terça-feira, 30 de junho de 2009

Erguendo barreiras à consciência do Ser

As próximas 20 lições com que vamos trabalhar, e a revisão que se seguirá a elas, encerram a primeira parte do livro de exercícios do UCEM. São lições muito importantes porque buscam nos indicar a forma de chegar a uma meta unificada. Já no texto que introduz as lições da 181 a 200, o Curso diz que estas últimas lições "são orientadas especificamente para ampliar horizontes e indicar caminhos alternativos às barreiras particulares que mantêm tua visão estreita e limitada demais para permitir que vejas o valor de nossa meta".

Os exercícios se destinam a "erguer essas barreiras, ainda que de forma breve". Pois "só as palavras não podem transmitir a sensação de alívio que traz erguê-las. Mas a experiência de liberdade e de paz, que chega quando desistes de teu controle rígido daquilo que vês, fala por si mesma". As palavras deixarão de ter importância pelo aumento da motivação que a prática nos trará.

Assim, vamos começar uma jornada que nos levará "para além das palavras, concentrando-nos em primeiro lugar naquilo que ainda impede [nosso] progresso". Isto é, vamos buscar conhecer e viver a experiência daquilo que existe além de nossa posição defensiva. Uma experiência que não podemos ter enquanto a negarmos. Para tanto vai ser necessário que tentemos "ultrapassar todas as defesas por alguns instantes a cada dia". Só isso.

Deste modo, neste dia 30 de junho, começamos nossa caminhada com a lição 181, cuja ideia central é: Confio em meus irmãos, que são um comigo.

E aprendemos que confiar em nossos irmãos é um passo essencial para estabelecer e sustentar a fé em nossa capacidade de transcender a dúvida e a falta de convicção estável em nós mesmos. Aprendemos ainda que quando atacamos um irmão, deixamos claro que ele é limitado por aquilo que percebemos nele. Não somos capazes de olhar além de seus erros. Ao contrário, nos os ampliamos e os transformamos em barreiras que nos impedem de ter consciência do Ser que está além de nossos próprios equívocos, e além dos pecados aparentes dele bem como dos nossos.

Nossa prática de hoje convida e ensina a mudar o foco de nossa percepção e, com isso, a mudar o que vemos. A ver de modo diferente. Vamos tentar olhar apenas para a inocência que está sob toda e qualquer aparência que vemos. Ao mesmo tempo em que deixamos de lado toda e qualquer meta que tenhamos estabelecido anteriormente e também qualquer uma que tenhamos planejado para o futuro. Concentramo-nos no instante presente, abandonando tudo o que passou e esquecendo de tudo o que pensamos que possa vir a acontecer no futuro.

Vamos nos valer dos seguintes pensamentos para bloquear qualquer barreira que, sob qualquer forma, possa se interpor em nossa prática e nos atrapalhar de atingir a meta a que nos propomos de acordo com o Curso:

Não é para isto que quero olhar.
Confio em meus irmãos, que são um comigo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Focalizar a atenção na graça

Hoje, 29 de junho, chegamos ao fim de mais uma de nossas revisões. A quinta. Com a lição de número 180, encerramos este período revisando as ideias das lições 169 e 170. Lembrando-nos sempre de começar e terminar o dia e as práticas com o pensamento que nos foi oferecido para dar unidade a esta revisão: Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Isso nos leva, então, ao seguinte:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (169) Pela graça vivo. Pela graça sou liberado.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (170) Não há crueldade em Deus e nem em mim.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

É importante que busquemos nos conscientizar de que devemos a vida à graça, que também nos dá a liberdade de escolher, criar e construir o mundo em que queremos exercitar o viver a experiência dos sentidos que o corpo nos oferece. Equivocamo-nos a maior parte das vezes porque nos esquecemos da graça. Não é o que acontece, por exempolo, com o escritor Guimarães Rosa, que, em seu conto Espelho, diz o seguinte: "Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo".

O UCEM diz: "Milagres são naturais. Quando não ocorrem, algo errado aconteceu". Nós não os vimos porque, diz novamente Rosa, "... vivemos, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes".

domingo, 28 de junho de 2009

Para aprender a mudar o mundo

Ninguém esqueceu da lição de hoje, não? Só para lembrar, ela não depende - pelo menos acho que não deve depender - da postagem ou não deste blogue. Mas vamos lá... A lição 179, deste dia 28 de junho, nos traz de volta as lições 167 e 168, a cujas ideias vamos acrescentar o pensamento: Deus é só Amor e, portanto, eu também. Antes e depois de usar as ideias que revisamos, para começar e para terminar nosso dia e nossa prática.

Assim:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (167) Só existe uma vida e eu a compartilho com Deus.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (168) Tua graça me é dada. Eu a reivindico agora.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Lembremo-nos de que com esta revisão nos aproximamos rapidamente do objetivo que o Curso nos propõe. O aprendizado de como mudar o mundo, aprendendo a mudar nossa forma de pensar a respeito dele e de tudo o que há nele. A olhar para o mundo e para tudo o que há nele de modo diferente. A partir da visão de Cristo. A visão amorosa.

sábado, 27 de junho de 2009

Amar para ouvir estrelas

Há cerca de dez dias, mais ou menos, nossa amiga Dani, lá da Indonésia, fez um comentário à postagem da lição 167 em que ela dizia que, ao olhar para o céu e ver as estrelas, imaginava uma conexão entre elas e nós e que isso a fazia pensar que Deus está muito além do que pensamos aqui. Neste mundo.

Mas, na verdade, não é assim não, Dani, caros, caras. Deus é tudo o que existe. E a crença do ego de que é possível estarmos separados d'Ele é apenas a ilusão maior, a responsável por todas as outras ilusões que criamos e construímos em nosso viver no mundo. É uma verdadeira negação do Pensamento de Deus, que somos e encarnamos para experimentar o mundo por meio dos sentidos que recebemos em um corpo.

Assim, para as práticas da lição 178, deste dia 27 de junho, vamos voltar à ideia que serve para abrir e fechar todos os nossos dias e práticas neste período de revisões, e lembrar mais uma vez das lições 165 e 166, certos de que a única coisa que existe, e é verdadeira em nós, no mundo, neste e no universo inteiro, é o Amor, que somos, em Deus, por e com Ele.

Por isso praticamos assim:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (165) Que minha mente não negue o Pensamento de Deus.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (166) As dádivas de Deus me são confiadas.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

E, por falar de estrelas, Dani, caros, caras, lembrei-me de uma música do Kid Abelha, uma adaptação que Paula Toller fez do poema Via Láctea, de Olavo Bilac, que acho vale a pena ouvir e que diz o seguinte:

Direis ouvir estrelas/Certo perdeste o senso
E eu vos direi, no entanto/Que, para ouví-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto.

Enquanto conversamos/Cintila a Via Láctea
Como um pátio aberto/E ao vir do sol, saudoso e em pranto
Inda as procuro pelo céu deserto.

Que conversas com elas?/O que te dizem quando estão contigo?
Ah!... Amai para entendê-las./Ah!... Pois só quem ama
Pode ouvir estrelas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eliminando um dos obstáculos à paz

Não lembro se já lhes falei de uma mensagem que recebi de Neale Donald Walsch, o autor da trilogia Conversando com Deus. Na mensagem a que me refiro, ele trata da morte, que exerce sobre todos nós uma tal atração, que passa a ser, conforme nos diz o Curso em seu capítulo de número 19, um dos obstáculos à paz.

Neale diz em sua mensagem que, quando uma pessoa que amamos deixa o corpo, isso deve ser um motivo de júbilo, de alegria, para nós que ficamos. E isso não significa que não possamos nos sentir tristes. Porém, mais do que nos empurrar na direção da tristeza e, às vezes, até nos abandonar lá, isso deve servir também para nos trazer à consciência o fato de que a pessoa amada, a que aparentemente partiu, celebra agora o "Dia da Continuação" da vida, que não acaba nunca.

Precisamos nos lembrar de que ela passa, agora, pela experiência mais gloriosa que podemos imaginar. Experimenta, de verdade, o Céu. Também precisamos nos lembrar de que vamos continuar a nos reunir a ela. Porque nem chegamos, de fato, a nos separar. Pois a Essência do que ela é continua conosco. Ou já nos esquecemos do ensinamento segundo o qual "as ideias não deixam sua fonte"? Assim, basta que pensemos nela para que ela esteja conosco. Pelo tempo que quisermos. Para podermos agradecer o privilégio de a ter tido em nossas vidas. Por toda a alegria que ela nos proporcionou, por toda a sabedoria que ela dividiu conosco. Por todo o amor que ela partilhou e nos ensinou a estender.

Digo isto, neste dia 26 de junho, dia da lição de número 177, na revisão em que voltamos a pensar a respeito das ideias que nos foram oferecidas pelas lições 163 e 164, em função da notícia da morte de Michael Jackson. Para que seus fãs, as pessoas que o amavam, não se entristeçam tanto. Para que saibam que ele é livre, na condição de Filho de Deus. Como nos lembra uma das ideias que revisamos: Não há morte. O Filho de Deus é livre.

Assim em nossa prática de hoje, lembramos mais uma vez de começar o dia e a prática com o pensamento:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (163) Não há morte. O Filho de Deus é livre.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (164) Agora somos um com Aquele Que é a nossa Fonte.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Do mesmo modo terminamos nossas práticas e nosso dia com o mesmo pensamento. Gratos por partilhar com o mundo o pensamento santo, que nos põe em contato com aquilo que somos, na verdade, com Deus, em Deus e por Deus: só Amor.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Deus é aquilo que me falta para compreender o que ainda não compreendo."

A lição para este dia 25 de junho é a de número 176, que nos traz de volta às ideias de nossa prática com as lições 161 e 162. Lembram? Conforme a orientação do Curso, antes de cada uma das ideias para a revisão de hoje, vamos usar o pensamento Deus é só Amor e, portanto, eu também. Fazemos o mesmo após praticar cada uma delas. E também a usamos para começar e terminar nosso dia.

A ideia que praticamos junto com as lições nesta revisão me trouxe à lembrança algo que tenho comigo desde que ouvi pela primeira vez. Algo que está no primeiro disco do Raul Seixas, ainda do tempo do vinil, um álbum que se chama, se não me engano, Krigh Ha, bandolo!, no qual ele apresenta aquelas músicas mais conhecidas como Metamorfose Ambulante, Mosca na Sopa, Al Capone e Ouro de Tolo, entre outras. No final do álbum, depois da última faixa, para quem se dá ao trabalho de deixar rolar o disco depois que as músicas acabaram, há uma frase que ele repete várias vezes, que diz o seguinte: Deus é aquilo que me falta para compreender o que não compreendo.

Isso não lhes parece parte do ensinamento do Curso? Não é só isso que buscamos quando buscamos o autoconhecimento? E lembram do que falamos na última terça acerca da busca? Quem pode acreditar que está buscando conhecer a si mesmo verdadeiramente se não faz sua parte? Isto é, se não se dispõe a seguir as orientações que o Curso oferece? Seja para este ou para outro caminho qualquer.

Por isso os convido a praticarem com confiança as ideias que revisamos, chamando especial atenção para o pensamento Deus é só Amor e, portanto, eu também. Pois tal pensamento pode remover de uma vez por todas todo e qualquer obstáculo que nos impede de alcançar a paz (vide capítulo 19 do livro). Este pensamento é o mesmo que Raul Seixas usou em seu disco dito de outra forma, concordam?

Então, hoje revisamos assim:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (161) Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus.
Deus é só Amor e, portanto, eu também.
2. (162) Eu sou como Deus me criou.
Deus é só Amor e, portanto, eu também.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Ser nos espera ao final da jornada

Continuamos nossa revisão com a lição 175 neste dia 24 de junho. Dia do santo dito casamenteiro. Alguém está necessitando de seus serviços? À prática... As ideias para hoje são as das lições 159 e 160.

Lembremo-nos de que começamos o dia [e o terminamos também] e os períodos de prática com a ideia que dá unidade a toda esta revisão e expressa a Verdade a respeito de Deus e a nosso próprio respeito. Oxalá a prática possa nos convencer, de uma vez por todas, de que não existe nada, de verdade, que não seja o amor. E de que tudo o que não for amor é apenas ilusão. Não existe.

Assim, praticamos:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (159) Dou os milagres que recebo.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (160) Estou em casa. O medo é o estranho aqui.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Lembremo-nos também, por fim, de que o Ser santo que compartilhamos com toda a vida que há no mundo é o único Ser em nós que "conhece o amor". Só Ele pode ser perfeitamente coerente em Seus Pensamentos, pois Ele conhece Seu Criador, compreende a Si Mesmo, é perfeito em Seu Amor e nunca muda de Seu estado de união permanente com Pai e Consigo Mesmo. É este Ser que vamos encontrar ao fim da jornada. E esta revisão reduz o tempo de forma imensurável, se confiarmos que nossa meta continua a ser este encontro e que, ao praticarmos, é d'Ele, em nós mesmos, que nos aproximamos.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A experiência que nos dá a certeza

Revisamos neste dia 23 de junho, véspera de São João, com a lição 174, as ideias que nos foram apresentadas pelas lições 157 e 158. Formas diferentes da ideia que usamos para começar e para encerrar o período de revisão e a prática de cada ideia que utilizamos. Começamos, pois, assim:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (157) Quero entrar na Sua Presença agora.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (158) Hoje aprendo a dar como recebo.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Lembremo-nos de que "as palavras são apenas recursos para serem usadas... para chamar a mente de volta ao seu propósito conforme seja necessário". Já aprendemos o suficiente, se estivermos fazendo nossa prática diária de acordo com as orientações do Curso, para colocar nossa fé na experiência que advém da prática e não nos meios que usamos. É a experiência que buscamos, porque sabemos que só nela podemos achar a certeza. Por isso a ideia que abriu nosso período de revisão e abre, e fecha, cada uma de nossas práticas é a mesma ideia que usamos ao despertar e ao adormecer, preparando-nos para um novo dia em que vamos voltar à ideia que nos devolve tudo o que pensamos ter perdido quando chegamos a acreditar na separação.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Emprestemos nossa voz à salvação

A lição 173, deste dia 22 de junho, nos convida a trazer de volta à lembrança as lições 154 e 155. Sempre antecedidas e sucedidas pela ideia que vamos usar durante todo este período de revisão. Assim, revisamos:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (154) Recuarei e permitirei que Ele me mostre o caminho.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (155) Caminho com Deus em perfeita santidade.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Lembremo-nos uma vez mais, também, que esta revisão é uma nova oportunidade para refazermos nossas escolhas. Deixemos, portanto, que ela seja nossa dádiva àquele que nos trouxe este Curso. Pois ele só precisa que ouçamos as palavras que diz e que as ofereçamos ao mundo. É isso que ele pede que sejamos para ele: sua voz, seus olhos, seus pés e mãos, por meio dos quais ele oferece a salvação. A nós e ao mundo.

domingo, 21 de junho de 2009

Um passo a mais na direção do que somos

Neste dia 21 de junho, primeiro dia do inverno deste ano, a lição de número 172 nos convida a revisar as lições 153 e 154, valendo-nos, antes da prática e do uso de cada uma das ideias para o dia, do pensamento proposto ontem, e que será utilizado ao longo de todo este período de revisão. Os pensamentos que revisamos não são nada mais do que um esclarecimento de algum aspecto deste com que iniciamos nossos dias e nossas práticas e servem para "torná-lo mais significativo, mais pessoal e verdadeiro e mais descritivo do Ser sagrado", que somos, "compartilhamos e que agora nos preparamos para conhecer novamente" de forma mais profunda a partir desta revisão.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

1. (153) Minha segurança está em ser sem defesas.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

2. (154) Eu estou entre os ministros de Deus.

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

sábado, 20 de junho de 2009

Nova oportunidade para tomar a decisão

Começamos, neste dia 20 de junho, mais uma revisão. Damos mais um passo na direção "de uma certeza maior, de um propósito mais firme e de uma meta mais garantida". Para tanto, nossa prática inclui mais uma oração, que podemos usar antes de cada uma das próximas dez lições nas quais revisamos as vinte anteriores, duas a cada dia. É a seguinte:


Pai nosso, firma nossos pés. Permite que nossas dúvidas se calem e nossas mentes santas fiquem quietas, e fala conosco. Não temos nenhuma palavra para Te oferecer. Queremos apenas escutar Teu Verbo e fazê-lo nosso. Orienta nossa prática tal qual um pai orienta uma criancinha ao longo de um caminho que ela não compreende. Mas ela segue, certa de que está segura porque seu pai lhe mostra o caminho. Então, trazemos a prática a Ti. E, se tropeçarmos, Tu nos levantarás. Se esquecermos o caminho, contamos com tua lembrança garantida. Nós nos desviaremos, mas Tu não esquecerás de nos chamar de volta. Apressa nossos passos agora para podermos mudar de modo mais certo e rápido em Tua direção. E aceitamos o Verbo que Tu nos ofereces para unificar nossa prática, enquanto revisamos os pensamentos que Tu nos deste.

O pensamento que vamos utilizar antes de cada um dos pensamentos que revisaremos, e que deve servir para começar cada um de nossos dias durante este período de revisão, é o seguinte:



Deus é só Amor e, portanto, eu também.



Assim, para a lição 171 de hoje usaremos a seguinte forma:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.


1. (151) Todas as coisas são ecos da Voz por Deus.


Deus é só Amor e, portanto, eu também.


2. (152) O poder de decisão é meu.


Deus é só Amor e, portanto, eu também.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um tempo dedicado ao Amor

Eis-nos, neste dia 19 de junho, chegando à lição de número 170. Um marco, sem dúvida. Vocês não acham? Afinal, há pessoas que dizem não conseguir passar das primeiras cinco ou dez lições do Curso. Quer reconheçamos, quer não, chegar até aqui significa que pelo menos uma vez em cada um dos últimos 170 dias, dedicamos alguns momentos a Deus, voltando-nos para nós mesmos e para o que somos. Um feito e tanto, não é mesmo? Sejamos gratos!

A lição de hoje diz: Não há crueldade em Deus e nem em mim. E é apenas isso que o Curso busca nos ensinar desde seu início. Para desaprendermos - ou para pormos em dúvida, ao menos - tudo aquilo que o mundo nos ensinou e continua a nos ensinar. Pois, com ele, aprendemos a ter medo de um deus cruel. Um deus que ainda obedece à antiga regra do "olho por olho, dente por dente". Um mandamento que Jesus veio modificar, ensinando-nos a substituí-lo por "amai-vos uns aos outros assim como eu vos amo". Ou ensinando-nos que precisamos amar o outro como a nós mesmos.

A lição de hoje é suficiente para nos fazer andar muito mais rapidamente pelo caminho que escolhemos trilhar a convite do UCEM, o de nos voltarmos para nós mesmos e, com isso, voltarmos ao convívio do Pai. Porque ela ensina o seguinte:

Tu crias aquilo de que te defendes e, pela tua própria defesa, ele se torna real e inevitável. Depõe tuas armas e só então perceberás que ele é falso.

Lembram da lição 135? Se me defendo, sou atacado. Isto é a mesma coisa dita de outra forma, com o acréscimo daquela ideia, que já aprendemos, segundo a qual sou eu quem cria o mundo que vejo, com tudo o que há nele. Não há como ser de outra maneira. Ou não lhes parece que, se este mundo fosse criado por alguém fora de nós mesmos, ele seria visto por todos do mesmo jeito? Parece tão óbvio, não? Tão simples. O que nos impede de acreditar que somente nossos próprios pensamentos podem nos ferir, como diz outra das lições? O ego! O que nos faz pensar que existe alguma coisa fora de nós? Um mundo? O ego!

O ego, no entanto, não passa de uma ilusão. Uma ilusão cuja base está na crença de que é possível que qualquer coisa exista separada de Deus. E isto é impossível! Não existe nada fora de Deus. Nem nada fora do Amor, que é a única coisa que existe, na verdade. Por isso, a lição de hoje nos convida a olhar de forma imparcial a este deus cruel que aprendemos com o mundo. Um deus que "não pode fazer nada". Um deus cujo poder "não precisamos desafiar", porque "ele não tem nenhum". É apenas um ídolo criado pelo ego, assim como todos os ídolos.

E ela nos lembra também do último dos obstáculos à paz, de que trata o livro texto, "o mais difícil de se acreditar que não seja nada", por se tratar de "um obstáculo ilusório com aparência de um bloco sólido, impenetrável, amedrontador e impossível de ser sobrepujado"... "o medo do Próprio Deus". No entanto, a escolha que fazemos hoje, a partir de nossa prática, é segura. Porque escolhemos olhar pela última vez para este ídolo de pedra e decidimos não chamá-lo mais de deus. E escolhemos olhar para o mundo de modo diferente. Escolhemos olhá-lo com a visão de Cristo, que nos foi restituída pela nossa escolha.

Agora podemos ficar em paz para sempre. Nossa voz pertence a Deus e repete a d'Ele. Nós O escolhemos em lugar dos ídolos e recebemos e aceitamos de novo a graça que nos dá o Criador da Vida. Escolhemos o amor em lugar do medo. E praticamos nossa escolha com uma oração.

Pai, somos iguais a Ti. Nenhuma crueldade habita em nós, porque não há nenhuma em Ti. Tua paz é nossa. E nós abençoamos o mundo com aquilo que recebemos de Ti somente. Escolhemos de novo e fazemos nossa escolha por todos os nossos irmãos, sabendo que eles são um conosco. Trazemos Tua salvação a eles do mesmo modo que a recebemos agora. E damos graças por eles que nos tornam completos. Vemos Tua glória neles e neles encontramos Tua paz. Somos santos porque Tua Santidade nos liberta. E damos graças. Amém.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Receber, acolher e oferecer a graça

A lição deste dia 18 de junho, a de número 169, diz: Pela graça vivo. Pela graça sou liberado. Falamos da graça ontem. A graça que recebemos como Filhos de Deus e que nos torna capazes de curar o mundo. Começando por curar a nós mesmos, pela mudança do modo de pensar. Começando por substituir todos os pensamentos de ataque por pensamentos de paz, por pensamentos amorosos.

Estou postando este comentário a esta hora apenas, porque fiquei sem internet até há pouco. E o que se pode fazer quando aquilo que precisamos fazer não pode ser feito no momento em que nos propúnhamos a fazê-lo, além de esperar, agradecer e refletir? Praticar o exercício da gratidão. Pois, afinal, não existe uma razão para tudo o que acontece, mesmo quando não a vemos, mesmo quando não a entendemos?

Isso me traz a algo que pensei ontem, a algo que escrevi ontem e que tem, acho, bastante a ver com a lição de hoje, assim como diz respeito a tudo o que buscamos aprender com o UCEM.Dizia a mim mesmo o que segue.

Penso muitas vezes no Salviano? Quem o conhece? Quem ainda não o conhece? Penso muitas vezes também na pergunta que ele nos faz repetidas vezes desde os primeiros contatos conosco e com a parte do ensinamento que afirma que tudo o que experimentamos aqui, neste mundo, é apenas uma ilusão. Uma ilusão que ajudamos a aumentar acreditando nela ou que ajudamos a trazer à verdade, quando cientes de que aqui só podemos mesmo, por meio dos sentidos e da percepção, vivenciar formas variadas de uma única e mesma ilusão: a de que, de alguma modo é possível estarmos separados de Deus.

Isto, o Curso nos diz, é algo que não aconteceu nunca, não acontece jamais e nem virá a acontecer em tempo algum no futuro. Aliás, o tempo também é parte da ilusão. E aí a aparece a pergunta do Salviano para nos provocar. Se, de fato, sempre estive, continuo e vou estar para sempre no "bem-bom" com Deus [em algum lugar a que chamamos de lá porque não conseguimos percebê-lo como o lugar em que nos encontramos o tempo todo aonde quer que estejamos], o que vim fazer aqui? Por que troquei meu estar com Deus por isto que vivo?

É claro que, se pensarmos bem, da maneira como nos ensina o Curso, a pergunta tem de ser reformulada, pois não existem maneiras de se responder à pergunta por quê. A forma correta é para quê. À propósito, quantos de nós já percebemos que as respostas que vamos encontrando ao longo de nossa jornada em direção a nós mesmos e a Deus só fazem suscitar outras perguntas, que, na verdade, são a tônica do movimento de busca. Isto é, quem não pergunta, não se move, não se mexe, não sai do lugar, não aprende e não pode lembrar.

É por isso que, vez em quando, um texto, uma frase, uma observação qualquer de alguém em determinado momento me remete à pergunta do Salviano reformulada pelo para quê? Para que mesmo vim aqui? E pode-se ainda fazê-la de vários jeitos diferentes. Um deles é, por exemplo, quando nos perguntamos: o que estou fazendo aqui mesmo? E algum esboço de resposta, algum indício de caminho parece se delinear. Parece-me que existe uma função bastante específica para cada um de nós neste e em todos os mundos existentes. E o livro diz isso de modo muito claro nas lições que vão da 61 à 66 e, em seguida, nas lições 98 e 99. Para culminar com a lição de número cem que declara simplesmente: Minha parte é essencial no plano de Deus para a salvação.

Isto significa dizer que há uma função no mundo que só eu posso cumprir. Um papel que cabe apenas ao Salviano representar, da mesma forma que existem papéis para todos e cada um dos que vêm aqui. Ou seja, há perguntas que só ele, Salviano, pode nos trazer, e ao mundo, para nos ensinar a nos lembrarmos de nós mesmos, do que somos, do que queremos, do que podemos e daquilo de que precisamos.

Talvez não exista uma resposta apenas - e eu diria que isso já é quase uma certeza -, uma vez que as perguntas são tantas quantas são as pessoas que vêm a este mundo. Formas diferentes de cada um de nós mesmos. Expressões diferentes de diferentes Pensamentos de Deus. Interessante, porém, é notar que cada pergunta que fazemos à verdade que habita em nós, dispondo-nos a ouvir, de olhos, ouvidos, mentes e corações abertos, encontra uma resposta capaz de inundar de paz e de alegria nossa existência, nosso estar-no-mundo. Porque nos remete sem sombra de dúvida à Unidade de que somos parte integrante e complementar.

Não há como fugir à responsabilidade que herdamos ao nascer neste mundo. Um mundo que vamos criando e construindo à medida que começamos a exercitar o livre arbítrio que trazemos todos na condição de Filhos de Deus. Ou dito de outra forma, ao escolhermos nascer neste mundo, trazemos a responsabilidade de recriá-lo a cada instante, de co-criá-lo com Deus para atender à Vontade d'Ele para nós, que é a de que experimentemos a alegria perfeita aonde quer que estejamos. Para isso precisamos aceitar a graça, recebê-la, agradecer por a termos recebido e oferecê-la a todos quantos partilham deste mundo conosco.

Nossa prática, hoje, que responde a todas as nossas questões, se abrirmos bem os ouvidos para ouvir com o entendimento que nos empresta o coração, trata disto: de nos ensinar a aceitar a graça, a recebê-la, a acolhê-la e à liberdade que ela traz consigo, aprendendo com isso também a oferecê-la ao mundo inteiro. Pois só assim ela pode ser nossa de verdade. E, como a lição sugere, não há forma melhor de fazer isso do que utilizando esta oração:

Pela graça vivo. Pela graça sou liberado.
Pela graça dou. Pela graça vou liberar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Aceitar e oferecer a graça

A lição 168, deste dia 17 de junho, lembra a cada um de nós o seguinte: Tua graça me é dada. Eu a reivindico agora. Ao mesmo tempo, ela começa afirmando que "Deus fala conosco". Pode-se dizer mesmo que Ele fala conosco o tempo inteiro. Nós é que a maior parte do tempo não Lhe damos ouvidos. Em seguida, após a afirmação, o exercício traz a pergunta: "Nós não falaremos com Ele?"

É claro que Ele não está distante de nenhum de nós e nem faz qualquer tentativa de Se esconder. O contrário é que é verdadeiro, a partir da crença na separação. Nós é que tentamos nos esconder d'Ele. Na verdade toda a ilusão de mundo que criamos se deve principalmente a esta tentativa equivocada e sem sentido. E que pode ser claramente desmascarada se nos perguntarmos honestamente o quanto daquilo que somos de verdade transparece na vida que levamos. Quanto daquilo que vivo é reflexo daquilo que verdadeiramente sou? Quanto daquilo que faço reflete e estende o Amor de Deus, que me criou?

Nossa prática de hoje se destina a aprendermos de uma vez por todas que Deus ama Seu Filho. E nós somos o Seu Filho. Todos e cada um de nós. E não existe nenhuma certeza a não ser esta, a de que Ele nos ama - a todos e a cada um, pois, na verdade, somos todo um, n'Ele, por Ele e com Ele. E esta é uma certeza que basta para pôr fim a toda a ilusão que criamos. Uma certeza que torna impossível tanto a esperança quanto o desespero. Pois tal certeza satisfaz toda esperança para todo o sempre. E qualquer forma de desespero passa a ser impensável. Ou, lembrando-nos de uma das frases da Bíblia, "se Deus é por nós, quem poderá ser contra nós"?

É incrível como tudo muda quando escolhemos olhar de modo diferente para o mundo, não é mesmo? Ou alguém ainda não experimentou isso? E em nosso encontro de ontem à noite eu dizia que o texto que lemos tinha tudo a ver com a lição de ontem e, vejo agora, que também tem a ver com a de hoje. Pois trata da graça que Deus nos dá a todos. E a leitura de ontem nos aconselhava a deixar de olhar para o outro e vê-lo apenas um corpo, o que denominava de falta de fé. Enquanto fé é exatamente olhar para o outro e não ver o corpo, curando-o, libertando-o para sempre de todos os limites e exigências do ego, entregando-o ao Espírito Santo, devolvendo-o à unidade de que todos somos parte.

Noutro trecho que não chegamos a comentar, o texto diz que não é o corpo que recebe a graça. É a mente. E, ao recebê-la, ela "olha de imediato para além do corpo e percebe o lugar sagrado onde ela foi curada". E é isso que precisamos aprender a oferecer a todos os que fazem parte de nosso mundo e ao mundo inteiro: graças e bênçãos, para que todos sejamos curados juntos pela graça e para podermos curar por meio de nossa fé.

E é isso que pedimos em nossa prática hoje. A dádiva que Deus tem guardada para cada um de nós. E para todos. A graça que nos desperta para aquilo que verdadeiramente somos e nos permite escolher co-criar com Deus, aceitando Sua Vontade como a nossa, libertando o mundo de tudo aquilo que pensávamos que ele fosse. Nossa prática hoje torna santo este novo dia, ao recebermos o que Deus nos oferece. Mas mais importante é saber, aprender, que "nossa fé está no Doador, não em nossa aceitação". Por isso praticamos em forma de oração mais uma vez, dizendo, tantas vezes quantas pudermos, tantas vezes quantas lembrarmos:

Tua graça me é dada. Eu a peço agora. Pai, venho a Ti. E Tu virás a mim, que peço. Eu sou o Filho que Tu amas.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Para conhecer a Fonte da vida

Neste dia 16 de junho, a lição 167 nos apresenta a ideia: Só existe uma vida e eu a compartilho com Deus. E ela já começa dizendo que "não existem tipos diferentes de vida", pois a vida, como a verdade, "não tem graduação". Vida "é a única condição na qual tudo o que Deus criou compartilha" e "igual a todos os Seus Pensamentos", ela "não tem nenhum oposto". Tudo o que existe compartilha a mesma vida da forma que Deus a criou.

Neste mundo, porém, acreditamos que parece haver um estado que é o contrário da vida. Um estado a que chamamos de morte. Um estado, uma ideia, que, conforme já vimos, assume muitas formas. Pesar, perda, ansiedade, sofrimento, dor e mesmo um simples suspiro de cansaço ou um leve desconforto, ou ainda o menor olhar de reprovação, tudo isso é indício de que admitimos a possibilidade da morte. A "única ideia subjacente a todos os sentimentos que não são extremamente felizes". O alarme a que reagimos de qualquer maneira que não seja a alegria perfeita.

E a lição continua: "Tu pensas que a morte é do corpo. Porém ela é só uma ideia, irrelevante àquilo que é visto como físico. Um pensamento está na mente. Ele pode, então, ser aplicado da forma que a mente o orientar. Mas é na sua origem que ele tem de mudar, se acontecer a mudança. As ideias não deixam sua fonte. A ênfase que este curso dá a esta ideia se deve a sua condição fundamental em nossas tentativas de mudar teu modo de pensar acerca de ti mesmo. Ela é a razão pela qual podes curar. Ela é a causa da cura. Ela é o porquê de não poderes morrer. A verdade dela te estabeleceu como um com Deus".

Tudo isso nossa prática de hoje nos oferece. A ideia de que a morte representa apenas um pensamento equivocado de que podemos, de alguma forma, estar separados de Deus. A certeza de que a morte não pode vir da vida, porque "as ideias permanecem unidas a sua fonte" e "podem estender tudo o que sua fonte contém". O contrário da vida só pode ser outra forma de vida. Uma mudança na forma apenas.

E mais. A ideia de que "aquilo que parece ser o contrário da vida está apenas dormindo". Pois "quando a mente escolhe ser o que não é e adotar um estranho poder que não tem, um estado estranho no qual não pode entrar, ou uma condição falsa que não esteja dentro de Sua Fonte, ela apenas parece ir dormir por algum tempo". Durante este período, ela "sonha com o tempo; um intervalo em que o que parece acontecer nunca acontece, as mudanças forjadas são inconsistentes e todos os acontecimentos não estão em parte alguma. Quando a mente acorda, ela apenas continua a ser tal como sempre foi".

Por isso, nossa prática hoje nos orienta a sermos filhos da verdade e a não negarmos nossa herança sagrada. A não pedirmos a morte de forma alguma hoje. A nos esforçarmos para manter em nós o lar sagrado de Deus como Ele o estabeleceu e quer que ele seja para toda a eternidade. A deixarmos que Ele seja o Senhor de nossos pensamentos hoje. Assim, vamos compartilhar uma única vida, porque só temos uma Fonte, a Fonte da qual nos chega a perfeição, que permanece sempre nas mentes santas que Deus criou perfeitas. Assim, vamos perceber que "da mesma forma que fomos, também somos agora e seremos para sempre". Vamos aprender que "a mente desperta é aquela que conhece sua Fonte, seu Ser, sua Santidade".

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Escolhendo aceitar as dádivas de Deus

Atrasei-me para a postagem da lição 166, deste dia 15 de junho, porque acometido de uma gripe cavalar [apenas no sentido de muito forte], que só não chamo de equina por receio de que se espalhe a notícia de mais uma pandemia de gripe associada a nossos amigos animais. É para se pensar, pois, na escolha que fazemos de aceitar ou não as dádivas e o poder que herdamos do Pai. Se os aceitamos, aprendemos que nada nos falta, nem nada nos pode atingir. Nem doença, nem morte. Se não os aceitamos, ficamos sujeitos, de vez em quando, a criar e contrair algum fruto de nossa aposta na realidade da ilusão.

A lição de hoje diz: As dádivas de Deus me são confiadas. E diz que, com isso, todas as coisas nos são dadas, pois Deus tem em nós - em cada um de nós - uma confiança infinita. Por isso, Ele nos dá tudo, sem exceções, sem reservar nada daquilo que possa contribuir para a nossa felicidade. Mas há uma condição. Apenas uma. A de que nossa vontade seja una com a d'Ele. Pois, não sendo assim, podemos pensar que existe outra vontade além da d'Ele.

Nesta ideia louca, a de que pode haver outra vontade além da Deus, se baseia a feitura do mundo. Deste mundo, que, por não ser a Vontade de Deus, não é real. Porém, "aqueles que o imaginam real ainda têm de acreditar que há outra vontade, e uma vontade que leva a efeitos contrários daqueles que Ele deseja" [uma gripe muito forte, por exemplo]. Isso é impossível, de fato, mas cada mente que olha para o mundo e o considera como certo, sólido, confiável e verdadeiro acredita em dois criadores; ou em em um só, apenas ele mesmo.

De certo modo, é isso que vivemos a maior parte de nosso tempo aqui. Ora acreditamos que tudo o que existe verdadeiramente é a Vontade de Deus, e experimentamos a alegria da unidade, ora acreditamos que existe outra vontade que pode se contrapor à d'Ele, e experimentamos de forma dolorosa todas as coisas que a crença na ideia da separação nos oferece. Medo, raiva, dor, doença, pobreza, miséria, infelicidade, culpa, onipotência egóica, orgulho e tudo mais que a ilusão nos apresenta como "as verdades" deste mundo.

Por isso, a lição de hoje nos diz que recebemos a função de liberar o mundo da dor. Para tanto, Deus confia todas as Suas dádivas a cada um de nós para que possamos, na felicidade, ser as testemunhas do quanto pode se transformar a mente daquele que escolhe aceitar Suas dádivas e sentir sobre si o toque de Cristo. Esta é nossa missão hoje. A isso se destina nossa prática, pois Deus confia que seremos capazes de compartilhar com o mundo inteiro tudo aquilo que recebemos.

domingo, 14 de junho de 2009

Identificando-nos com o Pensamento de Deus

A lição 165, para este dia 14 de junho, nos traz a seguinte ideia: Que minha mente não negue o Pensamento de Deus. Uma ideia a respeito da qual precisamos refletir com bastante tranquilidade, com vagar e serenidade. Para identificar em nós mesmos que aspectos de nosso viver, de nosso estar-no-mundo, podem se revelar uma forma de negação do Pensamento de Deus.

Quando não vivo o que sou, nego o que sou. Nego a verdade e escolho viver a ilusão, me separo de mim mesmo, me divido e, por consequência, me separo de tudo e de todos, vendo o mundo apenas como a projeção da negação daquilo que é verdadeiro e que sempre viveu em mim. Aquilo que, de fato, vive e viverá para toda a eternidade.

Só meus próprios pensamentos de miséria e morte escondem de mim, e do mundo que crio, a alegria e a felicidade perfeita, e a vida eterna, herança de meu Pai para mim e para todos, na unidade que somos.

Uma ideia recorrente, e de extrema importância, no ensinamento, para entendermos o fundamento de todas as coisas é aquela que diz que "pensamentos não deixam sua fonte". E são nossos pensamentos que criam, ora a realidade por que ansiamos - quando os pensamentos estão ligados à Fonte que nos criou na verdade, no amor e na luz -, ora a ilusão, quando criamos uma aparente realidade que nos afasta da verdade do que somos.

Precisamos saber, porém, que, quando nossos pensamentos não criam de acordo com a verdade do que somos, apenas acrescentamos ilusão as nossas próprias ilusões e a todas as ilusões daqueles de nós que ainda acreditam poder estar separados uns dos outros e de Deus, da Fonte de tudo o que existe para todo o sempre. E que as ilusões, por não serem parte da verdade, não podem durar, nem negar o que somos.

Nossa prática hoje é apenas lembrar de que o Pensamento de Deus, Que nos criou, nunca nos abandonou e nem nunca ficamos separados d'Ele por nenhum instante sequer, que Ele nos pertence, que vivemos por Ele, n'Ele nos movemos, mantendo-nos em unidade com todas as coisas.

Praticamos viver a segurança, a mansidão, a harmonia, a cura, a alegria, a paz de espírito, o descanso sereno, o sono e o despertar tranquilos, reconhecendo apenas que eles moram em nós. Praticamos a aceitação do Céu, que já é nosso, basta pedir. E pedir com vontade. Nem precisamos da certeza de que o que pedimos é a única coisa que queremos, pois saberemos, ao receber, que encontramos o tesouro que sempre buscamos. Praticamos a esperança que afasta todas as dúvidas, porque aceitamos a certeza de que o Pensamento de Deus, de quem somos anfitriões, habita em nós e que podemos contar com Ele agora e sempre.

sábado, 13 de junho de 2009

Aceitando as dádivas da visão de Cristo

Neste sábado, dia 13 de junho, a lição 164 nos oferece para a prática a seguinte ideia: Agora somos um com Aquele Que é nossa Fonte. E nos pergunta logo no início: "Em que momento, a não ser agora, a verdade pode ser reconhecida?" Para responder em seguida: "O presente é o único tempo que existe". É o único tempo que pode nos pôr em contato com a visão de Cristo, que sempre nos mostra o Céu, ou que sempre vê o Céu em tudo o que percebe.

É isto que a prática de hoje quer que experimentemos, a visão que Cristo nos dá, a audição que ouve por nós e responde ao Chamado do Pai em nosso nome. Nossa prática há de ser sagrada hoje e há de tornar sagrado para o mundo este dia, pois olhamos para ele sob nova luz, com a visão que Cristo nos oferece.

E o exercício nos convida a não julgar hoje, a reconhecermos apenas "o que nos é dado do julgamento feito além do mundo". Para que nossa prática venha a ser nossa oferta de gratidão pela liberação da cegueira e da miséria que agora alcançamos. E, assim, "tudo o que vemos só aumentará nossa alegria, porque sua santidade reflete a nossa... Abençoamos o mundo quando olhamos para ele à luz em que nosso Salvador olha para nós e lhe oferecemos a liberdade que nos foi dada, por Sua visão misericordiosa e não pela nossa".

Sendo um com Aquele Que é nossa Fonte, podemos abrir mão de todas as coisas que pensamos querer. Descartar os tesouros insignificantes e deixar um espaço limpo e aberto em nossa mente aonde Crito possa vir para nos oferecer o tesouro da salvação.

E não vamos deixar que o dia passe sem receber alegremente as dádivas que ele guarda para nós, aceitando-as com gratidão. Pois podemos mudar o mundo se as reconhecermos e trocar, neste dia mesmo, todo o sofrimento pela alegria perfeita, que é a Vontade de Deus para nós. Praticando com seriedade e determinação, as dádivas serão nossas, pois já são nossas. Só esperam a nossa aceitação.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Liberdade para renunciar à morte

A lição 163, deste dia 12 de junho, afirma: Não há morte. O Filho de Deus é livre. Uma ideia a respeito da qual precisamos refletir bastante, vocês não acham? Ou todos acreditamos nisto? Queremos acreditar?

Uma das mensagens recentes que recebi do site de Neale Donald Walsch, o autor da trilogia Conversando com Deus, entre outros livros, diz o seguinte: "Neste dia de tua vida, caro amigo, Deus quer que saibas... que, quando uma pessoa amada deixa o corpo, isso é uma razão para uma alegria especial e genuína.

"Pode ser difícil experimentar esta alegria a respeito da morte de uma pessoa amada e a tristeza é tanto perfeitamente natural quanto "correta". Fica ciente disso, porém: a pessoa amada está celebrando o Dia da Continuidade. Esta é experiência mais gloriosa que alguém pode imaginar. É, verdadeiramente, o Céu!

"E há mais isto: tu vais te reunir novamente com a alma dessa pessoa amada. Vocês nem ao menos agora ficarão separados, porque a Essência dela voa em tua direção a cada pensamento que diriges a ela. Eu não te diria isto se não fosse verdade".

Isso deveria bastar para a nossa reflexão, mas o exercício de hoje quer nos lembrar ainda de que a morte pode se apresentar sob várias formas: tristeza, medo, ansiedade ou dúvida, raiva, falta de fé e de confiança, preocupação com o corpo, inveja e todas as formas em que o desejo de sermos como não somos possa vir a nos tentar. Para o ensinamento do Curso, "todos estes pensamentos são apenas reflexos da adoração da morte como salvadora e doadora da liberdade", um equívoco do sistema de pensamento do ego.

De fato, só "os adoradores da morte podem ter medo". E é isto que precisamos aprender, e para isso nossa prática hoje tem de servir: para mostrar ao mundo que a morte não existe, para renunciar a ela sob qualquer forma, para a salvação do mundo e para nossa própria salvação. Se "Deus não criou a morte", ela só pode ser uma ilusão. Por isso nossa prática toma a forma de uma oração, para que possamos olhar adiante da morte e ver a vida que está, além da ilusão, em todos e em toda parte.

Pai nosso, abençoa nossos olhos hoje. Somos Teus mensageiros e queremos ver o reflexo glorioso de Teu Amor que brilha em todas as coisas. Só em Ti vivemos e nos movemos. Não estamos separados de Tua vida eterna. A morte não existe, porque a morte não é Tua Vontade. E nós habitamos aonde Tu nos colocaste, na vida que compartilhamos Contigo e com todas as coisas vivas, para ser igual a Ti e parte de Ti para sempre. Aceitamos Teus Pensamentos como nossos e nossa vontade é una com a Tua eternamente. Amém.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O pensamento que salva o mundo inteiro

Neste dia 11 de junho, com a lição 162, voltamos a uma ideia que o Curso faz questão de que, de fato, aprendamos. Uma ideia na qual precisamos acreditar para caminhar com mais segurança em direção à salvação: a nossa, pessoal, e a do mundo inteiro. A ideia é aquela com que todos os que fazem os exercícios já devem estar acostumados, uma vez que já a praticamos mais de uma vez, sem contar as revisões. Eu sou como Deus me criou.

Já sabemos que está é "a única ideia que traz a salvação completa, a única declaração que faz com que todas as formas de tentação não tenham nenhum poder, o único pensamento que silencia e desfaz inteiramente o ego", de acordo com nosso primeiro contato com a ideia.

Sabemos também que este único pensamento seria suficiente para nos salvar e a todo o mundo, se acreditássemos de fato que ele é verdadeiro. Acreditar na veracidade dele significa acreditar que não fizemos nenhuma mudança em nós que possa ser real e nem mudamos o universo de forma tal que o que Deus criou possa ter sido "substituído pelo medo e pelo mal, pela miséria e pela morte".

Este único pensamento é suficiente também para nos permitir a completa correção de nossa mente e para nos dar a visão perfeita que vai curar todos os equívocos que qualquer mente possa ter cometido em qualquer tempo e lugar. Ela basta para curar o passado e tornar livre o futuro, ao mesmo tempo em que basta para permitir que o presente seja aceito tal qual é. Permitindo que o tempo seja apenas o meio pelo qual todos podemos aprender a escapar do tempo e de todas as mudanças que ele parece trazer ao passar.

Mantido na mente com firmeza, este único pensamento salva o mundo. E o Curso nos diz que "estas palavras são sagradas, pois são as palavras que Deus deu em resposta ao mundo que fizeste. Ele desaparece por meio delas e todas as coisas vistas dentro de suas nuvens sombrias e ilusões nebulosas somem quando estas palavras são pronunciadas. Pois elas vêm de Deus".

Hoje nossa prática se faz de modo simples, "pois as palavras que usamos são poderosas e não precisam de nenhum pensamento além de si mesmas para mudar o modo de pensar de quem as usa... não há nenhum sonho que elas não dissipem, nenhum pensamento de pecado e nenhuma ilusão que o sonho contenha que não se desvaneça diante de seu poder". Assim, vamos lhes dar, com a maior boa vontade possível, como nas últimas lições que praticamos, todo o tempo de que dispusermos, esperando apenas que elas nos mostrem a luz para abençoar o mundo, reconhecendo o Filho de Deus em cada um dos que cruzarem nosso caminho e reconhecendo que ainda somos como Deus nos criou.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O amor não precisa de símbolos

A prática da ideia da lição 161, para este dia 10 de junho, será feita de modo um pouco diferente da costumeira, no intuito de nos ajudar a tomar "uma posição firme contra nossa raiva, a fim de que nosso medos possam desaparecer e ceder espaço ao amor". O pensamento central que o Curso nos oferece neste dia é: Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus. Estas palavras simples trazem a salvação consigo. Pois são a resposta à tentação do julgamento. Uma resposta que "não pode nunca deixar de acolher o Cristo no lugar em que medo e raiva predominavam antes".

O exercício de hoje diz que "a condição intrínseca da mente é a abstração total", mas que aqui, neste mundo, "uma parte dela agora é anormal", porque "não olha para tudo como um só. Ao contrário, ela só vê fragmentos do todo", uma vez que só desta forma pode inventar o mundo parcial que vemos. Diz ainda que "a finalidade de todo o ver é te mostrar o que queres ver", da mesma forma que "toda a audição só traz a tua mente os sons que ela quer ouvir".

Lembram de que falamos a respeito disto ontem à noite, durante o encontro para a leitura do UCEM? Pois foi a partir disto que os detalhes foram criados e "agora são os detalhes que temos de usar para a prática". Precisamos dá-los "ao Espírito Santo, para que Ele possa empregá-los para uma finalidade diferente daquela que damos a eles. Mas Ele só pode usar o que fizemos, para nos ensinar a partir de um ponto de vista diferente, de forma tal que possamos ver uma utilidade diferente para todas as coisas".

É preciso que aprendamos, com a lição de hoje, que "um irmão é todos os irmãos" e que "cada mente contém todas as mentes, pois todas as mentes são a mesma. Esta é a verdade". Também precisamos aprender que "corpos são apenas símbolos para uma forma concreta de medo" e que "o medo sem símbolos não pede nenhuma reação, pois os símbolos [só] podem apoiar aquilo que não tem sentido". E mais que "o amor, por ser verdadeiro, não precisa de nenhum símbolo. Mas o medo, por ser falso, se apega aos detalhes".

Só os corpos podem atacar. Por isso, podem se tornar símbolos de medo facilmente. E, quando olhamos para um irmão apenas como um corpo, é isso que vemos: um símbolo do medo. É isso que nos leva a atacá-lo porque vemos nele, fora de nós mesmos, nosso próprio medo. Por isso nossa prática hoje vai se dar de um modo que já experimentamos anteriormente. Agora, porém, que já estamos mais próximos da prontidão, podemos ser bem-sucedidos, se nos mantivermos firmes na intenção de alcançar a visão de Cristo.

Para isso vamos escolher um irmão, que simbolizará todos, e vamos lhe pedir a salvação. Vamos, primeiro, vê-lo da forma mais clara que pudermos, aquela à qual estamos acostumados. Vamos ver seu rosto, suas mãos e pés, sua roupa. Vamos observá-lo sorrir e perceber gestos familiares que ele costuma fazer com frequência. Em seguida, vamos pensar que o que vemos agora esconde de nós a visão de alguém que pode perdoar todos os nossos pecados, alguém cujas mãos sagradas podem arrancar todos os cravos que trespassam as nossas e erguer a coroa de espinhos que colocamos em nossa cabeça ensaguentada. E agora, sim, vamos lhe pedir:

Dá-me tua bênção, Filho santo de Deus. Quero te ver com os olhos de Cristo e perceber em ti minha inocência perfeita.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um agradecimento

Caros, caras,

gostaria de não ter deixado que a semana que passou acabasse sem registrar, com muita gratidão e alegria, o prazer que foi ter a presença da Anna para a leitura do UCEM, na última terça-feira, em que comemoramos também o aniversário do amigo Salvador. Uma leitura, aliás, de um texto maravilhoso, que me permitiu - e espero que a todos os que estiveram conosco - a reflexão pelos vários dias que se seguiram. Esta postagem, pois, se faz como uma forma tardia de agradecimento a ela.

O texto, intitulado Da percepção ao conhecimento, da página 273, no capítulo 13 do livro, começa por nos dizer que "toda cura é libertação do passado", e que "é por isso que o Espírito Santo é o único que cura", porque "Ele ensina que o passado não existe, um fato que pertence à esfera do conhecimento e [que], portanto, ninguém no mundo pode conhecer". E continua: "De fato, seria impossível estar no mundo com esse conhecimento. Pois a mente que conhece isso, de forma inequívoca também tem o conhecimento de que habita na eternidade e não usa qualquer percepção. Portanto, ela não leva em consideração onde está, porque o conceito 'onde' não significa nada para ela. Ela sabe que está em toda parte, assim como tem tudo e para sempre".

Na discussão que se seguiu à leitura, a Anna destacou o fato que de que o conhecimento nunca tem nada de parcial, abrangendo tudo em todos os aspectos. Assim, conforme nos diz o texto, "cada aspecto é total" e, por isso, nenhum deles pode ser separado dos outros. Somos - cada um de nós é - um aspecto do conhecimento que está na "Mente de Deus Que" nos conhece, a todos e a cada um. Deste modo, cada um de nós tem de ter todo o conhecimento, pois todo o conhecimento está em cada um de nós, assim como estamos em Deus e Deus em nós.

Importante também é notar que, ainda de acordo com esta leitura e com a orientação da Anna, "a percepção, [mesmo] no seu mais alto grau, nunca é completa. Mesmo a percepção do Espírito Santo, tão perfeita quanto a percepção pode ser, não tem significado no Céu". Ela pode chegar a todos os lugares sob a orientação do Espírito Santo, mas "nenhuma percepção, por mais santa que seja, durará para sempre".

Isto nos leva à conclusão de que "a percepção perfeita tem muitos elementos em comum com o conhecimento", o que torna possível "sua transferência para ele". Porém, "o último passo tem de ser dado por Deus, porque o último passo na tua redenção, que parece estar no futuro, [já] foi realizado por Deus na tua criação. A separação não o interrompe. A criação não pode ser interrompida. A separação é apenas uma formulação falha da realidade, sem absolutamente nenhum efeito".

E aí está o milagre da criação: "o de que ela é una para sempre". E é por isso que todo milagre que oferecemos ao Filho de Deus não é nada mais do que "a verdadeira percepção de um aspecto do todo". E "embora cada aspecto seja o todo", na percepção ainda não podemos saber disso, porque não vemos que "cada aspecto é o mesmo, percebido à mesma luz e, portanto, um só". Assim, cada um daqueles que vemos sem o passado nos traz para mais perto do fim dos tempos, por trazer às trevas uma visão curada e curadora, que capacita o mundo a ver.

O texto diz mais ainda, convida-nos a nos alegrarmos com a cura e, em sintonia com as últimas duas ou três lições que fizemos, afirma que "a dádiva de Cristo tu podes conceder e não podes perder a dádiva de teu Pai". Por isso, somos convidados ainda a oferecer "a dádiva de Cristo a todas as pessoas em todos os lugares, pois os milagres oferecidos ao Filho de Deus por intermédio do Espírito Santo" nos colocam em sintonia com a realidade. Por fim, apenas para não me estender muito nesta postagem, a leitura nos fala que estaremos liberados para o conhecimento, quando virmos nossos irmãos como nós mesmos, pois teremos, assim, aprendido a nos libertar com Aquele Que conhece a liberdade.

Para nos reconhecermos

Continuamos hoje a praticar conforme as orientações das lições mais recentes. Isto é, dedicamos tanto tempo quanto possível aos exercícios da ideia que a lição do dia nos oferece, buscando nos colocar à disposição da Voz por Deus, desejosos de ouvi-La e de seguir Sua orientação para trilhar o caminho da alegria e da felicidade perfeitas, que são a Vontade de Deus para nós. Para nos reconhecermos.

A lição de número 160, deste dia 9 de junho, nos põe em contato com o seguinte: Estou em casa. O medo é o estranho aqui. Uma ideia dividida em duas partes que se complementam e que nos convida a pensar acerca do papel que nos cabe cumprir neste mundo aparentemente separado dos caminhos do amor. Sim! Porque, em geral, este é um mundo que nos dá medo. E, "o medo é um estranho aos caminhos do amor". E, ao nos identificarmos com o medo, passamos a ser estranhos para nós mesmos, para aquilo que somos, para a substância da qual fomos criados: o amor.

A lição de hoje afirma que "quem tem medo apenas nega a si mesmo", nega aquilo que, de fato, é. E equivocado a respeito de seu lugar legítimo, sem saber quem é, pensa "que não é ele mesmo e que seu lar lhe foi negado". O que lhe resta buscar? O que pode encontrar em sua busca? "Um estranho para si mesmo não pode achar nenhum lar, não importa onde procure, pois tornou impossível voltar. Seu caminho está perdido, a não ser que um milagres venha descobrí-lo para lhe mostrar que ele já não é nenhum estranho", diz a lição. E afirma que "o milagre virá", pois aquilo que ele é, na verdade, "permanece em sua casa".

Nossa prática hoje é apenas agradecer "que Cristo tenha vindo ao mundo procurar aquilo que Lhe pertence". Pois a visão d'Ele "não vê nenhum estranho, mas vê os Seus e Se une a eles com alegria. Eles O veem como um estranho [apenas] porque [ainda] não reconhecem a si mesmos. Porém, quando O acolhem, lembram. E Ele, mansamente, os conduz, mais uma vez, para casa, onde é seu lugar".

E lembrar que "Cristo não esquece ninguém. Ele não deixa de ter dar nem sequer um só para te lembrares, a fim de que teu lar possa ser tão completo e perfeito conforme foi criado. Ele não te esqueceu. Mas tu não te lembrarás d'Ele enquanto não olhares para todos do modo que Ele olha. Aquele que nega seu irmão O nega, e deste modo, se recusa a aceitar a dádiva da visão pela qual seu Ser é reconhecido claramente, seu lar lembrado e a salvação chega".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Estendendo a visão e o milagre

A ideia da lição 159, deste dia 8 de junho, Eu dou os milagres que recebo*, amplia o alcance da prática da ideia de ontem, que nos ensinava a dar na mesma medida em que recebemos. Vamos, pois, às indicações daquilo que precisamos saber para o exercício de hoje. Lembrando-nos de que continuamos a praticar da mesma forma que fizemos nos últimos dias. Isto é, dedicando o maior tempo de que dispusermos à ideia que o Curso nos reserva para o dia, buscando ficar atentos para ouvir a Voz por Deus em nós orientando-nos a respeito do caminho a seguir.

Assim, a lição começa por nos lembrar de que ninguém pode dar aquilo que não tem, "o que não recebeu". Isto é, a ação de "dar alguma coisa exige primeiro que a tenhas em teu poder". E, com relação a isto, "as leis do Céu e as do mundo concordam. Mas aqui também elas se separam". Por quê? Porque "o mundo acredita que para se possuir alguma coisa ela tem de ser guardada. A salvação [a lei do Céu] ensina o contrário. Dar é a forma de reconhecer que recebeste. É a prova de que aquilo que tens é teu [o grifo é meu]. Para que isso fique bem claro, há outro ponto em que o livro afirma: "tu só tens, de fato, aquilo que dás".

Isto é o contrário do que nos ensina o ego com o sistema de pensamento que cria este mundo de separação, onde só interessa à maioria de nós apoderar-se de mais e mais coisas, acumulando aquelas às quais nos apegamos, por medo de uma escassez que não existe no mundo criado por Deus. Noutro ponto ainda o Curso diz: "Para ter, dá tudo a todos". E é compreender esta ideia que pode nos fazer entender que estamos curados quando damos a cura, que aceitamos o perdão como realizado em nós mesmos, quando perdoamos; que reconhecemos nosso irmão como nós mesmos e, assim, percebemos que estamos inteiros.

E é isso que a lição de hoje nos convida a experimentar quando diz que "não há nenhum milagre que não possas dar, pois todos te são dados". O que precisamos fazer para isso? Apenas o seguinte: recebê-los agora, abrindo o depósito de nossa mente onde eles estão guardados e distribuindo-os. E talvez só precisemos distribuir o milagre que aprendemos a dar ontem, a visão de Cristo, para que todos os milagres se realizem, pois é nela "que todos os milagres nascem. Ela é a fonte deles" e preserva cada milagre que oferecemos e que, ainda assim, continuam a ser nossos. É a visão de Cristo que une em um só laço doador e recebedor aqui na terra, "da mesma forma que são um só no Céu".

Ao oferecer a visão de Cristo a todos neste dia, o que fazemos de fato é oferecer uma ponte entre o mundo do ego e o mundo de Deus. E podemos confiar no poder dela para nos carregar deste "para um mundo tornado santo pelo perdão".

* Quem tem o livro pode ver que a forma que utilizo para a ideia central desta lição é ligeiramente diferente daquela de que dispomos na tradução: Dou os milagres que tenho recebido. Uma tradução literal perfeita para a ideia expressa em sua língua original: I give the miracles I have received. No entanto, em virtude de o original se valer do tempo verbal denominado Present Perfect [que se refere a uma ação iniciada no passado tem continuidade no presente], um tempo que, em Português, pode, na maioria das vezes, ser melhor indicado pelo simples Presente do Indicativo, parece-me que a ideia original fica mais clara se traduzida por: Eu dou os milagres que recebo. É claro que isso não tem a menor importância diante da grandeza que a ideia traz. Por isso, por favor, fiquem à vontade para utilizar a forma que lhes soar melhor.

domingo, 7 de junho de 2009

Para ver com os olhos de Cristo

A ideia central da lição 158, deste dia 7 de junho, diz: Hoje aprendo a dar como recebo. Fazemos isso dedicando, como nos últimos dias, o maior tempo possível à prática com a ideia que o Curso nos oferece, sabendo que recebemos o conhecimento de que somos - cada um de nós é - uma, e apenas uma, mente na Mente, que somos eternamente inocentes, e que não precisamos nunca ter medo porque criados no Amor. Aprendemos ainda que jamais deixamos nossa Fonte e que continuamos a ser exatamente como fomos criados.

Isto tudo é parte do conhecimento que não podemos perder. Recebemos tudo isto, porque nenhum de nós que anda pelo mundo "deixou de recebê-lo". No entanto, não é este conhecimento que damos, pois este é o que a criação nos deu. O que temos de aprender a dar hoje é a visão, que, diferentemente da experiência, pode ser compartilhada diretamente.

O Curso nos diz hoje que "a revelação de que o Pai e o Filho são um só virá a todas as mentes a seu tempo" e que "esse tempo é determinado pela própria mente, não é ensinado". Já está estabelecido e parece ser bastante arbitrário. Porém, não damos um passo sequer, ao longo da estrada que trilhamos. por acaso. Uma vez que "o tempo apenas parece ir em uma direção. Nós apenas empreendemos uma jornada que já acabou [se é que alguma vez começou]. Todavia, ela parece ter um futuro ainda desconhecido para nós".

E mais: que "o tempo é um truque, um passe de mágica, uma enorme ilusão na qual corpos vêm e vão como que por magia. Entretanto, por trás das aparências, há um plano que não muda. O roteiro está escrito. Pois nós só vemos a jornada a partir do ponto em que ela terminou, olhando para ela em retrospectiva, imaginando que a fazemos mais uma vez, revisando mentalmente o que passou".

Importa aprendermos que "um professor não dá experiência, porque não a aprendeu. Ela se revelou a ele no momento indicado", mas ele pode oferecer diretamente a visão de que "o conhecimento de Cristo não está perdido, porque Ele tem uma visão que pode dar a qualquer um que pedir". E é isso que nos interessa: "a visão de Cristo", que "podemos alcançar". Uma visão que obedece a uma única lei. "Ela não olha para um corpo e o confunde com o Filho que Deus criou. Ela percebe uma luz além do corpo, uma ideia além daquilo que pode ser tocado, uma pureza não maculada por erros, por equívocos lamentáveis e por pensamentos assustadores de culpa advindos dos sonhos de pecado. Ela não vê nenhuma separação. E olha para todos em todas as circunstâncias, ocorrências e acontecimentos sem perceber a mais leve diminuição da luz que vê".

E isto se pode ensinar a todos que queiram alcançá-lo. Basta que reconheçamos que "o mundo não pode dar nada que nem mesmo de longe se compare a isto em valor, nem estabelecer uma meta que não desapareça simplesmente quando se perceber isto". E, hoje, é isto que aprendemos a dar: não perceber ninguém como um corpo, mas a ver cada pessoa como o Filho de Deus que ela é. Uma lição que é fácil de aprender, se nos lembrarmos de que só vemos a nós mesmos no(s) outro(s). Nossa prática hoje, pois, é ver com os olhos de Cristo, para que, pelas dádivas que oferecemos, também sejamos vistos a partir da visão d'Ele.

sábado, 6 de junho de 2009

Para entrar na Presença do Amor

Neste dia 6 de junho, a lição de número 157 nos orienta a dizer: Quero entrar na Sua Presença agora. Esta é uma lição diferente das que fizemos até agora, por isso creio que vale a pena reproduzí-la por inteiro. Para que cada um a leia mais de uma vez e dedique quanto tempo puder, e quiser, à reflexão acerca de toda a riqueza que o que ela diz nos oferece hoje: uma pequena amostra do Céu. Vamos lá, então? [Uma observação apenas: há algumas pequenas diferenças entre o texto que publico e o do livro, porque tomei a liberdade de revisar a tradução em alguns pontos a partir do original. Espero que para deixá-lo mais claro.]


Este é um dia de silêncio e de confiança. É um tempo particular de esperança em teu calendário de dias. É um momento que o Céu reservou para iluminar, e para lançar uma luz intemporal sobre este dia, em que se ouvem ecos de eternidade. Este dia é santo porque anuncia uma nova experiência; um tipo diferente de sentimento e de consciência. Tu passaste longos dias e noites na celebração da morte. Hoje aprendes a sentir a alegria da vida.


Este é mais um ponto crítico vital no currículo. Acrescentamos, agora, uma nova dimensão, uma experiência original que esclarece tudo o que já aprendemos e nos prepara para aquilo que ainda temos de aprender. Ela nos traz até a porta do lugar em que o aprendizado termina e onde vislumbramos aquilo que está além do ponto mais alto que o aprendizado pode alcançar. Ela nos deixa aí por um instante e vamos além daí, certos de nossa direção e de nossa única meta.


Hoje te será dado sentir um gosto do Céu, embora vás voltar aos caminhos do aprendizado. Mas já chegaste longe o bastante no caminho para alterar o tempo de modo suficiente com o fim de te elevares acima de suas leis e de caminhar pela eternidade por alguns momentos. Aprenderás a fazer isto mais e mais, à medida que cada lição, praticada com sinceridade, te trouxer mais rapidamente a este lugar sagrado e ter deixar em contato com teu Ser por um momento.

Ele orientará tua prática hoje, porque aquilo que pedes agora é o que Ele quer. E, por teres unido tua vontade à d'Ele neste dia, aquilo que pedes tem de ser dado a ti. Não é necessário nada, a não ser a ideia de hoje, para iluminar tua mente e deixá-la descansar em expectativa serena e em alegria tranquila, em que deixas o mundo para trás rapidamente.

Deste dia em diante teu ministério adquire uma dedicação genuína e um brilho que passa da ponta de teus dedos àqueles que tocas, e que abençoa aqueles que vês. Uma visão torna-se acessível a todos que encontras e a todos aqueles em quem pensas ou que pensam em ti. Pois tua experiência hoje vai transformar tua mente a fim de que ela se torne o modelo para os Pensamentos santos de Deus.

Teu corpo será santificado hoje, por ser agora seu único objetivo trazer a visão daquilo que experimentas neste dia para iluminar o mundo. Não podemos dar experiência como esta de forma direta. Todavia ela deixa em nossos olhos uma visão que podemos oferecer a todos, para que cada um possa vir mais cedo à mesma experiência, na qual esquece-se do mundo de forma tranquila e lembra-se do Céu por algum tempo.

À medida que esta experiência se amplia e todas as metas, que não esta, se tornam de pouco valor, o mundo ao qual vais voltar fica um pouco mais perto do fim dos tempos, um pouco mais parecido com o Céu em suas formas, um pouco mais perto de sua liberação. E tu, que lhe trazes luz, virás a ver a luz com mais certeza; a visão mais clara. Virá o tempo em que não voltarás na mesma forma que apareces agora, porque não terás nenhuma necessidade dela. Agora, contudo, ela tem uma finalidade e servirá bem a ela.

Hoje iniciaremos um processo com o qual nunca sonhaste. Mas o Santo, o Doador dos sonhos felizes da vida, Tradutor da percepção em verdade, o Guia santo para o Céu que te foi dado, imaginou esta jornada que fazes e começa hoje para ti, com a experiência que este dia te oferece para ser tua.

Entraremos agora na Presença de Cristo, serenamente inconscientes de tudo exceto de Sua face resplandecente e de Seu Amor perfeito. A visão de Sua face permanecerá contigo, mas haverá um instante que transcende toda visão, mesmo esta, a mais santa. Não ensinarás isto nunca, porque não o obtiveste pelo aprendizado. Contudo, a visão fala de tua lembrança daquilo que conheceste naquele instante e que, com certeza, conhecerás mas uma vez.


sexta-feira, 5 de junho de 2009

"Quem caminha comigo?"

"Quem caminha comigo?"

De acordo com o que nos diz o final do texto que introduz a lição 156, para este dia 5 de junho, esta é a pergunta que devemos fazer mil vezes por dia, até a certeza vir pôr fim a todas as dúvidas e fundar a paz que dura para sempre. Pois a ideia, Eu caminho com Deus na santidade perfeita, que o Curso nos oferece para as práticas de hoje, responde clara e definitivamente Quem nos acompanha em nossa jornada por este mundo.

A ideia de hoje é apenas a declaração da "simples verdade que torna impossível o pensamento de pecado", que assegura não haver "nenhuma causa para a culpa", que, por ser infundada, não existe. Isso é simplesmente uma decorrência do pensamento básico a que o livro texto se refere inúmeras vezes: "pensamentos não deixam sua fonte". Poderíamos, então, andar sozinhos pelo mundo, separados de Deus, de nossa Fonte, se isso for verdadeiro?

A lição nos diz: Não somos incoerentes nos pensamentos que apresentamos em nosso currículo. A verdade tem de ser verdadeira do início ao fim, se ela for verdadeira. Ela não pode se contradizer nem estar incerta em algumas partes e certa em outras. Tu não podes andar pelo mundo separado de Deus porque não poderias existir sem Ele. Ele é aquilo que tua vida é. Aonde estiveres Ele está. Há uma só vida. Esta vida tu compartilhas com Ele. Nada pode estar separado d'Ele e viver.

E mais: ... aonde Ele está tem de existir tanto santidade quanto vida. Nenhuma de suas características deixa de ser compartilhada por tudo o que vive. Aquilo que vive é tão santo quanto Ele Mesmo, porque aquilo que compartilha Sua vida é parte da Santidade e não poderia ser mais pecaminoso do que poderia o sol escolher ser de gelo, o mar decidir estar separado da água ou a grama crescer com as raízes suspensas no ar.

E continua: Há uma luz em ti que não pode se apagar, cuja presença é tão santa que todo o mundo é santificado por causa de ti. Todas as coisas vivas te trazem oferendas e as depositam a teus pés com gratidão e alegria. O perfume das flores é sua oferenda para ti. As ondas se curvam diante de ti e as árvores estendem seus galhos para te proteger do calor e depositam suas folhas no chão diante de ti para que possas caminhar na maciez, enquanto o vento amaina em um sussurro em volta de tua cabeça santa.

Adiante: É a luz em ti que o universo anseia ver. Todas as coisas vivas ficam em silêncio diante de ti, porque reconhecem Aquele que anda contigo. A luz que carregas é delas. E, assim, elas veem sua santidade em ti, saudando-te como salvador e como Deus. Aceita a reverência delas, porque ela se deve à Própria Santidade que anda contigo, transformando, em Sua luz benigna, todas as coisas a Sua semelhança e a Sua pureza.

Enfim: É deste modo que a salvação funciona. Quando recuas, a luz em ti avança e abarca o mundo. Ela não anuncia o fim do pecado no castigo e na morte. O pecado se vai na leveza e no riso, porque se vê sua bizarra insensatez. Ele é um pensamento tolo, um sonho bobo, não amedrontador, ridículo talvez, mas quem desperdiçaria um instante de aproximar-se do Próprio Deus por um capricho tão absurdo?

Abandonemos, pois, as dúvidas hoje, aceitando a resposta que Deus nos dá para a pergunta: "Quem caminha contigo?" Pratiquemos do mesmo modo como fizemos nos dias anteriores utilizando as seguintes palavras:

Eu caminho com Deus na santidade perfeita.
Eu ilumino o mundo, ilumino minha mente e
todas as mentes que Deus criou unas comigo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Para onde vamos todos nós?

A lição 155, para este dia 04 de junho, nos coloca em contato com uma ideia particularmente interessante e difícil de se atender, considerando-se toda a "onipotência" do ego, cujo sistema de pensamento parece conter explicação para tudo. A lição nos pede para praticar o seguinte: Recuarei e permitirei que Ele me mostre o caminho. Isso não lhes parece algo difícil para o ego concordar em fazer?

Recuar significa dar um passo atrás, não necessariamente para fugir, mas para, quem sabe, pensar melhor, para refletir a respeito do que escolher em um determinado momento. O que fazer? O que dizer? Aonde ir? Para quem? Com quem? Quando?

No segundo capítulo do livro-texto há uma oração que, eu diria, tem estreita relação com a lição de hoje, com a de ontem, e, é claro, com as ideias centrais de todo o ensinamento, uma vez que só existe uma Realidade e a necessidade que temos também é uma só. A oração diz o seguinte:

Eu estou aqui só para ser verdadeiramente útil.
Eu estou aqui para representar Aquele Que me enviou.
Eu não tenho de me preocupar com o que dizer ou o que
fazer, porque Aquele Que me enviou me guiará.
Eu estou contente em estar aonde quer que Ele deseje,
sabendo que Ele vai comigo.
Eu serei curado na medida em que permitir que Ele
me ensine a curar.


Praticar isto, acreditar nisto, certamente é buscar cumprir a orientação que a ideia da lição nos oferece. E, ao mesmo tempo, cumprir a função que foi designada para nós no Céu, qual seja a de mensageiros do Céu.

Isso nos põe em contato com uma forma de viver no mundo que não é daqui. Uma forma que não muda nossa aparência, embora nos faça sorrir com mais frequência. Dê-nos uma fronte serena e olhos tranquilos. De tal sorte que "aqueles que caminham pelo mundo" como nós se reconheçam [reconheçam a si mesmos em nós]. E "aqueles que ainda não perceberam a forma também [nos] reconhecerão e acreditarão que [somos] iguais a eles", do modo como éramos antes.

O texto da lição de hoje nos diz: O mundo é uma ilusão. Os que escolheram vir a ele buscam um lugar no qual possam ser ilusões e evitar sua própria realidade. Porém, quando descobrem que sua própria realidade está até mesmo aqui, recuam e deixam que ela mostre o caminho. Que outra escolha lhes cabe fazer realmente? Deixar que ilusões andem à frente da verdade é loucura. Mas deixar que a ilusão desapareça atrás da verdade, e permitir que a verdade se mostre tal qual ela é, é apenas sanidade.

É esta escolha simples que somos convidados a fazer neste dia. Utilizando a mesma forma que usamos para as lições anteriores, vamos caminhar com a certeza de que nossos "pés estão colocados com segurança sobre a estrada que leva o mundo até Deus". E vamos pensar n'Ele por um momento a cada dia, para permitir que Ele fale conosco e nos conte de Seu Amor, lembrando-nos quão grande é a confiança que Ele tem em nós, "quão ilimitado é Seu Amor". E com alegria praticamos com este pensamento:

Recuarei e permitirei que Ele me mostre o caminho,
Pois quero caminhar ao longo da estrada que conduz a Ele.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Comprometendo-nos com nossa função

A lição 154, deste dia 03 de junho, nos lembra de nossa função no mundo, convidando cada um de nós a praticar a seguinte ideia: Eu estou entre os ministros de Deus. Lembrando-nos de que nosso papel - o papel que cabe a cada um de nós - foi definido no Céu, não no inferno. Aconselhando-nos a não sermos arrogantes, "nem falsamente humildes". Os exercícios com a ideia de hoje são para nos lembrar de que já aprendemos que não somos capazes de julgar. Pois, neste mundo, só podemos partir de evidências parciais, que nunca são suficientes para garantir a certeza a respeito de qual seria o melhor papel para nós e muito menos qual seria o papel adequado para cada uma das pessoas com quem convivemos - o que muitas vezes, arrogante e onipotentemente, no ego, nos acreditamos capazes de saber.

Assim, vamos buscar hoje deixar de lado as tentativas de evitar a tomada de decisão e de adiar o comprometimento com a função que nos cabe cumprir, a de mensageiros do Céu. E vamos nos colocar à disposição da Voz por Deus, a única Voz verdadeira que existe em nós. A que designa nossa função e a entrega a nós, dando-nos força para compreendê-la, para fazer o que ela nos pede e que nos permite ser bem sucedidos em tudo o que fizermos que diga respeito a ela.

O Curso, hoje, nos lembra também de que "um mensageiro não é aquele que escreve a mensagem que entrega. Tampouco questiona o direito daquele que o faz ou pergunta porque escolheu aqueles que receberão a mensagem que traz. Basta que a aceite, a dê àqueles a quem se destina e cumpra o seu papel na entrega da mensagem. Se [o mensageiro - cada um de nós] determina quais devem ser as mensagens ou a que propósito servem ou para onde devem ser levadas, está falhando em desempenhar seu papel como portador do Verbo".

A lição deste dia vem para nos lembrar que os mensageiros do Céu precisam primeiro aceitar para si mesmos as mensagem que carregam, pois só assim serão capazes de levá-las adiante e entregá-las a todos a que se destinam em todos os lugares. É apenas isto que precisamos aprender hoje: "nós não reconheceremos aquilo que recebemos enquanto não o dermos". Para tanto vamos utilizar a mesma forma de prática que usamos ontem, declarando assim nossa lição:

Eu estou entre os ministros de Deus, e sou grato por ter os meios de reconhecer que sou livre.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Saindo do círculo vicioso

A lição 153 deste dia 02 de junho nos convida a experimentar a verdadeira segurança, que não é deste mundo. A ideia central da lição afirma: A minha segurança está em ser sem defesas. E nos pede que prestemos bastante atenção ao que precisamos aprender a respeito do mundo. Diz que "o mundo não oferece segurança", pois "tem suas raízes no ataque e todas as suas 'dádivas' de segurança são decepções ilusórias". Tudo o que o mundo faz é atacar, não deixando, em função das ameaças que oferece, nenhum espaço para a paz de espírito.

Tudo o que o mundo faz é apenas para nos colocar na defensiva. Pois suas ameaças trazem "a raiva e a raiva faz com que o ataque pareça razoável, honestamente provocado e justo em nome da auto-defesa". Isso no põe em um círculo vicioso de ataque-defesa, defesa-ataque, que nos torna escravos, nos afasta da santa paz de Deus e nos impede de reconhecer que nossa força está em não precisar de defesas. Pois "aquele que é sem defesas não pode ser atacado, porque reconhece uma força tão grande que o ataque é loucura ou um jogo tolo que uma criança cansada poderia jogar quando fica sonolenta demais para lembrar-se do que quer".

Hoje vamos abandonar estes jogos tolos, sair do círculo vicioso do ataque e da defesa e vamos nos lembrar de que nosso objetivo é salvar o mundo. Começamos o dia dando atenção à ideia central durante o maior período de tempo possível. Cinco, dez, quinze minutos, meia hora. E faremos o mesmo à noite. E a cada hora vamos nos lembrar de dedicar algum tempo para a imobilidade e o silêncio, invocando a força que vem de não precisarmos de defesas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Aprendendo a verdadeira humildade

Neste dia 1º de junho temos mais uma vez a oportunidade de tomar a decisão do Céu. Pois, de acordo com o que nos diz a lição 152, O poder de decisão é meu. Todos nós sabemos disso, embora procuremos a maior parte do tempo acreditar que não somos totalmente responsáveis por tudo o que nos acontece na vida. Embora prefiramos grande número do vezes pensar que a responsabilidade por determinada situação que vivemos não foi inteiramente nossa.

Entretanto, o ensinamento que o Curso nos oferece, principalmente na lição de hoje, é muito claro. Ele diz que ninguém pode sofrer perda a não ser por uma decisão pessoal; ninguém pode ter a experiência da dor, exceto por escolha pessoal. Diz mais, que ninguém pode se sentir aflito, com medo, ou pensar que está doente, a menos que sejam estes os estados que busca. Mais ainda: ninguém pode experimentar a morte sem o próprio consentimento. O que significa dizer que tudo o que acontece na vida de alguém é apenas a representação de seus próprios desejos e nada daquilo que ele escolher deixará de acontecer. Este é o mundo que vivemos, porque é o mundo que criamos. E nesta lição o Curso nos apresenta todos os detalhes dele, de nossa aparente realidade e a única possibilidade da salvação.

Basta que acreditemos que "a salvação é o reconhecimento de que a verdade é verdadeira e de que nada mais é verdadeiro". Pois "a verdade não pode ter opostos". Acreditar que somos nós que fazemos o mundo e reconhecer o que temos feito é a verdadeira humildade. Reconhecer que a maior parte do tempo não sabemos o que fazemos e aceitar que "o poder de decisão é nosso", decidindo-nos a aceitar nosso legítimo lugar de co-criadores do universo, vai fazer desaparecer tudo o que pensamos ter criado de forma equivocada.

A lição de hoje nos convida a praticar a humildade que tem origem na verdade, que admite seu poder, sua imutabilidade, sua integridade eterna que abrange tudo, a dádiva perfeita de Deus para Seu Filho amado. Praticamos durante cinco minutos ao iniciar o dia o seguinte pensamento:

O poder de decisão é meu. Neste dia aceitarei a mim mesmo como aquilo que a Vontade de meu Pai me criou para ser.
Em seguida fazemos silêncio para ouvir a Voz por Deus. Esperamos ouvi-Lo também a cada hora, convidando-O com o mesmo pensamento com o qual vamos também terminar nosso dia.