terça-feira, 19 de abril de 2016

A realidade de Deus está na perpétua mudança


LIÇÃO 110

Eu sou como Deus me criou.

1. Vamos repetir a ideia de hoje de vez em quando. Pois só este pensamento seria suficiente para te salvar, e ao mundo, se acreditasses que ele é verdadeiro. A verdade dele significaria que não fizeste nenhuma mudança real em ti mesmo, nem mudaste o universo a fim de que Deus fosse substituído pelo medo e pelo mal, pelo sofrimento e pela morte. Se continuas a ser como Deus te criou, teu medo não tem nenhum significado, o mal não é real e o sofrimento e a morte não existem.

2. A ideia de hoje é, por isto, tudo o que precisas para deixar que a correção total cure tua mente e te dê a visão perfeita que curará todos os erros que qualquer mente cometa em qualquer tempo ou lugar. Ela é suficiente para curar o passado e libertar o futuro. Ela é suficiente para permitir que se aceite o presente como ele é. Ela é suficiente para permitir que o tempo seja o meio para o mundo inteiro aprender a escapar do tempo e de todas as mudanças que o tempo parece trazer ao passar.

3. Se continuas a ser como Deus te criou, as aparências não podem substituir a verdade, a saúde não pode se transformar em doença nem a morte pode ser um substituto para a vida, ou o medo para o amor. Tudo isto não acontece, se continuas a ser como Deus te criou. Tu não precisas de nenhum pensamento, a não ser exatamente deste único para permitir que a redenção venha iluminar o mundo e libertá-lo do passado.

4. Neste único pensamento o passado todo se desfaz; o presente é salvo para se estender serenamente a um futuro intemporal. Se tu és como Deus te criou, então, não há nenhuma separação de tua mente da d'Ele, nenhuma divisão entre tua mente e as outras mentes e só há unidade em tua própria mente.

5. O poder de cura da ideia de hoje é ilimitado. Ela é o berço de todos os milagres, a grande restabelecedora da consciência do mundo. Pratica a ideia de hoje com gratidão. Esta é a verdade que vem para te libertar. Esta é a verdade que Deus te assegura. Esta é a Palavra na qual toda a tristeza acaba.

6. Para teus períodos de prática de cinco minutos, começa com esta citação do texto:

Eu sou como Deus me criou. Seu Filho não pode sofrer nada.
E eu sou Seu Filho.

7. Em seguida, com esta declaração em tua mente, de forma decidida, tenta descobrir nela o Ser Que é o Próprio Filho santo de Deus*.

8. Busca, dentro de ti, Aquele Que é o Cristo em ti, o Filho de Deus e irmão para o mundo; o Salvador Que está salvo para sempre, com poder para salvar a quem quer que O toque, mesmo que levemente, pedindo pela Palavra que lhe diz que ele é um irmão para Ele.

9. Tu és como Deus te criou. Exalta teu Ser hoje. Não permitas que as imagens que esculpiste para serem o Filho de Deus, em lugar do que ele é, sejam adoradas hoje. No fundo de tua mente o Cristo sagrado em ti espera teu reconhecimento como tu mesmo. E tu estás perdido e não conheces a ti mesmo enquanto ele permanecer não-reconhecido e desconhecido.

10. Busca-O hoje e O encontra. Ele será teu Salvador de todos os ídolos que fazes. Pois, quando O encontrares, compreenderás quão inúteis são teus ídolos e quão falsas são as imagens que acreditaste que eram tu. Hoje fazemos um grande progresso na direção da verdade, abandonando os ídolos e abrindo nossas mãos e corações e mentes para Deus.

11. Nós nos lembraremos d'Ele ao longo do dia com os corações agradecidos e com pensamentos amorosos para todos que se encontrarem conosco hoje. Pois é deste modo que nos lembraremos d'Ele. E diremos, para podermos lembrar de Seu Filho, nosso Ser sagrado, o Cristo em cada um de nós:

Eu sou como Deus me criou.

Vamos declarar esta verdade tantas vezes quantas pudermos. Esta é a Palavra de Deus que te liberta. Esta é a chave que abre os portões do Céu e te deixa entrar na paz de Deus e em Sua eternidade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 110

"Eu sou como Deus me criou."

Ei-la de volta! A ideia que nos devolve, mais uma vez, ao que somos na verdade. Basta esta, compreendida, praticada e aplicada de forma honesta e sincera, para que alcancemos a verdade e vivamos o Céu como escolha, em lugar de dar crédito a qualquer forma de ilusão que nos ofereça o mundo.

Eu sou como Deus me criou.

Isto não significa, porém, que sou um produto acabado, predestinado a este ou àquele papel, à margem de meu próprio poder de decisão. Não! Reconhecer a verdade desta ideia é reconhecer e aceitar que, na verdade, nunca nos separamos do Criador - tal coisa é impossível - e que partilhamos com Ele de Sua Vontade de alegria plena para nós. Isto é o livre arbítrio: escolher alinhar nossa vontade à Vontade de Deus, reconhecendo que a Vontade d'Ele e a nossa são a mesma.

É preciso reconhecermos, a partir disso, como diz Guimarães Rosa, em seu Grande Sertão: Veredas, que: "o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão". Isto também é livre arbítrio: é ser como Deus nos criou.

Eu sou como Deus me criou.

Mas Deus não é alguma coisa estática. E, criados à imagem e semelhança d'Ele, não podemos pensar em nós mesmos, isto é, no que somos verdadeiramente, e acreditar que seríamos alguma coisa incapaz de crescer, aprender e mudar o tempo todo, a cada instante.

É este o desafio que a lição de hoje traz: aprendermos que somos como Deus nos criou e nada do que façamos pode modificar isso. O desafio é que aceitemos o fato de que tudo aquilo que somos muda e muda o tempo todo, assim como Deus. Pois a realidade de Deus só pode ser encontrada no movimento perpétuo da mudança que abrange e abarca toda a criação em todos os seus mais variados aspectos, em todas as suas mais diversas manifestações.

É por isto que praticamos hoje, mais uma vez, aquela única ideia que, por si só, pode nos dar o milagre da paz e da alegria, completas e perfeitas para todo o sempre. Esta é a ideia que pode nos curar e salvar, e também ao mundo inteiro, se acreditarmos nela sincera e verdadeiramente. 

Eu sou como Deus me criou.

Já praticamos esta ideia antes e vamos voltar a ela outras vezes, como a lição diz, ao longo deste ano de práticas. Pois ela sozinha é suficiente para nos devolver à consciência todo o amor, que pensamos ter perdido em algum momento de nossa vida. Ela pode ainda nos devolver à consciência a inocência e a pureza que recebemos de Deus na criação e que também pensamos ser capazes de macular com nossas crenças em ídolos e ilusões.

Tudo o que precisamos fazer é praticá-la com toda a honestidade de que somos capazes, devotando também a ela toda a atenção possível, parágrafo a parágrafo, instrução após instrução e prática após prática, para reconhecermos a verdade que ela traz em si,  o que vai nos fazer aceitar como verdadeiro o que ela afirma acerca de cada um de nós e nos levar acreditar e a aceitar de volta o poder ilimitado que Deus nos devolve, por intermédio dela. 

Isto vai afastar de nós todos os medos, todas as mágoas, todo o sofrimento, toda a dor e toda e qualquer crença na tristeza e na morte, que permeiam as situações que este mundo nos apresenta. Ela pode nos fazer ver o mundo de modo diferente. Com os olhos do Espírito Santo, com a visão do Cristo renascida e renovada em nós, por acreditarmos que somos como Deus nos criou. 

Às práticas?

ADENDO:

Republico aqui o comentário feito ontem depois que a lição já havia sido postada, para reprisar o fato de que a ideia que praticamos ontem é o melhor instrumento de que podemos nos valer para lidar com as coisas deste mundo, ressaltando o momento em que vivemos conjuntamente nesta nossa ilusão de Brasil, como um país separado de outros países, com um sistema de governo aparentemente diferente de outras formas de governo de outros países do mundo. Praticar "Eu descanso em Deus", a ideia, pode, sem sombra de dúvida nos fazer ler e viver como verdade a ideia para as práticas de hoje, e vice-versa, pois só posso descansar, de fato, em Deus quando tenho convicção e confiança em que ainda "sou como Deus me criou".

E são estas duas ideias que podem no permitir passar incólumes por quaisquer experiências que possa advir dos resultados que se apresentarão a todos os brasileiros a partir da aprovação do envio de autorização emitida pela Câmara dos Deputados para a abertura do processo de impedimento contra a Presidente Dilma.

Então, vamos lá. O que eu disse ontem, para os que não chegaram a ler, foi o seguinte:

Apenas para deixar registrado, aqui, creio ser esta a lição ideal para as práticas deste dia, após a votação que foi majoritária em favor do encaminhamento do processo de impedimento da Presidente do país ao Senado, que, nós próximos dias, vai julgar o mérito da questão e dar a oportunidade de defesa de Dilma.

Sabemos todos que o que vivemos neste mundo, independentemente do que seja a situação, a experiência, quer pessoal, quer coletivamente, é resultado de escolhas que fazemos ou fizemos ao longo do tempo. 

Sabemos também que o quer que seja que se nos apresente à experiência, tudo o que vemos e vivemos é apenas parte da ilusão de que existe um lugar, um tempo, um país e um mundo que o ego quer nos convencer de que há necessidade de mudar.

Não há! Não é preciso que mudemos nada, em nenhum lugar, nem em nenhum momento, a não ser nosso modo de olhar, porque nossa percepção, via sentidos, está a serviço do ego, uma imagem falsa que fizemos de nós mesmos, e que muda com o passar dos dias. Daí ser verdadeiro o fato de que em qualquer tempo e lugar está, como o Curso ensina. "tudo está absolutamente certo exatamente da maneira como está".

Não precisamos julgar, comparar, comentar, ou tripudiar deste ou daquele, achando que um ganhou e outro perdeu. Não! Todos perdemos quando nos deixamos enganar pelo sistema de pensamento de ego e contribuímos para a perpetuação e expansão da ilusão, que valorizamos ao acreditar que pode haver qualquer coisa que desejemos no mundo. Ou que há qualquer coisa que possamos fazer para melhorá-lo.

"A paz entre os homens jamais será conseguida contra outros homens", nem de resto contra qualquer coisa, já dizia São Francisco.

Por isso, a quem me lê, quero apenas dizer, como a lição aconselha a praticar hoje?

"Eu descanso na paz de Deus."

E independentemente de qualquer coisa em que acreditamos ou deixamos de acreditar, o que importa é que tenhamos em mente o fato de que, quer concordemos, quer não, quer nos posicionemos deste ou daquele modo, neste ou naquele lado, tudo o que vemos, isto é, todas as pessoas que povoam nosso mundo particular, são partes nossas que precisamos reconhecer, perdoar e integrar ao verdadeiro "eu" de cada um. Sempre. Todo o tempo, o tempo inteiro.

Paz e bem!

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