, pela raiva, pela dor, pela doença e por todos os outros equívocos derivados de minha crença na separação.

Quando eu entender e aceitar que "tudo o que dou é dado a mim mesmo", que tudo o que faço é a mim mesmo que faço, que "só posso crucificar a mim mesmo", que "só minha condenação me fere" e que "a salvação do mundo depende de mim", entre outras ideias que o Curso oferece, vou ser capaz de acreditar, e aceitar, que "não sou um corpo", que "sou livre", porque "ainda sou como Deus me criou". Vou ser capaz de entender e aceitar que "não há paz exceto a paz de Deus". Vou ser capaz de experimentar e viver a alegria perfeita, que é a Vontade de Deus para mim, porque é também a minha vontade. Sabendo que a Vontade d'Ele e a minha são a mesma.

Praticamos a lição de hoje da seguinte forma, obedecendo às orientações dadas no início deste período de revisão:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (196) Só posso crucificar a mim mesmo.

Tudo o que faço, faço a mim mesmo. Se ataco, sofro. Mas, se perdoo, a salvação me será dada.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A gratidão permite ver de modo diferente

Dia 3 de agosto, dia da lição 215, em que revisamos a ideia que o Curso nos ofereceu com a lição de número 195: O amor é o caminho que sigo com gratidão.

É claro que, após compreender que "todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda", posso, de fato, entregar "o futuro nas mãos de Deus". É claro também que, a partir disso, o caminho que me resta seguir é tão somente o caminho do amor. Não há outro. E é a gratidão que vai me permitir continuar nele. A gratidão vai me permitir aprender com todas as coisas, entendendo-as como lições que Deus me apresenta - sempre a partir de minhas próprias escolhas e decisões -, e vai me permitir abandonar por completo o passado e entregar o futuro a quem ele de fato pertence. Sem aprender a gratidão não vou ser capaz de ver o mundo de modo diferente. Pois todas as emoções que não vêm do amor só fazem esconder de mim a verdade por trás de tudo o que vejo. Só a gratidão pode me ajudar a dissipá-las.

E, continuando a seguir as orientações dadas para esta revisão, inicio minha prática na certeza de que cada uma das lições que faço/reviso me coloca cada vez mais perto da alegria perfeita, que já acredito ser a Vontade de Deus para mim. E para todos os que andam por este mundo comigo.

À lição, pois.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (195) O amor é o caminho que sigo com gratidão.

O Espírito Santo é meu único Guia. Ele segue comigo no amor. E dou graças a Ele por me mostrar o caminho a seguir.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

A vida breve da beleza em flor


Para um novo começo, em uma nova semana, apresento-lhes e lhes ofereço a foto de uma bromélia, de nosso jardim. Um presente de um amigo que acompanha anonimamente o blogue. Após florir, esta planta oferece, normalmente, três novos brotos - no nosso caso foram apenas dois - que devem ser transplantados ao atingirem aproximadamente o tamanho de um terço da matriz/mãe, que morre após a mudança. As novas plantas crescem e repetem o processo. Interessante não? A planta vive apenas o tempo suficiente para mostrar e repartir conosco a beleza de sua flor única. Dá vida a outras, duas ou três, iguais a si mesma e se despede. Isso não é uma das lições que Deus quer que aprendamos?

domingo, 2 de agosto de 2009

"O futuro a Deus pertence"

Nem preciso repetir que a ideia que revisamos hoje, por si só, aprendida, aceita, praticada e aplicada traz consigo a possibilidade da completa libertação das ilusões. Pois ela pode nos livrar de uma vez por todas da ilusão de que podemos fazer qualquer coisa visando um tempo que ainda não existe: o futuro. Lembram-se daquela expressão: "o futuro a Deus pertence"? É isto exatamente o que a ideia desta lição 214, deste dia 02 de agosto, vem confirmar.

Oxalá a prática de hoje, seguindo as orientações dadas para este período de revisão, nos dê a todos um vislumbre da verdade que há por trás dos pensamentos que praticamos. Assim, quem sabe, teremos também um vislumbre da alegria que podemos desfrutar, livres de quaisquer preocupações com o futuro. E quem sabe aprendamos também a libertar o passado, perdoando-o. E nos perdoando por tudo o que fizemos, porque passou.

Nossa prática, então, se faz assim hoje:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (194) Entrego o futuro nas mãos de Deus.

O passado se foi; o futuro ainda não existe. Agora sou libertado de ambos. Pois o que Deus dá só pode ser para o bem. E eu aceito só o que Ele dá como aquilo que me pertence.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

sábado, 1 de agosto de 2009

Cada lição é um milagre que Deus oferece

Conforme já disse antes, a ideia que revisamos hoje, dia 1º de agosto, com a lição 213, [Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda], é uma das mais interessantes, uma das mais importantes dentre todas as que o Curso nos oferece. Só ela, bem com qualquer uma das que revisamos neste período, compreendida, praticada, aceita e aplicada, seria suficiente para a nossa salvação individual, e para a salvação do mundo, repetindo o que foi dito no início desta revisão.

Continuamos a atender às orientações dadas anteriormente para as nossas práticas. Assim, a lição toma a seguinte forma:

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.

1. (193) Todas as coisas são lições que Deus quer que eu aprenda.

Uma lição é um milagre que Deus me oferece, em lugar dos pensamento que me ferem que criei. O que aprendo d'Ele vem a ser o modo pelo qual me liberto. E, por isso, escolho aprender Suas lições e esquecer as minhas.

Eu não sou um corpo. Eu sou livre.
Pois ainda sou como Deus me criou.
Boas práticas!