sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Tudo é sempre escolha. Com quem escolhemos?


LIÇÃO 352

Julgamento e amor são opostos. Todas
As tristezas do mundo vêm de um deles. Do outro,
Porém, vem a paz do Próprio Deus.

1. O perdão olha apenas para a inocência e não julga. Eu venho a Ti a partir disso. O julgamento vai colar meus olhos e me deixar cego. Mas o amor, refletido aqui no perdão, me lembrará que Tu me deste um caminho para encontrar Tua paz mais uma vez. Quando sigo por esse caminho, sou livre. Tu não me deixas sem consolo. Tenho em mim tanto a lembrança de Ti, quanto Aquele Que me leva a ela. Pai, hoje quero ouvir Tua Voz e achar Tua paz. Pois quero amar minha própria Identidade e achá-La na lembrança de Ti.

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COMENTÁRIO:

Explorando a LIÇÃO 352

Hoje, a ideia que vamos praticar mais uma vez mostra claramente a diferença que há em se olhar para uma pessoa, para uma situação, para uma experiência, com o olhar amoroso do Espírito Santo e se olhar para tudo isto - ou mesmo para o mundo inteiro, ou ainda para qualquer aspecto dele, grande ou pequeno - com os olhos julgadores do falso eu - o ego. Um destes olhares nos leva à alegria e à paz. O outro nos afasta delas. E da felicidade. Por quê?

Porque, como diz a lição:

Julgamento e amor são opostos. Todas
As tristezas do mundo vêm de um deles. Do outro,
Porém, vem a paz do Próprio Deus. 

Repetindo, então, a pergunta que abriu os comentários a esta lição em anos anteriores: 

"Se a felicidade é uma escolha, então, por que alguém escolheria outra coisa que não a felicidade?" (Jill Bolte Taylor, no livro A Cientista que Curou seu Próprio Cérebro).

A resposta a esta pergunta nos dá a dimensão do quanto estamos alienados de nós mesmos nas situações comuns, em nossas experiência diárias, nos encontros com os outros ao longo de nossas vidas. Pois são raros aqueles de nós que acreditam de fato que a felicidade é uma escolha. A grande maioria de nós ainda acha que existe algo, alguém ou alguma coisa no mundo que pode nos dar a felicidade, ou que existe algo ou alguém fora, ou diferente de nós mesmos, que, às vezes - na maioria delas - escolhe por nós. Estou enganado? 

E quando vivemos experiências que deixam qualquer sombra de alegria e de felicidade para trás, nós julgamos, a nós mesmos, a tudo e a todos e o julgamento cola nossos olhos e nos deixa cegos. 

Por isso precisamos praticar como nos orienta a lição:

O perdão olha apenas para a inocência e não julga. Eu venho a Ti a partir disso. O julgamento vai colar meus olhos e me deixar cego. Mas o amor, refletido aqui no perdão, me lembrará que Tu me deste um caminho para encontrar Tua paz mais uma vez. Quando sigo por esse caminho, sou livre. Tu não me deixas sem consolo. Tenho em mim tanto a lembrança de Ti, quanto Aquele Que me leva a ela. Pai, hoje quero ouvir Tua Voz e achar Tua paz. Pois quero amar minha própria Identidade e achá-La na lembrança de Ti.

Se vocês estiverem bem lembrados - os que acompanham estas postagens há já algum tempo, compartilhei aqui, em anos anteriores, a resposta que dei a uma moça, cuja mensagem me perguntava que diferença o Curso havia feito em minha vida, de que forma ele tinha me encaminhado na direção da alegria ou da felicidade e da paz.

E vocês hão de lembrar, também, é claro, que o que eu disse a ela foi que, na verdade, o Curso veio apenas confirmar aquilo que eu sempre soube "dentro de mim". Isto é, o Curso veio confirmar a informação intuída de dentro de que não há nada fora de mim que possa me fazer nem mais, nem menos, feliz ou infeliz.

Tudo é escolha! E é sempre um "eu" quem escolhe. Agora, precisamos estar atentos para reconhecer a quem se alinha o "eu" que escolhe por nós. Se ele se alinha ao "Eu Sou", que é o que verdadeiramente somos, está alinhado à Fonte da alegria e pode ter a alegria como ponto de partida para toda e qualquer experiência que vai se apresentar a ele neste mundo.

Por outro lado se o "eu" que escolhe por nós está alinhado ao "ego" - o falso eu, a imagem de nós mesmos que construímos a partir da crença em uma separação de Deus que não existe -, as escolhas vão nos levar sempre na direção de mais ilusão, do reforço da crença na separação.

As práticas são instrumentos que servem para nos ajudar a identificar quem escolhe conosco, ou com quem escolhemos, quer dizer, quem nos auxilia em nossas escolhas. Se nosso ponto de partida for a alegria, então, podemos ter certeza de que escolhemos nos afastar do julgamento e, como a lição ensina, reconhecemos que o julgamento é que é o responsável por todas as tristezas do mundo. E precisamos aprender a evitá-lo de todas as maneiras possíveis. 

E, pensando em uma amiga muito querida, que, na ilusão da separação, parece ter escolhido viver durante algum tempo uma experiência de dor, de medo e de conflito, posso dizer que ainda é o falso eu que nos convida a acreditar que alguma coisa ruim, algum "encosto", alguma energia maléfica pode vir de algum lugar fora de nós mesmos para nos atormentar.

Esta possibilidade não existe, a não ser no auto-engano a que quer nos levar o ego - o falso eu, a falsa identidade que escolhemos para viver as experiências neste mundo e que acreditamos equivocadamente ser o que somos. Todas as escolhas são pessoais, individuais e intransferíveis. O que podemos fazer em todos os casos e situações que se apresentam a nossa experiência é voltar-nos para o interior de nós mesmos, em busca de contato com o divino, que é a única realidade, que tem todas as respostas de que precisamos. 

A nós, que vemos amigos e amigas, irmãos e irmãs, pais e parentes, e as outras pessoas todas do mundo inteiro passando por dificuldades, resta apenas "curar" dentro de nós mesmos - de cada um de nós - a percepção equivocada que nos leva a acreditar que existe qualquer coisa que possa macular a inocência e a pureza do Filho de Deus em nós, que é o que somos verdadeiramente. 

Não podemos embarcar na "viagem" do outro de modo algum, porque, se assim o fizermos, estaremos dando realidade a uma ilusão. Também não podemos julgar a escolha do outro, a "viagem" do outro. Só ele, o divino nele, sabe que jornada ele tem de enfrentar para chegar a si mesmo e, por consequência, a Deus em si mesmo, ao Eu Sou, que é o que ele é e que é o que somos todos na Unidade.

Às práticas?


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