terça-feira, 12 de abril de 2016

À parte da felicidade e da alegria, não existe amor


LIÇÃO 103

Deus, sendo Amor, é também felicidade.

1. A felicidade é uma característica do amor. Ela não pode estar separada dele. Tampouco pode ser experimentada onde não exista amor. O amor não tem limites, estando em todos os lugares. E, por isto, a alegria também está em todos os lugares. A mente, porém, pode negar que isto seja verdade, acreditando que há, no amor, brechas por onde o pecado pode entrar, trazendo dor em vez de alegria. Esta crença estranha quer limitar a felicidade redefinindo o amor como limitado e inserindo oposição naquilo que não tem limites nem opostos.

2. O medo fica, então, associado ao amor e seus resultados se tornam a herança de mentes que pensam que aquilo que elas fazem é verdadeiro. Estas imagens, que, na verdade, não têm nenhuma realidade, testemunham o medo de Deus, esquecendo que, sendo Amor, Ele tem de ser alegria. Hoje, tentaremos mais uma vez trazer este erro básico à verdade e ensinar a nós mesmos:

Deus, sendo Amor, é também felicidade.
Temê-Lo é ter medo da alegria.

Começa teus períodos de prática, hoje, com esta associação, que corrige e crença falsa de que Deus é medo. Ela também enfatiza que a felicidade te pertence, em razão daquilo que Ele é.

3. Permite que esta correção seja posta em tua mente em cada hora de vigília hoje. Depois, acolhe toda a felicidade que ela traz à medida que a verdade substitui o medo e a alegria se torna o que esperas para tomar o lugar da dor.  Porque, por Deus ser Amor, ela te será dada. Reforça esta expectativa com frequência ao longo do dia e silencia todos os teus medos com esta garantia, benigna e totalmente verdadeira:

Deus, sendo Amor, é também felicidade.
E é felicidade que eu busco hoje.
Não posso falhar, pois busco a verdade.

*

COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 103

"Deus, sendo Amor, é também felicidade."

Que há para se dizer desta declaração? Desta lição? Que desafio ela oferece? Nada mais nada menos do que o convite a que abandonemos de uma vez por todas a crença segundo a qual a salvação pede algum sofrimento, algum sacrifício, como penitência para nossos "pecados". O convite a que abandonemos a crença segundo a qual o pecado é real e que o Filho de Deus pode pecar, se lembrarmos da lição 101. E que milagre podemos descobrir nela, a não ser que é verdade o que ela nos diz? 

Deus, sendo Amor, é também felicidade.

É isto que precisamos praticar. Pois de acordo com o começo da lição, "a felicidade é uma característica do amor". Vejamos:

A felicidade é uma característica do amor. Ela não pode estar separada dele. Tampouco pode ser experimentada onde não exista amor. O amor não tem limites, estando em todos os lugares. E, por isto, a alegria também está em todos os lugares. A mente, porém, pode negar que isto seja verdade, acreditando que há, no amor, brechas por onde o pecado pode entrar, trazendo dor em vez de alegria. Esta crença estranha quer limitar a felicidade redefinindo o amor como limitado e inserindo oposição naquilo que não tem limites nem opostos. 

Paremos por um instante para refletir acerca do que nos ensina o mundo. O mundo ensina que é preciso sofrer por amor. O amor pede que nos sacrifiquemos. O amor exige sacrifícios. A partir do que ensina o sistema de pensamento do ego e do mundo, só sabemos que amamos alguém, quando sofremos longe dele ou dela, quando nos parece - por um pensamento equivocado e distorcido, um pensamento egoísta - que não é possível viver sem a sua presença. Que amor é este? 

Não me canso de me surpreender com o quanto gosto - por acreditar profundamente que é verdadeiro - do que Leo Buscaglia diz a respeito da relação amorosa, em um de seus livros, e que é algo a respeito de que é bom refletirmos, porque está em perfeita sintonia com o que diz a ideia da lição que praticamos hoje. Diz ele: 

Quando a relação amorosa não me conduz a mim mesmo, quando eu, numa relação de amor, não conduzo outra pessoa a si própria, este amor, mesmo que pareça a ligação mais segura e extasiante que já tive, não é amor verdadeiro.

Será que todos nós nos sentimos assim em relação ao sentimento que temos pelas pessoas que dizemos amar? Será que o amor que experimentamos em relação a todas as pessoas com quem convivemos é este de que fala Buscaglia? Não? Precisamos rever, então, o que pensamos a respeito do amor, porque este tipo de amor é um amor que liberta em lugar de um sentimento de posse, de apego, ou de carência e/ou dependência.

Lembremo-nos, pois, mais uma vez, de uma música de Sting [If you love somebody, set them free. Se amas alguém, liberta-o, em tradução livre.], para quem, assim como Buscaglia, o amor deve libertar as pessoas para serem o que são e permitir, ao mesmo tempo que sejamos o que somos, livres de amarras, de apegos, ou de condicionamentos e condições. Se, no amor que pensamos sentir por alguém, há qualquer ideia de prendê-lo ou aprisioná-lo ou controlá-lo ou modificá-lo ou endireitá-lo ou qualquer coisa que o impeça de ser exatamente como é, então, é preciso que repensemos nosso sentimento a partir da Regra de Ouro: Faze ao outro só aquilo que gostarias que fizessem a ti. 

Deus, sendo Amor, é também felicidade.

Porque não há limites para Deus, também não há limites para o amor. E, se "a felicidade é uma característica do amor", ela tem de ser constante, assim como a alegria, que é a condição natural do filho de Deus, conforme já vimos. No amor, só pode existir alegria. Na alegria, só pode haver felicidade duradoura, que é a que Deus quer para nós.

E o medo? 

A lição continua:

O medo fica, então, associado ao amor e seus resultados se tornam a herança de mentes que pensam que aquilo que elas fazem é verdadeiro. Estas imagens, que, na verdade, não têm nenhuma realidade, testemunham o medo de Deus, esquecendo que, sendo Amor, Ele tem de ser alegria. Hoje, tentaremos mais uma vez trazer este erro básico à verdade e ensinar a nós mesmos:

Deus, sendo Amor, é também felicidade.
Temê-Lo é ter medo da alegria.

Começa teus períodos de prática, hoje, com esta associação, que corrige e crença falsa de que Deus é medo. Ela também enfatiza que a felicidade te pertence, em razão daquilo que Ele é.

Mas isso só acontece quando a mente nega que a felicidade seja uma característica do amor e pensa que pode haver amor separado da alegria e da felicidade. É este tipo de pensamento que vamos aprender a evitar hoje com as práticas da lição. Para corrigir qualquer pensamento, qualquer crença que possa induzir ao medo de Deus.

Pois: 

Deus, sendo Amor, é também felicidade.

O milagre, portanto, que a lição nos oferece hoje é a correção da crença falsa de pode haver amor sem alegria, sem felicidade. Ou a de que o amor pede sacrifícios, ou precisa possuir o objeto amado, ou depender dele. Para chegarmos a ele [ao amor], ou, melhor dizendo, para permitir que ele chegue a nós, precisamos praticar de forma honesta, com toda a sinceridade de que somos capazes.

Fazemos isto seguindo a orientação que a lição nos dá, por fim:

Permite que esta correção seja posta em tua mente em cada hora de vigília hoje. Depois, acolhe toda a felicidade que ela traz à medida que a verdade substitui o medo e a alegria se torna o que esperas para tomar o lugar da dor. Deus, sendo Amor, ela te será dada. Reforça esta expectativa com frequência ao longo do dia e silencia todos os teus medos com esta garantia, benigna e totalmente verdadeira:

Deus, sendo Amor, é também felicidade.
E é felicidade que eu busco hoje.
Não posso falhar, pois busco a verdade.

É isto!

Às práticas?

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