sábado, 19 de novembro de 2016

É somente o ego que acha que pode e quer conduzir


11. O que é a criação?

1. A criação é a soma de todos os Pensamentos de Deus, em número infinito e sem qualquer limite. Só o amor cria, e só como ele mesmo. Nunca houve um tempo em que aquilo que ele criou não existia. Tampouco haverá um em que qualquer coisa que ele criou venha a sofrer qualquer perda. Os Pensamentos de Deus são para todo o sempre exatamente como eram e tal qual são, imutáveis ao longo do tempo e depois que o tempo acabar.

2. Os Pensamentos de Deus recebem todo o poder que seu próprio Criador tem. Pois Ele quer acrescentar ao amor por sua extensão. Deste modo, Seu Filho compartilha da criação e, por isso, tem de compartilhar do poder de criar. Aquilo que Deus quer que seja Um para sempre ainda será Um quando o tempo acabar; e não mudará ao longo do curso do tempo, permanecendo como era antes que a ideia de tempo começasse.

3. A criação é o contrário de todas as ilusões, pois criação é verdade. A criação é o Filho santo de Deus, pois na criação a Vontade d'Ele é completa em todos os aspectos, tornando cada parte continente do todo. A inviolabilidade de sua unicidade fica garantida para sempre; preservada eternamente dentro de Sua Vontade santa, além de toda possibilidade de dano, de separação, de imperfeição e de qualquer mancha em sua inocência.

4. Nós somos a criação; nós, os Filhos de Deus. Parecemos estar separados e não-cientes de nossa unidade com Ele. Mas, por trás de todas as nossas dúvidas, além de todos os nossos medos, ainda existe a certeza. Pois o amor permanece com todos os seus Pensamentos, porque é deles a certeza do amor. A memória de Deus está em nossas mentes, que conhecem sua unicidade e sua unidade com seu Criador. Permite que nossa função seja apenas deixar que esta memória volte, apenas para permitir que a Vontade de Deus seja feita sobre a terra, apenas para sermos devolvidos à sanidade e para sermos apenas como Deus nos criou.

5. Nosso pai nos chama. Ouvimos Sua Voz e perdoamos a criação em Nome de Seu Criador, a Própria Santidade, Santidade Da Qual Sua Própria criação compartilha; Santidade Que ainda é uma parte de nós.


*


LIÇÃO 324


Eu apenas sigo, pois não quero conduzir.

1. Pai, Tu és Aquele Que me deu o plano para minha salvação. Tu estabeleceste o caminho que devo seguir, o papel que devo assumir e todos os passos do caminho designado para mim. Eu não posso me perder. Só posso escolher me desviar por algum tempo e depois voltar. Tua Voz amorosa sempre vai me chamar de volta e guiar meus passos corretamente. Todos os meus meus irmãos podem seguir pelo caminho que lhes indico. No entanto, eu apenas sigo no caminho que leva a Ti, conforme Tu me orientas e queres que eu siga.

2. Sigamos, pois, Aquele Que conhece o caminho. Não precisamos hesitar porque não podemos nos perder de Sua Mão amorosa exceto por um instante. Caminhamos juntos porque O seguimos. E é Ele que torna certo o final e garante um volta segura para casa.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 324

A ideia que vamos praticar hoje visa a nos mostrar a verdade daquilo que diz o texto a certa altura: "tu não precisas fazer nada". Ou, aproveitando o mesmo mote, podemos nos valer daquele título de um dos livros de Anna Sharp, que é: A Vida Tende a Dar Certo Nós é que Atrapalhamos

Se, de fato, nos ativermos a estas duas ideias acima, quer dizer, a de que não precisamos fazer nada e a de que a vida tende a dar certo desde que não atrapalhemos, veremos que tudo o que é preciso é apenas seguir, como orienta a ideia das práticas de hoje:

Eu apenas sigo, pois não quero conduzir.

Quem, de fato, quer conduzir, e busca sempre se manter no controle é o ego, o falso eu, que não tem nada a ver com o que, na verdade, somos. Aí, a partir da orientação dele, em lugar de seguir e deixar que as coisas fluam e que a vida dê certo do jeito que tem de dar, nós atrapalhamos. E atrapalhamos todas as vezes que damos ouvidos e crédito ao que nos aconselha o falso eu - a imagem que construímos de nós mesmos, a que o Curso denomina ego. Pois, na verdade, "ainda somos como Deus nos criou". 

E para agirmos como o Filho de Deus é preciso que aceitemos o plano de salvação d'Ele. Isto é, como nos pede que façamos a lição:

Pai, Tu és Aquele Que me deu o plano para minha salvação. Tu estabeleceste o caminho que devo seguir, o papel que devo assumir e todos os passos do caminho designado para mim. Eu não posso me perder. Só posso escolher me desviar por algum tempo e depois voltar. Tua Voz amorosa sempre vai me chamar de volta e guiar meus passos corretamente. Todos os meus meus irmãos podem seguir pelo caminho que lhes indico. No entanto, eu apenas sigo no caminho que leva a Ti, conforme Tu me orientas e queres que eu siga.

Conforme já disse outras vezes, de acordo com Joel Goldsmith, cujo ensinamento está em sintonia com o que o Curso quer que aprendamos, o milagre é este: Nossa união consciente com Deus - uma unidade que não pode ser desfeita, não importa o que pensemos, digamos, façamos ou acreditemos - torna tudo disponível, mesmo neste mundo, no momento em que sentimos a necessidade. E nada, nem ninguém, pode afastar isso de nós, de modo algum - nada, absolutamente nada, nem ninguém.

Sabendo disso, quem acha que é preciso conduzir? Quem está disposto a se arriscar a viver a ilusão da separação de Deus apenas para ter, na aparência, o controle sobre sua vida? Ou sobre a vida de outros? Só o ego, que não quer abrir mão do controle, que tem dificuldade para seguir e que acha que é capaz de conduzir não só a sua vida, mas que também, muitas vezes, se acha no direito de dizer, por acreditar, equivocadamente, que sabe, o que é melhor até mesmo para os outros com quem convive. 

É por isso que precisamos praticar como nos diz a lição:

Sigamos, pois, Aquele Que conhece o caminho. Não precisamos hesitar porque não podemos nos perder de Sua Mão amorosa exceto por um instante. Caminhamos juntos porque O seguimos. E é Ele que torna certo o final e garante um volta segura para casa.

Às práticas?


Nenhum comentário:

Postar um comentário